sábado, 19 de dezembro de 2009

Os alimentos que combatem rugas

A indústria alimentícia começa a lançar produtos que levam na receita nutrientes capazes de combater rugas e companhia. fique por dentro dessa nova tendência da nutrição.

O copo de leite que a gente toma de manhãzinha, acompanhado de fatias de pão integral com um queijo magro ou de goles de um suco de fruta, não garante apenas um início de jornada bem nutrido. Eles podem deixar sua pele macia, suas unhas e cabelos mais firmes e, acredite, ainda ajudam a combater rugas. Parece bom demais para se verdade? Pois saiba que isso já existe: bem-vindo à era dos alimentos enriquecidos com finalidades puramente estéticas. Essa tendência começou na Europa e nos Estados Unidos e já desembarcou no Brasil

“Atualmente existem no mercado vários produtos com colágeno, a proteína que dá sustentação às células”, exemplifica Jocelem Mastrodi Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais. “Sua deficiência provoca, entre outras coisas, a diminuição da elasticidade da pele e o aparecimento dos vincos”, explica Jocelem. “Por sorte, estudos mostram que o consumo diário dessa substância não tem contraindicação e estimula a sua produção no nosso organismo.”

Os antioxidantes também estão sendo adicionados às receitas de muitos alimentos industrializados. “Eles auxiliam no combate aos radicais livres, que provocam o envelhecimento celular”, justifica a dermatologista Ana Cristina Fasanella, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

“A nutrição está diretamente relacionada com a estética”, afirma a dermatologista Marcella Delcourt, da Santa Casa de São Paulo. “Os trabalhos mais recententes reforçam esse elo”, acrescenta o dermatologista Adilson Costa, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior de São Paulo. “E, quanto mais variada a dieta, melhor. Sua pele agradece”, afirma ainda a nutróloga carioca Tamara Mazaracki, que é especialista em medicina antienvelhecimento. Mas, é claro, na hora de variar, alterne principalmente aqueles alimentos que, nesse sentido, são uma beleza. Veja, a seguir, quais são.

Salmão
Esse peixe rosado é o melhor amigo da nossa pele — palavra do dermatologista Nicholas Perricone, o médico das estrelas do showbiz americano. Explica-se: esse pescado é rico em uma substância de nome extenso, o dimetilaminoetano, que é mais conhecido como DMAE. Ela, que ficou famosa na formulação de cremes, também promete promover à mesa o efeito Cinderela, aquele que deixa a cútis mais esticada. Para esse passe de mágica ser notado diante do espelho, a receita do doutor Perricone é comer muitos, mas muitos filés de salmão dois ou três dias antes de um evento especial — aquele em que você precisa parecer o máximo.

Exageros à parte, de fato os peixes de água gelada — como a sardinha, a truta, a anchova, o arenque e, claro, o próprio salmão — devem sempre estar no cardápio. “Eles são ricos em ácidos graxos ômega-3, 6 e 9. Essas gorduras auxiliam na manutenção da barreira epidérmica, que protege o tecido, melhorando sua textura e hidratação”, explica Adilson Costa. “E têm ação antiinflamatória”, acrescenta Ana Cristina Fasanella. A linhaça, o gergelim, o azeite, as oleaginosas e os ovos também contam com pequenas porções desses ômegas. “Os ovos, assim como o leite e seus derivados, oferecem ainda vitamina D, que previne o envelhecimento precoce ao deixar a pele mais resistente”, complementa Tamara Mazaracki.


Castanha-do-pará, cogumelos, grãos integrais, frutos do mar, gérmen de trigo, leite e uva
Esse grupo reúne fontes de minerais que não devem ficar de fora da alimentação de qualquer indivíduo com um pendor mais narcisista. A castanha-do-pará, assim como os frutos do mar e o trigo integral, tem selênio, por exemplo. “Ele combate os radicais livres”, justifica Jocelem Mastrodi Salgado. O cálcio, do leite e seus derivados, folhas de tom verde-escuro e sardinha, e o magnésio, dos grãos integrais e das oleaginosas, são essenciais para o bom funcionamento das células da pele. Já o zinco, das sementes e do gérmen de trigo, tem ação anti-inflamatória e cicatrizante. “Todos eles, mais o cromo, presente nas uvas e na aveia integral, e o silício, dos cogumelos e pimentões vermelho e amarelo, ajudam a combater a flacidez e os sinais da idade. Inclusive porque estão envolvidos na produção de colágeno”, conta Tamara Mazaracki.

Tomate, frutas cítricas, pepino e cenoura
Esses são alguns exemplos de alimentos vitaminados. As frutas cítricas carregam doses de vitamina C que combatem — adivinhe! — os radicais livres. Em matéria de pele, você precisa valorizar também as fontes de vitamina E, caso da manga, da couve, da ervilha e do arroz integral. E, claro, também coloque no prato os que estocam a vitamina A, como a cenoura, a abóbora, a papaia e o pêssego. “O tomate, em matéria de beleza, merece destaque. Sua ação é ainda mais forte graças ao licopeno, que tem um potencial imenso contra o envelhecimento”, conta Jocelem. “Na forma de molho, quando o fruto é cozido, o aproveitamento dessa substância pelo organismo é ainda maior”, ensina Jocelem, que dá ainda a dica: “Faça um rodízio de frutas durante a semana. Isso vai garantir o aporte de vitaminas, minerais e fitoquímicos necessários para a manutenção da sua saúde e beleza”.

Carne, frango, ovos e laticínios
Proteína é algo que esses alimentos têm de sobra. E, para a pele, vale dizer: a melhor proteína é mesmo a do tipo animal, mais bem aproveitada do que a de origem vegetal, encontrada em leguminosas e cereais. Esse tipo previne a perda muscular e, de quebra, a flacidez da pele. “A lisina e a prolina, dois aminoácidos encontrados nos animais, são a matériaprima para a fabricação do colágeno e da elastina”, diz Tamara Mazaracki. Abril

Saiba lidar com a depressão que surge no Natal e Ano Novo

A imagem de propagandas e programas de TV com pessoas extremamente felizes festejando o Natal e o Réveillon levam alguns a acreditar na alegria de todos, menos na sua.

Os quadros de Depressão no fim de ano são muito comuns, podendo aparecer, particularmente, entre pessoas que têm vulnerabilidade para aceitar mudanças no ritmo e nas circunstâncias de vida do ser humano. Há vários contextos e situações de vida que incidem neste período e que funcionam como gatilhos estressores.

Memórias remotas negativas, lutos e feridas psicológicas ainda latentes e dolorosas podem contribuir para a depressão natalina, por exemplo.

É comum que em determinadas épocas do ano, as pessoas reajam de maneira diferente, em consequência aos determinados estímulos que a estação do ano, épocas comemorativas, férias, bem como fim e início de ano. Muitas vezes sentem-se eufóricas, cheias de esperança; mas, em outras, ficam mais recolhidas e pensativas, com o humor deprimido, algumas sentem dificuldade de sair da cama, ou aumentam o consumo de massas e chocolates (alimentos precursores de serotonina). Outro sintoma comum costuma ser a falta de motivação para realizar as funções básicas do dia-a-dia. Muitas pessoas não se sentem felizes com o advento do Natal e do Ano Novo, e sua tristeza, contextual e localizada, a faz sentir culpada por não conseguir achar graça em comemorar algo que todos estão comemorando.

Banalização:
Muitos profissionais não acreditam que esses sintomas são motivos para procurar um médico, pois consideram que: “a pessoa está tristinha” e “um pouquinho desanimada”. A questão é: Quem se responsabiliza pelas proporções que esse estado de desânimo pode chegar? Como nós, profissionais da área da saúde mental, podemos qualificar e banalizar sentimentos das pessoas? Como autorizar aquele que sofre a deixar de lado seu sentimento, legitimando sua tristeza como “menor” ou “não tão grave”.

É muito importante que a Depressão de Fim de Ano ou não seja diagnosticada e orientada por profissionais das áreas competentes e responsáveis. Temos todos que ficar atentos. Profissionais, familiares, amigos e até mesmo aqueles que estão passando por tal situação. Justificar como sendo comum ficar triste no Natal ou no Fim de Ano, é o mesmo que abandonar ao mero acaso tal sofrimento, sendo que a medicina e a psicologia, atualmente, possuem recursos com poucos efeitos colaterais e eficazes - para casos específicos e contextuais.

Sentimentos de depressão podem ser altamente danosos à saúde:
Os sintomas de depressão podem ser altamente danosos à saúde, um exemplo é o fato do consumo ou da compulsão por carboidratos, açúcares e álcool, que além do aumento de peso, trás consigo problemas cardíacos, risco de diabetes, dependência e outras doenças, além do comportamento distorcido de que tais ações tranquilizam e miniminizam a dor.

Caso você tenha qualquer sintoma melancólico ou depressivo, procure a ajuda médica, pois quanto antes seu diagnóstico for detectado, mais rápido será o tratamento e, consequentemente, o alívio do sintoma.

Mesmo aqueles que não se sentem deprimidos, aproveitem o final de ano para fazer um balanço de tudo o que aconteceu, e fazer novos projetos, estabelecendo novas metas.

Para muitos, datas como Natal e Ano Novo lembram família. Perdas e mortes, separações, luto e saudade podem favorecer, em indivíduos vulneráveis, o surgimento de um quadro depressivo. Sua intensidade varia de acordo com cada pessoa.

A imagem de propagandas e programas de TV com pessoas extremamente felizes festejando o Natal e o Réveillon levam alguns a acreditar na alegria de todos, menos na sua.

Depressão: sintomas comuns:

Pessimismo;

Dificuldade de tomar decisões;

Dificuldade para começar a fazer suas tarefas;

Irritabilidade ou impaciência;

Inquietação;

Desejo de morrer;

Chorar por qualquer motivo;

Dificuldade de terminar coisas que começou;

Sentimento de pena de si mesmo;

Persistência de pensamentos negativos;

Queixas frequentes;

Sentimentos de culpa injustificáveis;

Perda ou aumento de peso e apetite;

Insônia;

Perda ou Diminuição do desejo sexual; Sáude Mental

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Por que o envelhecimento acontece

Por que
O processo de envelhecimento envolve o declínio das funções do corpo. As células amadurecem até um ponto em que não conseguem mais se renovar. Os órgãos, então, vão perdendo funcionalidade. Sem falar que, ao longo da vida, nossas células sofrem constantes agressões dos radicais livres, do excesso de hormônios como a insulina em circulação, da alta taxa de gordura, entre outros. E isso vai desgastando os tecidos. Todo esse processo depende de fatores genéticos e ambientais, além da forma como o próprio metabolismo reage a essas agressões. Por isso cada um envelhece de um jeito. Entre os tecidos mais suscetíveis ao envelhecimento, por terem menor capacidade de regeneração, estão os músculos, o cérebro, o coração e os olhos.

Para garantir um envelhecimento saudável, ou pelo menos aumentar consideravelmente as chances de chegar lá, é preciso atuar na prevenção desde cedo. Aí entram os hábitos saudáveis desde a juventude, incluindo uma rotina de exercícios, uma dieta adequada e check-ups constantes. Estudos mostram, por exemplo, que um cardápio de baixas calorias e cheio de nutrientes com alto poder antioxidante é capaz de retardar o processo. Além disso, é preciso atacar os problemas assim que eles forem surgindo. O idoso pode e deve tirar o máximo proveito de profissionais como dentista, fonoaudiólogo, nutricionista e fisioterapeuta. Eles podem suavizar dificuldades típicas da velhice. É preciso visitar o médico pelo menos uma vez ao ano e fazer exames preventivos. Entre as doenças mais comuns dessa fase estão osteoporose, diabetes, derrames e doenças cardiovasculares. Mas a mesma doença pode se apresentar de um jeito diferente na velhice.

Mas embora o corpo seja a parte que mais sofre com a passagem dos anos, deve-se dar igual importância à saúde mental. Pouca gente sabe a proporção que a depressão ganha na terceira idade. Afinal, trata-se de uma fase de grandes transformações, em que a vida muda, há perdas e lutos, falta de perspectivas. Para piorar, a depressão acaba abrindo caminho para outros males, como o alcoolismo, muito comum na terceira idade inclusive em mulheres.

Boa forma
Não tenho tempo
Estou muito velho, vou me machucar
Tenho vergonha de ir para uma academia onde só há gente jovem

Você provavelmente já disse ou já ouviu alguma das frases acima, ainda que com certas variações. Pode ser que você seja sedentário por algum desses motivos. Mas é hora de mudar. Os cientistas já sabem que é mais perigoso não se exercitar do que realizar qualquer tipo de atividade física, mesmo quando mais velho. E para isso você não precisa, necessariamente, gastar rios de dinheiro em uma academia ou com apetrechos para se exercitar. Você pode, por exemplo, formar um grupo de caminhada com seus amigos para andar em algum parque ou pelas ruas do seu bairro.

A maioria dos idosos, no entanto, não realiza qualquer tipo de atividade física. Se você se encaixa nisso, leia abaixo algumas razões para mudar de atitude:

Exercícios ajudam pessoas mais velhas a se sentirem melhores e a aproveitaram mais a vida, já que passam a ter mais disposição. Ninguém é muito velho ou muito fora de forma para se tornar mais ativo. Sempre há tempo
A prática de atividades físicas regulares pode prevenir ou retardar o aparecimento de algumas doenças como câncer, problemas no coração e diabetes. Também ajuda a manter o bom humor em alta e a espantar a depressão
Estar em forma e ser ativo faz com que os idosos se mantenham independentes e capazes de realizar as atividades que faziam antes, como se vestir, ir ao médico, fazer compras e visitar familiares

Faça da atividade física parte de sua vida. Procure coisas que lhe tragam prazer. Caminhe no parque, ande de bicicleta, tome conta do jardim, procure subir escadas ao invés de utilizar o elevador. Pequenas mudanças no dia-a-dia podem ser fazer diferença, tornando você uma pessoa mais ativa.

Tipos de exercícios
Existem quatro tipos de exercícios que deve ser feitos para que se tenha a mistura certa de diferentes atividades físicas.

1: Faça no mínimo 30 minutos de atividade aeróbica, ou seja, um exercício que force um pouco sua respiração e que exija mais fôlego. O ideal é fazer isso pelo menos três vezes na semana. Não é preciso realizar os 30 minutos de exercício de uma só vez. Você pode dividir o tempo em três de dez minutos, ou em duas de 15, como achar melhor. Como saber o tamanho do esforço que você está fazendo? Faça o seguinte teste: se você conseguir falar normalmente enquanto realiza o exercício, seja andar ou correr, então você não está se esforçando o suficiente. Se você não consegue falar de jeito nenhum durante a atividade, significa que o esforço está sendo muito grande.

2: Siga usando seus músculos. É muito importante desenvolvê-los. Quando estamos mais velhos, ter músculos desenvolvidos pode significar independência. É possível levantar com facilidade de uma cadeira ou de um sofá, por exemplo. Você pode levar seus netos para passear no parque e pode fazer suas atividades diárias sem a ajuda de ninguém. O ideal é fazer algum tipo de ginástica localizada ou de musculação, sempre sob orientação de profissionais especializados. Se você não gosta de academia, pode experimentar outras atividades que também dão tônus muscular, como a ioga.

3: Faça coisas que ajudem seu equilíbrio. Tente, por exemplo, ficar em pé apoiando-se apenas sobre um pé. Faça o mesmo com o outro pé. Se você não consegue, não se segure ou se apóie em nada. Tente começar, então, por algo mais simples. Levante-se da cadeira sem usar as mãos ou braços.

4: Alongue-se. Alongamento ajuda a manter seu corpo flexível e você terá mais liberdade para se movimentar. Mas tome cuidado, faça alongamentos quando seus músculos já estiverem aquecidos e nunca force a ponto de sentir fortes dores.

Quem deve se exercitar?
Quase todos, em qualquer idade podem melhorar sua saúde por meio do condicionamento físico. É necessário, porém, que você procure um médico ou um especialista em exercícios para lhe indicar qual o melhor treinamento. Mesmo pessoas com algum tipo de doença crônica como diabetes e problemas do coração podem se exercitar, desde que acompanhadas por um especialista. Na realidade, a atividade física pode ajudar na doença, mas somente nos períodos em que a doença está sob controle. Se você sofre com algum dos problemas abaixo, não deve iniciar um programa de atividade física sem antes consultar o médico:

Doença crônica ou risco de contrair uma doença desse tipo. Por exemplo, se você fuma, é obeso ou tem histórico de doenças crônicas na família
Falta de fôlego
Dores no peito
Infecções ou febre
Perda de peso não planejada
Feridas nos pés ou nos tornozelos que não curam
Sensação de palpitação no coração
Hérnia
Problemas na retina, ter feito alguma cirurgia nos olhos ou tratamento com laser

Dicas de segurança
Comece o exercício de forma devagar. Aos poucos vá aumentando o grau de dificuldade para não se machucar
Não prenda a respiração ao se alongar ou a exercitar os músculos. Siga sempre respirando e preste atenção em sua respiração. Se você, por exemplo, está levantando um peso, inspire quando o levantar e solte a respiração quando o soltar
Se você está tomando algum tipo de remédio ou tem alguma doença que modifica os batimentos cardíacos de seu coração, não confie nos freqüencímetros cardíacos utilizados para a prática de esportes
Use os equipamentos corretos para cada tipo de atividade a fim de evitar lesões. Se você for andar de bicicleta, esteja sempre de capacete. Se for correr ou caminhar, use os tênis indicados para essas práticas
A menos que seu médico lhe peça para limitar a quantidade de líquidos ingeridos, beba muita água e líquidos em geral quando se exercitar
Aquece seus músculos antes de iniciar a atividade. Faça, por exemplo, uma pequena caminhada ou ande um pouco de bicicleta para se aquecer

Lembre-se: exercício não deve ser algo muito dolorido ou que faça você se sentir extremamente cansado. É comum, especialmente no começo, que você sinta algumas dores, cansaço e desconforto. Com o passar do tempo, seu corpo se acostuma com a prática e esses incômodos tendem a desaparecer. Msn

Manual para evitar intoxicação alimentar

A intoxicação alimentar é causada por alimentos contaminados por bactérias nocivas. Os sintomas mais comuns são vômitos, dores abdominais, diarreia e dores de cabeça e podem surgir de uma a 48 horas depois da ingestão do alimento, dependendo do tipo de bactéria. Ao contrário do que se acredita, os alimentos deteriorados não são a principal causa das intoxicações alimentares, pois a alteração do cheiro, do sabor e da aparência do alimento faz com que ele seja evitado. O maior risco, portanto, são os agentes que contaminam sem “estragar” o produto.

E você pensa que isso acontece só fora de casa? Um estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostrou que 27% dos surtos de intoxicação acontecem com alimentos preparados e consumidos dentro de casa. Em restaurantes, padarias, lanchonetes e outros estabelecimentos esse índice é de 24%. “O cuidado na hora de preparar alimentos é fundamental para evitar intoxicações”, diz Maria Bernadete de Paula Eduardo, diretora da Divisão de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria.

COMO PREVENIR
- Em primeiro lugar, é preciso conhecer a origem dos alimentos que vai oferecer à família, dentro ou fora de casa;

- Antes de colocar qualquer item no carrinho do supermercado, por exemplo, leia o rótulo do produto. Além da data de fabricação, verifique se a embalagem está limpa. Há algum furo ou lacre rompido? Evite comprar enlatados cuja lata se encontra amassada ou estufada. Por último, veja se o alimento possui o endereço do fabricante ou algum tipo de certificação, como o SIF (Serviço de Inspeção Federal) no caso das carnes ou o selo verde para os orgânicos;

- Frutas e verduras devem ser lavados com água corrente antes do consumo. Caso vá ingerir os vegetais crus, deixe-os de molho por 15 minutos em produto indicado para desinfecção (como hipoclorito de sódio ou vinagre);

- Outras medidas de prevenção são: manter a cozinha sempre limpa; lavar as mãos antes de cozinhar e depois de trocar a fralda do bebê; cozinhar bem os alimentos (principalmente as carnes); ferver a água para beber e cozinhar, caso o fornecimento de sua cidade não for confiável; conservar os alimentos em local apropriado e, se possível, preparar a quantia exata de alimentos que a família for consumir, pouco antes da refeição;

- Lave (e peça para o seu filho fazer o mesmo) bem as mãos depois de brincar ou cuidar dos animais de estimação;

Caso vá reaquecer um alimento para consumi-lo, esquente-os numa temperatura acima de 0o C;

Em restaurantes, observe com atenção a higiene do local. Comidas em buffet, se não estiverem quentes ou refrigeradas de acordo, oferecem mais riscos de contaminação. O mesmo acontece com alimentos vendidos por ambulantes.

PRIMEIROS SOCORROS
Em geral, o tratamento consiste em repouso e ingestão de líquidos (água, água de coco, soro caseiro, chá de cidreira, camomila e erva-doce) para evitar a desidratação. Em caso de diarréia, ofereça alimentos que “prendam” o intestino, fontes de fibras solúveis, como maçã sem casca, goiaba, banana-prata, batata e suco de limão.

Comidas leves (bolacha de água e sal, purê de batata e arroz, entre outros) são mais adequadas. Evite açúcar, mel e doces em geral, bebidas com gás, vegetais folhosos (alface, agrião, espinafre) cereais integrais (pois aceleram o trânsito intestinal), leguminosas e frutas laxantes (como mamão, ameixa, laranja e melão).

O uso de medicamentos só é recomendado para pacientes com sintomas graves – se a diarréia durar muitos dias, por exemplo. Seja qual for o caso do seu filho, consulte o pediatra. Revista Crescer

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SUS facilita venda de medicamentos para idosos

A partir de agora, eles não precisam mais ir pessoalmente às farmácias com selo do Ministério da Saúde para comprar remédios. Parentes e amigos podem levar uma procuração

A partir de agora, os idosos não precisam mais sair de casa para ter acesso aos medicamentos oferecidos pelo Programa Farmácia Popular do Brasil. Em vez de ir pessoalmente às unidades de venda, quem tem 60 anos ou mais pode assinar uma procuração para que qualquer pessoa compre os remédios, em seu nome, nas 8.428 farmácias particulares com o selo Aqui tem Farmácia Popular. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (17).

Antes, menores de dezesseis anos e pessoas com deficiência mental já podiam enviar representantes para comprar os medicamentos. O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento, observa que a ampliação do benefício segue os princípios do Estatuto do Idoso, ao contribuir com a garantia do direito à saúde. “Há idosos que, muitas vezes, têm dificuldade para se locomover. Ao facilitar o acesso aos medicamentos, humanizamos o atendimento no SUS. Qualquer parente ou amigo poderá ir às unidades”, afirma o diretor.

Para comprar os remédios no lugar do idoso, a pessoa deverá levar, além da procuração reconhecida em cartório, a receita médica (de unidade de saúde pública ou privada), os documentos de identidade e CPF próprios e os do paciente. As prescrições médicas têm validade de 120 dias a partir da emissão - com exceção dos contraceptivos, cuja validade é de 12 meses.

PROGRAMA – Criado em 2004, o Programa Farmácia Popular do Brasil amplia o acesso da população aos medicamentos essenciais por meio da redução de custo desses remédios. A rede Farmácia Popular vende 107 itens, além do preservativo masculino, para as doenças mais comuns na população brasileira, como hipertensão e diabetes. Outro foco é a venda de anticoncepcionais. Os medicamentos dessa rede são destinados principalmente às pessoas que não têm condições financeiras de pagar pelo produto e, por isso, muitas vezes interrompem o tratamento.

O Programa funciona por meio das Unidades Próprias (em parceria com estados e municípios) e do Sistema de Co-Pagamento, lançado em 2006 e desenvolvido com drogarias privadas. Nas Unidades Próprias, a população tem acesso aos remédios pelo preço de custo, o que representa uma redução de até 90% no valor em comparação com farmácias e drogarias particulares.

No Sistema de Co-Pagamento, o governo paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante. O valor pago pelo Ministério da Saúde é fixo e, por isso, a população pode pagar menos para alguns remédios do que para outros, de acordo com a marca e o preço cobrado pela farmácia. Mas, em geral, o cidadão também tem desconto de até 90% nessas unidades, reconhecidas pela marca Aqui tem Farmácia Popular.

As queimaduras estão entre os mais comuns acidentes domésticos. Caracterizam-se por lesões nos tecidos que envolvem as diversas camadas do corpo como a pele, cabelos, pêlos, o tecido celular subcutâneo, músculos, olhos etc . Geralmente são causadas através do contato direto com objetos quentes como brasa, fogo, chamas, vapores quentes, sólidos superaquecidos ou incandescentes. Podem também ser causadas por substâncias químicas como ácidos, soda cáustica e outros. Emanações radioativas como as radiações infravermelhas e ultravioletas, ou ainda a eletricidade, também são fatores desencadeantes das queimaduras. Assim, as queimaduras podem ter origem térmica, química, radioativa ou elétrica.
As queimaduras são classificadas de acordo com a extensão e profundidade da lesão. A gravidade depende mais da extensão do que da profundidade. Uma queimadura de primeiro ou segundo grau em todo o corpo é mais grave do que uma queimadura de terceiro grau de pequena extensão. Saber diferenciar a queimadura é muito importante para que os primeiros cuidados sejam efetuados corretamente.
Queimadura de 1º grau: são queimaduras leves onde ocorre um vermelhidão no local seguido de inchaço e dor variável, não se formam bolhas e a pele não se desprende. Na evolução não surgem cicatrizes mas podem deixar a pele um pouco escura no início, tendendo a se resolver por completo com o tempo.
Queimaduras de 2º grau: nessas queimaduras ocorre um destruição maior da epiderme e derme ,com dor mais intensa e normalmente aparecem bolhas no local ou desprendimento total ou parcial da pele afetada. A recuperação dos tecidos é mais lente e podem deixar cicatrizes e manchas claras ou escuras.
Queimaduras de 3º grau: Neste caso há uma destruição total de todas as camadas da pele ,podendo o local pode ficar esbranquiçado ou carbonizado(escuro). A dor é geralmente pequena pois a queimadura é tão profunda que chega a danificar as terminações nervosas da pele. Pode ser muito grave e até fatal dependendo da porcentagem de área corporal afetada. Na evolução, sempre deixam cicatrizes podendo necessitar de tratamento cirúrgico e fisioterápico posterior para retirada de lesões e aderências que afetem a movimentação. Tardiamente, algumas cicatrizes podem ser foco de carcinomas de pele e por isso o acompanhamento destas lesões é fundamental.

COMO PROCEDER LOGO APÓS O ACIDENTE
Lavar o local com água fria e corrente imediatamente, e, se possível, deixar alguns minutos na água para diminuir a temperatura local. Deve-se a seguir avaliar a lesão e tentar classificar a queimadura.

1º GRAU: após lavar o local, colocar compressas frias para diminuir a dor e o edema. Aplicar pomadas ou cremes de corticóides leves 3 vezes ao dia por 3 a 5 dias. Observar se não aparecem bolhas posteriormente. Caso isso ocorra, passe a seguir as orientações da queimadura de segundo grau.

2º GRAU: após os cuidados iniciais, cobrir as bolhas com gaze e vaselina líquida estéril, mantendo curativos diários até a total cicatrização. Observar sinais de possível infecção local como piora da dor, eritema e edema persistente e presença de secreção amarelada ou pús. Em caso de lesão nos membros mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço. Deve-se ingerir bastante líquido e, se houver muita dor, um analgésico. Algumas lesões necessitam acompanhamento médico posterior. Queimaduras no rosto, mãos e pés devem ser sempre consideradas sérias e receber imediata atenção médica. Se a queimadura atingir grande área corporal, procure um médico imediatamente.

3º GRAU: Os cuidados iniciais dependerão da gravidade do caso. Em lesões de pequeno porte proceder como nas lesões acima e imediatamente procurar auxílio médico. Se houver queimaduras com produtos químicos, plásticos ou algo que esteja aderido a pele e não saia com facilidade, não tente remover, apenas lave abundantemente com água fria e cubra com pano limpo molhado, encaminhando o doente ao pronto socorro mais próximo. Tente remover anéis, cintos, sapatos e roupas antes que o corpo inche.

IMPORTANTÍSSIMO
• Nunca aplique nenhum produto caseiro como: sal, açúcar, pó de café, pasta da dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingrediente, pois eles podem complicar a queimadura e dificultar um diagnóstico mais preciso.
• Não aplique gelo diretamente sobre o local pois isso pode piorar a queimadura.
• Evite também pomadas ou remédios naturais, assim como qualquer medicação que não for prescrita por médicos.
• Em caso de ingestão de produtos caústicos ou queimaduras em boca e olhos, lavar o local com bastante água corrente e procurar o pronto-socorro.
• Não toque a área afetada.
• Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da roupa que está aderida a pele queimada.
• Não cubra a queimadura com algodão.

Dra. Eliandre Palermo
Banana Verde e Índice Glicêmico: Benefícios à saúde têm sido atribuídos aos alimentos ricos em amidos, que sejam relativamente ou absolutamente resistentes à digestão no intestino delgado, como por exemplo, a banana verde. A velocidade de digestão do amido determina o índice Glicêmico (IG) de um alimento. Alimentos com digestão lenta, e baixo IG, têm sido associados com o melhor controle de diabetes, ou mesmo a sua prevenção quando consumidos a longo prazo.
Banana Verde e Doenças Cardiovasculares: O efeito do consumo crônico de AR na redução dos níveis de colesterol e triglicérides tem sido bastante favorável, contribuindo com seus atributos no tratamento de dislipidemias e na prevenção de doenças coronarianas.

Banana verde e Armazenamento de Gordura: Evidências indicam que o AR, associado na dieta com outros alimentos de baixo índice glicêmico, é capaz de desempenhar efeito semelhante ao das fibras como indutor da saciedade, sendo o controle da glicose o mecanismo chave para este efeito.
Diante das fortes evidências científicas que comprovam os efeitos benéficos de dietas enriquecidas com AR na manutenção da saúde e na prevenção de doenças crônica, como o câncer e doenças do cólon, diabetes tipo II, dislipidemias, doenças coronárias e obesidade, fica evidente que a banana verde e seus subprodutos, podem ser consideradas um potente alimento
funcional, que deve ser introduzido e estimulado no hábito alimentar brasileiro.

Alimento funcional gostoso e abundante no Brasil
Produzida na maioria dos países tropicais, a banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, tendo o Brasil como o segundo maior produtor e primeiro consumidor mundial. As variedades mais difundidas no País são: Prata, Maçã, Terra e Nanica.

A banana é considerada hoje uma das principais fontes de amido na dieta dos trópicos, onde é consumida normalmente cozida quando ainda verde. A análise da composição química comprova que a banana não é somente rica em carboidratos e energia, mas possui também elevadas proporções de minerais e vitaminas.

A banana verde na forma cozida é apropriada ao preparo de subprodutos, como a farinha e a biomassa (polpa e/ou casca verde cozida e processada), devido ao seu alto conteúdo de amido presente na polpa e também nas fibras na casca. Outra vantagem para sua utilização, é a palatabilidade conferida pelo amido presente na banana verde, que é bastante superior ao das fibras provenientes e cereais integrais, permitindo sua aplicação nas mais diversas preparações
doces e salgadas, que ficam ainda mais nutritivas.
A banana apresenta boas quantidades de minerais, que pouco variam com a maturação da fruta, sendo sempre um pouco maior nas bananas verdes. Os minerais que mais se destacam é o potássio, fósforo, cálcio, sódio e magnésio. Quanto às vitaminas, as que mais chamam atenção são a A, C e complexo B. A vitamina C atinge seu ponto máximo na primeira fase de maturação (coloração verde-amarelada), decaindo até níveis mínimos quando a casca começa a apresentar manchas marrons.

Além de minerais, vitaminas e proteínas, a banana verde destaca-se pelo seu conteúdo e Amido Resistente (AR) forma do amido e dos produtos de sua degradação que não são digeridos e absorvidos no intestino delgado de indivíduos sadios, podendo ser fermentado no intestino grosso.

Programa Alimentar Dieta e Saúde
Enviado por Ana Maria dos Santos

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Parto sem dor é possível?

Algumas dizem que dói muito. Outras que nem tanto. Há até as que acham que é perfeitamente suportável. Conversamos com o ginecologista e obstetra Antonio Carlos Nisida sobre a dor no parto. Confira.

TopBaby – Por que o parto, em geral, é doloroso?
Dr. Nisida – Demoram algumas horas entre o trabalho de parto e o nascimento do bebê, sendo que o único meio de dilatar o colo do útero, até então fechado, são as contrações. Elas são dolorosas, como é doloroso qualquer esforço muscular extremo e repetido.

TopBaby – É possível avaliar a intensidade dessa dor?
Dr. Nisida – Varia muito. Não é uma sensação que se possa quantificar e nem é objetiva. Diante do mesmo estímulo, uma mulher pode gritar de dor e outra suportar facilmente o desconforto.

TopBaby – Qual a razão dessa diferença?
Dr. Nisida – Algumas mulheres são menos sensíveis às informações dolorosas e há outras, que no momento do parto, secretam mais endorfina – substância que ajuda a enfrentar a dor. Fatores emocionais e culturais também influenciam na percepção de cada pessoa.

TopBaby – O medo interfere no trabalho de parto? Como?
Dr. Nisida – Sim. Porque cria um comportamento defensivo: o corpo se retesa, aumenta o ritmo cardíaco, exigindo uma respiração mais rápida. O estress materno altera as contrações uterinas.

TopBaby – As contrações dolorosas anunciam a chegada do bebê?
Dr. Nisida – Não necessariamente. Algumas mulheres, antes mesmo do sexto mês de gravidez, apresentam contrações dolorosas. Neste período, essas dores são preocupantes, porque podem indicar um parto prematuro.

TopBaby – Como são as contrações quando o parto está próximo?
Dr. Nisida – Acontecem, em média, a cada três minutos e duram cerca de 60 segundos.

TopBaby – A dor aumenta à medida que se aproxima a hora do parto?
Dr. Nisida – Sim, torna-se mais intensa e freqüente.

TopBaby – Como diminuir a dor no momento da expulsão?
Dr. Nisida – Sim, através da anestesia local, peridural ou raquidiana.

TopBaby – É possível não sentir nenhuma dor?
Dr. Nisida – É muito raro ser totalmente insensível às contrações, mas algumas mulheres afirmam que as dores são perfeitamente suportáveis.

TopBaby – Por que as gestantes sentem dor nos rins?
Dr. Nisida – Porque as terminações nervosas do útero vão até o nível da décima vértebra torácica, que fica na altura dos rins.

TopBaby - E a dor nas pernas? Qual a causa?
Dr. Nisida – Está ligada à posição do bebê. Durante o trajeto pelo canal do parto, ele pode comprimir o nervo ciático materno, daí a dor na bacia ou na parte posterior das coxas.

TopBaby – O que é episiotomia?
Dr. Nisida – É um corte na mucosa, nos músculos da vagina e do períneo da mulher para ampliar o canal, facilitando a saída do bebê. É feito com anestesia e, posteriormente, suturado.

TopBaby - Quando terminam as dores?
Dr. Nisida – Após a saída da cabeça do bebê, as contrações tornam-se menos penosas.

TopBaby – Por que, depois do parto, se pressiona a barriga da mulher?
Dr. Nisida – Ele pressiona o fundo do útero para que a placenta saia, se por acaso a contração uterina não foi suficiente para expulsá-la.

TopBaby – Um segundo parto é sempre menos doloroso?
Dr. Nisida – Não existe regra. Tudo vai depender das circunstâncias e do estado da mulher. Como ela já tem experiência e, tanto a bacia quanto o colo do útero já foram testados, o segundo parto costuma ser mais rápido e menos doloroso.

TopBaby – A gestante sofre mais quando o bebê é grande?
Dr. Nisida – Não necessariamente. Normalmente, a resistência à passagem da criança costuma ser maior quando ela pesa acima de 4 kg. Topbaby

Técnicas para aumento do pênis ainda são pouco eficientes

Qual homem nunca recebeu um e-mail em sua caixa de correio eletrônico, que propagava alguma técnica para aumentar o tamanho do pênis? Promessas de cosméticos, bombinhas de ar e cirurgias que sugerem um aumento de até 5 centímetros para o órgão sexual masculino fazem parte do conteúdo. A dúvida que fica é: estes tratamentos realmente funcionam?

Em geral, o pênis flácido mede de 5 cm a 10 cm de comprimento. "Não existe um tamanho padrão, desde que haja a satisfação e o prazer do casal. Alguns estudos apontam tamanhos médios de pênis que variam de acordo com determinada população e raça, mas estes números não devem ser tomados como regra. O prazer na relação sexual do casal depende de muitos fatores e não apenas do tamanho do pênis", explica o urologista André Cavalcanti, especializado em cirurgia reconstrutora urogenital.

Como é a cirurgia
O pênis é constituído, principalmente pelo canal da uretra, pelo corpo esponjoso e pelo tecido fibroso. O corpo esponjoso, que é irrigado por vasos sanguíneos, reveste o canal da uretra e é responsável pelo aumento do pênis durante a ereção. "Ele é como uma esponja que enche de sangue, deixando o órgão ereto e maior", explica Cavalcanti.

O tecido fibroso, por sua vez, recobre o corpo esponjoso. O que ocorre é que a técnica cirúrgica, que é usada atualmente, aumenta o órgão, mas a mudança acontece apenas quando o membro está flácido. Dentro do pênis existem alguns ligamentos de sustentação que são seccionados (liberados), fazendo com que o pênis fique maior (em média, 3 cm) se não estiver ereto. Isso porque, o tecido fibroso tem elasticidade limitada, barrando o crescimento do pênis ereto.

"Quando o corpo esponjoso começa a encher, o tecido fibroso limita, na mesma medida, o tamanho do órgão", explica o urologista. "O que ainda não é possível é aumentar a expansão do tecido fibroso, só assim o pênis ficaria maior, quando ereto."

De acordo com os especialistas, existem técnicas cirúrgicas que resolvem problemas no órgão masculino, mas são exclusivas para casos de doença, como a de peyronie, quando acontece uma curvatura no pênis ereto. "Elas funcionam com um enxerto, porém, são restritas e não funcionam quando o desejo é aumentar o órgão sexual", explica o urologista André Cavalcanti.

Outros métodos
Quando as técnicas para aumento do pênis envolvem os cosméticos, os especialistas são ainda mais rigorosos e afirmam que não existem opções comprovadas. "Os procedimentos cosméticos (cremes, spray, gel) para aumento do pênis não têm sustentação científica. O que acontece, na verdade, é um grande comércio", diz o médico Geraldo Eduardo de Faria, presidente da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual.

Outra técnica propagada é a de bombeamento. O que ela faz é encher de ar o canal da uretra, promovendo um leve aumento do pênis, mas em pouco tempo este ar é expelido e o membro volta ao tamanho normal. Outra opção sugere aumentar a espessura do pênis, mas sua eficácia ainda é contestada. "Existem algumas técnicas como a injeção de algumas substâncias que prometem deixar o órgão mais grosso, mas os resultados não são garantidos e o uso deve ser criterioso. Os urologistas não recomendam estas aplicações para fins estéticos, mas para casos de reconstrução", explica o André.

Durante a relação sexual
Mesmo com muitos homens e mulheres afirmando que o tamanho do pênis interfere nas relações sexuais, os especialistas explicam que é preciso pesar outras características que garantem a satisfação do casal. "O prazer feminino está mais relacionado ao estímulo clitoriano e do intróito vaginal. Além disso, a cavidade vaginal também tem suas limitações. Dessa forma, um ?pênis grande? poderia acabar causando incômodo em vez de prazer", explica André.

"O prazer, tanto do homem quanto da mulher, depende de estímulos na esfera mental. Cientificamente, podemos dizer que tamanho não é documento", diz o especialista.

O que eles pensam
Existem algumas situações que levam os homens a acreditarem que têm o pênis menor do que deveria. Os especialistas explicam cada uma delas.

Minha parceira não sente prazer:
não existe nenhum estudo científico que comprove a ligação entre prazer e o tamanho do órgão sexual masculino. "O prazer está mais ligado às reações emocionais e, no caso das mulheres, aos estímulos clitorianos do que ao tamanho do pênis", explica André Cavalcanti.

O pênis de outros homens é maior
Normalmente, os homens fazem a comparação com o pênis flácido, o que não considera o tamanho que ele ficará no momento da ereção. "Um homem pode ter o pênis de um tamanho menor quando flácido e muito maior quando ereto, ou o contrário", explica o urologista.

Meu pênis é pequeno para meu tamanho:
o especialista explica que não existe relação entre a estatura e o tamanho do pênis, por isso este fator não pode ser levado em conta.

Estou acima do peso e meu pênis parece menor:
quando existe acúmulo de gordura na região do púbis, tem se a impressão de que o pênis é menor. "A situação também não determina o real tamanho do pênis", diz Cavalcanti. Msn Sáude

Empatia e confiança são obra do hormônio oxitocina

Os efeitos da oxitocina são bem conhecidos em ocasiões como nascimento e amamentação (inclusive é ministrado via nasal para estimular a produção de leite) e no comportamento animal, como incentivador para limpar e confortar crias. Mas os cientistas têm investigado mais a fundo os efeitos do hormônio na construção da vida civilizada, atribuindo a ele a capacidade de sentir empatia e confiança.

Um dos estudos recentes associou as diferentes respostas ao hormônio à habilidade por interpretar emoções no rosto, perceber as emoções de outros, sentir compaixão por problemas, entre outros aspectos. Essas diferenças são definidas geneticamente.

O hormônio inclusive aumenta a confiança das pessoas em deixar dinheiro com terceiros. O Instituto de Pesquisas Empíricas em Economia da Universidade de Zurique realizou levantamento com 58 estudantes homens, no qual alguns receberam dose de oxitocina via nariz e outros apenas uma substância sem efeitos no organismo. Cinqüenta minutos depois, eles iniciaram um jogo da confiança usando uma moeda fictícia que eles poderiam investir ou guardar. 45% dos estudantes que receberam oxitocina confiaram em seus parceiros enquanto apenas 21% dos que tomaram o placebo tiveram a mesma atitude.

O hormônio ajuda até a achar oponentes menos arrogantes, segundo apontou outra pesquisa, desta vez da universidade de Haifa. Terra Sáude

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Os benefícios dos exercícios na água

Correr, malhar e pedalar dentro d’água. Sim, isso é possível e está se tornando cada vez mais comum. Sobe a onda das atividades aquáticas que, devido à procura, tem se espalhado pelas academias Brasil afora. Essa crescente demanda se justifica: o exercício físico realizado dentro de uma piscina é benéfico à mente e ao corpo, sobretudo às articulações, que são poupadas de grandes impactos. “Isso porque a ação da gravidade é reduzida no meio líquido”, lembra o ortopedista Arnaldo Jose Hernandez, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Para ter uma ideia, se a água estiver no nível do ombro, é como se o peso do corpo diminuísse em 90% — e a gente fica leve feito uma pluma. “O resultado é uma menor sobrecarga nas pernas e nos braços, o que é ótimo para quem sofre com doenças articulares como artrite e artrose”, diz o fisiatra Gilbert Bang, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Os indivíduos com excesso de peso, problemas nos joelhos ou na coluna também podem desfrutar desse mergulho numa boa. Por falar em coluna, pesquisadores da Faculdade de Educação Física de Wroclaw, na Polônia, recrutaram 94 crianças de 8 a 13 anos, todas com escoliose, um desvio postural. Elas seguiram um programa que, além da tradicional natação, incluía exercícios de correção para a escoliose na piscina. Depois de seis meses, os especialistas constataram que houve uma melhora significativa no problema. É que malhar dentro d’água contribui para restaurar o equilíbrio e a estabilidade do centro corporal.

Apesar de sua aparente fluidez, o meio líquido exerce uma força considerável sobre o corpo, que atua como uma resistência aos movimentos, trabalhando os nossos músculos por completo. “É como se estivéssemos fazendo séries típicas da musculação, com a vantagem de trabalhar toda a musculatura de uma vez só”, compara Maurício Garcia, fisioterapeuta do Centro de Traumatologia do Esporte da Universidade Federal de São Paulo. E por causa dessa mesma resistência muitos dos exercícios aquáticos queimam mais calorias do que os realizados em terra firme. O gasto calórico médio pode variar de 260 a 700 calorias por hora — tudo depende do tipo de treino escolhido (veja a nota Tchibum!).

Além de incinerar calorias, exercitar-se na piscina promove aquele relaxamento, sobretudo quando a água é aquecida. “A temperatura ligeiramente elevada dilata os vasos sanguíneos, melhorando a circulação e, de quebra, o transporte de oxigênio para os tecidos”, conta Ricardo Cury, ortopedista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Assim, a sensação agradável de calor chega mais rápido ao hipotálamo, lá no cérebro, o centro que interpreta os estímulos prazerosos. Sem falar que a atividade física por si só faz o organismo liberar endorfina, substância que alivia as dores e aumenta a disposição.

A água também produz um efeito massageador. “E essa espécie de massagem trabalha a consciência corporal e alonga os membros”, atesta José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Tudo isso combinado funciona como um petardo de bem-estar contra o estresse, a ansiedade e até a depressão.

Além desse relax total, o esforço despendido na piscina fortalece o coração e melhora a função respiratória. “Quem mais ganha com isso são os portadores de doenças como hipertensão, asma e bronquite”, opina o fisiologista Paulo Zogaib, médico do setor de medicina esportiva do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas, antes de banhar-se nesses benefícios, é aconselhável tomar alguns cuidados básicos. A avaliação médica é fundamental para verificar as potenciais restrições, como ferimentos de pele, infecções e osteoporose. “Nesse último caso, o problema está no baixo impacto, que impede a produção da massa óssea. O certo, aí, é optar pela corrida ou pela musculação no solo”, orienta Camila Coelho Greco, coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Salvo essas exceções, as atividades aquáticas estão liberadas para qualquer um. Quando se mantém a frequência correta — no mínimo três vezes por semana, com aulas de 30 minutos a uma hora —, a melhora no condicionamento e o esvaziamento dos pneuzinhos podem ser notados após umas seis semanas. “Para não se desapontar com os resultados, basta elaborar um programa individualizado junto com o educador físico ou fisioterapeuta, conforme seu objetivo e capacidade física”, recomenda Gilbert Bang. Daí, é só mergulhar de cabeça nessa onda! Para conquistar os benefícios de um exercício físico, nem é preciso suar a camisa. Conheça as modalidades aquáticas que, de um jeito gostoso e eficaz, afastam os quilos a mais, as dores nas costas e até a pressão alta. Revista Crescer

Problemas na tireoide

Não só ganho de peso, mas coração fora do ritmo, intestino desregulado, queda de cabelo, pele ressecada e até depressão — a origem de tantos tormentos pode estar em um só canto do corpo, bem ali no pescoço. Saiba por que esses problemas se tornam cada vez mais comuns e como arremeter suas repercussões.

Desde que o anatomista flamengo Andreas Vesalius (1514-1564) fez a primeira descrição científica da tireoide, ainda no século 16, a glândula com o formato de borboleta jamais saiu dos holofotes da medicina. Nos últimos anos, então, ela frequenta rodas de conversa que não se restringem à turma do jaleco branco. O motivo, infelizmente, é que os distúrbios tireoidianos, capazes de ressoar literalmente das unhas dos pés aos fios de cabelo, estão em ascensão. Sem dúvida aumentou o número de diagnósticos — algo que se deve à atenção crescente dos clínicos e aos avanços nos exames. Mas o fenômeno, observado no consultório médico, não é reflexo só disso. O que pode explicá-lo?

Uma das respostas estaria no consumo excessivo de uma das matériasprimas dos hormônios tireoidianos, o iodo. “Em pessoas que já têm predisposição genética, o excesso da substância pode puxar o gatilho para o hipotireoidismo, quando a glândula produz menos do que o necessário”, afirma Geraldo Medeiros, professor de endocrinologia sênior da Universidade de São Paulo. Pois é isto: o exagero de iodo, assim como a falta do mineral, atrapalha a linha de montagem dos hormônios. “Muito iodo pode fazer com que a tireoide passe a ser vista como estranha pelo sistema imune, que envia anticorpos para atacá-la”, explica Medeiros. O desfecho da história é uma doença autoimune batizada de tireoidite de Hashimoto, a principal causa de hipotireoidismo. Para entender essa questão, porém, é preciso fazer uma breve viagem ao passado. Quando faltava iodo na alimentação, pululavam episódios de uma doença séria, marcada pelo inchaço do pescoço — o bócio endêmico.

Com o intuito de remediá-la, foram criadas, a partir da década de 1940, leis obrigando a inclusão do mineral no sal de cozinha — a proporção adotada pela legislação em 1995, por exemplo, foi de 40 a 60 miligramas por quilo do ingrediente. “Mas em 1998 a quantidade máxima de iodo pôde ser estendida a até 100 miligramas, um teor muito alto”, considera Medeiros. O abuso foi liberado até 2003, quando as autoridades deram um passo atrás e reduziram o limite para entre 20 e 60 miligramas. O problema é que, nesse meio-tempo, muita gente se refestelou de sal iodado e acionou, sem querer, a alavanca que desgoverna a tireoide — que, às vezes, demora um tempo até entrar em queda livre.

Hoje, no entanto, há outro dilema. “O sal tem menos iodo, mas o brasileiro ainda o consome mais do que o recomendado”, aponta o endocrinologista Hans Graf, presidente da Sociedade Latino- Americana de Tireoide. Ora, quem despeja o conteúdo do saleiro no prato, além de ficar exposto à hipertensão, ganha de brinde iodo em demasia. No final das contas, é a tireoide que entra em parafuso. Calma, ninguém está fazendo campanha para abolir de vez o tempero. A presidente do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Edna Kimura, lembra, inclusive, que regiões do país sem acesso à versão iodada ainda sofrem com o bócio. “A mensagem é não exagerar”, diz.

Outras hipóteses buscam justificar tanta tireoide fora de rota. “Especulase que agentes químicos presentes em alimentos e em produtos de limpeza possam estar relacionados a disfunções da glândula, mas nada foi comprovado”, diz Danielle Andreoni. Há quem desconfie ainda dos efeitos da poluição e até do estilo de vida — o estresse, por exemplo, daria permissão de decolagem a doenças autoimunes por trás do desequilíbrio.

Mas não são apenas as desordens hormonais que alçam voo. Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos revela que o tipo mais comum de tumor de tireoide avança velozmente em prevalência — e isso também ocorre no Brasil. “Uma das razões é o uso de técnicas de imagem e biópsia sofisticadas”, afirma Elaine Ron, uma das pesquisadoras que assinam o trabalho americano. “Antes, a doença muitas vezes passava despercebida e, hoje, a observação mais atenta possibilita sua detecção precoce”, avalia a professora Edna Kimura.

Mistérios ainda pairam no ar quanto à escalada desse câncer. Não há nenhuma prova cabal contra o iodo nem contra substâncias químicas espalhadas no ambiente. “Suspeitamos, inclusive, de uma influência da obesidade”, conta Elaine. E os quilos extras não pesam apenas nos tumores. Um estudo italiano prova que a criançada gordinha está na linha de frente da tireoidite de Hashimoto. “O estado de inflamação típico do excesso de peso propicia alterações na glândula”, assegura Giorgio Radetti, o autor da pesquisa. “Felizmente, ela volta ao normal quando a criança entra em forma.” Do contrário, é dada a largada para distúrbios que podem se perpetuar pela vida inteira.

Depois de vislumbrar em nosso mapa tantas repercussões, já deu para perceber que a tireoide segue aquele velho preceito de que a virtude é o meio-termo. Nem hormônio de mais nem de menos. Quando respeitada, essa fórmula assegura o desenvolvimento da criança, torna real o sonho da maternidade e garante disposição para a vida inteira. Ao longo dos anos, até os olhos podem espelhar uma tireoide equilibrada. Um trabalho da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, mostra que os problemas na glândula catapultam a probabilidade de glaucoma, o aumento da pressão intraocular capaz de levar à cegueira. “Tanto o hipo quanto o hipertireoidismo parecem elevar esse risco”, diz o autor do estudo, Gerald McGwin.

No entanto, muito antes de essa ameaça despontar, serão outras as queixas que conduzirão uma tireoide em pane ao endocrinologista. Cansaço crônico, depressão, arritmia... Com base nessas pistas, o médico investigará se o culpado pelos descompassos é, de fato, a glândula. As suspeitas são sempre maiores quando quem pisa no consultório pertence ao sexo feminino. “As disfunções são cerca de cinco vezes mais comuns nas mulheres”, estima Mário Vaisman. Segundo o professor Geraldo Medeiros, além dos genes, alterações hormonais durante a gestação são responsáveis por essa desvantagem.

Para acusar uma tireoide de preguiçosa ou agitada, entretanto, é preciso ter provas. E a primeira delas é colhida no sangue. “Dosamos os hormônios TSH e T4 com o objetivo de avaliar a função glandular”, explica a endocrinologista Roberta Villas Boas, do Hospital Nove de Julho, na capital paulista. Um ultrassom pode complementar o inquérito, mas, aí, a meta é apurar a existência de nódulos. “No hipotireoidismo, a glândula tende a ficar mais atrofiada, enquanto no hiper ela costuma aumentar de tamanho”, diferencia Roberta. A cintilografia — método em que o paciente toma um contraste e é submetido a um aparelho que fotografa a tireoide — só é solicitada hoje em situações específicas, como no controle de tumores.

Tanto a greve como as várias horas extras que dominam as linhas de produção hormonal são remediáveis. “No hipotireoidismo, fazemos a reposição com uma versão sintética do hormônio T4, que, dentro do organismo, é transformado em T3 para agir nas células”, conta Danielle Andreoni. É preciso tomar um comprimido em jejum cuja dose varia de acordo com a necessidade da bendita substância — aliás, a grande dificuldade, em casos assim, é ajustar a tal dose.

Do outro lado, o hipertireoidismo é contraatacado com drogas de uso oral que bloqueiam a liberação desmedida de hormônios. O tratamento não é tão simples por causa dos seus efeitos colaterais, como problemas de pele e estômago. Alguns casos, em que já se visualiza um considerável inchaço no pescoço, pedem cirurgia e outros são balanceados com uma terapia à base de iodo radioativo.

A boa-nova é que as táticas disponíveis podem exigir paciência, mas permitem que a tireoide entre na linha — e, com isso, sejam silenciadas aquelas inúmeras manifestações a distância. “Uma vez que o tratamento obtém sucesso, tudo volta ao normal”, tranquiliza Roberta. Daí, a glândula recupera o manche e, sem turbulências à vista, embarca o corpo inteiro rumo ao equilíbrio.

Ela está no comando
Seu nome tem origem grega e significa “em forma de escudo”. Localizada logo abaixo do gogó, a tireoide mede cerca de 5 centímetros de diâmetro e trabalha sob influência de outra glândula. “A hipófise, que fica no cérebro, produz TSH, um hormônio que por sua vez estimula a tireoide a fabricar os hormônios T3 e T4”, explica a endocrinologista Danielle Andreoni, da Universidade Federal de São Paulo. Embora o corpo estoque T4, é o T3 quem efetivamente bota a mão na massa. “Ele atua no metabolismo celular de praticamente todos os órgãos e tecidos”, diz Mário Vaisman, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Em outras palavras, dita o ritmo de funcionamento das células do fígado, do cérebro, do coração... Sáude é Vital

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mal de Parkinson danifica cérebro antes de aparecimento de sintomas

O cérebro de um paciente de Mal de Parkinson já apresenta danos antes do aparecimento dos sintomas da doença, segundo a presidente da Sociedade Espanhola de Neurociência, Carmen Cavada.

Durante um congresso realizado hoje na Universidade de Navarra (norte da Espanha), Cavada relatou que já houve a detecção da morte de até 50% dos neurônios e diminuição nos níveis do neurotransmissor dopamina, características do Mal de Parkinson, antes da aparição dos sintomas.

Segundo ela, os fatores envolvidos nesta doença neurodegenerativa são objeto de estudo de um grupo de trabalho formado por especialistas internacionais como Oleh Hornykiewicz, do Instituto de Neurociências de Viena, que descreveu o déficit de dopamina no Mal de Parkinson.Atualmente, a doença é diagnosticada quando o cérebro já perdeu entre 60% e 70% de dopamina.

Por isso, o grupo de especialistas iniciou um projeto multidisciplinar para estudar o cérebro do ponto de vista bioquímico e anatômico, informou a Universidade de Navarra em comunicado.

O trabalho é coordenado por José Ángel Obeso, diretor do Laboratório de Transtornos do Movimento do Centro de Pesquisa Médica Aplicada da Universidade de Navarra (CIMA, na sigla em espanhol), cuja equipe desenvolveu um modelo experimental para analisar a progressão da doença desde seu estágio inicial.

"Se conhecermos o que acontece no cérebro antes que os sintomas apareçam, poderemos atenuar e evitar que a doença progrida", explica Cavada.

Segundo Manuel Rodríguez Díaz, pesquisador da Universidade de La Laguna, o mal de Parkinson é causado por múltiplos fatores, mas não se sabe qual importância cada um tem."Embora seja um esforço, é preciso incentivar estes encontros multidisciplinares, já que todo o avanço no Mal de Parkinson repercutirá em outras patologias neurodegenerativas", afirma Rodríguez Díaz. Uol Saúde

Produto de limpeza caseiro previne alergia e é mais barato

Toda dona de casa conhece a importância da limpeza no lar. Hoje, há no mercado vários produtos eficazes, a preços acessíveis. Mas uma alternativa - saudável, ecologicamente correta e econômica - é "fabricar" seus próprios produtos de limpeza. No dia a dia de famílias com pessoas alérgicas, as receitas também podem ajudar, por terem ingredientes mais suaves.

O microbiologista Roberto Martins Figueiredo enumera as qualidades do bicarbonato de sódio, por exemplo. "É excelente substância de limpeza e também ajuda a tirar cheiros. Um tapete com odor ruim pode ser pulverizado com bicarbonato e varrido 20 minutos depois. Também é bom deixar um pote com a substância na geladeira para tirar odores como os de alimentos estragados", explica. Segundo ele, o bicarbonato serve ainda para desengordurar panelas, fogões e forno, embora não tenha ação desinfetante. "Para acabar com bactérias, só vinagre, e o branco não deixa cheiro", diz.

Economia
Fórmulas caseiras são ainda mais econômicas. "Por mês, o comprometimento médio do orçamento familiar com produtos de limpeza é de 2,27%. Em um ano, representa economia de 27,24%, uma boa saída. Os caseiros são mais baratos, tanto pelos insumos, quanto pelo rendimento", atesta o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas.

A alergista e imunologista Maria Cecília Aguiar, da Policlínica de Botafogo, diz que as composições caseiras apresentam menos cheiro, o que pode ser favorável em alguns casos de alergia, mas que cuidados sempre devem ser adotados. Para ela, o ideal é usar luvas tanto na manipulação de produtos industrializados quanto dos feitos em casa. "Luvas de poliuretano ou borracha são ideais. As cirúrgicas também servem e custam pouco."

Prevenindo crises alérgicas
A rotina de limpeza deve ser modificada nos domicílios de pessoas alérgicas. Para elas, produtos de limpeza devem ter o mínimo possível de perfumes. Em alguns casos, é preciso até eliminar o uso de amaciantes na lavagem de roupas.

Produtos contendo solventes orgânicos ou fortemente perfumados, incluindo ceras e desinfetantes, estão proibidos. A casa do alérgico deve ser limpa, mas não pode "cheirar limpinho". Por serem menos tóxicos em suas composições, os produtos de limpeza caseiros à base de sabão de coco, vinagre, limão, bicarbonato e glicerina ajudam quem precisa enfrentar mofo, poeira e sujeira.

Pano úmido com sabão de coco em vez de espanador e vassoura evita que a poeira se espalhe pelo ar. Móveis devem ser arrastados a cada 15 dias para remoção do pó. Colchões devem ser virados quinzenalmente. Cobertores e mantas precisam de sol a cada semana.

Evite problemas
Ao fabricar produtos caseiros alguns cuidados devem ser adotados, sempre. Use recipientes limpos e armazene sempre as fórmulas em locais seguros, longe do alcance de crianças e animais. Mantenha os produtos sempre fechados e nunca guarde-os próximo a alimentos.

Ao manusear amônia, evite inalar o produto e mantenha-o longe dos olhos, para não causar irritação, como coceira. Lave bem as mãos depois de usar o limão, para evitar queimaduras. Nunca use a substância sob o sol.

Limão e vinagre são substâncias ácidas, mas cumprem papéis diferentes na limpeza. O primeiro, cítrico, é útil para retirar crosta de sujeiras. Já o vinagre, asséptico, tem ação de evitar contaminação por microrganismos (bactérias).

Em vez de combater mofo com naftalina, que afeta fígado e rins, tente usar sachês com flores de lavanda. Não armazene os produtos de limpeza próximo a alimentos. Batata e cenoura, por exemplo, absorvem substâncias como a amônia - considerada volátil porque evapora rapidamente. Terra Sáude

domingo, 13 de dezembro de 2009

Anorexia também afeta o universo masculino

Ela age silenciosamente, mas os danos que provocam ao organismo são intensos. Distúrbio alimentar grave, a anorexia traz sérias complicações ao organismo quando não é tratada a tempo. A doença pode comprometer diversas funções vitais, tais como o funcionamento do intestino e do estômago, anemia, problemas cardíacos e, em casos mais graves, pode levar à morte. "As consequências da anorexia nervosa no organismo dependem dos meios que o paciente usa para alcançar seu objetivo de perder peso. Se a pessoa toma muito laxante, terá problemas no intestino ou se faz exercícios em excesso, pode perder massa muscular. Tudo vai depender de como ela faz para eliminar a gordura que acredita ter", explica Adriano Segal, Diretor de Psiquiatria de Transtorno Alimentar da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

Mas se engana quem pensa que o problema atinge apenas as mulheres. Embora seja mais comum entre elas, cresce o número de casos de homens com anorexia. O Ambulatório de Transtornos Alimentares (Ambulim), do Hospital das Clínicas (São Paulo), recebe 25 novos casos de homens por mês e cerca de 70 de mulheres. Desses homens, 50% tiveram problemas de obesidade na infância. A maior incidência da anorexia em homens ocorre entre 14 e 18 anos e os sintomas são muito semelhantes aos que acometem as mulheres. "Os sintomas da doença em homens e mulheres são basicamente os mesmos", explica Roberto Barcellos Betti, endocrinologista do Hospital Oswaldo Cruz.

Segundo Adriano Segal, a cada 10 pacientes anoréxicos, um é homem. Porém, apesar deste número ser considerado pequeno, a situação é preocupante, pois a doença - diagnosticada quando a pessoa está com um IMC (Índice de Massa Corpórea) inferior a 15 - leva a óbito cerca de 10% das pessoas que a possuem. "Como é uma doença, em geral, relacionada às mulheres, alguns homens têm dificuldade em aceitar e assumir que estão passando pelo problema, mas isso não é uma regra. É uma questão cultural também", explica Adriano.

A falta de alimentação é um problema para qualquer organismo. O corpo fica sem combustível para executar suas atividades. "A diferença é que nas mulheres há a ausência do ciclo menstrual em função da desnutrição e nos homens isso não acontece", explica Adriano.

Causas
As causas ainda são desconhecidas. "Acredita-se que a anorexia nervosa é motivada por fatores genéticos associados a fatores como pressão social, problemas emocionais e motivações estéticas", explica Adriano Segal. "Porém, deve-se frisar que a questão da estética, ao contrário do que se divulga, não é a principal causa da doença e sim um fator desencadeante em pessoas com pré- disposição genética ou outros problemas emocionais", alerta ele.

Por que a doença atinge mais os jovens?
Cerca de 90% dos casos de anorexia atingem os adolescentes. "Normalmente, são jovens que têm um histórico de obesidade, de baixa auto-estima, timidez ou sofrem algum tipo de repressão de pais e familiares", diz o diretor de psiquiatria da Abeso.

"Os jovens são mais suscetíveis às pressões externas e se sentem na obrigação de agradar. Como vivemos em um a sociedade que valoriza a estética, o corpo faz toda a diferença na hora de se relacionar socialmente, daí o aumento do número de casos", alerta Roberto Barcellos Betti. "Além disso, é nesta fase da vida que os conflitos emocionais se manifestam com maior intensidade, contribuindo para o desenvolvimento da doença", continua.

Ele chegou a pesar 25 kg em dois meses O ator Fabrizio Lopes, 23 anos, que chegou a perder 25 quilos em dois meses, após um regime feito por conta própria, foi uma vítima da anorexia. "Sabe aquela coisa de preciso ser magro para agradar a todos? Era assim que eu me sentia quando ouvia as piadas no almoço de domingo", conta.

Gordinho desde a infância, Fabrizio conta que nunca quis seguir o padrão "sou magro", mas as pressões dos amigos e familiares o levaram a começar o regime. "Eu não queria engordar e vomitava tudo o que comia, fiz isso por dois anos. E ainda usava laxantes e diuréticos. Melhorei quando comecei a namorar, porque daí tive que readaptar minha rotina a uma outra pessoa e não dava para continuar do jeito que eu estava", finaliza Fabrizio.

Fabrizio se encaixava no perfil dos homens que apresentam a doença. "No início ou meio da adolescência, o jovem começa a fazer algum tipo de dieta e emagrece muito. Depois, começa a ter um comportamento obsessivo com sua alimentação. Daí vem a imagem distorcida de seu próprio corpo e a vontade incessante de se manter cada vez mais magro, que o impede de perceber a gravidade do problema", explica Adriano.

Anorexia x bulimia
Outro distúrbio que está associado à anorexia é a bulimia. Apesar de não ser tão grave quanto a anorexia, a bulimia também é um preocupante transtorno alimentar que vêm atingindo os homens. Caracterizado pelos vômitos após as refeições e pela alternância entre dias de comilança e dias sem comer nada para compensar os excessos dos dias anteriores, a bulimia pode provocar um tipo de anorexia mais difícil de ser detectada já que há períodos em que o paciente consome alimentos. "A doença pode desencadear um quadro anoréxico e um paciente pode ter os dois distúrbios ao mesmo tempo, mas isso não é uma particularidade da anorexia em homens", diz o especialista da Abeso.

Tratamento
Para Adriano, o tratamento é complexo, mas, em linhas gerais, tem bom resultado e a maioria consegue se livrar do problema sem grandes sequelas. O médico ainda aconselha aos familiares e doentes a procurarem ajuda para se orientarem sobre o tratamento, que é multidisciplinar, pois necessita de psiquiatra, nutricionista e clínico geral.

Ele acredita ainda que é fundamental para a superação da doença trabalhar a autoestima e recuperar o peso normal: "quando a paciente está fora do peso, não processa direito informações e tende a diminuir sua percepção das coisas. Recuperar o peso e a autoestima é fundamental para salvar estes pacientes", finaliza Adriano Segal. Minha Vida

Estudo associa excesso de higiene na infância a maior risco cardíaco na idade adulta

Pais que se preocupam exageradamente com a limpeza e higiene dos filhos podem estar colocando os pequenos sob maior risco de doenças inflamatórias, como doença cardíaca, na idade adulta, segundo estudo da Universidade do Noroeste, nos Estados Unidos. "Contrariamente às suposições de estudos anteriores, nossa pesquisa sugere que ambientes ultra-limpos e ultra-higiênicos no início da vida podem contribuir para maiores níveis de inflamação quando adultos, o que, por sua vez, aumenta os riscos de uma grande variedade de doenças", explicou o pesquisador Thomas McDade, líder do estudo.

Em estudo com mais de 3,3 mil mães filipinas e seus filhos – que foram acompanhados da gestação aos 22 anos de idade –, os pesquisadores descobriram que a exposição a micróbios infecciosos no início da vida pode proteger as pessoas de doenças cardiovasculares na idade adulta. Medindo os níveis sanguíneos de proteína C reativa – substância produzida pelo sistema imunológico em resposta a inflamações, e que está associada à doença cardíaca – os cientistas notaram que a exposição a micróbios no início da vida estava associada a menores níveis desse marcador na idade adulta.

"Nos Estados Unidos, temos essa ideia de que precisamos proteger nossos bebês e crianças dos micróbios e patógenos a todo custo possível", disse o pesquisador. "Mas podemos estar privando o desenvolvimento de redes imunológicas de importante entrada ambiental, necessárias para guiar sua função pela infância e idade adulta. Nossa pesquisa sugere que, sem esse mecanismo, a inflamação pode ter mais chances de ser mal regulada e resultar em respostas inflamatórias exageradas ou mais difíceis de serem desligadas após seu início", explicou. Boa Saúde