As meninas estão entrando na puberdade cada vez mais cedo. Um estudo recente mostrou que o desenvolvimento mamário (crescimento dos seios) pode começar a partir dos 7 ou 8 anos (leia mais AQUI). Um estudo publicado no periódico Psychological Science aponta que essas meninas podem estar em risco para diversas condições de saúde, incluindo doenças sexualmente transmissíveis, além de problemas com gravidez indesejada.
Jay Belsky, pesquisador da Universidade de Birkbeck, no Reino Unido, é o autor desse novo estudo que afirma que meninas fisicamente mais maduras também tendem a ter relacionamentos afetivos mais cedo na vida, o que leva a um início de vida sexual em idade mais jovem e, consequentemente, maiores riscos de desenvolver diversas doenças.
Belsky afirma ainda que seu estudo não focou os pontos positivos ou negativos de uma puberdade precoce, mas partiu de uma perspectiva evolucionária. Desse ponto de vista, a puberdade precoce é, portanto, uma resposta evolutiva a ambientes de alto risco, muito instáveis e correlacionada com um baixo nível de apego com a mãe ou o pai. Essa combinação levaria a um aumento do ritmo de maturação do organismo, diminuindo a idade do início da puberdade, pois isso seria a garantia de se reproduzir em idades mais jovens.
Para testar essa hipótese, Belsky e sua equipe analisaram dados de 370 meninas que participaram de um estudo amplo sobre desenvolvimento infantil e aplicado pelo Instituto Americano de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (NICHD). Os indivíduos no estudo foram acompanhados desde o nascimento até a idade de 15 anos. Com 1 ano e meio de idade foi medido o nível de apego à mãe, usando um procedimento padrão de laboratório. As meninas então foram avaliadas em mais ou menos apegadas à mãe (menor índice apego é observado em indivíduos mais inseguros, por exemplo). Com idade média de 9,5 anos, essas meninas foram avaliadas para nível de desenvolvimento do corpo.
Como os pesquisadores esperavam, as meninas com maior nível de insegurança (menor índice de apego) iniciaram a adolescência mais cedo – entre 2 e 4 meses, em comparação às garotas mais seguramente apegadas. Elas também completaram o ciclo de desenvolvimento pueril mais cedo. A menarca (primeira menstruação) dessas meninas com perfis mais inseguros também ocorreu mais cedo.
Belsky afirma que apenas um ambiente instável, consequentemente, vivenciar maior insegurança, não é a única razão para a puberdade precoce: parte dessa equação passa pela herança genética. Além disso, alimentação e ambientes onde agentes químicos diversos estão presentes também podem contribuir de alguma maneira para o aparecimento desta condição, apontam os pesquisadores.
A nutrição excessiva também parece ter contribuído com o processo, de acordo com os resultados observados nas 150 meninas que tiveram a puberdade adiantada. “Tudo isso faz parte de uma lógica evolucionária, onde a insegurança nos primeiros anos de vida leva à puberdade precoce”, diz o pesquisador.
Até o momento não é possível descartar nenhum fator, diz Belsky, que dividiu a autoria do estudo com Renate Houts, da Universidade de Duke, nos EUA, e Pasco Fearson, pesquisador da Universidade de Reading, no Reino Unido.
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Jay Belsky, pesquisador da Universidade de Birkbeck, no Reino Unido, é o autor desse novo estudo que afirma que meninas fisicamente mais maduras também tendem a ter relacionamentos afetivos mais cedo na vida, o que leva a um início de vida sexual em idade mais jovem e, consequentemente, maiores riscos de desenvolver diversas doenças.
Belsky afirma ainda que seu estudo não focou os pontos positivos ou negativos de uma puberdade precoce, mas partiu de uma perspectiva evolucionária. Desse ponto de vista, a puberdade precoce é, portanto, uma resposta evolutiva a ambientes de alto risco, muito instáveis e correlacionada com um baixo nível de apego com a mãe ou o pai. Essa combinação levaria a um aumento do ritmo de maturação do organismo, diminuindo a idade do início da puberdade, pois isso seria a garantia de se reproduzir em idades mais jovens.
Para testar essa hipótese, Belsky e sua equipe analisaram dados de 370 meninas que participaram de um estudo amplo sobre desenvolvimento infantil e aplicado pelo Instituto Americano de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (NICHD). Os indivíduos no estudo foram acompanhados desde o nascimento até a idade de 15 anos. Com 1 ano e meio de idade foi medido o nível de apego à mãe, usando um procedimento padrão de laboratório. As meninas então foram avaliadas em mais ou menos apegadas à mãe (menor índice apego é observado em indivíduos mais inseguros, por exemplo). Com idade média de 9,5 anos, essas meninas foram avaliadas para nível de desenvolvimento do corpo.
Como os pesquisadores esperavam, as meninas com maior nível de insegurança (menor índice de apego) iniciaram a adolescência mais cedo – entre 2 e 4 meses, em comparação às garotas mais seguramente apegadas. Elas também completaram o ciclo de desenvolvimento pueril mais cedo. A menarca (primeira menstruação) dessas meninas com perfis mais inseguros também ocorreu mais cedo.
Belsky afirma que apenas um ambiente instável, consequentemente, vivenciar maior insegurança, não é a única razão para a puberdade precoce: parte dessa equação passa pela herança genética. Além disso, alimentação e ambientes onde agentes químicos diversos estão presentes também podem contribuir de alguma maneira para o aparecimento desta condição, apontam os pesquisadores.
A nutrição excessiva também parece ter contribuído com o processo, de acordo com os resultados observados nas 150 meninas que tiveram a puberdade adiantada. “Tudo isso faz parte de uma lógica evolucionária, onde a insegurança nos primeiros anos de vida leva à puberdade precoce”, diz o pesquisador.
Até o momento não é possível descartar nenhum fator, diz Belsky, que dividiu a autoria do estudo com Renate Houts, da Universidade de Duke, nos EUA, e Pasco Fearson, pesquisador da Universidade de Reading, no Reino Unido.
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