sexta-feira, 18 de junho de 2010

3 passos para ser uma madrasta mais feliz

O número de divórcios cresce progressivamente no Brasil. Segundo o último levantamento feito pelo Instituto de Geografia e Estatística, a cada quatro casamentos, um é terminado. Em outras palavras, significa que o número de famílias que podem se formar com filhos do primeiro casamento é maior. Como conciliar? A inglesa Lisa Doodson, psicóloga e madrasta há dez anos, acaba de lançar Como Ser uma Madrasta Feliz, ainda sem previsão de chegada ao Brasil. Confira dicas do livro:

1. O primeiro encontro entre você e o filho do seu companheiro pode ser mais fácil se ele já tiver falado para a criança sobre você, do que você gosta, que você é uma pessoa especial. Quanto mais informações a criança tiver, mais segura vai se sentir. Nesse dia, façam também uma atividade que ela goste.

2. Muitas madrastas acreditam que para o bem da criança, ela deve ficar mais tempo com o pai, sem ela por perto. Isso pode acontecer, mas não deve ser uma regra. Ela precisa entender que vocês formam uma nova família, e só vai saber disso vendo vocês dois juntos e passando algum tempo com você.

3. Seja realista consigo mesma. Reveja todas as suas expectativas. OK, essa nova criança não vai amar você de um dia para o outro, então, por que você esperava por isso? Eles precisam conhecer você melhor antes de começar a gostar. Crescer

Posição do bebê dentro do útero

• No primeiro trimestre e no comecinho do segundo o feto se mexe o tempo todo. Dá cambalhotas, roda, mexe as pernas e os braços.

• Por volta da 19a semana, ele passa a variar entre três posições: pélvica (quando o bebê fica sentado), córmica (na transversal) e cefálica (de cabeça para baixo). O bebê também pode escolher apenas uma delas e permanecer assim até o final da gestação.

• Até a 28a semana, essas trocas de posições são constantes – o espaço que ele tem é grande.

• Na 32a semana o espaço que o bebê tem para se mexer é menor. Provavelmente, ele já está de cabeça para baixo, a posição ideal para o parto. Mais de 90% dos bebês escolhem, naturalmente, essa posição – ele fica com o rosto virado para a sua barriga.

• Cerca de 4% dos bebês ficam sentados dentro do útero. Essa posição pode dificultar, mas não impedir, um parto normal.

• Muitas vezes, no final da gravidez, o feto não vira de cabeça para baixo porque o cordão umbilical está enrolado pelo corpo – isso não é prejudicial para o bebê e não significa que a mulher vai precisar de uma cesariana.

• Até a hora do nascimento, o bebê pode, sim, mudar de posição, mas é muito difícil isso acontecer. Crescer

"Viagra feminino" deve encorajar mulheres a buscar tratamento contra falta de libido

Ainda é cedo demais para dizer se a eventual aprovação do “Viagra feminino”, droga que está em análise pelo FDA (Food and Drug Administration) - órgão regulador de medicamentos nos EUA, terá efeito comparável ao das pílulas contra disfunção erétil. Mas uma coisa é certa, de acordo com os especialistas: a existência de um remédio contra a falta de desejo sexual fará uma parcela enorme de mulheres que guardam segredo sobre o problema tomar coragem para buscar ajuda.

“Se algum medicamento para disfunção sexual feminina chegar ao mercado, as mulheres finalmente poderão fazer frente aos homens no que se refere à possibilidade de tratamento”, estima a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex), ligado à USP (Universidade de São Paulo).

Com o lançamento, os bloqueios sexuais da mulher seriam assunto mais frequente nos consultório médicos. Justamente o que ocorreu, há cerca de uma década, com a chegada dos remédios contra impotência no mercado. Antes disso, o homem com dificuldade de ereção levava, em média, quatro ou cinco anos para procurar ajuda. “Coma chegada das pílulas, esse tempo se reduziu pela metade, o que ainda está longe do ideal”, observa a psiquiatra.

O recente “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro”, coordenado por Abdo, indica que metade das mulheres apresentam alguma dificuldade sexual de forma persistente. O problema mais comum é a dificuldade de excitação (26,6%). Em seguida, aparecem a dificuldade de atingir o orgasmo (26,2%), a dor durante a relação sexual (17,8%) e o desejo sexual diminuído (9,5%). No entanto, apenas 5,4% dessas mulheres tentaram tratar o problema.

Considerando outro dado da pesquisa, o de que 96% das mulheres brasileiras consideram o sexo uma prioridade para a harmonia do casal, é possível concluir que há muitos relacionamentos em risco. “Temos visto cada vez mais mulheres que chegam ao consultório afirmando que o relacionamento com o parceiro é ótimo, mas falta desejo sexual”, confirma o ginecologista e sexólogo Gerson Lopes. Também é comum que muitas mulheres com dificuldade de atingir o orgasmo (problema que afeta praticamente metade das jovens até os 25 anos) desenvolvam, ao longo do tempo, uma diminuição da vontade de fazer sexo. Uol Saúde

Pessoas deprimidas comem 55% mais chocolate, mostra pesquisa

Não é de hoje que ataques descontrolados a caixas de bombons têm sido associados a momentos de frustração. Agora, a correlação foi comprovada cientificamente. Segundo estudo publicado na revista Archives of Internal Medicine, pessoas deprimidas consomem 55% mais chocolate do que indivíduos com o humor equilibrado. E quanto pior elas se sentem, maior a quantidade consumida do alimento.

A pesquisa, coordenada pela professora de medicina Beatrice Golomb, da Universidade da Califórnia, contou com mais de 900 adultos saudáveis, que tiveram seu humor e seus hábitos alimentares avaliados.

Homens e mulheres considerados deprimidos comiam 8,4 porções de chocolate por mês, contra 5,4 consumidos pelos participantes que não apresentavam depressão. Os indivíduos com sintomas mais intensos chegavam a comer 12 porções por mês, segundo os pesquisadores.

Embora a cultura popular atribua a mania de devorar doces às mulheres, o estudo mostrou que homens também tendem a comer mais chocolate quando estão "para baixo". Mais da metade dos participantes da pesquisa eram do sexo masculino e os resultados foram similares para os dois gêneros.

De acordo com Golomb, não dá para saber se exagerar no chocolate funciona como uma espécie de automedicação para quem está deprimido, como indicam outros estudos, ou se ele é a própria causa dos sintomas. Assim como o álcool, a guloseima pode trazer uma sensação imediata de prazer e energia, mas, a longo prazo, faz as pessoas se sentirem ainda mais angustiadas, já que se trata de um alimento altamente calórico. Uol Saúde

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pintar rosto com tinta errada pode causar choque anafilático

Com os jogos da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo, muitas pessoas apostam em colorir o rosto com as cores da bandeira na hora de vibrar pelo País. Mas o uso de produtos inadequados para se pintar pode provocar uma série de problemas.

Tintas sem procedência chegam a causar dermatite de contato (inflamação da pele). As "piratas" são as mais perigosas, porque contêm uma quantidade maior de substâncias alergênicas. De acordo com a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, caso o torcedor seja alérgico a alguma delas, como o látex, pode chegar a ter até um choque anafilático (reação alérgica aguda e grave).

Apesar de o guache ser hipoalergênico e atóxico, foi desenvolvido para ser utilizado sobre o papel. Aplicá-lo na face abre a possibilidade de apresentar reações alérgicas, irritações ou queimaduras. Os mesmos inconvenientes se aplicam às tintas plásticas.

No mercado, existem produtos especiais destinados ao rosto. Geralmente, são feitos de água e glicerina, e saem facilmente com sabonete. A dica da médica é sempre verificar se são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Terra Saúde

Culinária dos países da Copa do Mundo cabe na dieta

Em tempos de Copa parece que o mundo fica mais unido. Dá até para conhecer mais sobre a cultura dos países envolvidos no torneio. Temperos, recheios, vegetais, cada lugar tem a sua especialidade. Conheça um pouco mais sobre os pratos típicos de seis países que disputam a Copa da África e saiba como ajustá-lo a sua dieta.

Alemanha no cardápio

A culinária típica alemã tem como base a carne de porco. Quem faz dieta tenta passar longe dela, pois a carne suína é conhecida por seus cortes gordurosos. De fato, a carne tem mais gordura do que a bovina e a de frango, porém, não precisa deixá-la de lado. Principalmente, porque o alimento é uma das principais fontes de vitamina B1 (tiamina), que participa do metabolismo energético, melhorando o funcionamento nervoso.

A melhora na criação de porcos, com alimentação mais equilibrada e selecionada, permitiu que o nível de gordura desta carne fosse reduzido em 30%. Além disso, a carne de hoje, comparada a de vinte anos atrás, está 14% menos calórica e com 10% menos colesterol.

"Um prato balanceado pode considerar um pedaço de carne de porco (assado, grelhado ou cozido), acompanhado de salada crua e arroz e feijão, combinando assim proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. Alimentos ricos em vitamina C, como maçã e abacaxi, podem ser acrescentados ao prato para auxiliar na digestão das proteínas da carne", explica a nutricionista do Dieta e Saúde, Roberta Stella.

Churrasco à moda argentina

Nossos hermanos são especialistas das carnes no espeto. O churrasco argentino é imbatível. O cultivo do gado e o preparo conferem carnes bem macias e suculentas. Mas, nós brasileiros, aprendemos direitinho e até aperfeiçoamos a receita, incluindo mais opções. E quando o fim de semana se aproxima, não há quem resista. O problema é que o cardápio geralmente vem acompanhado de muita gordura e proteínas. Porém, você não precisa lutar contra a sua vontade. "Dá para incluir o churrasquinho do fim de semana na dieta, desde que com moderação", afirma Roberta Stella.

Uma boa dica para não exagerar na dose é prestar atenção nos acompanhamentos. "Comece a refeição com bastante salada e legumes, pois são ricos em vitaminas e fibras e, além disso, proporcionam maior saciedade, fazendo com que haja maior controle no consumo de pratos quentes", aponta a nutricionista. Utilize temperos mais leves para a salada. O molho vinagrete é uma ótima opção.

Na hora das carnes, "a alcatra e a maminha são as mais magras, além do tradicional franguinho (sem pele). Se quiser não resistir à picanha, descarte a capa de gordura. Passe longe da costela e do cupim, que são muito gordurosas." Não consuma mais que meia unidade de linguiça, pois além de gordura, são ricas em sódio.

Peixes à espanhola

Os frutos do mar são o que mais se destacam na culinária da Espanha. O país é um dos maiores consumidores de peixes, por causa da variedade disponível em seus mares. A Espanha utiliza-se também de muitos elementos da culinária mediterrânea, considerada a mais saudável pelo European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition, já que proporciona menor incidência de doenças cardiovasculares e outras enfermidades crônicas, além de aumentar a longevidade. O consumo elevado de verduras, legumes, frutas e grãos, aliada à ingestão moderada de peixes e frango e, claro, o uso do azeite de oliva.

Tudo acompanhado por um bom vinho dá o tom da dieta do mediterrâneo e da culinária espanhola. "Essa dieta prioriza alimentos com gorduras consideradas boas para o organismo e baixa quantidade de colesterol, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares", explica a nutricionista do Dieta e Saúde.

Podemos incluir boa parte da alimentação espanhola na nossa dieta. Principalmente os peixes, pois contém ômega-3, uma gordura do bem, que favorece o fortalecimento do sistema imunológico e contribui para a redução dos níveis de colesterol. Além disso, o alimento melhora os níveis de serotonina e dopamina no cérebro, substâncias associadas ao bem-estar, e diminuem o nível de insulina, dificultando o desenvolvimento de diabetes.

O azeite de oliva também é benéfico. Uma pesquisa nacional feita em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Metabolismo e Nutrição revelou que o azeite de oliva é o alimento funcional mais importante, por reunir uma série de nutrientes que auxiliam na prevenção de doenças e estimulam o cérebro, além prevenir a degeneração dos neurônios.

Hambúrguer norte-americano

O país do fast-food é também o com maior índice de obesidade. Segundo estatística do Centro de Controle de Doenças americana, mais da metade da população adulta está acima do peso e, provavelmente, viverá menos que seus pais.

Além de gorduras, os fast-foods carecem de nutrientes e contém muito sódio, mineral responsável pela retenção de líquido no corpo, pelo aumento de problemas cardiovasculares e dos riscos de hipertensão. Porém, hoje em dia é tendência nas redes oferecer opções mais saudáveis e leves. "Conhecendo os alimentos oferecidos por essas redes de fast food, basta ter disciplina para optar pelas refeições mais saudáveis e não passar vontade", ensina Roberta.

Tente optar pela salada. Isso fará a quantidade de calorias da refeição despencar, se comparada com a combinação sanduíche e batata-frita. Algumas redes oferecem refil de refrigerante. Não caia em tentação e substitua o refrigerante pelo suco ou pelo chá gelado. Escolha sempre a menor porção, evitando quantidades maiores de acompanhamento.

O lanchinho em casa pode ser a melhor opção, com hambúrguer grelhado, pão integral e muita salada para rechear.

À italiana

Pizza, massas, almôndegas. A culinária italiana já está mais que incorporada no hábito alimentar do brasileiro. O difícil é ter quem resista. Sabendo disso, sua dieta pode sim conter o mais gostoso da Itália, sem prejudicar a balança.

"As massas combinadas com molho podem se tornar muito calóricas e, por isso, é necessário atenção na hora de escolher. Se for preparar um macarrão, opte pelos que não tem recheio e pelo molho de tomate, já que o molho branco, quatro queijos e à bolonhesa são bastante calóricos", aconselha Roberta Stella.

Acrescentar a massa à salada pode ser uma boa opção. Mata a vontade e fica mais leve. O importante é não abusar da refeição. "Assim como qualquer outro prato, a massa tem nutrientes importantes para a dieta".

Substituir a farinha de trigo pela integral ou de soja, acrescentar espinafre na preparação e substituir o queijo do recheio de pães e salgados por hortaliças e legumes, como cenoura, batata ou brócolis, podem deixar sua massa um pouco mais leve.

Brasileira para dar sorte

Não há nada como uma comidinha bem brasileira. Apesar de o nosso país misturar sabores, cores e gostos de todos os cantos do mundo, nós sempre recaímos sobre a dupla dinâmica "arroz com feijão". E o prato não é sem graça não, como a expressão passou a indicar. Muito mais que isso, a combinação é uma delícia e pode ser muito usada em nossa dieta.

"O arroz é fonte de carboidratos e vitaminas do complexo B, já o feijão (leguminosa) é fonte de ferro, proteínas e fibras. Por isso, a dupla se completa e faz a combinação ideal para quem quer manter uma dieta nutritiva e equilibrada, além de proporcionar saciedade de longa duração", explica a nutricionista do Dieta e Saúde. Minha Vida

Ajuste a sua sala de TV para assistir aos jogos da copa

A sala da TV vira arquibancada com o Brasil em campo na Copa do Mundo. Família e amigos se reúnem tentando encontrar a melhor posição para assistir aos jogos.

Por um lado, o clima de descontração e a adrenalina levam a torcida ao delírio e tornam o dia ainda mais agradável, por outro, o senta, levanta e se arruma para tentar assistir aos jogos pode causar dores no corpo e, se a sua sala não está adaptada para receber tantas pessoas e para a exposição à televisão por muito tempo, a situação pode ficar ainda pior.

"Ficar sentado com o corpo torto por muito tempo ou se acomodar em um sofá irregular, podem dar chance para as dores lombares", explica a fisioterapeuta Neuseli Marino Lamari.

Sofá ideal
Segundo a fisioterapeuta, deve-se evitar sofás, cadeiras ou poltronas muito baixas ou muito altas, ou seja, que não proporcionem o apoio dos pés adequado no solo e a postura ereta da coluna. "Outro cuidado são os bancos sem encosto que expõem mais facilmente a quedas para trás", explica a fisioterapeuta.

Recomenda-se também, verificar se os assentos estão seguros. "Situações de instabilidade das estruturas dos assentos em época de entusiasmo exigem segurança para evitar acidentes e consequentes traumatismos com a coluna, braços e
Alongamento já
O alongamento também vai variar de acordo com o tempo de exposição à determinada posição, mas quando falamos em esticar os músculos é importante que as principais cadeias musculares sejam alongadas.

"Todo alongamento deve começar a ser feito da cabeça para os pés ou dos pés para a cabeça, para que o indivíduo não se esqueça de nenhuma parte do corpo", explica Raul Santo, fisiologista do esporte da Unifesp.

Distância da TV
Outro problema para quem fica horas exposto à televisão é a proximidade. Quanto mais próximo dela, mais as chances de forçar a visão. Se a TV for de alta resolução ou 3D, é melhor manter distância para não alterar o labirinto e ficar tonto. "Além do problema de postura, outro aspecto importante é a posição da televisão na sala. A altura e a distância são fundamentais para evitar problemas de visão e tontura. Com estas novas tecnologias o problema se agrava um pouco porque forçam mais a visão e podem comprometer a noção de espaço por alterar o labirinto", explica a oftalmologista Rachel Gomes Nery, da Cerpo Oftalmologia.

"O tamanho da TV também influencia no conforto visual. Salas maiores, por exemplo, podem ser equipadas com telões, deixando os jogos ainda mais emocionantes. Afaste os móveis de lugar", sugerem as arquitetas Grasiele Forini e Gabriela Meletti. Quanto menor a quantidade de móveis na sala, melhor, assim mais pessoas podem ocupar o espaço.

"Utilize outras peças da casa para acomodar os convidados, lembrando que mesas de apoio devem permanecer para comes e bebes. Um tapete confortável ou almofadas são uma boa pedida para quem gosta de sentar no chão. Nessas horas as pessoas não se importam muito de ficar amontoadas, o importante é estar entre amigos e comemorar", diz a arquiteta Gabriela Meletti. Minha Vida

domingo, 13 de junho de 2010

Dependentes de sexo lutam para se livrar da compulsão

“Eu chegava a sair com seis ou sete mulheres em uma só noite. Enquanto não acabasse o dinheiro, a adrenalina, até eu ficar exaurido, eu não parava. Depois, sentia uma grande culpa e depressão.” O relato é do representante comercial Galego (nome fictício), de 46 anos, que há sete faz tratamento contra a compulsão sexual em São Paulo.

O drama dele é o de muitos que vivem no anonimato. Caracteriza a chamada dependência do sexo ou disfunção sexual. Pessoas que, à procura da satisfação da libido, com parceiros ou não, perdem o controle. Galego conta que pagou tanto para ter prostitutas, bebidas e drogas que faliu. “Em 26 anos, gastei R$ 1 milhão com a compulsão.”

Histórias da vida real foram parar na ficção. Na novela da TV Globo Passione, Maitê Proença é Stela, uma mulher casada que tem fissura por homens mais jovens. Faz sexo com eles sem querer saber seus nomes ou marcar o próximo encontro. Em Caminho das Índias, a personagem Norminha, interpretada por Dira Paes, amava o marido, mas não tinha o menor pudor em traí-lo com um monte de desconhecidos.

“A pessoa não tem controle sobre o desejo sexual. É a necessidade de buscar mais prazer, mais parcerias. Isso pode ser através do sexo ou da masturbação”, explica o psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em sexualidade humana.

Com as redes sociais, o problema se agrava. “Tem gente que passa o dia inteiro programando atividades sexuais e a internet é ótima para isso”, afirma o médico, que faz parte do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e dá aulas na PUC-SP. O estudante Leonardo (nome fictício), de 29 anos, até tentou, mas não gostou da experiência do sexo virtual.

“Você se decepciona porque as pessoas não são o que dizem. Teclam com você e com outras tantas ao mesmo tempo”, diz o rapaz. Para preencher o vazio de um relacionamento amoroso ruim, Leonardo, que é homossexual, buscou parceiros fora de casa. Isso começou há oito anos. “Olhava para um cara na rua e saía com ele ou transava com gente que encontrava em baladas GLS”, admite.

Segundo Leonardo, podiam ser cinco pessoas por semana ou duas por dia. “Eu estava totalmente perturbado, sem autoestima. Saía para ouvir dos outros que era bonito, elegante, gentil. Era o que eu não tinha no meu relacionamento”, conta ele, que há dois anos namora, se diz feliz e “equilibrado”.

Ajuda no DASA
Mesmo assim Leonardo continua a frequentar a entidade Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (DASA). A filosofia deles é a mesma da dos Alcoólicos Anônimos (AA). Pessoas se reúnem em sessões periódicas para compartilhar os problemas. São as partilhas. Tudo é na base do diálogo e na premissa de que “só por hoje” o dependente será uma pessoa melhor, sem recaídas.

No caso do DASA, os dramas são relacionados à compulsão pelo sexo, pelo prazer ou insatisfações nos relacionamentos amorosos. “Cheguei lá e vi gente com problemas iguais aos meus. Eu me confortava em saber que não estava sozinho, que não havia preconceito e, sim, muito respeito”, afirma Leonardo sobre o DASA.

As reuniões são uma parte do “tratamento”, que é gratuito e dispensa remédios. A programação foca nos 12 passos, espécie de mandamentos que podem ajudar no processo de recuperação. Eles sugerem que os dependentes admitam o problema, rezem e até façam um “destemido inventário moral” delas mesmas para tentar reparar o mal que possam ter feito a outros. “Nossa finalidade é fazer com que a pessoa se relacione melhor com ela e com os outros de forma saudável”, explica Galego, um dos porta-vozes da entidade.

De acordo com o site do DASA, as reuniões acontecem em quatro endereços da capital paulista. Em agosto, Galego acumula sete anos de DASA e de histórias. “Tenho um companheiro de sala que se masturba 40 vezes por dia. Até sangrar. É muito difícil. Você quer parar e não consegue.” Galego afirma que, graças ao apoio que encontrou na entidade, recuperou “muitas áreas” de sua vida, como o relacionamento com a filha e dinheiro.

“Quando a pessoa chega ao DASA está detonada. Depois, começa a progredir e se afasta. Aí podem vir as recaídas”, completa Galego, que acredita ser difícil haver uma cura definitiva. A doutora em psicologia pela PUC-SP Ana Maria Zampieri concorda. “Não existe cura. Existe estar em abstinência da compulsão para o resto da vida”, atesta ela, que publicou livros sobre o tema da sexualidade.

Para Ana Maria, a busca incontrolável pelo prazer tem explicações “biológicas, psicológicas e socioculturais”. Situações de abandono ou abuso sexual na infância podem desencadear o problema. “As crianças abusadas se tornam adultos carentes, que misturam carinho, atenção com sexo. Buscam exaustivamente preencher um vazio que não vai ser satisfeito com o sexo.” O distúrbio ainda pode afetar pessoas muito tímidas, que não conseguem se relacionar.

O funcionário público de São Paulo Fabiano (nome fictício), de 41 anos, conta que foi abusado sexualmente por sua babá aos 3 anos de idade. Acredita que isso influenciou no seu comportamento no futuro. Em 1999, ele disse "estar no auge" da compulsão. "Eu não conseguia ficar um dia sem sexo. Saía antes e depois do trabalho para procurar mulheres", revela ele, que gastava dinheiro com garotas de programa.

Fabiano chegou a colocar anúncios em jornais para arrumar namorada e diz que sempre foi um menino "muito carente" e, por isso, procurava prostitutas para suprir isso. Quando se casou pela primeira vez, aos 20 anos, pareceu ter encontrado a parceira ideal. "A gente chegava a ter 20 relações por dia." Hoje, casado novamente, o funcionário público se diz controlado e aliviado em não ter mais a síndrome da abstinência sexual. "Sentia dores no corpo, calor excessivo, irritação e insônia."

Proad
Há outro caminho para tratar a compulsão sexual: a psicoterapia. O Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), oferece essa ajuda. Os médicos criaram o Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico em 1994. “As pessoas têm devaneios, ficam imaginando o sexo de maneira que não conseguem desligar e a perda de controle é que define a dependência”, conta o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, do Proad.

Segundo ele, o problema atinge tanto homens e mulheres casados como solteiros. Seja de vida pacata seja de vida promíscua. “Tem gente que vai à sauna gay e passa o fim de semana lá. Tive um paciente que fez isso e transou com 80 pessoas”, relata Vieira Júnior. “A pessoa faz quando quer, como quer e com quem quer.” G1 SP

Dieta rica em carne pode antecipar menstruação, diz estudo

Uma pesquisa da Universidade de Brighton, na Grã-Bretanha, sugere que meninas que têm uma dieta rica em carne podem começar a menstruar antes que outras crianças.

Os pesquisadores compararam as dietas de mais de 3 mil meninas de 12 anos e descobriram uma ligação entre a menstruação antecipada e o alto consumo de carne aos três anos de idade (mais do que oito porções por semana) e aos sete anos (mais de 12 porções por semana).

No artigo, publicado na revista especializada Public Health Nutrition, os pesquisadores afirmaram que a dieta rica em carne pode preparar o corpo para a gravidez, desencadeando a puberdade antecipada.

"Carne é uma boa fonte de zinco e ferro, requisitos que são altos durante a gravidez", disse a coordenadora do estudo, Imogen Rogers, da Universidade de Brighton.

"Uma dieta rica em carne pode ser vista como indicativo de condições nutricionais adequadas para uma gravidez bem sucedida", acrescentou.

Os cientistas pesquisaram meninas de 12 anos e oito meses, separando-as em dois grupos: as que já tinham começado a menstruar e as que ainda não tinham menstruado.

Ao comparar as dietas destas meninas nas idades de três, sete e dez anos, eles descobriram que o consumo de carne em idade precoce estava fortemente ligado com a menstruação antecipada.

As chances de se ter a primeira menstruação aos 12 anos de idade eram 75% maiores entre aquelas que comiam mais carne aos sete anos.

A menstruação antecipada está ligada ao aumento no risco do desenvolvimento de câncer de mama, possivelmente devido ao fato de estas mulheres estarem expostas a níveis mais altos de estrogênio durante suas vidas.

Mas os pesquisadores destacam que não há necessidade de as meninas cortarem a carne de suas dietas e sim moderar nas quantidades.

Na pesquisa, as meninas de sete anos que se encaixavam na categoria de maior consumo de carne comiam realmente grandes quantidades do alimento, eles afirmaram.

Peso
Ao longo do século 20, a média de idade na qual as meninas iniciam a menstruação caiu dramaticamente e agora dá sinais de estabilização.

Isto se deve a uma melhora na nutrição e ao crescente nível de obesidade, que tem impacto nos hormônios.

Embora as descobertas do estudo atual sejam independentes da questão do peso, o estudo confirma pesquisas anteriores ao mostrar que garotas mais pesadas tendem a menstruar mais cedo.

No entanto, para Imogen Rogers, o peso não pode ser o único fator que influi neste fato, já que a média de idade da primeira menstruação não variou necessariamente com os níveis de obesidade.

Ken Ong, endocrinologista pediátrico do Conselho Britânico de Pesquisa Médica, afirmou que no último século ocorreram "grandes mudanças" no momento em que ocorre a primeira menstruação.

Ong acrescentou que a ligação com o consumo de carne é "plausível".

"Isto não está relacionado a um tamanho maior do corpo, mas pode estar relacionado a um efeito mais direto da proteína da dieta nos níveis de hormônio", afirmou. Yahoo/BBC Brasil