domingo, 27 de maio de 2012

Luan Santana - Nega (LANÇAMENTO OFICIAL)

Aprenda a diferenciar o ciúme normal do doentio

Tenho acompanhado vários casos de ciúme patológico no consultório, e me chama a atenção o fato de as pessoas deixarem para procurar ajuda apenas quando são alertadas por um profissional da área da saúde, geralmente psicólogo ou psiquiatra. Aqueles que sofrem com o ciúme do parceiro acham que esse comportamento faz parte do jeito de ser da pessoa, incomodam-se com as cobranças e controle a que são submetidos, porém não fazem ideia de que isso possa ser sintoma de uma doença, e como tal, deve ser tratado.
O que é o ciúme?

Basicamente, ciúme é o medo de perder alguém amado para uma terceira pessoa. Segundo Ballone, o ciúme normal é transitório e baseado em fatos. O maior desejo é preservar o relacionamento. Algumas pessoas o encaram como prova de amor, zelo ou valorização do parceiro. Outros o consideram uma prova de insegurança e baixa autoestima.

Ciúme doentio

Já no ciúme patológico há o desejo inconsciente da ameaça de um rival, assim como o desejo obsessivo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do outro. Caracteriza-se por se exagerado, sem motivo aparente que o provoque, deixando o ciumento absolutamente inseguro e transformando-o num tremendo controlador, cerceador da liberdade do outro, podador de qualquer atividade que o parceiro queira fazer sem que ele esteja presente.

Dúvidas se transformam em ideias supervalorizadas, levando a pessoa a checar, verificar se ela tem fundamento. Checa celulares e ligações recebidas constantemente, quer saber quem enviou mensagens, que e-mails recebeu e por qual motivo, com quem falou e sobre o que, onde está e a que horas voltará, quem são os amigos e porque os têm; acha que se a pessoa se arruma para sair, mesmo que seja para o trabalho, está "se arrumando para encontrar o amante"; se há algum atraso é motivo de brigas e questionamentos intermináveis; e por mais que tente aliviar seus sentimentos, nunca estará satisfeito, permanecendo o mal estar da dúvida. Enfim, a vida a dois transforma-se num verdadeiro martírio.

A maneira errada de lidar com o ciúme

Quem sofre os "ataques" do parceiro alimenta-o sem saber à medida que concorda em submeter-se ao que o outro pede. Por exemplo: se, ao ser questionado sobre quem lhe enviou e-mails, mesmo no trabalho, ele responder, der satisfações, o outro se sentirá no direito de fazê-lo sempre, agindo dessa forma cada vez mais incisivamente.
As brigas tornam-se frequentes e o clima de tensão impera na relação, já que qualquer coisa é motivo para reacender o ciúme. Porém, há momentos de total tranquilidade intercalados a estes - geralmente quando estão juntos, fazendo algo que distraia a atenção do ciumento - o que deixa a "vítima" do ciúme confusa, tirando a vontade de abandonar a relação que muitas vezes é tentadora.

Quando você vive em uma família cujas características principais são o controle, o cuidado excessivo, o zelo e preocupação com os filhos, cresce achando que assim deve ser, pois esse foi o modelo aprendido. Mas afinal quem é a vítima aqui? Aquele que sofre com as cobranças e vive numa verdadeira prisão ao lado de alguém possessivo e controlador ou este, que vive em constante tensão e desconfiança, perdendo por completo sua tranquilidade perante a vida em função de algo que o consome? Diria que ambos são vítimas e necessitam cuidados, cada um em seu contexto. Aquele que convive com o ciumento deve aprender a colocar limites, não alimentando a dinâmica doentia do parceiro, e não deixando de fazer suas coisas ou falar com seus amigos só porque o outro quer. Ele acaba cedendo às pressões para evitar brigas, o que lhe parece mais fácil, mas o resultado é catastrófico, pois quando menos imaginar perceberá o quanto está agindo em função do outro e se deixando de lado, submetendo-se, anulando-se por completo. E o pior: nada satisfaz ao parceiro, que vai exigir sempre mais, pois, como já foi dito, a sensação da dúvida permanece.
A maneira certa de lidar com o ciúme

Em sua terapia procure entender porque se deixa dominar por alguém que lhe cerceia por completo, aceitando abrir mão de seu direito e liberdade de relacionar-se com as pessoas e com o mundo. Já o ciumento deve procurar ajuda psicoterapêutica e medicamentosa, pois o tratamento abrange tanto o lado emocional quanto o físico. É uma doença tratável à base de antidepressivos, que aliviarão e muito os sintomas, devolvendo à pessoa a liberdade de viver. A psicoterapia paralela à medicação é fundamental para que se trabalhem questões profundas ligadas ao aparecimento do ciúme, geralmente envolvendo dinâmicas familiares complicadas, insegurança e autoestima baixa, entre outras. Nunca tome medicação por conta própria, sempre consulte o médico antes de optar pelo tratamento medicamentoso.

Uma grande dificuldade que encontramos ao lidar com essas pessoas é que em muitos casos tal comportamento foi aprendido com o pai ou a mãe, também ciumentos, passando a falsa ideia de que esse jeito de funcionar é o normal. Quando você vive em uma família cujas características principais são o controle, o cuidado excessivo, o zelo e preocupação com os filhos, cresce achando que assim deve ser, pois esse foi o modelo aprendido.

Autoestima x relacionamento

Porém, ao deparar-se com um(a) namorado(a) que não viveu essa dinâmica, o ciúme começa a se manifestar, denunciando a presença da doença. Como convencê-lo a se tratar se a própria família não considera seu comportamento "fora do padrão", muitas vezes boicotando a continuidade do tratamento? Aqui entra a importância de uma terapia familiar acontecendo paralelamente ao tratamento individual, para que cada um possa reconhecer sua parcela de responsabilidade no problema e juntos, se comprometam a resolvê-lo.

É preciso reaprender a relacionar-se sem o controle e libertar-se da angústia da dúvida para experimentar o prazer de um relacionamento "saudável", onde ambos possam compartilhar momentos de tranquilidade, sem ter que abrir mão de sua individualidade ao mesmo tempo. Isso é possível, basta querer.


Marina Vasconcellos
Psicóloga

Estresse, má alimentação e exercícios em excesso podem ser a causa das espinhas

Antigamente, a acne era um problema da adolescência, provocado pela explosão hormonal comum nesta etapa da vida. E bastava entrar na vida adulta para que as desagradáveis marcas na pele ficassem para trás. Mas, para um número crescente de mulheres adultas, as marcas não desaparecem. E em alguns casos elas até se agravam. Segundo a Associação Britânica de Dermatologia, 14% das mulheres com idades entre 26 e 44 anos busca ajuda para tratar a acne, a cada ano. Outras tantas sofrem em silêncio com o problema.

Causas da acne

 É preciso entender que, em qualquer idade, a causa subjacente da acne é uma resposta da pele à testosterona, hormônio masculino. Em resposta a esta sensibilidade à testosterona, as glândulas produzem quantidades excessivas de óleo que, juntamente com as células mortas da pele, entopem os folículos pilosos, aprisionando as bactérias e provocando espinhas superficiais. Já sabemos também, há algum tempo, que algumas mulheres são mais propensas a desenvolver manchas provocadas pela acne devido à flutuação dos hormônios durante a gravidez, a adolescência, a menopausa e entre os ciclos menstruais.

Mas o nosso estilo de vida está adicionando a esta lista fatores que podem desencadear desequilíbrios hormonais e que causam acne em pessoas que estão na casa dos trinta e dos quarenta. O que está agravando os problemas de pele na fase adulta, dizem os especialistas, são os níveis elevados de estresse, a má alimentação e o excesso de exercícios físicos.

O papel do estresse

 Durante anos, a área médica se dividiu a respeito do tema estresse e aparência.
Mas vários estudos clínicos realizados nos últimos anos têm comprovado que essa tensão pode induzir alterações na pele. Em um estudo da Universidade de Stanford, envolvendo 22 alunos com acne, foi detectado que a pressão que ocorria antes dos exames fazia com que a pele dos estudantes tivesse uma aparência pior.

 Quando alguém está estressado, as glândulas adrenais secretam mais hormônios masculinos andrógenos, o que estimula a produção de sebo, causando espinhas. O estresse psicológico também foi apontado como responsável pela diminuição da capacidade do corpo em cicatrizar feridas em até 40%, o que significa que o estresse relacionado à acne agrava o quadro da doença. Dietas desequilibradas Os pesquisadores têm demonstrado também que as dietas ocidentais podem agravar a acne.
Há dois anos, nutricionistas da Austrália pediram a um grupo de adultos jovens com acne para seguir a sua dieta regular, que incluía muitos alimentos processados e açúcar, ou mudar suas opções alimentares para uma dieta de baixo índice glicêmico, repleta de cereais integrais, frutas, legumes, carne magra e peixe.

Após 12 semanas, os resultados do trabalho, publicados no American Journal of Clinical Nutrition, mostraram que o grupo com alimentação saudável teve uma queda mensurável na severidade de sua acne, chegando a 51% menos espinhas do que quando começaram a dieta. Segundo o autor do estudo, este é um resultado melhor do que você poderia obter usando produtos tópicos para tratar a acne. Os alimentos processados desencadeiam um aumento de insulina que, por sua vez, aumenta a produção de testosterona, que é a culpada pelo aparecimento das espinhas.

Durante anos, a área médica se dividiu a respeito do tema estresse e aparência. Mas vários estudos clínicos realizados nos últimos anos têm comprovado que essa tensão pode induzir alterações na pele.Exercícios e suor Muito tempo na academia está causando acne em algumas mulheres que nunca sofreram com o problema anteriormente.

Um relatório da revista Women's Running revela que, por vezes, o suor sobre a pele pode criar um ambiente úmido propício para o crescimento de microrganismos. A acne também pode ser exacerbada pelo crescimento de um germe chamado de Pityrosporum Acnes, que reage com o suor e causa espinhas. No geral, o exercício é bom para a pele, mas ele pode causar problemas para alguns, defende a British Skin Foundation. Tratando a acne adulta Geralmente, os dermatologistas prescrevem cremes ou pomadas contendo agentes que previnam a acne, como o peróxido de benzoíla, antibióticos, retinóides ou ácido azeláico, como a primeira etapa do tratamento.

 Caso essa conduta não seja eficaz, antibióticos orais podem ser recomendados. Em casos graves, a isotretinoína por via oral pode resultar em melhora para os doentes. Além da medicação prescrita, a higiene do corpo e do rosto, logo após o exercício físico pode ajudar a prevenir a acne após os exercícios. O tratamento da acne adulta empregando a terapia de indução percutânea de colágeno tem sido de grande valia. O tratamento pode ser feito por mulheres e homens que desejam amenizar as cicatrizes provocadas pela acne.
 Acne grau I Quanto aos tratamentos feitos por profissionais, podemos citar o estímulo mecânico à produção de colágeno realizado por meio do rolamento de um cilindro com pequenas agulhas, que provoca microlesões na pele. Por meio deste procedimento, a quantidade de colágeno pode dobrar e o efeito pode, ainda, ser otimizado com a aplicação da vitamina C.
Apesar do emprego das microagulhas, o procedimento não causa dor ao paciente, pois antes de iniciar o procedimento, um creme anestésico é aplicado na pele. O paciente poderá sentir suaves picadas no local e ter pequenos sangramentos, não havendo perda de sangue. Como resultado a aparência de "casca de laranja" causada pelas cicatrizes da acne é bastante amenizada.

No tratamento das cicatrizes da acne adulta, após três sessões, com intervalo de dois meses entre cada uma, já é possível visualizar os resultados. Cada sessão pode levar, em média, uma hora e meia, pois, após a aplicação do anestésico na pele é preciso aguardar 60 minutos. Para fazer o rolamento são necessários de 15 a 20 minutos. E ao final do procedimento, caso haja a aplicação da máscara de vitamina C, 15 minutos são suficientes.

Cristine Almeida de Carvalho

Massagem Do In

Dieta da Personalidade



Você já tentou fazer dezenas de dietas — a da sopa, a da proteína, a do tipo sanguíneo... — e nunca perde os irritantes quilinhos que estão sobrando? O problema não está no seu prato, e sim... na sua cabeça. O neurocientista americano Daniel Amen, que pesquisou a mente de mais de 66 mil pessoas que estavam fazendo regime, garante: o sucesso do cardápio depende do estilo de cada uma. E classificou quatro tipos de padrão cerebral — compulsivo, impulsivo, emocional e ansioso. Depois de descobrir o seu, com a ajuda da psicóloga Andreia Calçada, do Rio de Janeiro, veja as indicações da nutricionista Elaine Rocha de Pádua, da Clínica DNA Nutri, em São Paulo, e emagreça de uma vez por todas!

Tipo 1
Só pensa naquilo A compulsiva se preocupa com comida o dia todo (e pode ser assim também com homens, compras...). Dieta cerebral Esse tipo não se beneficia com cardápios com baixa quantidade de carboidratos. "A dieta da proteína, para esse perfil, é um crime", diz a nutricionista. Melhor investir em alimentos ricos em triptofano, que promovem o aumento do nível de serotonina (causando bem-estar e calma), como mel, banana, ovo, uva, brócolis, aipo, feijãobranco, quinua (que pode substituir o arroz, a farinha na farofa, ser polvilhada moída sobre fruta picada ou na salada) e chocolate, de preferência com 60% de cacau ou mais. "Também é possível usar suplemento de triptofano e serotonina." E atenção: quem faz esse tipo deve evitar cafeína, que aumenta os níveis de adrenalina e a compulsão, ok? Como agir Quem é compulsivo tende a ser rígido. A psicóloga indica flexibilizar e variar desde o caminho que faz todo dia até os pensamentos. Para isso, anote seus ímpetos compulsivos em relação a comida para que possa identificar em que situações eles surgem, e assim gerenciá-los. Com as anotações em mãos, evite as situações que disparam os ataques. E faça escolhas alimentares de que você goste. "A compulsiva precisa se sentir no controle da situação."
Tipo 2
come tudo o que vê pela frente "A impulsiva, mesmo que tenha a intenção séria de manter uma dieta, não consegue racionalizar, segue apenas seus ímpetos", diz Andreia. Dieta cerebral Nesse caso, Elaine recomenda um menu mais proteico, com alimentos fontes de tirosina, que ajudam a aumentar a produção de dopamina no cérebro e a controlar o apetite. São eles: peixes, carnes magras, aves sem pele, feijão-carioca e feijão-preto, castanhas, nozes, leite, queijos e tofu. O consumo do chá verde também é indicado para estimular a produção de dopamina e garantir a energia que falta a esse tipo. Como agir A impulsiva deve planejar seu cardápio — e tudo mais na vida. "Mantenha-se saciada para que consiga racionalizar, adiando o impulso." De novo, anotar ajuda a perceber em que situações perde o controle, escapando de armadilhas. Vale buscar satisfação em atividades alternativas, como ligar para uma amiga, fazer as unhas… "Pesquisas da Associação Americana de Psicologia dizem que a impulsividade é um grande fator para a obesidade. O risco é compensar suas frustrações, cedendo às tentações. Portanto, não retire todos os prazeres da sua vida, porque isso só a deixará mais impulsiva", diz Andreia.

Tipo 3
 Triste e cheinha "A emocional tende à melancolia e à depressão, e usa a comida como muleta para melhorar o humor", diz Andreia. São pessoas que teriam alta atividade do sistema límbico, deixando sempre as emoções no comando de tudo, inclusive da fome. Dieta cerebral Nesse caso, tão importante quanto cuidar da alimentação é malhar, fazer massagens e outras atividades que proporcionem prazer. "Comer alimentos menos calóricos e com poderes calmantes, como alface, também ajuda, mas a atividade física tem grande poder", diz Elaine. Como agir Esse tipo precisa se manter ligado à família e aos amigos e buscar atividades físicas em grupo. A solidão não faz bem nenhum às emocionais. Também é importante identificar a fonte de suas tristezas para conseguir encontrar a melhor solução. Toda vez que sentir o desejo de comer sem estar com fome de verdade, investigue os motivos reais. Tem mais: evite pessoas que a deixam para baixo ou lugares dos quais você sempre volta desestimulada e sem pique. Se está triste e chateada com o seu peso, não é o melhor dia para entrar num provador de roupas, por exemplo. Tampouco para ir ao supermercado. Espere estar mais animada e confiante.

Tipo 4
mastiga, mastiga, mastiga A ansiosa, tensa, utiliza a comida como medicação para essa eterna expectativa em que vive. Dieta cerebral Para esse tipo, é recomendável ingerir alimentos ricos em taurina e vitamina B6, que estimulam a produção do neurotransmissor gaba (ácido gama-aminobutílico), ajudando a reduzir o stress e o cérebro a se preparar melhor para uma boa noite de sono. Espinafre, nozes, amêndoas, farelo de arroz, aveia e lentilha, além do suplemento, são as melhores opções. Como agir Procure fazer atividades calmantes, como ioga ou natação, que trabalham bastante a respiração. Tente se preocupar menos e olhar o lado positivo das situações, por mais difíceis que pareçam ser. Assim, acredite, fica mais fácil encontrar uma solução. Nem pense em seguir dietas excessivamente restritivas, pois elas podem ativar certo grau de depressão e stress e colocar tudo a perder.

Como o tipo ansioso come o que tiver ao alcance e às vezes tão rápido que nem sente o sabor das guloseimas, organize com atenção a lista de compras. Chegando em casa, arrume a geladeira e a despensa para que os alimentos saudáveis fiquem bem à vista. E esqueça os petiscos nas prateleiras do supermercado.

Ortorexia: excesso de saúde pode causar distúrbios

A ortorexia é um distúrbio assim como a anorexia e a bulimia, entre outros: “O ortoréxico é uma pessoa que se preocupa em comer corretamente obsessivamente, causando problemas na saúde e até o afastamento social”, explica a nutróloga Liliane Oppermann (SP). A palavra orto significa correção, e orexia, quer dizer alimentar. Juntas, formam ortorexia, que significa correção da alimentação, ou alimentação perfeita. O problema em questão não é ingerir alimentos saudáveis, mas sim, preocupar-se o tempo todo com o que come e assim, deixar de ingerir alimentos fundamentais para o organismo.

“A ortorexia começa quando a preocupação com a alimentação vira o objetivo de vida e a qualquer preço”, argumenta Liliane. Mas isso não significa que estar de dieta, ou sempre se preocupar com determinados alimentos, torne uma pessoa ortoréxica. Quem tem o ortorexia geralmente não se alimenta em locais públicos, desconfia de produtos industrializados, ou deixa de comer algum alimento por achá-lo menos saudável. “O risco de cortar definitivamente determinados nutrientes pode causar carências nutricionais. Um ortoréxico que não come gordura de jeito nenhum, acreditando que está se beneficiando, pode ter carência de vitamina lipossolúvel (E, D, A), além de distúrbios hormonais, etc”, afirma a nutróloga. Estar sempre de dieta é ser ortoréxico? Não. “Nem sempre o ortoréxicos busca emagrecimento.

 Há pacientes que tem fobia a alergias e intolerâncias alimentares, também existem aqueles que, por motivos sociais, se preocupam em não comer nada que contenha traços de produtos animais e assim por diante”, afirma a especialista. O distúrbio se dá pela a necessidade de ingerir muitas vezes o mesmo alimento, ou descartar do cardápio um grupo alimentar. “Há ortoréxicos que só comem proteínas, entretanto, existem pacientes que bebem tanta água que causam distúrbio de eletrólitos”, comenta Liliane.

“Além da obsessão alimentar, os ortoréxicos podem apresentar sintomas de bulimia e anorexia nervosa”, completa Liliane. Outro distúrbio ligado à ortorexia é a vigorexia (busca da perfeição do corpo por exercícios). “Pessoas vigorexicas costumam cortar as gorduras da alimentação drasticamente e comem tanta proteína que pode sobrecarregar os rins.Também acabam sobrecarregando articulações, coração e muitas mulheres acabam desenvolvendo amenorreia (ficam meses sem menstruar) e isso gera desequilíbrio hormonal”, alerta a nutróloga.

Os tratamentos são os mesmos usados para compulsões e ou distúrbios: psicoterapia, medicamentos se necessário, a reeducação alimentar. Em caso de suspeitas do distúrbio, Liliane indica buscar uma equipe multidisciplinar incluindo psicólogo, psiquiatra, nutrólogo e nutricionista.

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