sábado, 26 de setembro de 2009

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SEJAM BEM VINDOS

Exercite-se e acabe com a dor nas costas

Essa foi a conclusão de uma equipe do Departamento de Cirurgia Ortopédica da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, depois de examinar 20 artigos científicos sobre o assunto. Baseada nessa análise minuciosa, a recomendação dos pesquisadores é simples: fazer exercícios localizados de duas a três vezes por semana é o suficiente para dar um basta às crises dolorosas, que, sem exageros, lotam os consultórios médicos — elas só perdem para as dores de cabeça, que estão em primeiro lugar nesse ranking inglório.

“Esse tipo de exercício reforça músculos do abdômen e das costas que funcionam como suporte para a coluna”, explica o ortopedista Ricardo Cury, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Alongar-se também é importante. Isso porque trata-se de uma maneira de promover o estiramento das fibras musculares, aumentando a sua flexibilidade.
Com isso em vista, preparamos uma série especial que engloba abdominais e alongamentos para prevenir essa baita amolação. E o melhor: dá para realizála em casa. Faça os movimentos no seu ritmo e, se sentir qualquer incômodo, pare imediatamente e procure um especialista. “Quem já está com dor ou tem algum problema de coluna deve consultar o médico antes de iniciar qualquer atividade física”, aconselha o ortopedista Flavio Murachovsky, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. “Mas o ideal é que todos aprendam a fazer os exercícios com a orientação de um profissional, que também pode sugerir outros movimentos”, acrescenta a fisioterapeuta Aline Almeida Centini, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Se eles forem feitos da maneira errada, podem até mesmo piorar o quadro.” Saúde Abril

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Terapia pode diminuir inflamação em pacientes com câncer de mama e depressão

Terapia psicológica é uma ótima aliada para pacientes recém-diagnosticadas com câncer de mama e que apresentam sintomas de depressão. Engana-se quem pensa que o motivo é apenas aliviar a esse problema. Também reduz os indicadores de inflamação no sangue, de acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.

"A inflamação é considerada um fator de promoção do câncer, e a depressão e a inflamação predizem o aumento do risco de morte pela doença. Antes, nós sabíamos que a inflamação estava associada aos sintomas de depressão entre pacientes com câncer e que ambos são problemáticos, mas não sabíamos que tratar a depressão afetaria a inflamação", disse a coautora da pesquisa, Barbara Andersen, ao site Science Daily.

Para chegar a essa conclusão, os profissionais acompanharam 45 pessoas e as dividiram em dois grupos, sendo que apenas as de um deles receberam intervenções psicológicas. As sessões reuniam de oito a 12 pacientes e dois psicólogos, e foram realizadas semanalmente por quatro meses e, mensalmente, por oito meses.

Todos os participantes contaram com avaliações, que consistiam em entrevistas pessoais e questionários para avaliar humor, fadiga, estado de saúde e a influência da dor sobre a qualidade de vida. Os níveis de inflamação foram analisados por meio de amostras de sangue.

Ao final da pesquisa, que levou um ano, quem participou da terapia apresentou diminuições significativas nos sintomas de depressão, fadiga, dor e nos marcadores de inflamação. Os participantes do grupo de controle (sem terapia) não mostraram melhoras.

"Ansiedade ou sintomas significativos de depressão normalmente não são reconhecidos e podem até ser banalizados como uma 'resposta normal' ao câncer. Entretanto, aqueles com depressão precisam de tratamento, que pode demorar meses." Terra

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Partos em adolescentes caem 30% em dez anos

O número de partos realizados na rede pública de saúde em meninas entre 10 e 19 anos caiu 30,6% nos últimos dez anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2008, foram feitos 485,64 mil partos contra 699,72 mil em 1998 (veja tabela abaixo). No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a redução ultrapassou 35%. A queda na quantidade de adolescentes grávidas no Brasil deve-se, principalmente, ao acesso às políticas de prevenção e orientação sobre saúde sexual.

Os postos de saúde no país disponibilizam, gratuitamente, métodos contraceptivos. A compra de preservativos masculinos, por exemplo, chegou a um bilhão em 2008, a maior feita por um governo no mundo. Até setembro deste ano, foram encaminhados aos estados e municípios 311 milhões de camisinhas masculinas. Essa oferta tem impacto grande na realidade dos jovens e adolescentes. A Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos, lançada pelo próprio ministério em junho, mostrou que 41,4% das moças e rapazes entre 15 e 24 anos pegaram preservativos gratuitamente nos 12 meses anteriores ao estudo. Os principais locais para isso são os postos de saúde (37,7%) e as escolas (16,5%).
O aumento no número de equipes de Saúde da Família também reflete no acesso a informações sobre planejamento familiar as comunidades da capital e cidades do interior. Atualmente, esses profissionais atendem 49% da população, levando informações sobre prevenção de gravidez, saúde sexual e reprodutiva aos adolescentes e jovens das cidades atendidas. Em 2000, o índice de cobertura era 15,7%. O total de equipes trabalhando em todo o país saltou de 7,6 mil para 29,7 mil.
RESULTADOS - “Por causa dessas iniciativas, meninas e meninos estão mais informados sobre saúde sexual e reprodutiva e têm mais acesso a preservativos e métodos contraceptivos”, afirma a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare. Ela destaca ainda como fundamental na redução do número de partos entre adolescentes os programas que unem saúde e educação, como Saúde nas Escolas e Prevenção e Saúde nas Escolas.

Essas duas iniciativas levam aos alunos da rede pública informações sobre puberdade, saúde reprodutiva, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e sobre o sexo seguro. “Um dos grandes desafios nessa área é educar e orientar o jovem”, destaca Thereza de Lamare. Com o intuito de melhorar o acesso dessa parcela a informações sobre saúde, o Ministério da Saúde realiza, a partir do dia 22 de setembro – Dia Nacional da Juventude, uma série de ações para incentivar o adolescente a procurar os serviços de saúde.

SEMINÁRIO SOBRE JUVENTUDE - A data será comemorada com o seminário Mais Saúde na Juventude: Vamos Falar Disso?, que reune jovens, especialistas e gestores, em Brasília, para discutir políticas de saúde para a juventude. O encontro, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, em Brasília, estará focado em quatro temas – saúde sexual e reprodutiva, violência e acidentes, álcool e outras drogas, meio ambiente, esporte e lazer. As discussões ocorrem hoje, dia 22, às 9h30, no Hotal Carlton, Setor Hoteleiro Sul.

De acordo com a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, a proposta é dar maior visibilidade ao atendimento dessa parcela, que requer cuidados especiais por estarem em fase de crescimento e desenvolvimento. “Iniciativas em educação em saúde, alimentação saudável, informações sobre sexualidade, violência e drogas são fundamentais para prevenir situações que podem colocar em risco a saúde de adolescentes e jovens”, afirma. “Eles estão no auge das transformações e necessitam de orientação e informação”, reitera.

CADERNETA DA SAÚDE JOVEM – É exatamente a partir da difusão de informações sobre saúde que o Ministério quer incentivar o jovem a buscar os serviços nas unidades com mais freqüência. Até outubro deste ano, quatro milhões de Cadernetas de Saúde do Adolescente serão distribuídas a 433 municípios brasileiros. Impressa em duas versões – para homens e para mulheres, elas serão utilizadas no acompanhamento da saúde de jovens entre 10 e 16 anos. São 50 páginas com informações sobre saúde sexual e reprodutiva, sobre alimentação, puberdade, drogas e os cuidados necessários nessa faixa etária.

Embora a caderneta fique com o adolescente, existem páginas específicas para o profissional de saúde. Ele deverá preencher e acompanhar o cartão de vacinação e a tabela do Índice de Massa Corporal (IMC) com a estatura para avaliar o desenvolvimento do paciente. O investimento na impressão e distribuição das cadernetas foi de R$ 940 mil. No próximo ano, outras 4 milhões deverão ser produzidas e enviadas aos estados. Ministerio da Saúde

Tratamento do câncer de próstata pode aumentar o risco de problemas cardíacos

Um estudo apresentado esta semana no Congresso da Organização Europeia de Câncer indica que a terapia hormonal usada para tratar homens com câncer de próstata avançado está associada a um aumento nos riscos de ter diversos problemas cardíacos. Na maior e mais abrangente pesquisa sobre o assunto, que incluiu mais de 30,6 mil homens suecos com câncer de próstata local avançado ou metastático, os pesquisadores concluíram que os médicos precisam considerar os efeitos colaterais cardíacos quando prescrevem terapia endócrina para pacientes com câncer, e, inclusive, recomendar que esses pacientes consultem um cardiologista antes do início do tratamento.

"Se observarmos o efeito causal, então, para todas as terapias hormonais juntas, estimamos que, comparado com o que é normal na população geral, cerca de dez eventos extras de doença cardíaca isquêmica por ano irão surgir para cada mil pacientes com câncer de próstata tratados com essas drogas", declarou a epidemiologista Mieke Van Hemelrijck, líder do estudo.
Ela destaca, porém, que nem todos os tipos de terapia estão associados ao risco de problemas cardíacos na mesma intensidade.
"Descobrimos que drogas que bloqueiam a testosterona de se agregar às células da próstata estavam associadas com o menor risco cardíaco, enquanto aquelas que reduzem a produção de testosterona foram associadas a um maior risco", explicou a autora, destacando que isso traz implicações para a escolha do tratamento.
De forma geral, os resultados indicaram que pacientes tratados com a terapia hormonal tinham 24% maior risco de ataque cardíaco não-fatal, 19% de ter arritmia, 31% de ter doença cardíaca isquêmica, e 26% mais chances de desenvolver insuficiência cardíaca. A probabilidade de morrer de infarto foi 28% maior, de morte por doença cardíaca seria 21% mais elevada, por insuficiência cardíaca era 26% maior, e o risco de morrer por arritmia era 5% maior. Outro aspecto interessante é que os que já tinham doenças cardíacas teriam menos efeitos adversos dessa terapia, segundo os autores, pelo fato de tomarem medicamentos que podem proteger contra esse aumento no risco cardíaco.

"Precisamos de estudos que verifiquem a associação e explore os mecanismos biológicos plausíveis", destacou a epidemiologista Van Hemelrijck. "Assim, saberemos qual o melhor uso desses tratamentos de acordo com o histórico do paciente de vários tipos de doença cardíaca, e se seria uma boa ideia dar aos pacientes medicamentos cardíacos para contra-atacar esses efeitos colaterais". Boa Saúde

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Retarde o envelhecimento comendo uma castanha por dia

1 castanha por dia......não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula,botar para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais.

Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará recentemente rebatizadas castanhas-do- brasil eleva em 65% o teor de selênio no sangue. Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro. Ora, nós somos sortudos. É que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo . E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso. Na ausência dele, as tais enzimas fi cam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.
A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células. Saúde Abril

Saiba como evitar o mau hálito

Medidas simples, como escovação correta e raspagem diária da língua, resolvem cerca de 90% dos casos de halitose...

Ao contrário do que muitos pensam, o problema não é estomacal e ficar em jejum não o causa. Uma simples visita ao dentista pode resolver a questão, que provoca desde o isolamento social até a perda de oportunidades profissionais e pessoais Tem coisa mais incômoda do que mau hálito? O problema, chamado também de halitose, é mais comum do que se imagina: estatísticas extra-oficiais mostram que 30% dos adultos convivem com o odor bucal. Na faixa etária dos 14 anos, 14% das pessoas sofrem com o mal; entre os 40 e os 65 anos esse número sobe para 47% dos indivíduos, enquanto 67% das pessoas acima dos 65 anos passam pelo problema. A dura verdade é que, em algum momento da vida, 100% das pessoas terão esse transtorno, ao menos ao acordar pela manhã...
Conforme conta o Dr. Willian Aguilar há muitos mitos envolvendo a halitose, mas a maioria dos casos é bem simples de se resolver. “Primeiro, é importante saber de onde vem o odor e qual é a sua causa. Depois, é só encontrar o tratamento adequado e segui-lo à risca”, comenta o dentista.
O que é a halitose
A halitose – ou mau hálito – é o odor desagradável emitido pela boca. Em 90% dos casos, esse mau cheiro é provocado pelo acúmulo de resíduos de alimentos na língua (chamado de saburra) que, se não forem removidos corretamente, fermentam, criam bactérias e liberam o enxofre. “É esta substância – o enxofre – que causa o cheiro ruim que sentimos”, diz Aguilar.
O dentista explica que 90% dos casos de halitose são causados pela boca. “Além do acúmulo de saburra, dentes cariados, periodontite, gengivite e placa bacteriana podem causar o odor”, diz. Os outros 10% podem estar ligados a doenças como o diabetes e insuficiências renal e hepática.
Ao contrário do que se pensa, dizer que a halitose vem do estômago é um mito. “O estômago possui válvulas que se fecham, permitindo apenas a passagem de eructação gástrica, o chamado arroto, e não odores. O mau hálito vem mesmo é da boca”.
Ficar em jejum também não causa mau hálito. “O que acontece é que a pessoa saliva menos e o alimento acumulado na língua fermenta, liberando o enxofre. Quando a pessoa come, saliva mais e a língua parece mais limpa”.
A quem a halitose ataca
Qualquer pessoa – independente da raça, idade ou sexo – pode ter halitose. Este transtorno ocorre muito mais pelos hábitos de higiene do que por alguma característica genética.
Como detectar o problema
Quem tem halitose geralmente não sabe que passa por este constrangimento. Isto porque o organismo humano ‘se acostuma’ com seus próprios odores e são pouquíssimas as pessoas que conseguem ser sinceras com quem tem mau hálito, informando a pessoa disso. Por isso, um indivíduo pode passar anos e anos sendo discriminado. “O isolamento social é terrível, já que o medo de abalar uma relação dificulta muitos diagnósticos”, diz Aguilar. Ele explica, porém, que uma simples visita ao dentista pode resolver a questão. “Se o problema for local, na boca, o tratamento será feito pelo dentista. Em 90% dos casos, a escovação mais intensa, o uso do raspador de língua e do fio dental resolvem o problema. Quando ele é sistêmico, ou seja, causado por doenças como o diabetes, o paciente é encaminhado para um especialista”, comenta. BemStar

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Desejo sexual sem limite pode ser doença

Tarados, pervertidos, ninfomaníacos, depravados. Rótulos como esses são comumente usados para definir pessoas que apresentam algum tipo de patologia do sexo. Mais conhecida como compulsão sexual, esse transtorno atinge homens e mulheres, sem distinção de idade.
Caracterizada pela necessidade de fantasiar a todo momento sobre sexo, a compulsão sexual, ou desejo sexual hiperativo, acaba resultando em uma inquietude da pessoa. "Isso a impede de fazer outras coisas importantes da vida. Tarefas cotidianas como trabalho, estudo e vida familiar acabam ficando comprometidas, pois ela deixa de realizá-las para fantasiar ou mesmo para vivenciar esses desejos", conta Maria Cláudia Lordello, psicóloga e sexóloga do Projeto Ambsex.

"O comportamento sexual compulsivo é uma forma patológica que atrapalha os relacionamentos interpessoais, sociais e a pessoa individualmente", explica o psicoterapeuta do Instituto Paulista de Sexualidade Oswaldo M. Rodrigues Jr. Esse comportamento sexual compulsivo é aprendido ao longo da vida, associando a atividade sexual como caminho para diminuir ansiedades e preocupações. "Frente a uma condição que produz ansiedade, o uso da atividade sexual alivia tensões", completa o psicoterapeuta.

Segundo o psicoterapeuta Aderbal Vieira Júnior, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, da Unifesp, essa dependência sexual pode significar uma perda de liberdade para a pessoa. "O dependente sente que não está no controle. A atividade sexual pode não ser no momento em que ele gostaria ou até mesmo com uma parceira que ele não queria", comenta.

A quantidade de atos ou fantasias sexuais não é, então, fator determinante para se delimitar a normalidade da expressão sexual. "O que pode ser considerado normal é aquele que está muito mais ligado à vivência da sexualidade de forma plena e prazerosa, sem experimentar conflitos e angústias emocionais", complementa Maria Cláudia.

Casos famosos de Compulsão Sexual
As dificuldades para uma pessoa com dependência de sexo podem se tornar inviáveis para uma vida tranqüila em família. É o caso de personalidades famosas, como o ator norte-americano Michael Douglas que tornou pública sua compulsão sexual. Antes do casamento, o ator teria assinado com a mulher Catherine Zeta-Jones um contrato no qual ficava estabelecido um número limite de relações sexuais para o casal.
Outro caso conhecido é o do cantor brasileiro Latino. Após seu último casamento, ele assumiu, em entrevista, ter procurado ajuda profissional para tratar sua compulsão sexual.
Tratamentos
Reconhecer a necessidade de ajuda para aprender a controlar a ansiedade, em vez de extravasá-la na cama é o primeiro passo que um dependente sexual deve tomar em busca de tratamento. "A terapia é fundamental para uma pesquisa mais profunda da vida do paciente em busca das raízes do problema", explica Maria Cláudia. A psicóloga lembra ainda que grupos de ajuda nos moldes das associações que ajudam dependentes de drogas e alcoólatras podem significar outra saída para os dependentes. "Na troca de experiências, essas pessoas aprendem mais sobre a dependência e como lidar com ela".

No entanto, existem ainda alguns medicamentos que podem auxiliar no tratamento psicoterápico. "Os medicamentos que são propostos inibem o desejo sexual, mas eles são interrompidos assim que o sujeito percebe que a fonte de prazer cessou", comenta Oswaldo Rodrigues. Ainda de acordo com o profissional, a psicoterapia deve ser feita, em média, com sessões duas vezes por semana, em um período que pode durar alguns anos. "O resultado será definitivo se o tratamento seguir até o final, sem interrupção", finaliza. Terra

Compulsão feminina por chocolate não depende de hormônio

Grande parte das mulheres adora chocolate e 38% delas tendem a aumentar o consumo nos dias que antecedem a menstruação, o que sugere que isso se deva a uma influência da flutuação hormonal. Essa relação, porém, acaba de ser contestada por psicólogos da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em um artigo publicado na revista Appetite. Os autores partiram da hipótese de que, se a chocolatria feminina pré-menstrual dependesse dos hormônios, deveria ser observada uma redução proporcional desse interesse pelo alimento quando as mulheres atingissem a menopausa. E isso não foi observado. Com o término dos ciclos menstruais, a compulsão por chocolate caiu apenas 13%, o que, segundo os autores, não é uma redução significativa. Uol

Os perigos do suplemento

O suplemento é uma BOMBA?A análise de amostras de produtos muito utilizados para hipertrofi ar os resultados da musculação constatou a presença de anabolizantes na fórmula de 25% deles. E agora? Vamos entender direito essa história.

O alerta partiu do renomado Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Lá, depois de receber inúmeras denúncias, uma equipe de pesquisadoras resolveu tirar a limpo a suspeita sobre suplementos vendidos a quem treina musculação. Foram analisados 111 produtos apreendidos em academias de ginástica paulistas pelo serviço de vigilância sanitária local. Ninguém divulgou as marcas, mas sabe-se que seis eram nacionais, dez eram fabricadas no exterior e 95 nem sequer apresentavam no rótulo o país de procedência.
O resultado da investigação foi bombástico: “Cerca de 25% dos suplementos tinham esteroides, substâncias derivadas do hormônio masculino e usadas para aumentar a massa muscular”, conta a farmacêutica Blanca Elena Ortega Markman, uma das pesquisadoras do Adolfo Lutz.

A desconfiança de que os suplementos alimentares podem conter substâncias prejudiciais não declaradas na embalagem vem de longa data. Outra pesquisa, esta realizada pelo Comitê Olímpico Internacional, o COI, em 2001, com marcas provenientes de 215 fabricantes de 31 países, revelou que, das 634 fórmulas avaliadas, 94 continham substâncias que não apareciam no rótulo e que dariam um resultado positivo no teste de dopping. “Nos últimos anos, muitas publicações internacionais vêm alertando sobre a presença de drogas de uso controlado, como estimulantes e anabolizantes, em produtos comercializados como simples suplementos nutricionais”, conta Blanca.

Como era de esperar, os resultados recentes obtidos no Adolfo Lutz levaram a polêmica, aquecida há tempos, a ponto de fervura. O nutrólogo Euclésio Bragança, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), saiu em defesa dos produtos nacionais. “As amostras contaminadas devem estar entre aquelas de procedência indefinida”, brada. “Os produtos vendidos em estabelecimentos sérios no Brasil têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por isso, passam por uma rígida avaliação”, garante Bragança. De fato, sem saber o nome das marcas, fica difícil ao consumidor separar o joio do trigo — ou melhor, suplemento de anabolizante. Saúde Abril

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Criança acima do peso tende a ter asma

Muito peso, pouco fôlego Estudos revelam um estreito elo entre a obesidade infantil e a asma. Portanto, prestar atenção no peso do seu fi lho é também uma maneira de evitar que ele passe pelo maior sufoco.

Diabete, hipertensão, colesterol elevado, baixa autoestima e... agora esta asma! Não bastassem tantas encrencas relacionadas à obesidade na infância, sintomas como falta de ar e chiados no peito passaram a engordar a lista. Se há alguns anos o aumento no número de gordinhos e de asmáticos era observado isoladamente, hoje os trabalhos científicos feitos mundo afora mostram um forte vínculo entre os dois, conta Antonio Carlos Pastorino, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, na capital paulista, e presidente do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Um desses estudos, envolvendo crianças de 5 a 10 anos de idade, acaba de ser concluído aqui no Brasil, mais precisamente na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, que fica no interior paulista. Para a nutricionista Daniella Fernandes Camilo, a autora da investigação, não foi coincidência o fato de 21% dos gordinhos participantes se queixarem da ausência de fôlego. Ambos os problemas podem ser desencadeados pelo estilo de vida desequilibrado e pelos hábitos alimentares, constata. O pediatra Dirceu Solé, professor da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, e coordenador do Grupo Nacional do Estudo Internacional de Asma e Alergia na Criança (Isaac), também relaciona a obesidade a dificuldades respiratórias, mas faz questão de afastar um equívoco: O gordinho tende a se cansar mais facilmente, o que não significa que seja asmático, ressalta.
A asma é classificada pelos especialistas como uma doença crônica inflamatória. Ela acomete uma das estruturas pulmonares, os brônquios, que, inflamados, acabam mais contraídos. E aí vem aquele aperto: o ar mal e mal consegue entrar. Tampouco sai com facilidade daí o sibilo, que anuncia o extremo esforço para expulsar o ar cheio de gás carbônico vindo dos pulmões.
Parece existir ainda outro ponto de interseção entre asma e obesidade: a genética. O pediatra Antonio Carlos Pastorino conta que alguns trabalhos mostram que ambas as doenças têm genes em comum. Assim, se estão gravadas no DNA e a criança já acumula gordura, o certo seria manter distância pra valer de fatores que propiciam as crises asmáticas. Ácaros, mudanças bruscas de temperatura, infecções e até mesmo o estresse podem ser o gatilho, enumera o pediatra Cid Pinheiro, responsável pelo serviço de pediatria do Hospital São Luiz, na capital paulista, e professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
Diante das fortes evidências da ligação entre os quilos extras e a doença dos pulmões, passar um pano úmido em todos os móveis e manter os cômodos livres de pó e de mofo passa a ser uma atitude preventiva prioritária na casa onde mora uma criança gorducha. E, claro, ajudá-la a perder peso faz parte das recomendações. Para isso, não há mágica. A receita é bem antiga, por sinal: A garotada deve comer direito desde muito cedo, ensina Daniella. Oferecer uma variedade de frutas e hortaliças logo nos primeiros anos de vida é uma medida bastante eficaz.
NÃO É PARA FICAR PARADO
A prática de atividade física também precisa ser estimulada. Nada de permitir que a criança fique horas e horas vendo TV ou na frente do computador. Essa dupla, segundo os especialistas, é a grande vilã da epidemia de obesinhos cujo número de casos não pára de inflar. Os exercícios são mais do que bem-vindos, inclusive para aquela criança que já teve crise asmática. Aliás, lá se vai o tempo em que apenas a natação era recomendada para os asmáticos. Quando a doença está sob controle, não há restrições, mas é o pediatra quem pode indicar a melhor modalidade, afirma Pastorino. Seja qual for ela, a queima de calorias - acredite vai funcionar como um excelente remédio para recuperar o fôlego. Saúde Abril

Banana de manhã emagrece. Será?

A fruta entra obrigatoriamente na primeira refeição do dia e está afinando a cintura dos japoneses, fãs de carteirinha da chamada Dieta da Banana Matinal.

Já ouviu falar nesse regime? Se a respostar for não, é só uma questão de tempo. Essa fruta tão popular entre nós está emagrecendo muita gente no Japão e nos Estados Unidos, países que reúnem um número cada vez maior de adeptos. Desenvolvida por Hitoshi Watanabe, um especialista em medicina preventiva em Tóquio, ela caiu na boca do povo. Literalmente. Nunca se vendeu tanta banana por lá como no último verão, época do ano em que normalmente a melancia, entre outras frutas mais apropriadas para sucos refrescantes, é a mais consumida.
A tal dieta consiste basicamente no seguinte: no café da manhã, o candidato a magro pode comer bananas à vontade e nada mais. É desejável que beba também água em temperatura ambiente. O motivo? Bem, sabe-se que o líquido dá saciedade. Então, entraria como um coadjuvante para espantar a fome. Nas refeições seguintes, pode-se comer de tudo, mas só até as 8 da noite. Após o jantar, nada de sobremesa. Já o lanchinho da tarde permite até uma guloseima. Os únicos itens proibidos são sorvetes, derivados do leite e álcool.
A nutricionista Vanderlí Marchiori, de São Paulo, acredita que esse tipo de dieta não traga prejuízos à saúde. “Isso porque não restringe nenhum grupo de nutriente”, justifica. “Os carboidratos, tidos como vilões do emagrecimento, não ficam de fora, o que é ótimo. E a proibição de laticínios e álcool não chega a ser nenhum pecado. Afinal, esses produtos desencadeiam processos inflamatórios.”
E pensar que a banana carrega o peso de ser engordativa. "Essa fama é injusta. Na verdade, além de matar rapidamente a vontade de comer, ela contém enzimas que aceleram a digestão, favorecendo uma rápida perda de peso. Sem contar que também tem fibras do tipo solúvel, aquelas que se ligam à água, formando uma espécie de gel que demora para sair do estômago”, completa Vanderlí.
O poder emagrecedor da banana deve-se também ao amido resistente, um carboidrato complexo encontrado na batata, em leguminosas e massas integrais e que, dentro do corpo, se comporta como uma fibra, favorecendo o funcionamento do intestino e dando aquela sensação de barriga cheia. Detalhe: o amido resistente aparece muito mais na banana verde.
Pelo sim, pelo não, começar o dia comendo banana só pode fazer bem. Afinal, tanto a banana-prata, como a da terra, a ouro e a maçã – para citar as mais apreciadas em terras brasileiras – são lotadas de potássio, mineral imprescindível para os músculos, como bem sabem os atletas. Saúde Abril

domingo, 20 de setembro de 2009

Pênis é alvo de fobia rara

A pessoa fica paralisada, tem taquicardia, sudorese, tremores, sensação de desmaio e até o próprio desmaio. Esses sintomas lembram uma crise de pânico ou alguma fobia. Quase. É fobia, sim, mas um tipo bem raro, a falofobia. Falo + fobia = pênis + aversão (mais que medo). Ou seja, é o medo irracional do membro masculino e das situações a ele relacionadas.

A princípio, é comum imaginar que isso acontece com uma mulher que teve traumas ou sofreu alguma violência sexual. Assim, desenvolve aversão ao pênis. Não necessariamente. "A falofobia pode acontecer com homens e mulheres, às vezes sem ter violência presente", disse a psicóloga e sexóloga Carolina Gonçalves de Freitas, de Brasília, que, em seus dez anos de atendimento clínico, recebeu apenas uma paciente com esse quadro. "Antes eu só tinha conhecimento teórico sobre esse problema."
A falofobia, portanto, não tem como base uma simples relação de causa e efeito. A fobia sexual vai além: está conceituada, segundo a psicóloga, pela evitação e aversão em ter sexo com parceiros (as), situação em que estão presentes sentimentos de repulsa, ansiedade e medo. O problema não está só ligado à relação: a pessoa pode ter medo de olhar o pênis (ereto ou não), chegar perto, imaginar ou fazer sexo oral. "Dependendo do grau de medo, a pessoa não consegue ter relação sexual, pois não consegue nem ver o pênis. E o sexo começa pelo desejo", afirmou Carolina.
Se não são experiências sexuais ruins ou violência, o que causa a falofobia? Essa é uma pergunta ainda cheia de mistérios, como a mente humana. "Nesse caso, entramos na categoria de todas as fobias. E o componente muito forte em qualquer fobia é a ansiedade", disse a profissional. Segundo ela, não há, portanto, um motivo específico que possa desencadear essa fobia.
Tratamento
Assim como outras dificuldades sexuais, a falofobia pode ser tratada. Os sintomas e conflitos por ela disparados podem ser compreendidos e trabalhados. Para isso, é necessária, em primeiro lugar, a motivação pessoal. A conversa sobre o assunto também é um grande passo em busca da melhora.
Entre as formas de tratar o problema, está a terapia cognitiva comportamental, cujas técnicas geralmente são usadas nos tratamentos de todas as fobias. Na dessensibilização, é verificado por escala o limite de ansiedade da pessoa, até onde ela não dá mais conta. Ou seja, são apresentadas situações para ela ir aprendendo a lidar até chegar ao topo. Por exemplo, na escala de um a dez são colocadas as situações mais tranquilas para se trabalhar primeiro com o paciente. Ele aprende a superá-las e, quando chegarem as mais complicadas, será mais fácil lidar com elas. "Nesse caso, vai depender também do medo da pessoa: se é de olhar, de pênis ereto ou da relação sexual."
Nas fobias sexuais, Carolina disse que também se trabalha com a história de vida das pessoas, sua sexualidade e suas expectativas. "Às vezes, esbarramos na questão da educação sexual. Não é natural, mas as pessoas têm o costume de colocar medo nas crianças e nos adolescentes, como se sexo fosse um bicho-papão. Essa é outra questão a ser trabalhada juntamente com a fobia."
Exatamente por entrar no âmbito da educação, dos valores e da cultura de cada um, a fobia sexual é mais difícil de ser tratada, pois encontra resistência do paciente em falar sobre o assunto. "A paciente com falofobia que está em tratamento há um mês e meio chegou ao meu consultório e já falou sobre o assunto. Então foi possível detectar a fobia específica imediatamente, o que facilita o tratamento", disse Carolina. Se o paciente, no entanto, tiver dificuldade para falar, é preciso trabalhar isso antes, para que ele se solte e fale, e só depois tratar a fobia. Terra