domingo, 31 de julho de 2011

Cuide do pulmão do seu bebê

Durante os primeiros anos de vida, enquanto ocorre o desenvolvimento dos órgãos e sistemas, e é necessário que os pais estejam atentos e evitem que os bebês tenham sequelas na vida adulta
Durante os primeiros anos de vida, enquanto ocorre o desenvolvimento dos órgãos e sistemas, e é necessário que os pais estejam atentos e evitem que os bebês tenham sequelas na vida adulta. "Esse é um dos motivos para cuidarmos muito bem do pulmão de nossos pequenos, pois eles ainda vão crescer e ganhar espaço para realizar as trocas gasosas", explica Marina buarque de Almeida, diretora do departamento de Pediatria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). impedir a exposição ambiental nociva a esse desenvolvimento pulmonar, como a poluição e o tabagismo, além da realização de um bom pré-natal são atitudes importantes. Após o nascimento, recomenda-se o aleitamento materno por pelo menos seis meses e o tratamento de eventuais infecções respiratórias. nos recém-nascidos as principais doenças estão relacionadas a complicações de prematuridade, como a displasia broncopulmonar, pneumonias e desconforto respiratório adaptativo.

Fernanda Emmerick

Será que eu sou hipocondríaco?

Quais são as causas da hipocondria?

Elas ainda não foram esclarecidas precisamente, mas alguns aspectos ligados à história individual são relevantes. A valorização e o papel conferidos ao corpo e às doenças durante a vida do paciente, ou das pessoas importantes para ele, podem influenciar. Conta também a maior ou menor capacidade em lidar com as vivências físicas e psíquicas. Alguns têm recursos para pensar a respeito de si e de sua vida. Outros, nem tanto. Para estes, há maior suscetibilidade em vivenciar de modo mais concreto os fatos da vida e, assim, são mais vulneráveis às patologias, entre elas a hipocondria.

Quais são os principais sintomas?

Medo e crença de estar gravemente doente são os sintomas centrais. Os outros sinais são a iniciativa de buscar serviços de saúde repetidamente; solicitar realização de exames de modo exagerado; grande interesse por assuntos médicos e rejeição das opiniões dos especialistas. É frequente o conhecimento de variados medicamentos, embora nem sempre se faça uso deles, por temor de algum prejuízo. Sintomas de depressão e ansiedade também são comuns, bem como preocupação excessiva com o corpo, o que faz que tentem pesquisá-lo e decifrá-lo diante dos mínimos indícios.

Como é feito o diagnóstico?

Inicialmente pela constatação dos sintomas característicos, incluindo a não aceitação dos pareceres médicos. Alguma preocupação com o corpo é admissível. Mas discernir entre um traço de personalidade e uma condição claramente patológica é um desafio que só é superado pela experiência clínica. Diagnósticos diferenciais também são úteis. Primeiro, excluem-se patologias de difícil identificação; depois, deve-se dar atenção aos quadros depressivos, em que os sintomas hipocondríacos podem aparecer. Por outro lado, quando o medo de doenças é absolutamente inquestionável, podemos estar diante de um delírio hipocondríaco, que é uma psicose, outra categoria psiquiátrica.

Quando é hora de procurar ajuda médica?

Tudo dependerá da intensidade dos sintomas. Para o paciente, seu comportamento é justificável. Mas, às vezes, ele mesmo percebe que está se prejudicando. É comum que alguém do círculo familiar perceba os excessos e sinalize. Pode acontecer que um médico mais atento identifique o problema. Nos casos mais graves, o psiquiatra é o especialista indicado para tratar a doença, porém, na maioria das vezes, o paciente não aceita essa opção. Afinal, ele se sente “doente do corpo, não da cabeça!” Assim, o profissional mais próximo do paciente, que pode ser o clínico geral, é fundamental.

Medo e crença de estar gravemente doente são os sintomas centrais da hipocondria. Mas outros sinais, como buscar serviços de saúde repetidamente, podem aparecer

Qual é o limite entre o desejável cuidado com a saúde e a hipocondria?
Cuidados com o próprio corpo são essenciais para nossa preservação. Os que ignoram completamente os sinais emitidos pelo organismo correm o risco de adoecer. Entretanto, quando o cuidado é exagerado, a hipocondria passa a permear toda a vida da pessoa e ela viverá em função disso.

Hipocondríacos estão expostos a quais riscos?

Talvez o maior deles seja investir grande parte da energia na busca de algo imaginário. Relacionamentos e trabalho ficam em segundo plano. Some-se a isso o sofrimento da pessoa e dos que lhe estão próximos. Há ainda o estabelecimento de um mal-estar na relação médico-paciente, a solicitação de exames desnecessários e arriscados, bem como cirurgias questionáveis, cujas causas são a insistência do paciente e a resposta inadequada do médico. Por outro lado, testes importantes podem ser negligenciados. A verdade é que, como qualquer outra pessoa, o hipocondríaco pode adoecer. Outro perigo é a automedicação, mas ressalvo que o temor da ação dos fármacos inibe muitos desse impulso. E em um nível mais amplo, incluo os gastos extras para o sistema de saúde.

A recusa em se medicar é considerada um distúrbio?

Existem pessoas que ignoram as próprias necessidades. E isso pode acontecer em uma atitude onipotente do tipo: “Essas doenças não me atingem”. Na hipocondria, o indivíduo vivencia seu corpo como doente, estragado, fatores que causam angústia e sofrimento constantes. Há casos em que o bem-estar não pode ser alcançado por culpas inconscientes, e o próprio indivíduo não se dá conta disso. É como se estivesse presente um aspecto masoquista, no qual existe uma imposição de ter de tolerar o sofrimento e, para fazê-lo, prevalece a recusa aos tratamentos e às medicações.

Há algum tipo de classificação da doença?

O quadro de hipocondria, assim como outros quadros psiquiátricos, pode apresentar diferentes graus de comprometimento. Existem pacientes que, apesar dos seus medos e receios, conseguem manter seus relacionamentos, vínculos sociais e até alguma atividade profissional. Porém, há quadros em que o todo está comprometido por causa da gravidade da doença. Entre um polo e outro ocorrem manifestações clínicas e consequências variadas. Existem também casos de hipocondria transitória, geralmente relacionados a situações estressantes. Destaco, ainda, situações em que o paciente não se dá conta do exagero das suas preocupações, a chamada hipocondria de insight pobre.

Como é feito o tratamento?

Casos menos graves podem ser conduzidos por clínicos gerais que tenham tolerância e disponibilidade. E os médicos devem perceber que, muitas vezes, as queixas repetidas encobrem angústias que os pacientes não conseguem exprimir. Por isso, eles devem reservar algum tempo para ouvir o paciente, tendo o cuidado de não fazer encaminhamentos desnecessários, nem solicitar exames exaustivamente. Casos mais complexos requerem atuação de especialistas (psiquiatras e psicólogos). A abordagem terapêutica inclui psicoterapia e, eventualmente, medicações. A psicoterapia tem papel importante, pois é o recurso que pode promover mudanças no funcionamento psíquico. Não existe medicação específica para hipocondria. Quando existem sintomas depressivos associados, os antidepressivos se mostram bastante úteis. Diante da preponderância de ansiedade, ansiolíticos ajudam desde que se evitem dependências pelo uso prolongado.

Há cura para a doença?

O curso da hipocondria tende a ser crônico e flutuante, existindo, porém, indicações de que 1/3, ou até metade dos pacientes, apresente melhora significativa. Aqueles que se dispõem ao tratamento (psicoterapia e eventualmente medicações) podem obter melhora, em graus diferentes. E isso se dá como consequência de avanços mentais que permitem identificar e expressar conflitos psíquicos em termos psíquicos, e não mais em termos somáticos, como antes. Isso pode fazer uma grande diferença em suas vidas.

Cristina Almeida

Damares -sabor de mel

Corpo manifesta em forma de doenças situações conflitantes da rotina

Quando somos submetidos a uma nova situação, seja ela de natureza física ou psíquica, o nosso organismo responde através do estresse, como forma de nos adaptarmos a esta mudança. Apesar do estresse contribuir para nossa sobrevivência, já que oferece meios para que o nosso corpo fique em posição de alerta e se prepare para fugir ou enfrentar o perigo, nos dias de hoje ficamos excessivamente ansiosos e preocupados a todo momento.

O estresse surge quando nos deparamos com uma situação geradora de insegurança ou de ameaça. E nossa vida atual é cheia de momentos de ansiedade devido aos desafios do trabalho, da vida familiar, da vida em sociedade, dos relacionamentos amorosos. Além disso, esse sentimento também pode surgir quando temos medo de enfrentar algo novo, insegurança em tomar decisões, preocupação com o futuro e as mais diversas circunstâncias que temos que enfrentar.

O nosso organismo reage a todas essas situações, com maior ou menor intensidade, de acordo com as características individuais e a capacidade de adaptação de cada um de nós. No passado, quando nossos ancestrais se viam de frente a um animal selvagem, por exemplo, suas pernas, embora trêmulas, tinham mais força para a fuga devido aos hormônios liberados naquele momento de estresse. Atualmente, o nosso corpo, ao tentar se adaptar aos constantes momentos de tensão e ansiedade, também libera descargas hormonais, que embora possam ser menos intensas, ocorrem com maior frequência. E haja saúde para tanta adaptação!



O que é somatização do estresse?

É exatamente devido a esses habituais estados ansiosos que surge a somatização. Se passarmos por uma situação estressante e logo conseguirmos nos livrar daquilo, o organismo se adapta e tudo volta ao normal. Mas se o estresse permanece por mais tempo, por não nos livramos do que o ocasionou, aí mora o perigo.

Se estamos convivendo diariamente com uma situação que nos desagrada e nos deixa ansiosos, como um chefe hostil, colegas não cooperativos ou desleais, um trabalho árduo, um familiar doente, um problema financeiro, um congestionamento no trânsito, um ambiente social desconfortável, uma separação conjugal, um relacionamento amoroso inseguro, excesso de responsabilidades, entre tantas outras, podemos concluir que estamos sendo submetidos a uma duradoura ação do estresse sobre o organismo. O corpo por sua vez, após passar por constantes esforços de adaptação, pode chegar ao esgotamento.

A partir daí pode-se iniciar o processo de somatização, que nada mais é do que a tendência de transferir para o corpo e manifestar em forma de sintomas ou doenças, as situações conflitantes do dia-a-dia. Algumas pessoas sentem opressão no peito ou dores de cabeça, podendo apresentar aumento da pressão arterial; outras manifestam sintomas gastrointestinais como dores estomacais, diarreias, vômitos ou intestino preso; algumas ainda apresentam dores musculares, devido à tensão; além de muitos outros sintomas que podem surgir pela somatização do estresse.
Quando falamos em somatização, significa que há uma queixa física, mas o aparecimento da dor ou de outro sintoma pode não ser detectado nos exames clínicos, pois surgiram ou são mantidos por força das emoções. Os sintomas expressam conflitos reprimidos e, de acordo com a psicossomática, esta é uma forma simbólica do corpo se comunicar.

Para resolver esse conflito, a melhor coisa a fazer é manter o bom humor diante dos pequenos problemas do dia-a-dia e procurar não permanecer por muito tempo em situações que nos desagradam. Como na maioria das vezes não podemos mudar situações externas, sempre nos resta mudar nossa maneira de encarar os conflitos.

Se você não tem como escapar do trânsito, descubra formas de relaxar, ouvindo música ou programas que lhe façam rir.
Se você está estressado com seu chefe, procure outro emprego, ou uma transferência. Mas enquanto tem que lidar com essa autoridade, tente minimizar sua atitude em relação a ela.
Se você está enfrentando um problema de separação conjugal ou de doença na família, respire fundo e procure se conscientizar de que é só mais uma fase.
Consciente das respostas automáticas do seu corpo é muito mais fácil diminuir as próprias reações. Afinal, já diziam nossas avós: Não há bem que nunca se acabe, não há mal que sempre dure!

Suely Bello
Graduada em Naturologia, Educação Física e Pedagogia, com especialização em Psicossomática, atende em São Paulo utilizando as Terapias Naturais para auxiliar no processo de autoconhecimento e de promoção, manutenção e recuperação da saúde