quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Alimentação balanceada auxilia na prevenção de osteoporose

Caracterizada pela descalcificação e enfraquecimento dos ossos, a osteoporose surge de forma lenta e gradual e atinge principalmente mulheres acima de 65 anos de idade, deixando-as mais sensíveis a fraturas. A doença reduz a massa óssea, enfraquece os ossos, não apresenta dores e normalmente só é diagnosticada quando o indivíduo sofre algum tipo de fratura.

A nutricionista Sheila Silva Castro, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, alerta que por ser uma doença “silenciosa” é preciso conhecê-la para investir na prevenção do problema.

Mulheres a partir dos 65 anos são mais atingidas porque durante a menopausa o estrogênio (hormônio feminino), essencial na absorção do cálcio, diminui e faz com que a perda óssea seja intensificada e os ossos percam boa quantidade de sais minerais. As principais consequências dessa deficiência são as fraturas dos ossos que ficam porosos, frágeis e quebradiços.

Segundo a nutricionista os cuidados precisam ter início muito cedo com uma alimentação balanceada na fase de crescimento. “Os pais possuem papel fundamental, pois é durante o crescimento que ocorre a formação óssea. Os cuidados na infância e adolescência são ideais para que na fase adulta a pessoa tenha maior resistência às perdas ósseas naturais do organismo”, diz a especialista.

Nutrientes necessários

O nutriente que previne a osteoporose é o cálcio, que também ajuda no processo de coagulação sanguínea, contração e relaxamento muscular. Pode ser encontrado no leite, iogurtes, queijos, flocos de cereais, feijão branco, miúdos, aveia, vegetais de folhas verde escuras, sardinha, salmão e soja.

A necessidade de cálcio para crianças de 6 a 10 anos, adolescentes, idosos, mulheres grávidas ou amamentando é de aproximadamente 1.300 mg diariamente. Um copo de leite possui aproximadamente 250 mg.

Alguns medicamentos, alimentação excessiva em fibras e em proteínas podem prejudicar a absorção do cálcio. Já quantidades extremas de cálcio na dieta podem favorecer a formação de cálculos renais além de prejudicarem a absorção de ferro. O ideal é que exista um balanceamento dos nutrientes.

Alimentação, exercícios e sol

A perda de cálcio pode ocorrer por diversos motivos como ansiedade, depressão, estresse, falta de exercício, diarreia, disfunção na tireóide, excessos de proteína, gordura, sal, açúcar, ingestão habitual de álcool e cafeína, uso de antiácidos, laxativos, diuréticos, aspirina e cortisona.

Algumas dicas podem ajudar no tratamento e prevenção da doença como consumir uma colher de sopa de gergelim torrado duas vezes ao dia; não ingerir café ou chá junto com refeições que contenham alimentos ricos em cálcio; evitar o consumo excessivo de café, álcool, refrigerante, chás, chimarrão (comum na cultura sulista); dar preferência a alimentos à base de soja; praticar exercícios regularmente; tomar sol diariamente, no mínimo 15 minutos, para que ocorra a síntese de vitamina D; nunca tomar suplemento de cálcio sem a orientação médica ou de uma nutricionista.

Os exercícios físicos ajudam a conservar a densidade óssea e pessoas de 50 a 70 anos que se exercitam têm 30% mais densidade óssea que as sedentárias.