terça-feira, 7 de outubro de 2014

Entenda melhor o problema e o que diferencia a compulsão da simples vontade de comprar

Falar sobre compulsão por compras é realmente muito empolgante. Mas para começar, a é importante deixar alguns conceitos claros: sabemos através de estudos da psicologia que nos autoafirmamos satisfazendo duas necessidades opostas: a necessidade de sermos aprovados, amados e aceitos e a necessidade oposta de conquistarmos, dominarmos e conhecermos. 
No processo de amadurecimento normal da personalidade deve haver a satisfação equilibrada destas duas necessidades. Mas nem sempre isto ocorre. Há pessoas que não foram aprovadas ou amadas o suficiente em determinadas fazes importantes da vida, e então se deslocam para o outro polo da autoafirmação suas necessidades: a conquista. E a compra não raro é uma forma desta compensação. Eu compro, eu posso, eu domino! 
Não podemos esquecer ainda que vivemos em uma sociedade que está na era da "economia de mercado", em que o ser humano vale pelo que produz ou por seu poder de compra. Uma sociedade totalmente voltada ao consumo, com o consumismo comunicado por todos os veículos de mídia e basicamente já incorporado como um "valor" social. 
Essa introdução se faz necessária para diferenciarmos o prazer em comprar e a compulsão nas compras. 

O que é a compulsão por compras?

Existe um prazer genuíno em comprar algo que satisfaça nossas necessidades ou mesmo que esteja relacionado a um desejo ou um sonho, desde que dentro de um juízo de realidade. Deve, portanto, produzir prazer e satisfação. Já na compulsão por compras, não existe a satisfação de uma necessidade e nem de um desejo. Na compulsão por compras existe um impulso doentio para consumir sem qualquer objetivo específico ou necessidade, não é acompanhada de prazer, ao contrário, seguida posteriormente de sentimento de culpa. É compra por impulso. 
A compulsão por compras é tratada juntamente com os demais distúrbios de impulso e é considerada um distúrbio quando produz um sofrimento ao paciente, tanto desconforto psíquico quanto ao acarretar prejuízos financeiros e pessoais e interferir nos relacionamentos afetivos e familiares. Tenho pacientes que gastaram mais de oitenta mil reais em basicamente "nada", comprando compulsivamente. 

Que outros sintomas aparecem com esse problema?

Uma compulsão pode vir acompanhada de pensamentos obsessivos ou não. Uma característica muito importante é que as compulsões podem mudar de "objeto". Explicando melhor: uma compulsão por compras pode se associar ou se transformar em compulsão por comida ou compulsão por jogo e assim por diante. 
A compulsão por compras vem sempre acompanhada de ansiedade, quase sempre acompanhada de depressão - são o que chamamos de comorbidades. Podem existir excessos nos períodos de euforia ou de mania nas pessoas com transtorno bipolar, mas não podemos caracterizar como compulsão. Encontramos a compulsão em portadores de Transtornos Obsessivo-Compulsivos. 

Qual o tratamento para quem tem esse problema?

Existem diversas abordagens terapêuticas eficazes, desde o uso de modernos fármacos específicos da classe dos novos antidepressivos, alguns ansiolíticos também podem ajudar. Acompanhamento psicoterapêutico com formas de terapia cognitiva-comportamental tem se mostrado bastante eficaz quando combinada com tratamento psiquiátrico. Muito importante salientar o apoio familiar para a superação do problema, ao invés de uma postura crítica e discriminativa.  

Pérsio Gomes de Deus
Psiquiatria

Motivação Pessoal e Reflexão...

Hidroginástica é um ótimo exercício para sair do sedentarismo e perder peso

A hidroginástica é um exercício que pode ser praticado por pessoas que visam melhorar seu condicionamento físico, perder peso e sair do sedentarismo de uma maneira muito divertida. Engana-se quem pensa que fazer hidroginástica é só para a terceira idade, ela pode ser praticada por jovens, atletas e pessoas que fazem natação e querem melhorar o seu condicionamento físico. 
Por ser um exercício mais seguro em comparação às modalidades de alto impacto, já que a água acentua o impacto das reações, a hidroginástica é muito praticada por pessoas com desvios posturais e dores articulares e na coluna. Também pode ser feita por pessoas com obesidade, indivíduos que possuem alguma patologia e por também grávidas, mas sempre sob orientação médica. Mesmo não sabendo nadar é possível realizar uma boa atividade e obter resultados com os exercícios. 
Muitos são os benefícios que temos com a prática regular e bem orientada. A hidroginástica melhora o condicionamento físico e cardiorrespiratório; aumenta circulação, resistência e força muscular, mobilidade articular; e fortalece inúmeras musculaturas. Tudo isso sem causar impacto nas articulações, por ser feita dentro da água. 
Pode ser praticada em grupo, promovendo interação e diversão, mas também pode ser praticada individualmente como parte de um treinamento de Personal Training. E se gasta em média entre 400 a 600 calorias por hora com essa atividade. 

Cuidados na hidroginástica

No entanto, antes de começar a aproveitar todos esses benefícios, é importante tomar uma série de cuidados: 
  • Passe com um médico para examinar se você está apto a realizar exercícios
  • Quanto menor o nível da água maior será o impacto na atividade
  • Inicie a atividade devagar e aumente gradativamente a intensidade
  • Procure realizar no mínimo duas vezes na semana e aumente com o tempo para quatro vezes ou complemente a atividade com mais dois dias de caminhadas
  • Observe sempre a respiração durante o exercício, nunca a bloqueie ou prenda.
Fernanda Andrade Educação Física

Urticária crônica é aquela cujos sintomas duram mais do que seis semanas


A urticária é uma doença muito comum, caracterizada pela formação de placas avermelhadas na pele que causam coceira e/ou sensação de queimação. As placas podem ser isoladas ou em
Entre os fatores desencadeantes mais envolvidos estão os medicamentos, alimentos, substâncias inaladas (perfumes, poeira, inseticidas, desodorantes), infecções e agents físicos (frio, calor ou pressão). Pode ocorrer em qualquer idade. Os fatores desencadeantes ativam os mastócitos (um tipo especial de célula presente em nossa pele), que liberam substâncias químicas responsáveis pelos sintomas. A principal destas substâncias é a histamina. A urticária parece quando há reação alérgica a uma substância. O corpo libera, então, histamina, citocinas e outras substâncias na corrente sanguínea, que causam coceira, inchaço e outros sintomas. A urticária é uma reação comum, principalmente em pessoas alérgicas. 
A urticária pode ser aguda, quando as lesões desaparecem após alguns dias, ou crônica, quando persistem por várias semanas. Na urticária crônica, o quadro é menos intenso, mas de longa duração. As lesões tendem a ser menores e podem existir continuamente ou desaparecer por um período para reaparecer posteriormente. A urticária também pode ocorrer em concomitância com alguns quadros clínicos, como, por exemplo: estresse emocional, exposição ao sol ou ao frio extremo, transpiração excessiva, doenças (incluindo lúpus, entre outras doenças autoimunes e oncológicas) e infecções, como a mononucleose. 
Algumas substâncias que podem desencadear a urticária: caspa de animais (principalmente de gatos), picadas de insetos, medicamentos, pólen, frutos do mar, peixe, frutos secos, ovos, leite, nozes e outros alimentos. 

Diagnóstico da urticária crônica

Nos casos de urticária crônica o quadro é menos intenso, mas de longa duração (mais de seis semanas). As lesões tendem a ser menores e podem existir continuamente ou desaparecer por um período para reaparecer posteriormente. Na verdade, a classificação de aguda ou crônica é determinada pela duração da urticária, maior ou menor do que seis semanas. O dermografismo e aurticária de pressão são exemplos de urticária física. Neste caso podemos citar: a urticária por dermografismo que aparece após uma área linear ser friccionada ou arranhada; urticária por pressão, que forma lesões em áreas da pele que sofrem pressão contínua, como por exemplo, área do sutiã ou do elástico da calça; ou ainda a urticária por frio, quando surgem lesões após exposição ao frio. 
O diagnóstico da urticária é basicamente clínico. Coceira, "queimação" e as lesões cutâneas, confirmam a condição. Qualquer relação com algum agente que possa ter desencadeado o quadro precisa ser considerado, assim como tendência familiar ou alguma doença recente. A reação alérgica pode ser confirmada por testes de alergia de rotina. No entanto, em muitos casos, a causa específica não é encontrada. A urticária crônica raramente é causada por alergias, exames de rotina deste tipo são, portanto, de pouco valor. Entretanto, testes podem ser necessaries para excluir agentes específicos ou outras doenças sistêmicas que podem se manifestar por meio de reações semelhantes, é o caso de doenças endócrinas, doenças malignas ou lupus sistêmico. A urticária pode ser um sintoma de infestação de vermes, como o Strongyloides ou a filária. Isso deve ser considerado caso o paciente tenha viajado para áreas onde estes organismos são endêmicos. 

Tratamento da urticária crônica

O tratamento da urticária visa inicialmente combater os sintomas provocados pela ação da histamina, e portanto, os anti-histamínicos são os medicamentos de primeira escolha. Produtos de uso local, como loções calmantes com mentol e cânfora, ajudam a aliviar a coceira. 
No caso das urticárias crônicas, além do tratamento sintomático para alívio dos sintomas, é importante descobrir o que está causando a urticária. Entretanto, muitas vezes, a causa permanece incerta. Vale ressaltar que até fenômenos emocionais podem desencadear ou prolongar a doença. O ideal é que o agente desencadeante seja identificado e assim possa ser afastado com melhorar definitiva do quadro, mas muitas vezes não conseguimos descobrir o que causa as crises. São necessárias inúmeras consultas e uma observação criteriosa e prolongada dos hábitos de vida e agentes (químicos, físicos, emocionais) aos quais o paciente se expõe. Diversos fatores podem colaborar concomitantemente para o aparecimento do quadro e mais de um fator pode estar envolvido em um mesmo paciente. 

Prevenção da urticária crônica

A melhor forma de prevenir a urticária é evitar se expor às substâncias às quais se tem reação. E se ao usar algum produto novo perceber sintomas de alergia, coceira ou "queimação", interromper o uso e não voltar a entrar em contato com a substância novamente. A causa mais comum de urticária são as medicações, em especial os analgésicos e antinflamatórios não hormonais, o uso eventual pode ser suficiente para perpetuar o quadro. Alimentos também podem desencadear urticária, algumas pessoas alérgicas não podem ingerí-los mesmo que seja em quantidades muito pequenas, pois essas reações podem ser severas em algumas situações. 
Outra forma de prevenir a urticária é evitar roupas muito apertadas e banhos muito quentes após um quadro alérgico da doença. Em alguns casos, tais hábitos podem fazer com que os sintomas retornem.  

                                                                           Carolina Marçon
                                                                           Dermatologia

7 SINTOMAS DO AVC – DERRAME CEREBRAL

Sintomas do AVC #1 – Fraqueza nos membros.

Um sinal típico do AVC é a súbita fraqueza assimétrica dos membros. Geralmente a falta de força acomete um braço, uma perna ou um braço e uma perna em apenas um lado do corpo. A perda de força motora pode variar desde uma fraqueza muito suave até a paralisia total . Uma fraqueza motora súbita e unilateral é típica. Não é comum no AVC ambas as pernas ou ambos os braços serem acometidos ao mesmo tempo, com a mesma intensidade. Dormência, formigamento ou uma sensação de leves picadas de agulhas podem também estar presentes.
A paralisia, ou uma quase paralisia, são facilmente identificáveis pelo paciente e seus familiares. A dificuldade surge quando a perda de força é discreta. Neste caso, um teste simples pode ser feito. Levante os braços e mantenha-os por alguns segundos alinhados aos ombros (posição de múmia ou sonâmbulo). Se um dos braços começar a cair involuntariamente há um forte indício de fraqueza motora. O mesmo teste pode ser feito com as pernas, basta sentar-se e levantar as pernas, deixando os joelhos esticados.
A paralisia dos membros costuma surgir rapidamente, todavia, pode se iniciar apenas com formigamento e leve fraqueza, evoluindo para franca perda de força somente após algumas horas.

Sintomas do AVC #2 – Assimetria facial

A paralisia facial unilateral é outro sinal típico do AVC.
O desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é o sinal mais comum e perceptível. Repare na figura ao lado. Este paciente apresenta uma paralisia facial do lado esquerdo. Note que a boca desvia-se para o lado direito e a comissura labial (vulgo bigode chinês) desaparece à esquerda, ficando mais proeminente à direita.
No AVC, a paralisia costuma preservar a metade superior da face, sendo o paciente capaz de franzir a testa e levantar as sobrancelhas. Esta dica é importante porque na paralisia de Bell, quadro causado pela inflamação do nervo facial, toda hemiface do paciente fica paralisada

Outros sinais e sintomas que falam a favor de um AVC, e não da paralisia de Bell, são a perda de força em outras áreas do corpo, como membros, alterações na fala, perda de visão, desequilíbrios ou qualquer outro sintoma típico de AVC associado. A paralisia de Bell acomete única e exclusivamente a face.
Em alguns casos a paralisia facial é mais discreta e pode passar despercebida pelos familiares. Uma dica para ver se a boca está desviada é pedir para o paciente sorrir ou assobiar. Se houver paralisia, esta será facilmente notada com essas manobras.

Sintomas do AVC #3 – Alterações da fala
Outro sinal típico do AVC é a alteração da fala e do discurso. O paciente com AVC pode apresentar uma gama de distúrbios que no final se caracterizam por uma dificuldade em falar. As duas alterações mais comuns são a afasia e a disartria.
A afasia é a incapacidade do paciente em nomear objetos e coisas. O paciente não consegue falar normalmente pois não consegue dizer nomes simples como cores, números e objetos. Em alguns casos o paciente nem sequer é capaz de repetir uma palavra dita por um familiar. Dependendo da afasia, o paciente pode conseguir pensar no objeto, entender seu significado, mas simplesmente não saber como dizer o seu nome. É uma perda da linguagem verbal. O discurso pode ficar confuso, pois o paciente só consegue dizer algumas palavras, sendo incapaz de dizer outras.
Muitas vezes o paciente também não consegue escrever o nome desses objetos. Há tipos de afasia em que o paciente deixa de compreender o que algumas palavras significam, não consegue falar, não entende os outros e não consegue mais entender o que está escrito. Neste caso o paciente perde a habilidade da linguagem globalmente.
A disartria é outro distúrbio da fala e se apresenta como uma dificuldade em articular as palavras. O paciente entende tudo, mas falta-lhe habilidade motora para mover os músculos da fala de modo a articular corretamente as palavras. O paciente até consegue nomear coisas, mas o faz de modo enrolado, às vezes incompreensíveis para quem está ouvindo.

Sintomas do AVC #4 – Confusão mental
Uma alteração do discurso também pode ocorrer por desorientação e confusão mental. O paciente pode perder a noção do tempo, não sabendo dizer o ano nem o mês que estamos. Pode também ficar desorientado espacialmente, não reconhecendo o local onde está. Estas alterações são comuns em pequenos AVCs em idosos. Múltiplos pequenos AVCs podem levar à demência.

Sintomas do AVC #5 – Alterações na marcha
O paciente com AVC pode ter dificuldade em andar. Esta alteração da marcha pode ser causada por desequilíbrios, por diminuição da força em uma das pernas ou mesmo por alterações na coordenação motora responsáveis pelo ato de andar. Neste último caso o paciente mantém a força preservada nos membros inferiores, porém anda de modo descoordenado; tem dificuldade em dar passos.
Há casos em que o AVC pode causar tonturas, fazendo com que o paciente não consiga andar por estar tonto. Porém, o mais comum é paciente não sentir-se tonto, mas ainda assim não ter equilíbrio ao andar. Na verdade o paciente pode não conseguir nem se manter em pé parado, caindo para os lados se não tiver apoio.

Sintomas do AVC #6 – Crise convulsiva
Alguns casos de AVC se manifestam como crise convulsiva, que são abalos motores generalizados associados à perda da consciência. A crise convulsiva pode ser um dos sintomas do AVC, mas pode também ser uma sequela. Alguns pacientes tornam-se epiléticos após um terem tido um AVC. Para saber mais sobre epilepsia e crise convulsiva.

Sintomas do AVC #7 – Coma
Um sinal de gravidade do AVC é a redução do nível de consciência, às vezes ao ponto de se entrar em coma. A perda da consciência costuma ser um sintoma de um AVC extenso ou AVC hemorrágico.É um sinal de mau prognóstico.