sábado, 27 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Vitamina D é essencial para os jovens

Pena que ela ande em falta entre nossos adolescentes, como revela uma pesquisa capitaneada por duas grandes universidades brasileiras. Essa deficiência pode comprometer o desenvolvimento da moçada e favorecer inúmeras doenças. Felizmente, dá para reverter a situação. Saiba o que é preciso fazer.

Um banho de sol vale muito mais do que um belo bronzeado. Os raios do astro rei também garantem a dose certa de vitamina D, substância fundamental para o crescimento do esqueleto, sobretudo na adolescência. Mas um trabalho da Universidade de São Paulo em parceria com a Universidade Federal de São Paulo alerta: os níveis dessa vitamina estão aquém do desejável nos adolescentes. No estudo, que foi finalista do IV Prêmio SAÚDE!, a nutricionista Bárbara Peters, da USP, e seus colegas da Unifesp Lígia Martini e Mauro Fisberg analisaram as taxas do nutriente em um grupo de 136 jovens de Indaiatuba, no interior paulista.

Com idade entre 12 e 18 anos, todos os voluntários teens estavam com a saúde em dia. Mas no quesito vitamina D os resultados foram preocupantes: 62% dos avaliados apresentaram níveis baixos do nutriente, uma incidência espantosamente alta para um país ensolarado como o Brasil. “Talvez essa carência se justifique porque as pessoas adotaram hábitos que diminuem seu tempo ao ar livre”, especula Lígia Martini. E com a moçada não é diferente. Em uma era em que a diversão muitas vezes se resume ao bate-papo na internet e aos jogos de videogame, milhares de jovens preferem a comodidade do quarto a uma aventura a céu aberto.

IMPRESCINDÍVEL PARA OS JOVENS
“A vitamina D é importantíssima na adolescência, época em que há um maior desenvolvimento ósseo”, afirma Bárbara Peters. É aí que ocorre o chamado estirão, período que define a estatura de um indivíduo. Isso só é possível porque a tal da vitamina retém e armazena cálcio e fósforo no sangue. Ela atua no intestino, onde regula a absorção daqueles minerais (veja o infográfico na página seguinte). Assim, o corpo não precisa buscá-los nos ossos, poupando o esqueleto e mantendo-o sempre forte.

A vitamina D ainda dá um reforço ao sistema imune, participando da produção de proteínas antibacterianas. Sem contar que estimula o pâncreas a fabricar insulina, cuja missão é botar o açúcar para dentro das células. Isso garante o controle da glicose e, de quebra, mantém longe o diabete, que, sim, está aparecendo cada vez mais na juventude. Sem contar que o nutriente desempenha um papel nobre nos rins. Lá, inibe a ação de uma enzima conhecida como renina, que está envolvida na secreção de um hormônio capaz de levar a pressão arterial para as alturas.

A receita para a garotada desfrutar de toda essa blindagem proporcionada pela vitamina D é simples e gratuita: são necessários apenas alguns minutos de exposição ao sol (veja o quadro à esquerda). Mas você, pai ou mãe, com certeza deve se questionar: os raios solares são acusados de favorecer males como o câncer de pele, certo? Certíssimo. Mas, para prevenir essa ameaça, basta incentivar seu filho a se valer do protetor solar. “O uso do produto não impede a síntese do nutriente”, garante o dermatologista Marcus Maia, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, vencedor do Prêmio SAÚDE! em 2008.

O fato é que não existem muitas alternativas ao sol quando o assunto é vitamina D. Alguns alimentos até fornecem pitadas da substância, caso de peixes como salmão e sardinha. Em meados de 1930, alguns países europeus começaram a fortificar pães, manteiga e afins com o nutriente. Essa medida foi tão eficaz que deu um fim ao raquitismo, carência da vitamina que provoca uma mineralização insuficiente dos ossos. O problema é que, passado algum tempo, o processo de suplementação deixou de ser monitorado e uma quantidade excessiva da vitamina foi acrescida ao leite, deflagrando casos de intoxicação em adolescentes. Resultado: a fortificação ficou meio de escanteio em quase todo o mundo, inclusive no Brasil.

De qualquer forma, rechear o cardápio da garotada com as parcas fontes da vitamina D disponíveis nas gôndolas dos supermercados não deixa de ser uma boa pedida — alguns especialistas acreditam que 10% do valor diário recomendado de ingestão da vitamina, algo em torno de 1,5 micrograma ou três copos de 250 mililitros de leite integral, seja obtido por meio da alimentação. Tudo para que o futuro da saúde do seu filho seja ensolarado. Saúde é Vital

quinta-feira, 25 de março de 2010

Esquizofrenia: é uma doença sim!

Preconceitos injustificados estigmatizam, mas a evolução dos medicamentos permite hoje tratamento ambulatorial.

A esquizofrenia é hoje uma doença incompreendida. O tratamento refere-se a um conjunto de transtornos que abrange os mais complexos e assustadores sintomas encontrados na pratica clinica. Calcula-se que cerca de um a dois por cento da população sofre desse mal e até há bem pouco tempo o medo o medo e o receio eram exagerados , pelo fato de a patologia ser considerada incurável, representando uma sentença de vida em desespero e miséria em algum hospital psiquiátrico .Felizmente, hoje, muitos dos conceitos mudaram e continuarão a evoluir, fazendo com que muitos dos receios deixem de ter a importância que ainda pendura.

"Esquizofrenia", explica o psiquiatra Mario Rodrigues Louzã Neto, coordenador do Projeto de Esquizofrenia ( Projesq ) do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo, USP, "é uma doença que se caracteriza por uma desorganização de diversos processos mentais, levando o portador a apresentar vários sintomas. Ela se manifesta em crises agudas, quando os sintomas são mais intensos, intercaladas com períodos de remissão. Sua causa causa ainda é desconhecida .Fatores hereditários e ambientais parecem contribuir para o seu aparecimento".

A psiquiatra Ana Cristina Chaves , coordenadora do grupo de esquizofrenia do Hospital São Paulo,da universidade Federal de São Paulo ( Unifesp ), assegura que o diagnóstico e feito apenas por meio do quadro clínico. Exames como o eletroencefalograma não detectam,com precisão , alterações no cérebro do paciente ,e não existe nenhum tipo de exame laboratorial que permita confirmar a doença .

No fim da adolescência

A herança genética, embora tenha seu papel importante no surgimento, não pode ser considerada a única causa. Fatores ambientais na gestação ou nos primeiros dias de vida da criança podem relacionar-se com o problema Sua manifestação começa geralmente, no fim da adolescência, entre os 20 e os 29 anos, havendo uma ligeira prevalência para os homens. A cada ano há cerca de 50 novos casos para cada 100 mil pessoas, o que significa que poderemos ter 80 mil brasileiros, numa população de 160 milhões de pessoas, manifestando a doença pela primeira vez.

Antipsicóticos: imprescindíveis para controlar os sintomas:

"Ela pode começar de duas maneiras", Diz o professor Mário Louzâ. "De modo abrupto, a pessoa muda de comportamento e hábitos em pouco menos de um mês. Torna-se agitada, não dorme e começa a falar coisas sem sentido. Quando o início da doença é gradual, as modificações do comportamento são mais lentas ao longo de meses ou anos e, por isso, a doença passa despercebida. A pessoa isola-se , não tem mais interesses , deixa o trabalho ou o estudo . As pessoas próxima do doente acham que essa mudança se deve a algum fato ocorrido ou a maneirismo, comuns na adolescência , e não percebem que é uma doença. Somente quando esses sintomas se acentuam é que ela é levada a um médico."

Há alguns biotipos:

Estudos demonstram que, com os tratamentos precoces da esquizofrenia, aumentam-se as chances de recuperação. Segundo a professora Ana Cristina, para fazer o diagnóstico da esquizofrenia, o psiquiatra depende fundamentalmente da história relatada pelo paciente ou por uma das pessoas com quem convive. A partir daí se faz o diagnóstico. Não há, até o momento , nenhum tipo de exame laboratorial ou de raio X que possa auxiliar . O médico pode solicitar exames laboratoriais para excluir outras doenças que tenham manifestações semelhantes às da esquizofrenia. Diz Mário Louzã que há alguns subtipos conhecidos da doença que são classificados conforme os sintomas predominantes . Entre eles, a paranóide, hebefrênico, catatônico e simples.

Em alguns momentos de crise, a internação pode ser útil.

Principais causas

Desde o inicio do século as causas da esquizofrenia vêm sendo pesquisadas. Até meados dos anos 40 os pesquisadores achavam que não se tratava de uma doença, mas de um problema de ordem emocional e social. Da década de 70 em diante, com o surgimento das novas tecnologias para estudar o cérebro humano foram feitas descobertas que permitem afirmar que a esquizofrenia eé uma doença do cérebro com manifestações psíquicas . "Sabe-se hoje' , diz Louzã , " que a esquizofrenia tem uma base hereditária . Parentes de esquisofrênicos têm uma chance maior de ter a doença. Estudos com gêmeos univitelinos mostram que se um dos gêmeos tem a doença, há uma chance de 50% de que a doença também se manifesta no outro".

Fatores ambientais também foram considerados e estudados . Esses fatores são relacionados ao período do desenvolvimento embrionário do cérebro durante a gestação, ao parto e aos primeiros dias de vida da criança. É durante esse período que ocorre uma sequência enorme de modificações no cérebro , que levam ao seu amadurecimento. Se acontece algo de errado nessa sequência de eventos muito bem - ordenados , o cérebro fica mais vulnerável para o desenvolvimento da doença.

Alterações bioquímicas

Estão sendo objeto de pesquisas as alterações no cérebro dos esquizofrênicos , que podem ser visualizadas por exames especiais como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética . Mas como essas alterações não são especificas, não servem para os diagnósticos. Estão bem estudadas as alterações bioquímicas no cérebro dos portadores de esquizofrenia uma vez que, no caso, há alterações de neurotransmissores, principalmente o dopamina e a serotomina. Esses desequilíbrios dos dois neurotransmissores seria responsável pelas suas manifestações.

Até os anos 50 não havia remédio para a esquizofrenia. Muitos pacientes precisavam ser internados em consequência da sua gravidade e a dificuldade em controlar os sintomas. Em 1952 foi observado que o clorpromazina diminuía os delírios e alucinações e tranquilizava os pacientes agitados. Esse medicamento foi o primeiro de uma serie de neurolépticos , conhecido hoje como antipsicóticos , que têm a capacidade de aliviar vários sintomas , como os delírios , alucinações e o pensamento desorganizado, mas têm pouco efeito sobre os sintomas do pensamento empobrecido , a apatia e diminuição da afetividade. Além disso, provocam efeitos colaterais neurológicos, caracterizados por tremores, rigidez muscular e dificuldade para andar.

Novas esperanças

Nos últimos anos apareceu um novo grupo de medicação que diminuem os sintomas positivos, atuam sobre os negativos e produzem efeitos colaterais neurológicos menos intensos . Os antipsicóticos são imprescindíveis para controlar os sintomas, mais intensos nos surtos da doença e para evitar seus surtos psicóticos na fase de remissão. O tratamento e feito em doses baixas de medicação que vão sendo reduzidas conforme a melhora do paciente. Os antipsicóticos demoram de seis a oito semanas para fazer efeito e suas doses variam de paciente para paciente , por isso é necessário acompanhamento intensivo , especialmente no começo do tratamento.

Tratamento demorado

Muitas vezes, não se obtém o resultado esperado com determinado medicamento e deve-se substitui-lo com outro até que se encontre um mais eficaz para aquele caso. Para diminuir a angustia, e a agitação e melhorar o sono administram-se tranquilizantes.

Após algumas semanas os sintomas diminuem, mas deve-se continuar o tratamento medicamentoso para não haver uma recaída. Depois de alguns meses, a medicação poderá ser reduzida para um mínimo necessário visando impedir uma nova crise. Esse é o tratamento de manutenção, que deve ser feito por um tempo muito prolongado. Preconiza-se um período de dois anos para tratar a primeira crise e cinco anos após a segunda crise. Se não aparecer sintomas adversos, pode-se reduzir ou suspender o tratamento. Para muitos doentes, entretanto, a medicação antipsicótica tem de ser mantida por toda a vida ou por um prazo indeterminado.

Suporte e apoio

A esquizofrenia é uma doença heterogênica que necessita dos cuidados de uma equipe multiprofissional. As abordagens psicossociais visam minimizar ou diminuir as recaídas e promover o ajustamento social dos portadores da doença; as principais abordagens são: a psicoterapia, terapia ocupacional, acompanhamento terapêutico, grupos de auto ajuda, abordagens psicossociais em instituições, orientação familiar, oficinas de trabalho e pensões protegidas.

A psicoterapia pode ser individual ou em grupo. A individual deve priorizar o apoio, pois os paciente têm dificuldades específicas que necessitam de suporte para obter a melhora em sua qualidade de vida.

A psicoterapia de grupo monitora e ativa o ambiente do grupo, buscando temas, estimulando e organizando a conversação, e oferece suporte e proteção para favorecer a coesão do grupo. A

terapia central é focada em atividades que não devem ser meramente recreativas. Sua finalidade é recuperar a capacidade do paciente fazer com que a pessoa se organize, assuma seu auto-controle e combata a falta de vontade. Já no acompanhamento terapêutico, um profissional de saúde vai ajudar o portador a recuperar as habilidades perdidas acompanhando-o no dia a dia.

Hospital-dia

Toda doença crônica dificulta a vida do doente e sua relação com a família. Deve-se trabalhar a conscientização do portador da doença para que se possa combate-la e se a família não for também conscientizada, os choques serão inevitáveis. Estudos internacionais demonstram que as recaídas são mais freqüentes quando o ambiente familiar é estressante. Os hospitais-dia, bastante comuns no tratamento da esquizofrenia, estão organizados para atividades de reabilitação.

A evolução dos medicamentos antipsicóticos transformou o tratamento da esquizofrenia de hospitalar para ambulatorial. No entanto, em determinados momentos de crise, a internação ainda pode ser útil. Caso seja necessária, deve ser por curto prazo. Vinte a quarenta dias

Sintomas variam de pessoa para pessoa

São vários os sintomas de esquizofrenia que são considerados para avaliação diagnóstica e para a conduta do tratamento. Eles variam de pessoa para pessoa e também conforme a evolução da doença. Isso significa que nem todos os portadores apresentam todos os sintomas. Segundo os critérios, eles devem estar presentes por, pelo menos um mês, para que possa diagnosticar a esquizofrenia.

Os principais são os seguintes: Delírios-crenças, idéias ou pensamentos falsos que não correspondem à realidade. O portador acredita neles e não se convence do contrário. Os temas são variados e implausíveis. Alguns doentes acham que estão sendo vigiados ou perseguidos por pessoas, pela polícia, máfia ou outra organização secreta; outros acham que os vizinhos estão vigiando por meio de câmeras escondidas ou telefones "grampeados ". Suspeitas relacionadas a TV, rádios ou computadores são experiências muito comuns.

Alucinações - variam de pessoa para pessoa; as auditivas são mais comuns . O doente diz que está "ouvindo vozes " de pessoas quando não há ninguém por perto. As vozes dão ordem ou falam que estão fazendo.

Alterações de pensamento - perda da sequência lógica do pensamento, levando uma desorganização que provoca uma conversa sem nexo. Os doentes acreditam que o pensamento é roubado de sua mente ou que foi colocado por outra pessoa em sua cabeça.

Alterações de afetividade - registra-se uma diminuição na capacidade de expressar emoções; sua mímica fica empobrecida e a afetividade pueril.

Diminuição da motivação - ocorre uma diminuição da vontade , havendo apatia , desânimo ou desinteresse . O portador torna-se isolado e retraído socialmente.

Sintomas motores - movimentos lentos e sem espontaneidades. Alguns doentes permanecem longo tempo em posturas estranhas, sem andar ou falar.

Mutismo - a pessoa passa a viver dentro de um mundo próprio , fantasioso; torna-se "desligada " .

Ambivalência - paciente mostra-se dividido entre dois sentimentos ou vontades opostas, que acontecem simultaneamente.

Auto-referência - o portador está sempre desconfiado ou suspeito dos que rodeiam achando que o estão observando ou prejudicando.

Alterações da cognição - os portadores apresentam dificuldade para concentrar. Isso pode ocorrer em diferentes situações como, por exemplo, ao assistir um programa de televisão quando perdem o fio da meada e não conseguem acompanhar o que está acontecendo. Demonstram também dificuldades para ficar atentos e memorizar o que estão observando.


Poder das maos

Dor de pulso

Pergunta: Se passiva desvio ulnar do punho provoca dor no lado do polegar do punho, qual a estrutura é susceptível de ser ferido?

Resposta: ligamento colateral radial do pulso.

O ligamento colateral radial, também conhecido como o ligamento lateral externo, atribui o processo estilóide do rádio distal ao trapézio e osso escafóide, bem como para a base do primeiro osso metacarpal.
Esta banda, curto estreito de tecido fibroso está localizado bem no centro da tabaqueira anatômica - o espaço entre o abdutor longo do polegar e tendões extensor do polegar. Dor na região também pode ser causada por uma fratura do osso escafóide, tenha certeza que seu cliente tenha visto um médico para verificar essa possibilidade

1: Anatomia do ligamento colateral radial, que atribui ao processo estilóide do rádio distal do osso escafóide e trapézio.


Fig. 1: Anatomia do ligamento colateral radial, que atribui ao processo estilóide do rádio distal do osso escafóide e trapézio.
A função do ligamento colateral radial é proteger a articulação do pulso, limitando o desvio ulnar do punho (ou seja, o lado do movimento de flexão do punho em direção ao dedo mínimo). A lesão deste ligamento é comum em massoterapeutas com problemas no pulso, assim como em carpinteiros, pedreiros, ginastas e outros atletas que utilizam os seus punhos em posições estressantes.
Para avaliar o pulso direito, use a mão esquerda para apoiar o cliente do antebraço a poucos centímetros acima do pulso. Então use sua outra mão para agarrar o lado do polegar da mão do cliente. Em seguida, deverá lado a lado flex medialmente em direção ao quinto dígito para passivamente esticar o lado radial do punho. Se o ligamento é lesado, este será desconfortável. (Para testar o pulso esquerdo, inverter estas indicações.)

Fig. 2: Test (Avaliação de uma lesão do ligamento colateral radial).

Fig. 2: Test (Avaliação de uma lesão do ligamento colateral radial).
Fig. 3: A palpação (Palpação do ligamento colateral radial.) O ligamento colateral radial geralmente é ferido na sua origem, mas também pode ser lesado distalmente. Para apalpar o ligamento, coloque o polegar contra a ponta do processo estilóide na extremidade distal do rádio. Quando o ligamento é lesado, apalpando-lo desta maneira geralmente é desconfortável. Para apalpar a extremidade distal, passar para o outro lado da tabaqueira, à penhora no trapézio. Para palpar o escafóide acessório, use sua outra mão para desviar-ulnar ligeiramente o pulso de modo que os movimentos do osso escafóide lateralmente e é mais facilmente acessível.



3: A palpação (Palpação do ligamento colateral colateral radial).

Poder das maos

quarta-feira, 24 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

Sonhar acordado ajuda a melhorar memória

Você está com o celular ligado o dia todo, não para de postar no twitter e checar seus emails? E se não estiver fazendo nada disso, está usando seu cérebro para qualquer outra atividade que exige atenção? Pois bem, que tal dar um tempo de descanso para o cérebro. Estudo de neurocientistas da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, concluiu que sonhar acordado ajuda a melhorar a memória.

Para chegar a tal conclusão, fizeram um teste com 16 homens e mulheres entre 22 e 34 anos, sob a direção de Lila Davachi. Os cérebros dos participantes foram digitalizados por meio de uma máquina de ressonância magnética funcional enquanto observavam objetos, rostos ou cenas. Sem saber o motivo da instrução de olhar as imagens, tiveram um período de repouso em que deveriam deixar a mente passear. Mais tarde, a tarefa era recordar o que haviam visto. Segundo o jornal New York Daily News, por meio da varredura cerebral, a pesquisa contatou que quem realmente descansou a cabeça sonhando acordado, deixando a mente descansar, apresentou melhor memória. "

Seu cérebro está trabalhando para você enquanto você descansa, por isso o repouso é importante para a memória e para as funções cognitivas. E isso é uma coisa que nós não apreciamos muito, principalmente hoje quando as tecnologias de informação nos mantêm trabalhando o tempo todo", afirmou Davachi ao site da universidade. Terra Saúde

Diga adeus às manchas escuras e irritações na virilha, axilas e coxas

Na guerra contra as manchas que teimam em invadir a virilha, axilas e a região interna das coxas, a mulherada recorre a centenas de receitinhas caseiras e acaba muitas vezes piorando a situação.

Limão com açúcar, aveia com fubá e até pasta de argila são usadas para eliminar de vez as inimigas mortais dos biquínis e decotes. O que pouca gente sabe é que estas soluções que parecem simples e milagrosas podem se tornar um pesadelo, deixando as tão incômodas manchas ainda maiores e mais escuras.

"Receitinhas caseiras não funcionam e podem até colocar sua saúde em risco. O limão, por exemplo, é ácido e quando exposto ao sol, pode queimar e provocar lesões graves na pele. O ideal é procurar um especialista e investir em tratamentos seguros", explica a dermatologista da Unifesp, Solange Teixeira.

A seguir, a especialista explica por que as manchas nestas regiões ficam mais acentuadas e aponta as soluções para clarear a pele que escureceu.

Por que a pele escurece nestas regiões?
As axilas, virilha e as coxas são áreas que se localizam na parte interna dos membros, fazendo com que elas sofram maior atrito do que as demais, o que provoca irritação e hiperpigmentação da pele.

"Quando nos movemos, há o atrito e, consequentemente, irritação (é comum a pele ficar cheia de bolinhas vermelhas) e, muitas vezes, uma certo ardor, semelhante a sensação de assadura. Então, a pele, para se proteger da agressão, cria uma camada espessa, que com o passar do tempo tende a ficar escura", explica Solange.

Segundo a dermatologista, os outros motivos causadores do problema são: alergias; irritações causadas por cremes; depilação com lâmina e assaduras.

Morenas são o alvo
A dermatologista explica que a tonalidade da pele é determinante para a coloração da mancha e que isso deve ser levado em consideração na hora do tratamento:

"Como ocorre uma hiperpigmentação, a pele escurece em relação a sua tonalidade normal, logo, se você é morena, terá manchas mais escuras que uma pessoa de pele mais clara. Na hora de tratar, é preciso muito cuidado para que a região não clareie demais e contraste com o restante do corpo", explica.

Por que os gordinhos sofrem mais?
Como tem excesso de gordura nestas regiões, o atrito é maior e a irritação fica mais frequente. Nos dias de calor, o suor aumenta o desconforto, principalmente na região entre as cochas e nas axilas.

O que elas podem causar
-Maisena: "o amido realmente acalma a irritação aliviando o problema, mas não é capaz de clarear a pele, por isso, não funciona", explica Solange.

-Limão com açúcar: "essa é a pior solução. Se exposto ao sol, você poderá sofrer queimaduras graves", alerta.

-Fubá com aveia: "pela espessura granulada da mistura, pode ferir ainda mais a pele, provocando o escurecimento mais intenso", diz a dermatologista.

-Água oxigenada: "é um produto químico que pode agredir a pele de forma intensa, provocando lesões, queimaduras e até intoxicação", explica a especialista.

-Talco: "ele ajuda a diminuir o atrito no local, porém, sua composição química pode irritar a pele causando o efeito contrário. Faça o teste antes de usar", sugere.

Operação clareamento
Existem diversos cremes e tratamentos específicos para quem sofre com as manchas, que além de eficientes, são seguros, porém, a dermatologista alerta para os perigos do uso por conta própria: "se a sua ele é do tipo áspera e menos pigmentada e você usa um creme para peles oleosas e mais pigmentadas, pode ficar com manchas ainda maiores, dificultando a remoção. O ideal é procurar um especialista e seguir o tratamento adequado", explica.

"Boas opções para solucionar de vez o problema são os clareamentos com laser, que removem parte da pigmentação escura, ácidos clareadores, despigmentadores e peelings superficiais que não agridem a pele e ajudam na remoção das células mortas", explica Solange. "O tratamento, o número de sessões e os resultados vão depender do grau de hiperpigmentação da pele".

Prevenir é o lema!
Como já dizia o lema, prevenir é sempre a melhor solução, por isso, a especialista deixa algumas dicas que vão te ajudar a evitar as malfadadas manchas:

-Nunca use desodorantes ou cremes com álcool

-Use e abuse de cremes hidratantes

-Prefira a depilação com cera ou laser à feita com lâmina

-Use roupas mais leves e menos coladas ao corpo

-Use cremes específicos para o seu tipo de pele

-Capriche no protetor solar, pois o sol intensifica o problema. Minha Vida

Como estimular a vaidade das crianças?

Escovar os dentes, colocar uma roupa bonita, pentear os cabelos. Tem criança que adora, mas algumas correm do chuveiro e não querem se arrumar. Nesse caso, os pais devem ser firmes, diz a psicanalista infantil Annelise Scappaticci, da Unifesp. Afinal, cuidar-se não é só questão de vaidade. "Tem a ver com saber se valorizar, com o comportamento nas situações da vida", diz a terapeuta. Segundo ela, as meninas se identificam com a mãe e os meninos com o pai, e tendem a repetir o comportamento deles. "Se os pais se cuidam, os filhos vão imitar", afirma. Para estimular a vaidade de forma sadia, ajude na hora de pentear os cabelos, coloque fivelas. Fale da importância de cuidar de si mesmo, fale dos pais que vão arrumados para o trabalho, e de como é agradável sentir-se limpo. Aos 3 anos, a criança começa a querer afirmar sua identidade. Contestará os adultos, querendo sair de biquíni ou sunga no frio, por exemplo. Uma saída é dar a ela duas opções de roupas: assim ela exercita o direito de escolha e aprende o que é adequado.

É demais
Estimular a vaidade do filho é bom, mas há limites. O principal cuidado é não passar hábitos do universo adulto. Muitas meninas, por exemplo, pintam as unhas, os cabelos ou usam maquiagem desde pequenas. Os pais devem cuidar para não pular etapas do desenvolvimento da criança e não estimular a sexualidade antes da hora. Crescer

domingo, 21 de março de 2010

Artrite Reumatóide


A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica sistêmica que afeta as articulações e outros órgãos. A causa é desconhecida e não possui nenhum teste diagnóstico específico.

O American College of Rheumatology recentemente revisou os critérios diagnósticos da doença para dar uniformidade em sua investigação e epidemiologia e são eles:

rigidez articular matinal com duração > ou = a 1 hora
edema (inchaço) de 3 ou mais articulações
edema das articulações das mãos (dedos), interfalangeanas, e/ou pulso (punho) metacarpofalangeanas
edema simétrico (bilateral) dos tecidos moles periarticulares
presença de nódulos subcutâneos
Fator reumatóide no sangue positivo
erosões articulares e/ou periarticulares com diminuição da densidade óssea, nas mãos ou pulsos, observadas em exames radiológicos.
O critério para o diagnóstico é a observação contínua por 6 semanas ou mais de 4 dos 7 critérios estarem presentes.

Seu aparecimento ocorre entre a 4 e 6 décadas de vida (exceto a forma juvenil). As mulheres são mais freqüentemente acometidas que os homens (2a 3 vezes).

Sua etiologia (causa) permanece desconhecida e os pesquisadores tentam 3 pontos de investigação que são promissores:

1) fatores genéticos;
2) anormalidades autoimunes e
3) uma infecção microbiana aguda ou crônica como gatilho para a doença.
Os achados clínicos podem variar. As articulações das mãos, pulsos, joelhos, pés e tornozelos, pescoço, cotovelos, ombros, quadris, esterno-claviculares, têmporo-mandibulares e cricoaritenóide (na frente do pescoço) podem ser acometidas (dor, inchaço e inflamação com destruição progressiva articular). Outros órgãos ou tecidos como a pele, tecido subcutâneo, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue podem apresentar alterações. A chamada Síndrome de Felty (aumento do baço, dos gânglios linfáticos e queda dos glóbulos brancos em paciente com a forma crônica da AR) também pode ocorrer.

Laboratorialmente a anemia é um achado comum, assim como o nível de ferro sangüíneo. O fator reumatóide no sangue é positivo em cerca de 80% dos casos e anticorpos antinucleares, detectados por imunofluorescência em geral em baixa titulagem são encontrados em 30 a 40% dos casos.

O tratamento tem como objetivos: aliviar a dor, reduzir a inflamação, minimizar os efeitos colaterais indesejáveis, preservar a força e a massa muscular (atrofias são freqüentes) assim como a função da articulação e o retorno ao estilo de vida normal do paciente o mais rapidamente possível.

O programa inicial básico que deve ser proposto para a grande maioria dos pacientes é: repouso adequado, terapêutica antiinflamatória e medidas físicas (fisioterápicas) para manter a função articular e a massa muscular. Geralmente a hospitalização é desnecessária. Os exercícios, mesmo passivos (feitos com ajuda) devem ser mantidos assim como a terapia com calor (que causa dilatação dos vasos sangüíneos, com aumento do fluxo de sangue para a área e maior velocidade na remoção das substâncias metabólicas indesejáveis).

Os antiinflamatórios não esteróides são a base do tratamento e dentre eles podemos usar o ácido acetil salicílico, ibuprofeno, naproxeno, tolmetim, indometacina, sulindac, piroxicam, diclofenaco e outros. O ácido acetil salicílico geralmente é mais efetivo que os outros, mas pela necessidade de altas dosagens os outros podem ser melhor tolerados.

Os efeitos colaterais destas drogas podem tornar-se um problema terapêutico e os mais comuns são: irritação gastrointestinal, reações na pele, aumento do tempo de coagulação sangüíneo, toxicidade hepática reversível e comprometimento da função dos rins.

Se os medicamentos acima falham podemos usar os antimaláricos, sais de ouro, penicilamina e o metotrexate.

O antimalárico mais usado é a hidroxicloroquina que pode causar lesões retinianas e o acompanhamento oftalmológico se faz necessário.

Os sais de ouro produzem remissão do quadro em muitos casos tendo como efeitos colaterais a lesão renal e da medula óssea, também devendo ser monitorizado o uso da droga.

A penicilamina é também usada e pode produzir melhora e até remissão mas, como os sais de ouro, seus efeitos demoram a ocorrer e os mesmos cuidados acima mencionados devem ser feitos. Pode ainda induzir outras doenças autoimunes como a Miastenia Gravis, o Lupus Eritematoso e a Síndrome de Goodpasture.

As drogas imunosupressoras como a azatioprina, o metotrexate, a ciclofosfamida e o clorambucil são usados nos casos graves de AR. O mais efetivo no tratamento é o metotrexate, mas possui inúmeros efeitos colaterais.

O uso dos chamados corticóides possuem efeitos consideráveis na AR, mas devem ser evitados rotineiramente e a longo prazo, devido a suas complicações. São indicados no fracasso da terapêutica conservadora, lesões articulares severas, presença de importantes manifestações sistêmicas (outros órgãos) e existência de alterações oculares. Quando usados devem ser prescritos na menor dose possível, mas em alguns casos grandes doses são necessárias (neuropatia, cardite, pleurite, etc...). Podem causar aumento excessivo de peso, face de lua cheia, acne, manchas arroxeadas pelo corpo (equimoses), hirsutismo, diabetes, úlcera péptica, osteoporose, catarata, miopatia, distúrbios mentais e aumento do número de infecções oportunísticas. O sal mais indicado é a prednisona.


Dr. Jorge W. Magalhães de Souza é especialista em Clínica Médica e Perícia no Rio de Janeiro e teve este seu trabalho publicado na revista "Saúde e Vida On-Line".

Doenças da Mama

Muito tem se falado sobre as doenças da mama,com enfoque principalmente sobre o cancer. Hoje ocorre uma "cancerofobia" ou seja, um medo intenso do câncer, que faz as mulheres erroneamente pensarem que qualquer nodulação ou dor pode ser o sintoma de um câncer.

O objetivo deste artigo é acalmar, no bom sentido, essa cancerofobia, através do conhecimento das mamas, suas alterações normais e ensinar a reconhecer os sintomas de prováveis doenças.

É um pequeno guia com as alterações mais comuns, lembrando que existe ainda vária entidades não descritas neste artigo.

O desenvolvimento: A mama é formada por glândulas e em sua grande parte por tecido gorduroso. Na criança é formada por ductos e tecido conjuntivo, aumentando na puberdade devido ao aumento de hormônios, completando o seu total desenvolvimento em torno de 04 anos.

Após a puberdade, na idade adulta, a quantidade de tecido gorduroso aumenta juntamente com o desenvolvimento dos glândulas. Na menopausa ocorre atrofia, levando à flacidez, restando quase exclusivamente tecido gorduroso.

Alterações na criança: Antes da menina menstruar já se inicia o desenvolvimento das mamas, com o aparecimento do chamado broto mamário. Pode ser acompanhado ou não de vermelhidão, inchaço e dor no local, tendendo a desaparecer estes sintomas em poucos dias não devendo portanto ser motivo de grandes preocupações. .....Raramente o desenvolvimento das mamas é feito de maneira simétrica, podendo ficar uma mama maior que a outra. Quando essa assimetria é muito acentuada e provoca desconforto deve-se avaliar a necessidade de cirurgia corretiva.

Afecção Funcional Benigna das Mamas (AFBM): Antigamente conhecida como Displasia Mamária, hoje é aceita como uma resposta normal da mama às alterações hormonais cíclicas que ocorrem na mulher. Não se tem uma causa definida, acreditando-se que possa ser multifatorial. Os sintomas são variados, podendo se manifestar como dor, entumescimento e percepção de vários caroços dolorosos. A maioria da sintomatologia desaparece após a menstruação. O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja, feito pelo médico, sem a necessidade obrigatória de exames complementares.

É mais comum em mulheres jovens, com poucos ou nenhum filho. O principal do tratamento deste caso é o esclarecimento à mulher sobre a doença, seus fatores determinantes e sua evolução benigna. Existe o tratamento medicamentoso e o não medicamentoso.

Ectasia Ductal: É muito comum após os 40 anos, sendo caracterizada por secreção mamilar e dor, sendo que na maioria das vezes essa secreção é escurecida. É uma das doenças que mais simula o câncer. Não se sabe a causa, mas sabe-se que ocorre uma inflamação nos ductos mamários. O diagnóstico é feito clinicamente e com ajuda de exames complementares.
Mastites: É a inflamação das mamas, ocorrendo principalmente durante a fase de amamentação. Em todos os casos é acompanhada de muita dor, vermelhidão, sensação de endurecimento e tumor no local. Pode ocorrer febre. O tratamento é medicamentoso e em casos extremos é realizada drenagem.

Dor Mamária: Apesar de não ser uma doença, vale a pena ser colocado devido à sua alta incidência. É causada principalmente por variações hormonais (excetuando-se as outras patologias) e em estudo não comprovado ainda por dieta inadequada. O diagnóstico é subjetivo e clínico e o tratamento é individualizado de acordo com o caso.

Dra. Maria Beatriz Piraí de Oliveira Ginecologista e Obstetra.
Mulherdeclasse

Segunda etapa de vacinação contra gripe pandêmica começa nesta segunda-feira, 22 de março


A segunda etapa da estratégia nacional de vacinação contra gripe pandêmica começa nesta segunda-feira (22). Durante duas semanas, até o dia 2 de abril, gestantes, crianças de seis meses a dois anos e doentes crônicos (exceto idosos) receberão as doses da vacina. O público-alvo esperado é de cerca de 20,3 milhões de pessoas. A meta é imunizar pelo menos 80% dessas pessoas. Os estados, em parceria com os municípios, são responsáveis por divulgar os locais e os horários de vacinação. Em todo o país, são mais de 36 mil salas de imunização.

Todas as grávidas, independentemente do período de gestação, devem se vacinar. As mulheres que engravidarem após o fim dessa etapa poderão se imunizar nas fases seguintes. Na vacinação das crianças, pais e responsáveis devem levar aos locais de imunização apenas os bebês que já completaram seis meses de idade e os menores de dois anos. É muito importante que os pais ou responsáveis levem o cartão de vacinação da criança.

As crianças receberão uma dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Se a criança completar seis meses depois do dia 2 de abril, também poderá ser vacinada normalmente.

Em relação aos doentes crônicos, devem procurar os postos de vacinação pessoas com menos de 60 anos que têm problemas sérios de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer ou os chamados grandes obesos (veja lista abaixo). Aqueles que serão vacinados devem levar aos postos um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação do adulto, se possuírem. Não é necessário apresentar atestado médico para comprovar a doença crônica. “Optamos por não burocratizar o processo de vacinação. Confiamos no bom senso dos cidadãos. Aquele que se vacinar e estiver fora do grupo de risco deve saber que está tirando uma dose de alguém que realmente precisa”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna. Na dúvida, as pessoas devem procurar o médico mais próximo ou de sua confiança para receber orientações.

“...Confiamos no bom senso dos cidadãos. Aquele que se vacinar e estiver fora do grupo de risco (...) está tirando uma dose de alguém que realmente precisa”
Gerson Penna,
secretário de Vigilância em Saúde

Os idosos que integram esse grupo devem aguardar. A população com mais de 60 anos terá uma etapa exclusiva, entre os dias 24 de abril e 7 de maio, juntamente com a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra gripe comum. Nesse período, todos os idosos serão imunizados contra a gripe comum, como acontece todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, serão vacinados também contra a gripe pandêmica. Assim, o idoso só precisará ir ao local de vacinação uma única vez.

ETAPAS DE VACINAÇÃO – A estratégia de vacinação contra a influenza pandêmica foi dividida em cinco etapas, para públicos específicos. A primeira fase da vacinação começou no dia 8 de março e termina nesta sexta-feira (19). É voltada para indígenas que vivem em aldeias e trabalhadores de serviços de saúde envolvidos diretamente na resposta à pandemia. Nas etapas seguintes, serão vacinados adultos de 20 a 29 anos (5 a 23 de abril); idosos, incluindo os que têm doenças crônicas (24 de abril a 7 de maio) e adultos de 30 a 39 anos receberão as doses (10 a 21 de maio). Veja abaixo o cronograma completo.

Em cada uma das etapas, os postos de vacinação serão definidos pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. As vacinas serão distribuídas pelo Ministério da Saúde ao longo do período de vacinação, de acordo com cada etapa. Por isso, é importante que a população compareça aos postos de vacinação na data estabelecida para o grupo ao qual pertence. Ao todo o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.

Os grupos prioritários são aqueles que têm o maior risco de desenvolver formas graves da doença e de morrer. Eles foram definidos pelo Ministério da Saúde em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios (veja lista abaixo). Os critérios para definição dos públicos prioritários levaram em conta as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados epidemiológicos observados na primeira onda da pandemia no Brasil e a experiência dos países do Hemisfério Norte.

A OMS recomendou a imunização de quatro grupos: trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. O governo brasileiro ampliou a vacinação para outros três grupos: crianças de seis meses a menos de dois anos e adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos.

DOENÇAS CRÔNICAS PARA VACINAÇÃO

Os pacientes devem consultar o médico antes de tomar a vacina para esclarecer dúvidas e receber orientações

• Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
- crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;
- criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
- adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40
• Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar)
• Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia)
• Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular)
• Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas
• Pessoas com diabetes
• Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses)
• Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral
• Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise
• Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias
• Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki)
• Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca
• Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica:
- Hipertensão arterial pulmonar
- Valvulopatia
• Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40)
• Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40
• Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas
• Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea
• Pessoas com miocardiopatias (Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva)
• Pessoas com pericardiopatias.

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