quinta-feira, 21 de julho de 2011

Libido sexual e pílula anticoncepcional

Pílulas anticoncepcionais causam queda da libido sexual? Muitas mulheres já passaram por essa situação e a dúvida é recorrente nos consultórios ginecológicos. Mas uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que o problema pode ser psicológico ou estar ligado a fatores externos, como o relacionamento com o parceiro.

O estudo ouviu 50 mulheres sexualmente ativas, usuárias de contraceptivos orais ou de injeção. Elas responderam a um questionário, no qual foram medidos desejo e satisfação sexual. Os níveis de testosterona e estrogênio também foram checados e, apesar dos índices de testosterona livre serem maiores nas mulheres que optaram pela injeção, não foi detectada diferença significativa nos níveis de desejo e satisfação sexual entre os dois grupos.

Para não haver alteração nos dados da pesquisa, foram selecionadas mulheres com as mesmas características, com parceiros sexuais estáveis, opção religiosa semelhante e uso contínuo de anticoncepcionais há aproximadamente quatro ou cinco anos. Além de não haver ligação comprovada entre o uso da pílula e a falta de libido, o estudo também mostrou que as usuárias do método eram mais responsáveis e tiveram um índice menor de gravidez não planejada.




BOLSA DE MULHER

Hepatite C

A hepatite C é causada por um vírus transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas a infecção também pode passar através das vias sexual e vertical (da mãe para filho). O portador do vírus da hepatite VHC pode desenvolver uma forma crônica da doença que leva a lesões no fígado (cirrose) e câncer hepático.

No Brasil, há cerca de 2 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C. Não há vacina contra a doença.

Sintomas

A hepatite C é assintomática na maioria dos casos, ou seja, o portador não sente nada após a infecção pelo vírus. Em algumas situações, pode ocorrer uma forma aguda da enfermidade que antecede a forma crônica. Nesses casos, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares. No entanto, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.

Diagnóstico

O exame de escolha para diagnóstico da hepatire C é a pesquisa de anticorpos contra o vírus da hepatite C, o anti-VHC. Entretanto, muitas vezes, a enfermidade é diagnosticada durante exames de rotina ou durante a investigação de outras doenças.

Tratamento

O tratamento consiste na combinação de interferon (substância antiviral produzida por nosso organismo e que combate o vírus da hepatite C) injetável três vezes por semana associado a uma droga (ribaveriva) administrada por via oral por um tempo que varia entre seis meses e um ano.

Quando não há cirrose instalada, as chances de eliminação total do vírus do organismo variam entre 30% e 70%, dependendo do tipo de vírus, que pode pertencer a dois genótipos: 1 ou não-1.

No início do tratamento, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe forte: dores no corpo, náuseas, febre. Perda de cabelo, depressão, vômitos, emagrecimento são outros sintomas possíveis.

A cura é definida pela ausência de vírus no sangue seis meses depois do terminado o tratamento. As chances variam entre 40% a 60%, dependendo do tipo de vírus.

Recomendações

* Fique longe das bebidas alcoólicas, se é ou foi portador do VHC;

* Não utilize drogas injetáveis;

* Certifique-se de que todo o material utilizado para coleta de sangue seja descartável;

* Verifique se agulhas ou qualquer outro objeto que entre em contato com sangue é descartável ou está devidamente esterilizado;

* Leve seu próprio material quando for à manicure;

* Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;

* Só faça sexo com preservativo;

* Tome as vacinas contra as hepatites A e B, a vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia, se é portador do VHC.

Drauzio Varella