sábado, 5 de junho de 2010

Cerveja: a causa da barriga saliente?

O nome já aponta o culpado: barriguinha de chopp. Mas será que este é realmente o vilão responsável pela gordura a mais na região abdominal?

Segundo a nutricionista, Lucinete Souza, a ingestão frequente e exagerada de cerveja pode levar a um excesso de peso sim.

""A cerveja ingerida em excesso associada à falta de exercícios e uma alimentação incorreta colabora para uma barriga a mais, já que o acúmulo de gordura se concentra mais na região abdominal", esclarece ela.

Outro fator agravante é que o choppinho geralmente vem acompanhado de amendoim, batata frita, queijo ou outros petiscos bastante calóricos.

Além disso, o efeito diurético do álcool contido na cerveja aumenta a produção de urina, favorecendo a eliminação de vitaminas e minerais, antes que eles sejam absorvidos pelo organismo.

A nutricionista diz que a dose recomendada de cerveja é de uma lata de 290 ml para as mulheres e duas para os homens, por dia. Esta quantidade não causa nenhum mal para a saúde e para o físico.

Outra dica dada por Lucinete são as versões light da bebida. "Uma lata de cerveja light possui 3 % de teor alcoólico e 77 calorias, já a cerveja comum tem 5% de teor alcoólico e 122 calorias", compara ela. Minha Vida

Futebio une futebol e ginástica e dá goleada no sedentarismo

Em ano da Copa do Mundo, quem quer aproveitar para extravasar o gosto pelo futebol já pode fazer isso na academia de ginástica. Cabeçadas, dribles, passes, sessões de alongamento e, é claro, muitos gols fazem parte da futebio, a nova aula da academia Bio Ritmo, de São Paulo.

"Com duração de 60 minutos, a futebio é oferece aos alunos uma possibilidade de atividade dinâmica e descontraída com procedimentos que são feitos pelos jogadores de futebol profissionais", explica o árbitro defutebol e professor da modalidade, Humberto Talarico.

Garantir o preparo físico e melhorar a função cardiovascular estão entre os dois maiores benefícios desta aula."O aluno passa por um trabalho intenso de corridas, deslocamentos e saltos", diz Talarico. Além disso, é possível, através da aula, melhorar a coordenação motora, a consciência corporal, a agilidade e o fortalecimento muscular. Mas a futebio também pode ser uma ótima alternativa para perder peso e queimar as gordurinhas extras. O gasto calórico médio é de 600 calorias por aula.

O diferencial do futebio é a mistura de elementos do futebol, como cabeceio, chute, condução de bola, deslocamentos frontais e laterais, saltos corridas e chutes a gol, a elementos da ginástica, como abdominais, flexões de braço, agachamento, aquecimento e alongamento. Com tanto movimento, o resultado é uma musculatura mais forte e tonificada. E, se o seu objetivo é focar nas pernas, está na aula certa. Na futebio, as pernas ganham destaque. São trabalhados, essencialmente os músculos dos membros inferiores, principalmente coxas e panturrilha e o bumbum. Mas, nos exercícios de alongamento, por exemplo, favorecemos a musculatura abdominal e dos membros superiores.

Dinamismo em 1 hora de aula
A aula é dividida em cinco partes e não dá nem para pensar em ficar parado. Os primeiros minutos são dedicados ao aquecimento coreografado, utilizando elementos básicos como no treino de futebol. "Em seguida, cada aluno pratica com bola atividades individuais, correndo em volta de cones e executando condução de bola, abdominais, agachamentos e flexões de braço", explica Talarico.

A segunda parte da aula é dedicada às atividades coletivas. Os alunos são divididos em grupos de três a quatro pessoas e praticam exercícios de cabeceio e chutes. Duas pessoas, uma em cada lado da sala, são posicionadas no gol, enquanto o resto dos alunos devem correr e tentar acertar o gol do adversário por meio de cabeceio. Depois, há a troca de grupo para que todos os alunos pratiquem todos os exercícios. Após esse treino, os alunos partem para um mini-jogo, com duração de 2 minutos. Para finalizar, os participantes fazem os alongamentos para soltar a musculatura.

Que time é esse?
Futebol é esporte de homem? Nada disso. A futebio é superdemocrática. A mesma aula pode ser praticada por homens e mulheres, não importando se estão começando agora a praticar esporte ou se já são experientes. "Ao mesmo tempo que prendemos mais a atenção das mulheres no futebol, aproximamos mais os homens das salas de ginásticas. No final, todos se exercitam e se divertem ", explica o professor Talarico.

Indicada para maiores de 15 anos, as restrições maiores são para pessoas com problemas cardíacos, por causa da intensidade de exercícios na aula, o que pode trazer alguma complicação para que tem este tipo de limitação. Por isso, antes de entrar em campo, certifique-se com um especialista que está tudo bem com a sua saúde. Minha Vida

Confira alimentos e hábitos que ajudam a perder peso

A batalha contra o excesso de peso tira o sono de muitas pessoas. Algumas até caem nas armadilhas de investir em dietas repletas de restrições, que prejudicam a saúde e não trazem resultados positivos. E, de acordo com a nutricionista Alessandra Paula Nunes, professora do curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo, determinados alimentos podem dar uma ajuda extra no emagrecimento.

"Cientificamente não existe nenhuma comprovação de que existam alimentos cuja finalidade ou efeito seja o de acelerar o metabolismo. O que temos basicamente são opções que fornecem energia ao organismo de forma lenta, porém constante, como alimentos ricos em fibras e os termogênicos, que têm a capacidade de aquecer o organismo, gerar calor e facilitar a perda de calorias."

Vale dizer que não fazem milagres e devem ser aliados a uma alimentação balanceada e atividades saudáveis. Quer saber mais sobre os alimentos e as mudanças de hábito necessárias? Então, confira as dicas da nutricionista Alessandra.

1) Coma alimentos termogênicos

Os alimentos termogênicos têm a capacidade de aquecer o organismo, gerar calor e facilitar a perda de calorias. Não existe uma recomendação específica em relação à quantidade necessária de cada um deles para que deem uma mãozinha na manutenção do peso. "Também não há um período de tempo específico para se determinar a perda de peso exata, o que dependente da pessoa e varia segundo a sua vontade, determinação e acompanhamento nutricional". Podem ser consumidos crus, como acompanhamento de molhos para saladas ou até salpicados em saladas cruas. Vale ainda agregá-los a temperos de várias preparações culinárias, como ensopados, e serem adicionado a sucos e chás. Confira algumas opções:

Pimenta vermelha: Aumenta a circulação sanguínea e a temperatura corporal, e auxilia na digestão. Contém capsaícina, uma substância rica em antioxidantes, com ação anti-inflamatória e que previne o acúmulo de gorduras nas artérias. Se ingerida de maneira exagerada, pode levar à irritabilidade do estômago. Acelera o metabolismo em 20%;

Gengibre: Possui gingerol, substância responsável pelo aumento da temperatura do corpo, que ajuda na eliminação de gorduras. Também acelera o metabolismo em 20%. O consumo excessivo pode levar à irritabilidade do estômago;

Ômega 3: Presente em peixes (como salmão e sardinha), óleos de peixe e semente de linhaça, ajuda a queimar calorias e eliminar o excesso de líquidos (inchaço). Também tem função anti-inflamatória e previne contra doenças cardiovasculares. Aumenta o metabolismo basal, ou seja, queima calorias;

Chá-verde: Reduz a absorção do açúcar no sangue, inibindo a ação da enzima responsável pela digestão dos carboidratos. Pesquisas mostram que pode diminuir a compulsão por carboidratos e auxiliar no bom funcionamento do intestino;

Chá mate: Contribui com a perda de peso, além de ter propriedades anti-inflamatórias.

2) Consuma alimentos ricos em fibras

Alimentos ricos em fibras contribuem com o processo de fazer as pazes com a balança. Proporcionam sensação de saciedade e fornecem energia ao organismo de forma lenta, mas constante. Entre eles estão cereais integrais (aveia, trigo integral, centeio, farelo de trigo, arroz integral), frutas (principalmente com casca) e verduras (especialmente, folhas verdes como alface, rúcula, escarola, acelga, agrião, almeirão).

Sugere-se consumir, no mínimo, três porções de frutas e duas porções de hortaliças (preferencialmente cruas) e cereais integrais por dia. O excesso pode causar desconfortos, como flatulência, sensação de estômago cheio e, caso o consumo de água seja inferior a dois litros diários, prisão de ventre.

3) Não faça jejum

Nem pense em ficar muito tempo sem se alimentar. A atitude equivocada retarda o trabalho do metabolismo, que tende a poupar energia. Além disso, o jejum aumenta a probabilidade de consumir mais alimentos depois.

Para o bom funcionamento do organismo, a recomendação é apostar em cinco ou seis pequenas refeições a cada três horas. Evite o consumo de carboidratos refinados (farinha branca, açúcar refinado, pão branco), alimentos industrializados (salgadinhos, bolachas recheadas, enlatados, embutidos) e frituras.

Confira o cardápio elaborado pela nutricionista Alessandra:

Café-da-manhã: Pão (pode ser integral), margarina ou queijo branco ou mussarela, leite com café ou chá ou suco natural;

Lanche da manhã: Fruta ou barra de cereais ou iogurte;

Almoço: Vegetais, arroz, feijão, carne. Tome cuidado com os complementos, como molhos, sal, azeite, farinha de mandioca, que só aumentam as calorias;

Lanche da tarde: Varie com o lanche da manhã. Se comeu uma fruta mais cedo, por exemplo, opte pela barra de cereais ou iogurte;

Jantar: Siga o modelo do almoço, em menor quantidade, e evite comidas pesadas. Antes de dormir, caso tenha o costume, ingira um chá, que deve ser claro (cidreira, erva-doce, camomila), pois o verde e o mate têm efeitos estimulantes e podem prejudicar o sono.

4) Dê adeus ao sedentarismo

Mudou os hábitos alimentares, mas passa o dia todo sentado, trocando os canais da TV com o controle remoto? Saiba que milagres não acontecem, pelo menos não com o peso. "O que de fato emagrece é comer menos e gastar mais. Isso significa manter o equilíbrio entre os alimentos consumidos e o nível de atividade física". Quando ingere mais do que gasta, o organismo estoca a energia extra em forma de gordura.

Esforçar-se ao máximo na academia uma vez por mês não vale. A prática de exercícios físicos deve ser regular e orientada por um profissional de educação física. Caminhar em vez de ir à esquina de carro, trocar o elevador pela escada e outras mudanças de costumes sedentários também ajudam. Mexa-se! A balança e a saúde agradecem.

5) Beba água, de preferência gelada

Baixa hidratação leva a um metabolismo mais lento. Então, nada melhor do que seguir a velha e boa recomendação: beba bastante água. Ela é fundamental para transportar hormônios, vitaminas e sais minerais, além de facilitar o trânsito intestinal e eliminar toxinas. A profissional lembra que beber oito copos de água gelada por dia pode queimar 200 calorias. Para elevar a temperatura da água de 5ºC para 37ºC, que é a temperatura corporal interna, o organismo precisa gastar energia. Viva e Saúde

quinta-feira, 3 de junho de 2010


Dia de Corpus Christi

Mulher com M de maravilhaValorize as delícias de ser mulher em todas as fases da vida

Quando vejo muitas mulheres dizendo que gostariam de ter nascido homem eu penso que elas não encontraram as delícias de ser mulher. Sou mulher e portanto não posso falar em primeira pessoa das delícias de ser homem, mas tenho uma lista interminável para adorar ser mulher.

Infância

Meninas são naturalmente delicadas. Imitar a mãe lhes confere uma graça particular, pois as mulheres na nossa cultura dispõem de mil artifícios que as caracterizam e que são só delas: o salto alto, o batom, os trejeitos...

Adolescência

As transformações do corpo, a menstruação, as descobertas a respeito da sexualidade, o encontro com a própria beleza e as inseguranças quanto ao corpo. A feminilidade brotando por todos os poros, os ensaios de sedução, o primeiro amor, a primeira transa, tudo permeado por sonhos.

Jovem adulta

O poder de escolher, as dúvidas quanto a profissão, o namorado "eterno", ir e vir sem precisar do consentimento de ninguém, o gosto pela liberdade, a batalha por espaço no mundo dos "grandes", a confiança de que já se sabe quase tudo...

Adulta

Profissão definida, um parceiro definido, provavelmente o que será escolhido para ser o pai dos filhos, o casamento na maior parte das vezes, administração do tempo, energia para inovar e a percepção de que não se sabia tanto assim sobre a vida.

Adulta madura

A certeza de que não se sabe quase nada, as mangas arregaçadas para corrigir o curso da própria história, filhos criados e deixando o ninho, a descoberta de que se pode ser mais, de novos interesses, de novos voos...

Jovem senhora

A menopausa, a redescoberta da beleza, o encontro com a sabedoria, a redescoberta da sexualidade, a reinvenção da vida, um hobbie, o reencontro com as amigas do peito, adular um neto, a percepção de que o sucesso é inevitável porque sucesso é estar em paz com sua trajetória.
Senhora

Olhar para trás e conferir como tudo valeu a pena, mas ter a certeza de que olhar para a frente a torna ainda mais exuberante, pois ser mulher é ser vitoriosa desde o princípio...

Claro que eu romanceei esse trajeto e obviamente as grandes mulheres não se tornam Maravilhosas dentro de um roteiro de novela. As perdas, as desilusões, os desafios, as inseguranças, as lutas diárias pela sobrevivência financeira e/ou emocional, o medo de envelhecer, os percalços com a saúde física... Tudo isso e mais um pouco lapida nossa essência, nos torna fortes!

É a coragem de seguir em frente sem perder o caráter acolhedor -essência feminina- que faz com que a mulher brilhe em qualquer idade, em qualquer tempo."É a coragem de seguir em frente sem perder o caráter acolhedor -essência feminina- que faz com que a mulher brilhe em qualquer idade, em qualquer tempo."

É essa mulher do século 21, guerreira e doce, altiva e conciliadora, que eu convido a refletir:

O que você tem feito por você mesma para não deixar sua felicidade nas mãos de outros?
O que você tem feito para não repetir os mesmos erros?
Tem abandonado suas velhas crenças para dar lugar a atitudes que combinem mais com nossos tempos?
Tem dedicado um tempo especial só a você e às coisas que você gosta?
Tem falado NÃO para as coisas com as quais não compactua?
Já abriu mão do que lhe causa desconforto?
Tem vivenciado sua sexualidade de forma saudável?
Parou de ficar à espera do príncipe encantado, entendendo que você é sua dona e mais ninguém?
Ame seu corpo, cuide bem dele, de sua mente, de suas emoções! Deixe que sua sensibilidade a guie, confie em sua intuição para saber a hora de parar e a hora de seguir. Abra-se para novas experiências, isso pode ser extremamente libertador!

É você quem tem as chaves para abrir as portas que ainda estão fechadas, não se renda aos dissabores, vire a página, recomece a sua história se não está satisfeita!

Ali na frente, quando você se olhar no espelho, tenha a certeza de que encontrará uma grande mulher refletida nas asas do tempo, basta que providencie isso desde já. Permita-se ser essa ulher que você quer admirar! Com M de maravilha!


Celia Lima

Psicoterapeuta Holística, utiliza florais e técnicas da psicossíntese como apoio ao processo terapêutico.
M de Mulher

Dependência do telefone celular pode causar distúrbio

Sensações de ansiedade, desamparo, angústia, impotência e até sintomas físicos de pânico, como taquicardia e sudorese. Essas manifestações tão típicas de uma síndrome deflagrada por um hábito extremamente recente: o uso do celular e outros equipamentos tecnológicos que permitem a comunicação. Os sintomas aparecem quando a pessoa não está com os aparelhos ou, por algum outro motivo, está impossibilitada de se comunicar por meio deles. O fenômeno tem sido denominado pelos especialistas de nomofobia, que significa no mobile – ou medo de estar sem “mobilidade”. “Muita gente não consegue se desprender da tecnologia deixa os aparelhos ligados 24 horas por dia, inclusive enquanto dorme”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ligado à Secretaria de Estado da Saúde. Ele ressalta que a nomofobia diz respeito também a outros equipamentos tecnológicos que deixam as pessoas conectadas, como computadores e notebooks.

Só no Brasil existem hoje mais de 250 milhões de aparelhos de telefonia móvel vendidos. “Esse número é impressionante, principalmente porque é maior que a população. Isso mostra como as pessoas estão cada vez mais dependentes e passaram a usar mais de um telefone”, afirma o psicólogo acrescentando que antigamente as janelas das casas eram grandes, pois era uma forma de se comunicar com o mundo. “Hoje as janelas estão cada vez menores e as TVs maiores, é um novo jeito de se conectar com o mundo”. Obviamente o problema não está no celular (ou nas outras tecnologias), mas na relação de dependência que se estabelece com os objetos, em razão de questões internas não resolvidas.

Segundo Nabuco, os mais suscetíveis a essa manifestação são os jovens. Ele ressalta que existem hábitos que podem alertar para a propensão ao problema, em especial em relação ao telefone móvel, que é de uso mais comum: abandonar tudo o que faz para atender o chamado; nunca deixar o aparelho sem bateria; não carregar o celular na bolsa, bolso ou similares (prefere levá-lo na mão para que possa atender imediatamente); se esquecer o aparelho em casa voltar de onde está para pegá-lo; sentir-se angustiado quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que perdeu.

Mente Cérebro

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Angústia é doença e tem cura

Chego pela manhã ao complexo do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e me dirijo ao primeiro andar do prédio do Instituto de Psiquiatria, onde sou recebida pelo chefe do departamento, o psiquiatra Valentim Gentil. Nosso objetivo é definido: caracterizar, com elementos concretos, o conceito de angústia. A missão é árdua. “Diferentemente do medo ou da ansiedade, que são experimentados pela maioria das pessoas, a angústia acomete menos de 50% da população. E nunca tive essa experiência, o que dificulta a tarefa de descrevê-la com precisão”, confessa. “Em geral, meus pacientes relatam uma agonia mental sem gatilho aparente, atrelada a um sufoco semelhante ao da asma, e uma dor ou compressão no peito”, descreve.

Incentivar o diagnóstico e um tratamento personalizado é a proposta de Gentil, que assina o artigo intitulado Why Anguish? — em português, Por que angústia? —, que acaba de ser divulgado na publicação científica inglesa Journal of Psychopharmacology. Isso porque, nas discussões entre especialistas do mundo todo, o sentido dessa emoção se esvaziou ao longo do tempo. E frequentemente ela é confundida com o distúrbio de ansiedade ou de pânico (veja os complementos desta matéria).

“Mas são comportamentos mentais diferentes, com padrões de ativação cerebral distintos”, defende Gentil. “A ansiedade é uma apreensão exagerada em relação ao futuro, enquanto a angústia é um sofrimento relacionado ao presente.”

Munida dos esclarecimentos sobre as manifestações físicas do sintoma, sigo ao consultório da psicanalista paulistana Maria de Lourdes Félix, que auxilia Gentil nas pesquisas sobre a face psicológica da angústia. “Meus pacientes costumam levar as mãos ao peito e reportar um sentimento de vazio. Sentem conflitos diante das inúmeras possibilidades de escolhas no dia a dia e questionam o sentido de sua existência”, conta. “Em casos extremos, essas pessoas são dominadas pela introversão. Elas perdem a capacidade de análise, de lidar com o cotidiano, de interagir socialmente. Ficam paralisadas.”

À luz do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855), a psicóloga Marília Dantas, da Universidade Estácio de Sá, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, traduz o mal-estar: “O ser humano sente desamparo, incerteza, falta de controle diante da liberdade de decidir. Optar por um caminho significa correr riscos, abrir mão das alternativas. Isso é angustiante”.

Reconhecer um quadro de angústia é uma função que cabe a especialistas. Mas os angustiados de plantão podem contribuir, fornecendo detalhes de como se sentem. É o que constatei nas conversas durante os trajetos de consultório em consultório. A pergunta que fiz a motoristas, recepcionistas, colegas e pedestres com quem cruzei no caminho era sempre a mesma: o que é angústia para você? As respostas variaram. “É pensar como seria minha vida se eu tivesse estudado psicologia.” Ou “É um beco sem saída dentro do peito”. Ou ainda “É uma incerteza sobre as consequências das decisões que tomei”.

Infelizmente, a maioria dos angustiados só procura ajuda especializada quando a sensação ruim beira o insuportável. “Eles chegam ao pronto-socorro com dor e opressão no tórax, peso e desconforto no peito”, confirma o cardiologista César Jardim, supervisor do pronto-socorro do Hospital do Coração, em São Paulo. Os sintomas se assemelham aos de problemas cardiológicos, como infarto. “Mas os problemas cardiovasculares só se confirmam em 30% dos casos”, estima. Ele conta que, depois de realizar exames e apontar que o sujeito está em condições perfeitas de saúde, os pacientes confessam que vêm se sentindo nervosos e... angustiados.

Quando é assim, excluída a presença de doenças físicas, o passo seguinte deveria ser a visita a um psiquiatra. “Há hipóteses de que a angústia seja desencadeada por uma maior ativação de uma região chamada ínsula, no córtex cerebral, relacionada à percepção de funções viscerais, como as do coração, do diafragma e dos pulmões”, explica Valentim Gentil. “Por isso, acreditamos que suas vítimas possam responder bem a calmantes chamados benzodiazepínicos, a alguns antipsicóticos e a uma classe de antidepressivos conhecida como tricíclicos”, continua. “A imipramina é um dos principais medicamentos desse grupo e se mostra eficaz, apesar de promover eventuais efeitos colaterais, como tonturas e alterações cardíacas”, completa seu colega Jair Mari, da Universidade Federal de São Paulo. Essa droga modula neurotransmissores como a noradrenalina, substâncias que agem no cérebro e controlam as emoções.

O ideal é complementar esse tratamento com o de um psicólogo ou psicanalista. “Trabalhamos o desenvolvimento emocional, fazendo com que o paciente reflita e traduza seus pensamentos, criando condições para contornar sentimentos que julga insuportáveis”, explica Maria de Lourdes. A angústia é, portanto, um problema de saúde e necessita de acompanhamento. Se ela anda sufocando-o, chega de sofrer em silêncio: busque auxílio e afrouxe, de vez, esse nó dentro do peito. Saúde é Vital

Gripe suína: vírus está ficando cada vez mais resistente ao Tamiflu

Esta quarta, 2 de junho, é o último dia da campanha de vacinação contra a gripe A H1N1. Todos aqueles – participantes dos grupos de risco - que ainda não se imunizaram terão sua última chance. Lembre-se que a vacinação é a melhor forma de se proteger contra a gripe. O Tamiflu, que hoje é o único medicamento que trata da doença , teve sua eficácia colocada à prova por cientistas norte-americanos. Após estudos, concluíram que o vírus da gripe está mais resistente ao medicamento e sua mutação está ocorrendo mais rápido do que se previa.

De acordo com Marcos Lago, pediatra e infectologista da UFRJ, a causa provável para esse avanço é o uso indiscriminado do remédio. Em muitos países europeus, oTamiflu passou a ser oferecido a todas as pessoas que apresentavam sintomas da gripe A, mesmo antes de a doença se tornar uma pandemia. “Essa medida é um erro, ela prioriza o individualismo e prejudica a saúde pública. Não é que o vírus se torna mais ofensivo, e sim mais resistente à medicação”, diz Marcos. Além, disso, outro fator é que todos os vírus passam por mutações genéticas para sobreviver, o que os tornam ainda mais resistentes.

Mas não se preocupe. De acordo com o especialista, no Brasil, o Tamiflu foi utilizado na maioria das vezes em casos em que era realmente necessário (como crianças e adultos com problemas crônicos). Por isso ainda é um medicamento eficaz no tratamento da gripe suína. Mas só deve ser utilizado com prescrição médica. "Algumas pessoas podem tratar a doença como uma gripe comum, com analgésicos, repouso e muito líquido”, diz Lago. Mas só o médico é que pode fazer essa avaliação. Crescer

Jovens de até 20 anos têm menor capacidade de concentração

Adolescentes possuem o cérebro mais confuso e suscetível a distrações do que adultos, indicou uma nova pesquisa publicada no Journal of Neuroscience, nesta quarta-feira (02).

Segundo os pesquisadores da University College London até 18,8 anos os jovens têm mais dificuldades de concentração, o que vai melhorando gradualmente com a idade até atingir nível estável perto dos 20 anos.

Ao contrário do que os cientistas imaginavam, o cérebro não está completamente desenvolvido até os vinte e tantos anos. Seu funcionamento ainda é caótico, com grande atividade no córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões e multitarefa, o que mostra que o cérebro opera com menos eficiência do que o de adultos.

Assim, os adolescentes precisavam usar mais o cérebro para se focar na atividade proposta na pesquisa que era indicar formas de letras que apareciam na tela em momentos com e sem distrações. Os jovens prestavam mais atenção nos objetos fora da atividade.

O estudo feito com 178 participantes de 7 a 27 anos constatou que a única melhora nas funções cognitivas de acordo com a idade foi na concentração. Ainda assim, o acerto médio foi maior que 90% em todas as condições. Uol Saúde

Lady Gaga tem lúpus; saiba mais sobre essa doença crônica

O que é o lúpus?
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença crônica, sistêmica, de causa desconhecida, que acomete principalmente mulheres, predominando dos 15 aos 35 anos de idade, podendo, no entanto, ocorrer em qualquer idade.

Quais são as causas?
A causa é desconhecida, mas sabe-se que é uma doença autoimune.

Quais são os sintomas?
Os sintomas são muito variados de paciente para paciente, mas os mais frequentes são dores articulares, manifestações de pele, principalmente nas áreas expostas ao sol, inflamação da pleura e do pericárdio, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e doença renal.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico e através de exames laboratoriais específicos pedidos pelo especialista na doença, o reumatologista.

É contagioso?
O lúpus não é contagioso.

Uma mulher com lupus pode engravidar? E tomar anticoncepcionais?

Uma mulher com lúpus pode engravidar desde que sua doença esteja controlada há pelo menos 2 anos e ela não tenha doença renal. O uso de anticoncepcionais deve ser avaliado pelo médico que acompanha a paciente. Em alguns casos é possível usar.

Há prevenção?
Pode-se fazer a prevenção, por exemplo, de comorbidades como hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias e outras doenças associadas e evitar a luz solar, mas não se pode prevenir o aparecimento do lúpus como doença.

A doença tem cura?
O lúpus é uma doença crônica, como hipertensão e diabetes, e pode-se ter o controle da doença, mas não a cura.

Qual é o tratamento?
O tratamento vai depender do que o paciente apresenta e geralmente é feito com corticosteroide e imunossupressores, nos casos com manifestações em órgãos. Um medicamento chamado Cloroquina é também usado nas manifestações de pele. Idmed

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia Mundial sem Tabaco discute os riscos do fumo para as mulheres

No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta segunda-feira (31), o Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde realizam uma grande campanha de combate ao tabagismo, cujo tema "Tabaco e Gênero" será focado especificamente no tabagismo feminino.

O objetivo central da campanha é chamar a atenção do mundo sobre a epidemia e às doenças e mortes que estão relacionadas a ela, além de mobilizar os profissionais da saúde para que fortaleçam a sua participação social no controle do tabagismo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo é uma das principais causas de morte evitável hoje no planeta. Cerca de cinco milhões de pessoas morrem por ano devido ao tabagismo e caso as estimativas de aumento do consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos se confirmem, esse número aumentará para mais de 8 milhões de mortes anuais por volta de 2030, dos quais 2,5 milhões serão do sexo feminino.

Um terço da população mundial adulta, cerca de 1,3 bilhão de pessoas, fuma. Nos países em desenvolvimento, os fumantes somam 48% dos homens e 7% das mulheres, enquanto nos desenvolvidos, a participação do sexo feminino triplica, num total de 42% de homens e 24% de mulheres fumantes. No Brasil, os dados do Ministério da Saúde mostram que 18,8% da população são fumantes, sendo que do total da população brasileira, 22,7% dos fumantes são homens e 16% são mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 40% das mortes de mulheres com menos de 65 anos são causadas pelo consumo de tabaco.

A preocupação do tabagismo para jovens também é grande. A OMS estima que, a cada dia, 100 mil crianças tornam-se fumantes em todo o planeta. O cigarro é a segunda droga mais consumida pelos jovens brasileiros e, anualmente, 200 mil morrem por causa doenças associadas ao tabaco, como câncer do pulmão e doenças cardiovasculares. "Apesar de o Tabagismo ser uma doença cada vez mais divulgada no mundo todo, assim como os malefícios provocados por ela, os jovens de hoje ainda procuram o cigarro. O início do tabagismo acontece até os 19 anos de idade (90% dos casos) e é mais frequente de 10 a 15 anos de idade", diz a psicóloga Silvia Cury.

Campanha aborda a saúde da mulher
O tema escolhido para a campanha deste ano, "Gênero e tabaco com ênfase no marketing para mulheres", aborta como a indústria de tabaco busca estratégias de marketing para aumentar a comercialização de seus produtos entre o sexo feminino.

Na última pesquisa do Ministério da Saúde realizada em parceria com o IBGE, em 2008, revela que, embora o número de fumantes venha caindo, a redução de prevalência entre as mulheres foi menor do que entre os homens. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, em algumas regiões do país, as jovens estão experimentando cigarros com maior frequência do que meninos, e o marketing desses produtos contribui muito para esse dado.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos de idade. Uma vez abandonado o cigarro, o risco da doença cardíaca começa a decair após um ano, reduz-se à metade e, após dez anos, atinge o mesmo nível de quem nunca fumou.

Os efeitos do tabagismo possuem algumas peculiaridades no organismo das mulheres. Estudos realizados pela Universidade de Missouri (EUA) comprovaram que a fertilidade é menor em mulheres que fumam. Além disso, o fumo pode antecipar a menopausa e aumentar as chances de osteoporose nas mulheres nessa fase.

A aceleração do metabolismo e o consequente emagrecimento, provocado pelo cigarro, geralmente constitui uma barreira para mulheres deixarem o vício. Porém, esse mito de que fumar emagrece foi derrubado pelos pesquisadores da Universidade de Navarro, na Espanha. Muito pelo contrário, os cientistas analisaram o índice de massa corporal e os níveis de atividades físicas de mais de 7,5 mil pessoas e chegaram a conclusão de que aqueles que fumavam ou que eram ex-fumantes engordaram muito mais num período de quatro anos, em comparação aos não-fumantes.

Perigos ocultos do tabagismo

Além dos riscos aumentados de câncer de pulmão, de boca e de diabetes, o tabagismo pode causar muitos outros problemas menos conhecidos. Cientistas do Brain Research Center, da Índia, descobriram uma ligação direta existente entre tabagismo e danos cerebrais. Um composto do cigarro, chamado NNK, desencadearia uma resposta exagerada do cérebro a partir de células imunes no sistema nervoso central, fazendo com que os glóbulos brancos, que normalmente eliminam células danificadas, passem a atacar células saudáveis, resultando em graves danos neurológicos.

Sem contar que a nicotina faz com que o organismo dos fumantes produza menos colágeno, substância responsável pelas fibras elásticas da pele, fazendo com que a aparência fique mais comprometida, com flacidez e rugas precoces.

O tabagismo não é prejudicial apenas para quem fuma. Dados da Universidade de York, no Reino Unido, mostraram que mulheres que fumam na gravidez têm maior risco de ter um filho hiperativo e com problemas de atenção na escola. Outro estudo, feito pela Universidade de Brock, no Canadá, mostrou que a fumaça do cigarro dos outros está por trás de 40% dos casos de sinusite crônica nos Estados Unidos. Minha Vida

Estresse no trabalho aumenta risco de asma

A asma atinge 10% da população brasileira e é responsável por 400 mil internações e 2 mil mortes por ano, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai). E uma pesquisa alemã alerta que o estresse no trabalho pode aumentar as chances de desenvolver a doença em até 40%.

Uma equipe da The research, from Heidelberg University in Germany, suggests stress at work could be one reason why.Universidade de Heidelberg acompanhou por oito anos 5 mil homens e mulheres com idades entre 40 e 65. No início e no fim do período, cada voluntário teve de falar sobre sua saúde e estilo de vida, incluindo dados sobre a doença e perturbações no campo profissional.

A maior incidência de desenvolvimento da patologia ao longo do estudo foi constatada no grupo de participantes que se queixaram de longas horas de serviço, condições de trabalho desconfortáveis, cansaço e incapacidade de relaxar ao chegar em casa.

Os cientistas enfatizaram que o risco absoluto de ter a enfermidade devido à sobrecarga profissional é muito pequeno, mas algumas pessoas podem sofrer danos no sistema imunológico que levam ao problema, segundo o jornal Daily Mail.

A publicação Allergy divulgou os resultados da pesquisa. Vale acrescentar que a asma é caracterizada por tosse, respiração curta, sensação de aperto e chiado no peito. Terra Saúde

Comparar o salário com amigos e familiares pode trazer infelicidade, diz pesquisa

Comparar o próprio salário com os de amigos e familiares pode levar à infelicidade, segundo afirma um estudo realizado na França.
Pesquisadores da Escola de Economia de Paris analisaram dados de um levantamento europeu para descobrir que três quartos dos entrevistados disseram considerar importante comparar seus rendimentos com os dos outros.

Mas aqueles que comparavam os salários se diziam menos contentes, principalmente os que olhavam os salários de amigos e familiares ao invés dos de seus colegas.

O estudo, publicado na revista acadêmica Economic Journal, diz que os mais pobres são os mais afetados.

Satisfação
Os pesquisadores usaram dados de uma pesquisa que entrevistou 19 mil pessoas em 24 países da Europa.

As repostas mostraram que quanto mais importância as pessoas davam a comparações de salários, mais baixo elas se consideravam em relação a níveis de satisfação com a vida e de padrão de vida, além de se sentirem mais deprimidas.

A pesquisa não identificou diferenças entre homens e mulheres em relação a quanto eles comparam seus rendimentos com os de outras pessoas.

A limitação das comparações de salários com os colegas de trabalho parece ser menos nociva. Segundo o estudo, a comparação com amigos pode gerar até duas vezes mais infelicidade que a comparação com colegas.

Segundo os pesquisadores, a comparação do salário com os de colegas de trabalho pode ajudar a impulsionar os sentimentos sobre as perspectivas de renda futura.

"Olhar constantemente para os outros parece tornar o mundo um lugar menos feliz e mais desigual", concluíram os autores do estudo.

Pobres
A pesquisa descobriu ainda que as pessoas de países mais pobres comparam mais seus salários do que as pessoas nos países mais ricos e, dentro dos países, as pessoas mais pobres comparam mais os salários do que as pessoas mais ricas.

"Eu achava que as pessoas ricas comparassem mais, porque quando você está no fundo da escala o que realmente importa é conseguir o mínimo necessário, mas não foi isso o que vimos", disse o coordenador da pesquisa, Andrew Clark.

Para o professor Cary Cooper, especialista em psicologia organizacional e saúde na Universidade de Lancaster, o tipo de pessoa que se compara constantemente com outros pode sofrer de insegurança.

"A comparação com colegas de trabalho é justa, mas com amigos de escola que tiveram as mesmas oportunidades, você pode pensar: ''Eles se deram muito melhor, então eu devo ser menos competente''", diz Cooper.

"Eu aconselharia as pessoas a não se compararem e a serem felizes com o que elas são e com a situação em que elas estão - e lembrar que aquelas pessoas com quem você está se comparando podem não estar mais satisfeitas", afirma. BBC Brasil

8 motivos para se mexer - BOA FORMA

8 motivos para se mexer - BOA FORMA