sábado, 16 de outubro de 2010

Bebê nasce de embrião congelado há quase 20 anos

Cientistas americanos conseguiram que uma mulher de 42 anos tivesse um filho saudável a partir de um embrião que permaneceu congelado por quase 20 anos.

A técnica foi aplicada no Instituto Jones de Medicina Reprodutiva, da Escola de Medicina de Eastern Virginia, em Norfolk, na Virgínia.

A mulher que recebeu os embriões havia registrado uma baixa reserva ovariana, ou seja, baixo estoque de óvulos disponíveis, e fazia tratamento de fertilização havia dez anos.

Os médicos descongelaram cinco embriões que haviam sido doados anonimamente por um casal que realizara o tratamento de fertilização na clínica 20 anos antes.

Dos embriões descongelados, dois sobreviveram e foram transferidos para o útero da paciente. Ao fim de uma única gravidez, a mulher deu à luz um garoto que nasceu saudável.

O caso foi relatado em um artigo científico na publicação especializada Fertility and Sterility, da Sociedade Americana para a Medicina Reprodutiva.

A equipe, liderada pelo pesquisador Sergio Oehninger, disse que não conhece nenhum caso de gravidez em que um embrião humano tenha permanecido tanto tempo congelado – 19 anos e sete meses.

"Congelar embriões é uma prática que só começou a ficar frequente nos anos 1990, então este certamente estava entre os que foram congelados logo no início deste processo", explicou à BBC Brasil o diretor científico e professor honorário do Centro de Medicina Reprodutiva da Universidade de Glasgow, Richard Fleming.

"Este é sem sombra de dúvida o caso mais antigo de que já ouvi falar, e mostra como um embrião de boa qualidade pode perfeitamente se desenvolver independentemente de ter sido gerado em 1990 ou 2010."

Tempo em suspenso

O congelamento suspende biologicamente o envelhecimento das células, e os cientistas defendem que um embrião pode permanecer neste estado por décadas.

Ate agora, o maior tempo que um embrião permaneceu congelado antes de ser transferido para o útero e gerado um bebê foi 13 anos, em um caso na Espanha.

No Brasil, o recorde é de uma mulher do interior de São Paulo que deu à luz um bebê nascido de um embrião que ficara congelado por oito anos.

Há ainda casos de pacientes que congelam suas células reprodutivas com fins terapêuticos, antes de tratamentos que podem deixá-los estéreis.

Em 2004, um casal teve um filho a partir de esperma que havia permanecido congelado por 21 anos.

Nesse caso, o pai tinha congelado espermatozoides aos 17 anos de idade, antes de começar a tratar um câncer de testículo com radioterapia e quimioterapia, que o deixaram sem capacidade reprodutiva.


[ BBC Brasil Saúde ]

Melancia pode diminuir pressão arterial

Patricia Zwipp
A melancia tem alto teor de água e ainda fornece minerais, vitaminas e fibras. E uma pesquisa da Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Unidos, aponta um motivo a mais para saboreá-la: pode diminuir a pressão arterial e prevenir que pessoas classificadas como pré-hipertensas se transformem em hipertensas.

Para chegar a essa conclusão, a equipe analisou nove pré-hipertensos (quatro homens e cinco mulheres) entre 51 e 57 anos. Os voluntários ingeriram diariamente por seis semanas 6g de um aminoácido encontrado no extrato da fruta. Todos apresentaram melhoras na função arterial e, consequentemente, diminuição da pressão.

O cientista Arturo Figueroa disse ao site Science Daily que a iguaria é fonte natural de L-citrulina, intimamente relacionada com L-arginina, aminoácido necessário para a formação do óxido nítrico essencial à regulação do tônus vascular e pressão sanguínea saudável. No organismo, a L-citrulina é convertida em L-arginina.

Apenas consumir a L-arginina como suplemento não é uma opção interessante a boa parte dos hipertensos, porque pode causar náuseas. Já a pílula de melancia não trouxe efeitos adversos aos participantes.

De acordo com os estudiosos, a descoberta tende a reduzir a quantidade de medicamentos de controle de pressão, mas outros testes ainda precisam ser realizados.


[ Terra Saúde ]

Paixão avassaladora

A intensidade da paixão é capaz de proporcionar alívio para dor de forma tão eficaz quanto analgésicos ou mesmo drogas ilícitas, como a cocaína. Esse é o resultado de um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Segundo os pesquisadores, quando as pessoas estão apaixonadas, há alterações significativas em seu humor que interferem na experiência de sentir dor. Um deles, Arthur Aron, professor de psicologia, afirma que o cérebro mostra essa relação.

- As áreas do cérebro ativadas pelo amor intenso são as mesmas ativadas por drogas que reduzem a dor. Ao pensar na pessoa amada, há intensa ativação na área de recompensa do cérebro - a mesma ativada quando se usa cocaína, ou quando se ganha muito dinheiro.

Para se chegar a esse diagnóstico, Aron se juntou ao chefe da Divisão de Tratamento da Dor da universidade, Sean Mackey, que concluiu que a paixão pode ser estudada como uma espécie de vício, já que as mesmas partes do cérebro são ativadas.

- Talvez isto envolva sistemas similares do cérebro como aqueles envolvidos em vícios, que são fortemente relacionados com a dopamina. A dopamina é o neurotransmissor no cérebro que está intimamente envolvido com bons sentimentos.

Para se chegar a esse resultado, os pesquisadores recrutaram 15 estudantes universitários (oito mulheres e sete homens) para o estudo. Cada um foi convidado a trazer as fotos das pessoas pelas quais estão apaixonadas e fotos de um conhecido igualmente atraente.

Os pesquisadores, então, sucessivamente mostravam as fotos, enquanto um estimulador controlado por computador e colocado na palma de suas mãos causavam uma leve dor. Durante esse processo, seus cérebros foram escaneados em uma máquina de ressonância magnética funcional.

Ao mesmo tempo, os participantes ouviam frases sem contexto, com a intenção de distraí-los . Isso porque estudos científicos anteriores já haviam demonstrado que a distração serve de alívio para a dor. Por isso, os pesquisadores queriam ter certeza se a paixão também atuava nesta questão ou se isso era papel exclusivo da distração.

Os resultados mostraram que tanto a paixão quanto a distração reduziram igualmente a dor, mas, curiosamente, os dois métodos utilizaram caminhos cerebrais diferentes.

No teste da distração, as vias do cérebro que levaram ao alívio da dor foram principalmente as da cognição, enquanto as da paixão estiveram associadas a áreas de recompensa.


[ R7 Saúde ]

Homeopatia: bolinhas do bem

"Esta é minha última esperança. Se não der certo, não sei o que vou fazer." Assim começa a maioria das consultas nas clínicas de homeopatia. As mães, depois de tentativas frustradas na medicina tradicional, procuram nesse tipo de tratamento uma saída para curar os filhos. Reconhecida como especialidade médica no país desde 1980, a homeopatia se populariza cada vez mais.

Se, antes, apenas os adeptos de tratamentos alternativos iam em busca da homeopatia, hoje ela é recomendada até por médicos alopatas – aqueles que praticam a medicina tradicional. "Indico o tratamento homeopático em alguns casos, principalmente nos quadros crônicos. Quando os pacientes retornam, depois da primeira consulta com o homeopata, percebo como a criança melhorou. Os resultados são muito bons", declara Sandra Micalli, pediatra alopata e alergista. A indicação aumenta nos casos de doenças crônicas, como bronquite, rinite e alergias de pele.

Vários estudos científicos têm comprovado que a homeopatia funciona, sim. Um artigo publicado em 2009 pelo homeopata Marcus Zulian Teixeira no periódico especializado “Homeopathy”, por exemplo, conclui que ela pode ser eficaz no tratamento de rinite. A pesquisa, que envolveu 54 pessoas e durou 5 anos, constatou uma melhora significativa no quadro dos pacientes após 12 meses de tratamento. Além disso, observou-se também que os medicamentos homeopáticos a longo prazo (36 meses depois) também serviram para prevenir a rinite.

No Brasil, estima-se que existam cerca de 15 mil homeopatas, o que representa 4,4% dos 340 mil médicos. Desde 2006, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento homeopático por conta da sua Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Formulada pelo Ministério da Saúde, a Política está de acordo com as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) para a implementação de medicina complementar. Como resultado dessa prática, o custeio da homeopatia pelo governo quintuplicou numa década, chegando a R$ 3,2 bilhões em 2009, ano em que foram realizadas mais de 300 mil consultas homeopáticas no SUS.

Menos radical
A procura por homeopatas aumentou, mas a preocupação de algumas mães sobre o medicamento persiste. Será que a homeopatia vai dar conta do recado? E se o tratamento não surtir efeito? Será que meu filho pode piorar? Hoje o radicalismo ficou de lado. Os homeopatas também admitem usar medicamentos tradicionais, os mesmos receitados pelos alopatas, quando necessário. A mistura não é prejudicial e é encarada normalmente pelos profissionais da área. "A homeopatia, assim como qualquer outra ciência, tem suas indicações, suas contra-indicações e suas limitações. Nada impede de utilizarmos o medicamento alopático. Essa associação é comum e viável", afirma Antônio Carlos Silveira Rezende, pediatra homeopata.

Consulta longa
Quem defende a homeopatia alista facilmente vários de seus benefícios. "Quando uma criança doente começa a tomar remédios homeopáticos, observo uma recuperação geral. Ela passa a comer melhor e fica mais bem-humorada", ressalta Divaldo Dias Mançano, pediatra homeopata. E, a longo prazo, segundo Rezende, a qualidade de vida melhora. "Raramente fica doente e possui maior resistência. E torna-se um adulto menos propício a problemas respiratórios e com hábitos saudáveis."

A primeira consulta dura ao menos uma hora. "Nós examinamos muito, porque é no exame físico que encontramos muitas características que não foram informadas pelo paciente", justifica Rezende. Alguns médicos têm hierarquia para avaliar os sintomas. Primeiro os mentais (afeto, vontades), depois os gerais (apetite, transpiração, sono) e, por último, os locais (dores de cabeça, manchas no corpo, etc.). "Quando atendo um paciente novo, quero saber sobre seu jeito de ser e de estar, além dos seus hábitos alimentares, desejos, aversões, a maneira como se relaciona. Faço o diagnóstico da criança como um todo para poder escolher um medicamento específico para ela. Posso ter 20 pacientes com bronquite e eles tomarem 20 medicamentos diferentes", explica Mançano.

Tudo é importante
O homeopata ouve os relatos da mãe, mas observa o comportamento da criança. Os detalhes mais sutis da vida dela podem fazer diferença no diagnóstico. "Tudo é importante para formar o perfil homeopático, um conjunto de sinais e sintomas que vai identificar o paciente", diz Rezende. Depois de traçar o perfil, o pediatra prescreve o medicamento. Em geral, ele é produzido na forma de glóbulos, as conhecidas bolinhas de lactose (leite). Não há criança que o desaprove. Mas, antes de ser uma balinha, o glóbulo é um remédio. Portanto, mantenha-o fora do alcance delas.

Pode vacinar?
Homeopata é contra vacinação? Especialistas mais radicais insistem na idéia, mas vão contra a recomendação da Associação Médica Homeopática Brasileira. Segundo a entidade, o calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde deve ser seguido. Felizmente, é possível aproveitar os benefícios da homeopatia sem ter de abandonar o pediatra tradicional, as vacinas ou os medicamentos alopatas, quando necessários. Mais uma opção para você cuidar da saúde de seu filho.


[ Crescer ]

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Componente do curry pode tornar quimioterapia mais eficaz

Patricia Zwipp

Um componente do tempero indiano curry pode tornar a quimioterapia mais eficaz, segundo pesquisadores da Universidade de Leicester, na Inglaterra. A equipe tem utilizado a curcumina, um extrato da raiz do açafrão-da-índia, para orientar células resistentes ao tratamento.

A líder do estudo, Karen Brown, disse ao jornal Daily Mail que testes prévios em laboratório mostraram que o extrato ataca e destrói essas células, o que ajudaria até a prevenir o retorno da patologia.

A pesquisa tem como meta identificar tipos de pacientes mais suscetíveis a se beneficiar com a curcumina no futuro. O potencial do produto tem sido investigado em todo o mundo para colaborar com pessoas que têm doença de Alzheimer, artrite, entre outras enfermidades.



[ Terra Saúde ]

Anorexia aumenta entre as mulheres acima de 30 anos

A anorexia e a bulimia, antes relacionadas à adolescência, agora atingem mulheres adultas de 30, 40, 50 e até de 60 anos. Algumas das razões são crises nos relacionamentos, desemprego, menopausa, perda dos pais ou mesmo quando os filhos saem de casa, de acordo com o site do jornal britânico The Guardian.

Outro motivo que leva a esses transtornos alimentares é a pressão por parecer mais jovem quando se chega aos 40 ou 50 anos, tendo como modelos celebridades como Madonna e Sharon Stone, que têm o físico elogiado e comentado no mundo todo por "não aparentarem a idade que têm".

Segundo a psiquiatra Sylvia Dahabra, em entrevista para o site, casos de pessoas mais velhas com problemas alimentares eram mais raros há cinco ou dez anos, como uma vez a cada um ou dois anos. Hoje, ela trata cinco novos pacientes nessa faixa etária com indícios de anorexia ou bulimia a cada ano.

Sylvia diz que acontecimentos marcantes, como perda de emprego ou problemas no relacionamento, podem afetar o humor da pessoa a ponto de ela desenvolver algum tipo de depressão. Como resultado, há a perda de apetite e de peso. Dessa forma, ao perceber que ficou mais magra e que se sente "melhor" quando não come, a pessoa acaba por fugir do seu real problema e se foca em perder cada vez mais peso.

É sempre bom ressaltar que a anorexia e a bulimia não são doenças exclusivamente femininas. Os homens estão propensos a desenvolverem os distúrbios, também causados por estresses emocionais e mentais.

No entanto, nem todas as mulheres que passam a fazer dieta ou mesmo pular refeições desenvolvem algum transtorno alimentar, mas os motivos ainda são desconhecidos.



[ Terra Saúde ]

Alimentos para manter o foco e a memória a todo vapor

Manter o foco e a energia no trabalho e a memória a todo vapor tem uma receita simples: coma a cada três ou quatro horas. Mas, claro, você precisa apostar nos alimentos certos

Por trás daquela dificuldade para achar uma saída rápida para questões do dia a dia ou prestar atenção em cada detalhe do discurso alheio se esconde um grito de alerta. O estoque de energia do cérebro está chegando a níveis críticos. A solução para evitar atrasos — de pensamento, no caso — é ter sempre um snack ao alcance das mãos. Essa é, pelo menos, a recomendação de um time de pesquisadores do Centro de Psicologia da Universidade do País de Gales, que analisou o rendimento de 96 participantes em testes de atenção e interpretação de textos. A metade que só tomou café da manhã e, depois, foi direto almoçar obteve piores resultados que o restante, que fez duas outras pequenas refeições nos intervalos de um dia cheio de tarefas.

“Longos períodos de jejum estressam o corpo, que é obrigado a priorizar órgãos vitais como o cérebro, retirando combustível estocado em outros cantos”, explica a nutricionista Tarsila Ferraz de Campos, do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. E, em um primeiro momento, essa estratégia de redistribuir a energia até bota a cabeça para funcionar. Mas o resultado é a produção de ácido lático, substância que muda o pH do sangue e desperta o desejo irresistível por uma soneca. O foco do pensamento, então, vai para o espaço.

Quando você fraciona as refeições, não falta energia para o cérebro trabalhar — e o corpo não produz ácido lático a ponto de causar a sonolência diurna. “Isso porque o organismo consegue manter constantes os níveis de glicose no sangue, que é o resultado da digestão”, justifica a endocrinologista Claudia Cozer, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas atenção: para se beneficiar dessa tática, você deve reduzir a quantidade de comida nas refeições principais. Senão, o tiro sai pela culatra e os quilos começam a se acumular.

Nos lanches, aposte em porções moderadas de carboidratos complexos, como pães integrais, ricos em glicose. Essa é a principal manobra para a massa cinzenta funcionar a todo vapor. “Afinal, o cérebro se alimenta exclusivamente dessa molécula, consumindo 20% de toda a energia que ela produz ao ser queimada no organismo”, diz o neurofisiologista Rubem Guedes, professor da Universidade Federal de Pernambuco. “Se o fornecimento de glicose for deficiente, bilhões de neurônios que precisam de energia para realizar a troca de informações deixarão de trabalhar. E, aí, funções como a atenção terminam prejudicadas”, completa. Além de carboidratos, inclua nessas refeições uma fonte de proteínas, que são a matéria-prima de alguns neurotransmissores, moléculas usadas pelos neurônios para trocar mensagens entre si.

Se a reposição de proteínas e carboidratos não acontece como deveria e o cérebro ameaça cortar linhas de comunicação, há soluções emergenciais, como lançar mão de café, chá preto ou chocolate amargo. “A cafeína pertence ao grupo das xantinas — do qual fazem parte a teofilina dos chás e a teobromina do cacau. São substâncias que estimulam o sistema nervoso e aumentam a atenção”, afirma Marina Balzer, nutricionista do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Elas melhoram o desempenho mental, mas o efeito dura um curto período. Não adianta exagerar na dose: cerca de 500 miligramas de cafeína, ou três xícaras de expresso forte, iniciam o processo de intoxicação, que causa insônia e taquicardia. E insônia prejudica o raciocínio no dia seguinte... Daí a história então se repete — ou fica até pior.


[ Saúde é Vital ]

HPV, perigo além do útero

O vírus que ficou famoso por deflagrar tumores de colo uterino agora é acusado de provocar a doença na garganta e em outras áreas do corpo. Investigamos o que é possível fazer para escapar dele

americanos indicam que até 50 ou 60% dos episódios da doença estejam relacionados ao HPV”, conta seu colega de especialidade André Lopes Carvalho, diretor científico do Hospital de Câncer de Barretos, no interior paulista.

Se levarmos em consideração os genitais, também deparamos com o malfeitor. “Em metade dos casos de câncer de pênis há a participação do HPV”, calcula o cirurgião oncológico Ademar Lopes, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Nas mulheres, ele é capaz de semear o mal na vagina e na vulva. E, independentemente do gênero, nem o ânus é poupado.

É preciso lembrar que nem todos os HPVs estão mancomunados com o câncer — hoje se sabe que os tipos 16 e 18 são os principais envolvidos. “E o contato com o vírus, mesmo que seja um de alto risco, não significa que haverá um tumor”, tranquiliza a bióloga Paula Rahal, da Universidade Estadual Paulista, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Predisposição genética para o câncer, baixa imunidade e tabagismo pesam na conta que resulta no problema. “Até 80% das mulheres infectadas eliminam o HPV espontaneamente em dois anos sem ter sintomas”, conta a ginecologista Cristina Helena Rama, do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, na capital paulista.

Mas, claro, não dá para confiar na sorte, sob pena de cair no grupo das que irão colher retaliações mais graves. “Daí a necessidade de se submeter a exames de rotina, como o papanicolau, que identificam alterações no útero”, orienta Cristina. “Do momento da infecção ao surgimento do câncer podem transcorrer até 20 anos”, avisa Paula. Estendendo a mensagem aos outros alvos do HPV, qualquer sinal de algo errado na boca, na garganta ou no pênis merece policiamento médico. Aliás, um estudo também associou esse vírus ao câncer de mama. Mas os especialistas ouvidos por SAÚDE! acreditam que é cedo para fazer essa última acusação.

De qualquer modo, antes de procurar o intruso, você deve saber o que está ao seu alcance para se esquivar dele. Parte da resposta resvala nos princípios do sexo seguro. “Apesar de não ser 100% eficaz no caso do HPV, a camisinha ajuda a evitar a infecção”, diz Cristina. O problema é que o preservativo é deixado para a hora da penetração. E mais: o próprio saco escrotal, por exemplo, pode portar o vírus. Por mais careta que soe, quanto menos parceiros alguém tiver, menor o risco do contágio. Também é crucial cortar outros fatores pró-câncer. “Para os tumores de garganta, há um efeito combinado entre o cigarro, o álcool e a presença do vírus”, afirma Carvalho.

A fórmula mais segura e eficiente seria a imunização, por enquanto destinada às mulheres entre 9 e 26 anos. Especialistas já avaliam a aplicação em outras faixas etárias e a liberação para os homens — nos Estados Unidos, um dos imunizantes foi aprovado para a ala masculina visando à prevenção das verrugas genitais. “Dos tumores associados ao vírus, cerca de 70% dos de colo de útero, 80% dos de amígdala e 40% dos de pênis estão relacionados aos HPVs 16 e 18, os contemplados pelas vacinas disponíveis”, diz a bióloga Luisa Lina Villa, do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo. A despeito dos estudos em andamento e da discussão custo/benefício, o maior pesadelo do HPV será sua condenação a um futuro com vacina para todo mundo.


[ Saúde é Vital ]

terça-feira, 12 de outubro de 2010

orkut recados

Gelatina com calda de maracujá

Ingredientes

1 envelope de gelatina em pó branca, sem sabor
4 colheres (sopa) de água
3 xícaras de creme de leite fresco
3/4 de xícara de açúcar
1 colher (chá) de essência de baunilha
Óleo para untar
Para a calda
1/2 xícara de polpa de maracujá com sementes
1 xícara de polpa de maracujá peneirada
1 xícara de açúcar

Modo de preparo

Em um refratário pequeno, polvilhe a água com a gelatina e deixe descansar por cinco minutos. Leve ao fogo, em banho-maria, até dissolver. Reserve. Em uma panela, leve ao fogo médio o creme de leite com o açúcar e a baunilha até aquecer e o açúcar dissolver. Fora do fogo, junte a gelatina diluída. Distribua esse creme entre seis ramequins com capacidade para 1/2 xícara, untados com óleo. Leve para gelar, coberto com filme plástico, por quatro horas ou até ficar firme.

Prepare a calda
Em uma panela, leve todos os ingredientes ao fogo médio, mexendo às vezes, por oito minutos ou até engrossar ligeiramente. Deixe esfriar. Em seis pratos de sobremesa, desenforme as gelatinas e sirva, regadas com a calda.
Rende 6 porções.

CLAUDIA

Feliz Dia Das Crianças

orkut recados

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ter autonomia sobre os ambientes de trabalho melhora saúde dos empregados

Trabalhadores que têm controle sobre a decoração de seus ambientes de trabalho podem não só ficar mais felizes como mais saudáveis – o que faz que a produção possa aumentar em até 32% – de acordo com um estudo feito pela Universidade de Exeter.

O estudo, feito por Craig Knight, mostrou como a personalização dos próprios ambientes fez que empregados mudassem suas atitudes e pensamentos sobre o próprio trabalho. Os resultados contrastam com o que é sistematizado pela maioria das empresas, onde há regras de padronização dos escritórios, muitas vezes seguindo a identidade corporativa pré-concebida e replicada em todas as esferas de uma companhia.

“A maioria dos escritórios contemporâneos é funcional e oferece pouquíssimo controle ao usuário, mas nosso estudo mostra que isso poderia ser modificado. Quando as pessoas se sentem desconfortáveis com o entorno, elas ficam menos motivadas, afinal é apenas um espaço onde elas precisam estar. Ao ter controle sobre o próprio espaço de trabalho as pessoas afirmam ficar mais felizes, e isso vale para os ambientes de trabalho, pois eles passam a ser uma continuação da identidade de quem o ocupa. O resultado disso é que as pessoas ficam mais felizes fazendo as tarefas rotineiras”, explica Knight.

A pesquisa acompanhou mais de 2 mil trabalhadores, que trabalhavam em espaços fixos. Foram observadas as atitudes – incluindo produtividade – no ambiente de trabalho. Entre os instrumentos utilizados para a pesquisa, incluíram-se questionários on-line e experimentos sobre a resposta a tarefas encomendadas pelos pesquisadores (ambas realizadas em locais e condições diferentes).

Os resultados mostraram que quanto maior o controle sobre seus espaços, mais motivadas as pessoas ficavam. Os trabalhadores diziam se sentir fisicamente mais confortáveis no trabalho, identificavam-se mais com a empresa e mostravam atitudes mais positivas de uma forma geral.

“Não estamos falando apenas de melhorar as condições para que as pessoas não tenham dores nas costas, por exemplo. Mas ampliar sua satisfação com a ambientação e consequentemente com sua posição profissional. Pesquisas anteriores mostraram que o índice de faltas por causa de doenças também diminuiu em empresas que promovem espaços mais personalizados para os empregados”, aponta Alex Haslan, coautor do estudo.

“Essa pesquisa mostra que os espaços onde cada um realiza suas tarefas diárias são importantes e podem modificar a forma como elas conduzem essas tarefas. Eles ficam mais inspirados e isso deixa claro os benefícios para que as companhias sejam mais flexíveis nesse ponto”, completa Kenneth Freeman, que também participou do estudo.


[ O Que Eu Tenho ? ]

Insegurança ambiental contribui para puberdade precoce, diz pesquisa

As meninas estão entrando na puberdade cada vez mais cedo. Um estudo recente mostrou que o desenvolvimento mamário (crescimento dos seios) pode começar a partir dos 7 ou 8 anos (leia mais AQUI). Um estudo publicado no periódico Psychological Science aponta que essas meninas podem estar em risco para diversas condições de saúde, incluindo doenças sexualmente transmissíveis, além de problemas com gravidez indesejada.

Jay Belsky, pesquisador da Universidade de Birkbeck, no Reino Unido, é o autor desse novo estudo que afirma que meninas fisicamente mais maduras também tendem a ter relacionamentos afetivos mais cedo na vida, o que leva a um início de vida sexual em idade mais jovem e, consequentemente, maiores riscos de desenvolver diversas doenças.

Belsky afirma ainda que seu estudo não focou os pontos positivos ou negativos de uma puberdade precoce, mas partiu de uma perspectiva evolucionária. Desse ponto de vista, a puberdade precoce é, portanto, uma resposta evolutiva a ambientes de alto risco, muito instáveis e correlacionada com um baixo nível de apego com a mãe ou o pai. Essa combinação levaria a um aumento do ritmo de maturação do organismo, diminuindo a idade do início da puberdade, pois isso seria a garantia de se reproduzir em idades mais jovens.

Para testar essa hipótese, Belsky e sua equipe analisaram dados de 370 meninas que participaram de um estudo amplo sobre desenvolvimento infantil e aplicado pelo Instituto Americano de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (NICHD). Os indivíduos no estudo foram acompanhados desde o nascimento até a idade de 15 anos. Com 1 ano e meio de idade foi medido o nível de apego à mãe, usando um procedimento padrão de laboratório. As meninas então foram avaliadas em mais ou menos apegadas à mãe (menor índice apego é observado em indivíduos mais inseguros, por exemplo). Com idade média de 9,5 anos, essas meninas foram avaliadas para nível de desenvolvimento do corpo.

Como os pesquisadores esperavam, as meninas com maior nível de insegurança (menor índice de apego) iniciaram a adolescência mais cedo – entre 2 e 4 meses, em comparação às garotas mais seguramente apegadas. Elas também completaram o ciclo de desenvolvimento pueril mais cedo. A menarca (primeira menstruação) dessas meninas com perfis mais inseguros também ocorreu mais cedo.

Belsky afirma que apenas um ambiente instável, consequentemente, vivenciar maior insegurança, não é a única razão para a puberdade precoce: parte dessa equação passa pela herança genética. Além disso, alimentação e ambientes onde agentes químicos diversos estão presentes também podem contribuir de alguma maneira para o aparecimento desta condição, apontam os pesquisadores.

A nutrição excessiva também parece ter contribuído com o processo, de acordo com os resultados observados nas 150 meninas que tiveram a puberdade adiantada. “Tudo isso faz parte de uma lógica evolucionária, onde a insegurança nos primeiros anos de vida leva à puberdade precoce”, diz o pesquisador.

Até o momento não é possível descartar nenhum fator, diz Belsky, que dividiu a autoria do estudo com Renate Houts, da Universidade de Duke, nos EUA, e Pasco Fearson, pesquisador da Universidade de Reading, no Reino Unido.


[ O Que Eu Tenho ? ]

Perda gradativa do desejo sexual afeta a saúde feminina

A desculpa da dor de cabeça, nem sempre, é uma escolha. Muitas mulheres sofrem de uma disfunção que inibe a vontade de fazer sexo, a síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH). O problema, além de trazer instabilidade conjugal, pode atrapalhar a saúde. Cansaço, indisposição, briga com o parceiro, envolvimento com o trabalho, podem tirar o foco da vida sexual, porém, a ausência de vontade por muito tempo pode sinalizar o problema. "A mulher vive sob influência de ciclos e é muito suscetível às diferentes fases pelas quais passa: menstruação, gravidez, menopausa. Por isso, o desejo delas por sexo varia de acordo com esses ciclos. É natural, mas a mulher precisa ficar atenta, caso isso se repita por muito tempo", explica a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, do projeto Afrodite, da Unifesp.

A disfunção é mais comum do que se imagina. A síndrome do desejo sexual hipoativo faz com que 35% das mulheres brasileiras vá para cama com o parceiro apenas para dormir, sem sentir a menor falta do relacionamento sexual. A síndrome é considerada séria pelos médicos, na medida em que afeta a saúde das mulheres, deixando-as mais fragilizadas. Mas a DSH não acontece de uma hora para outra. Normalmente, as mulheres que sofrem com a síndrome perdem gradativamente a vontade sexual. As causas dessa diminuição podem ser tanto físicas como psicológicas.

Causas físicas

A jornada extensa de afazeres pode impactar a saúde sexual. "As mulheres começaram a assumir multifunções. Precisam ser mães, esposas, cuidar da casa, da comida e trabalhar fora. Isso tudo eleva os níveis de estresse, aumentando os níveis de adrenalina e de cortisol no corpo, hormônios que provocam a diminuição da libido", explica a psicóloga Arlete Gavranic, terapeuta sexual do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).

Além do estresse, a depressão também é uma das razões que leva as mulheres a perderem a disposição, inclusive para o sexo. O desgaste físico e psicológico proporcionados pela depressão influencia negativamente o comportamento da mulher, mas também os remédios antidepressivos, assim como alguns tipos de anticoncepcionais, também levam a diminuição da vontade sexual. Nesses casos, a melhor solução é o tratamento com remédios que não causem esse efeito.

Alterações hormonais, provocadas por algumas doenças ou pela menopausa podem ser a causa da DSH. "Quando ocorre diminuição dos níveis de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual, a vontade por sexo fica reduzida. O ideal é que seja feita a reposição, através da indicação médica, por meio de medicamentos para que não afetem a vida sexual da mulher", explica Maria Claudia.

Causas psicológicas
De acordo com a sexóloga Maria Claudia, as causas psicológicas são as grandes responsáveis pela síndrome DSH, uma vez que as mulheres são muito sensíveis e, em geral, não conseguem separar problemas mal resolvidos do prazer sexual. "Problemas como a dificuldade de relacionamento com o parceiro, falta de confiança, mágoa ou frustrações acumuladas, baixa autoestima, desvalorização, entre outros fatores derivados dos relacionamentos pessoais fazem com que as mulheres passem a considerar o sexo como algo inviável em sua vida", explica a especialista da Unifesp.

Geralmente, essas frustrações acontecem com mulheres mais velhas, porém, a síndrome do desejo sexual hipoativo afeta também muitas mulheres jovens. Quando isso ocorre, é normalmente decorrência de uma educação repressiva, que trata o assunto sexo como tabu ou de questões religiosas, que reprimem o prazer sexual. "Isso tende a deixar o entusiasmo e o nível de energia da mulher jovem reduzidos, na medida em que ela não entende as transformações internas pelas quais seu corpo passa", esclarece Maria Claudia.

No caso de problemas psicológicos, o tratamento mais aconselhado é a terapia sexual, que vai trabalhar os aspectos ligados à educação sexual, a desmistificação das práticas sexuais, o enfoque corporal e a conscientização dos benefícios e problemas. "Em geral, esses tratamentos são lentos, demorando de seis meses a um ano, mas são eficientes, uma vez que a mudança ocorre de dentro para fora", diz a especialista da Unifesp.

O maior desafio da medicina nessa área é a invenção de medicamentos que estimulem o desejo sexual feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres a vascularização da região vaginal não é o motivo da disfunção, pelo fato da diminuição da libido estar associada às emoções. Por isso, a psicoterapia com um especialista em sexualidade ainda é a forma mais garantida de tratamento.

Falta de vontade ou DSH?

O fato de a mulher não ter vontade de fazer sexo todo dia não que dizer que ela está sofrendo da síndrome do desejo hipoativo. Para chegar a esse estágio, a mulher tem que estar muito tempo imersa no processo de recusa sexual, meses e até anos. As mulheres que sofrem com isso, costumam demorar para perceber, já que a diminuição do desejo ocorre lentamente. A terapeuta sexual Arlete Gavranic recomenda que as mulheres que começam a notar falta de desejo sexual, façam uma autoavaliação, que contenham as seguintes perguntas:

- Com que frequencia eu me recuso a ter relações sexuais?

- Sinto preguiça na hora que estou com meu parceiro?

- Costumo investir ou ter vontade de investir em produtos que aumentam a energia sexual, como lingeries, objetos eróticos ou livros e revistas que tratem do assunto?

- Qual a qualidade do meu relacionamento a dois?

Como a DSH está ligada basicamente às emoções é possível tomar medidas que contribuam para a constante estimulação sexual. "É importante se permitir conhecer o corpo, aprender a pensar que o interesse por sexo não é vergonhoso, e muito menos a prática dele, viver bem com o próprio corpo e aceitar as mudanças que acontecem naturalmente com o envelhecimento, descobrir que é possível ser sensual em qualquer fase da vida e, principalmente, limpar a "lixeira emocional" para que as mágoas e tristezas não fiquem acumuladas e causem mal para a saúde", explica a terapeuta sexual Arlete Gavranic.


[ Minha Vida ]

Inveja pode levar a reações agressivas

Um estudo japonês publicado na publicação American Journal of Science descobriu a área do cérebro que controla o sentimento da inveja. A pesquisa analisou 19 pessoas com boas condições de saúde que por um ano e meio foram induzidas a imaginar um cenário que envolvia três personagens. A ideia é que dois desses personagens fossem mais capazes, ricos e inteligentes que os voluntários, motivos que desencadeariam o sentimento da inveja.

Os pesquisadores descobriram que, quando os voluntariam sentiam inveja, a parte do córtex dorsal anterior do cérebro era ativada e, consequentemente, encontraram a área exata responsável por esse sentimento. Os cientistas também afirmam que uma pessoa invejosa tende a apresentar uma atividade maior nessa região que também é associada à depressão.

De acordo com a psicóloga Karen Camargo, todos os indivíduos sentem alegria, raiva e inveja, porém a forma como cada um lida com essas emoções é o segredo. "Quando a raiva ou a inveja ganham espaço, o corpo se contrai, os batimentos cardíacos se aceleram e existe uma descarga de adrenalina. Isso pode levar a uma reação de agressividade física ou maldosa. Mas o sentimento em si não é mau, o que precisamos e saber controlá-lo", explica.


[ Minha Vida ]