sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vergonha do corpo diminui vida sexual, diz pesquisa

Apesar da maior liberdade sexual conquistada ao longo de meio século, as mulheres agora travam uma guerra privada, que acontece no quarto, mas apenas entre elas e o espelho.

Uma pesquisa realizada pela revista 'Cosmopolitan', na Inglaterra, com mais de 3 mil mulheres, entre 18 e 40 anos, revela que a vergonha do próprio corpo é um dos principais fatores que impedem o exercício de uma vida sexual saudável. Curvas de mais ou de menos ocupam o topo das preocupações, mas reclamações sobre os parceiros também diminuem a frequência das relações. Veja os principais motivos:

Três em cada quatro entrevistadas se sentem constrangidas com as formas do seu corpo, principalmente com a flacidez das coxas e o volume da barriga.

1.Muitas afirmaram que se sentem fora de forma e acham que têm muitas curvas.

2.73% afirmaram não se sentir sensual o suficiente para o parceiro.

3.Entre as que já tiveram filhos, a vergonha de marcas resultantes do período da gestação, como estrias, foi a principal preocupação apontada.

4.Três em cinco mulheres pesquisadas admitem fingir o orgasmo com freqüência.

5.1% das mulheres descreveu sua vida sexual como um desastre.

6.Quatro em 10 mulheres afirmaram não manter tantas relações e gostariam de incrementar sua vida sexual.

7.Entre as que já traíram os parceiros, um terço admitiu ter se arrependido depois.

8.Aparência e dinheiro contam menos do que valores na hora de escolher um parceiro, para mais de metade das entrevistadas.

9.A falta de higiene masculina foi apontada como o principal fator que faz as mulheres desistirem do sexo, quando pensam exclusivamente nos parceiros.

10.Outros itens desmotivadores descritos na pesquisa foram homens com mamas desenvolvidas, barriga de cerveja e excesso de pelos nas costas. Terra Saúde

Companhia de amigas ajuda mulheres a perder peso

As mulheres costumam estar sempre com as amigas, seja para fazer compras, ir ao banheiro retocar a maquiagem (e fofocar), passear. Pois esse costume pode ajudar até a perder mais peso, de acordo com uma pesquisa do Reino Unido. Segundo o estudo, é mais fácil emagrecer se amigas fazem dieta e praticam exercícios juntas.

O levantamento, encomendado pela companhia de seguro de carro especializada em mulheres, a Diamond, contou com 3 mil entrevistadas. Em média, pessoas do sexo feminino perdem mais de 3,5 kg quando têm amigas dispostas a comer de forma saudável e a colocar o corpo em ação ao mesmo tempo, como informou o jornal Daily Mail. Enquanto isso, um quinto das que optam por fazer as pazes com a balança não alcança o objetivo.

Encontrar energia necessária para suar a camisa desacompanhada foi considerado quase impossível por 61% das voluntárias, que gostam de correr ou nadar com uma colega e admitiram que assim se esforçam mais. Mais da metade das mulheres disseram que tentar eliminar quilos a mais em conjunto melhorou o relacionamento de amizade, pois além de malhar, elas falam sem parar durante as atividades físicas.

A companhia também incentiva outros hábitos em um terço das pesquisadas: a compra de equipamentos de exercícios para treinar e usar sempre maquiagem durante o exercício. Viva Saúde/Terra Saúde

64% das universitárias brasileiras estão insatisfeitas com o corpo

Quase dois terços das universitárias brasileiras não estão satisfeitas com seu corpo.

A conclusão é de pesquisa que avaliou 2.402 alunas – todas da área da saúde – de 37 instituições das cinco regiões do país.

Quase metade das entrevistadas com peso ideal também gostaria de ser mais magra.

O trabalho ouviu alunas do 1º e 2º anos dos cursos de enfermagem (59% do total), psicologia (15%), farmácia (12%), fisioterapia (9%), biomedicina (2%) e fonoaudiologia (1%).

A avaliação da satisfação corporal foi feita por meio da escala de silhuetas de Stunkard, uma ferramenta consagrada em pesquisas da área que traz nove figuras retratando formas corporais diferentes. Do total nacional, 64,4% das universitárias desejavam ser mais magras. Mesmo entre as eutróficas (com índice de massa corporal adequado), 47,8% escolheram figuras menores do que a figura que, em sua opinião, melhor representava seu corpo atual.

Curiosamente, as estudantes escolheram como saudáveis figuras maiores que as ideais.

Diferenças regionais
Para a figura ideal, as estudantes do Norte escolheram as menores e as do Centro-Oeste, as maiores.

A maior diferença entre as figuras atual e ideal foi encontrada no Norte e a menor, no Centro-Oeste.

“Não esperávamos verificar essa discrepância maior no Norte. Nossa primeira hipótese é que fosse pior em São Paulo e no Rio”, disse ao G1 Marle Alvarenga, nutricionista da Universidade de São Paulo.

A pesquisa foi conduzida por Marle e por Sonia Philippi, Barbara Lourenço, Priscila Sato e Fernanda Scagliusi, especialistas da USP (Instituto de Psiquiatria e Faculdade de Saúde Pública) e da Universidade Federal de São Paulo (Departamento de Ciências da Saúde, campus Baixada Santista).



‘É uma pressão minha’
No caso de Natália Chaves, estudante de Relações Públicas na PUC de Campinas (SP) com 22 anos, 1,63 de altura e 65 quilos, a vontade de mudar começou cedo, aos 17 anos. “Eu era magrelinha, engordei 18 quilos, perdi peso, mas nunca voltei ao que era antes. Hoje em dia eu tento emagrecer por estética e por saúde. Sou nova e tenho colesterol alto”, conta.

“O meu ideal de peso seria uns 12 quilos abaixo. Não é uma pressão dos outros. É uma pressão minha. Meu marido não acha que eu deva perder muito peso.”

A universitária não vê sua preocupação como algo incomum. “Se você pegar 90 meninas da minha sala, todas lindas, todas vão querer mudar alguma coisa no corpo. Eu não sou gorda. Mas há muitas amigas minhas que eu adoraria ter a barriga de uma, a perna de outra, o cabelo de outra. As comparações são inevitáveis.”
G1

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pão de abóbora e sardinha

Ingredientes

Massa


- 1 tablete de Fermento Biológico Fresco (15 g)
- 1 colher (sopa) de açúcar (15 g)
- 1 ¼ xícara (chá) de leite morno (250 ml)
- 2 colheres (sopa) de azeite (30 ml)
- 1 xícara (chá) de purê de abóbora japonesa (220 g)
- 1 colher (chá) de sal
- ½ kg de Farinha de Trigo
- ½ xícara (chá) de fubá para polvilhar a superfície de trabalho (50 g)
- 2 gemas ligeiramente batidas para pincelar
- óleo para untar

Recheio
- 2 latas de sardinha
- 1 cebola picada (190 g)
- ½ maço de salsa picada
- folhas de 5 ramos de tomilho
- folhas de 1 ramo de manjericão
- folhas de 5 ramos de orégano
- 4 tomates em cubos (680 g)
- sal
- pimenta-do-reino recém moída

Modo de preparo
Comece pelo recheio: misture as sardinhas com a cebola, a salsa, tomilho, manjericão, orégano e o tomate. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto e reserve. Prepare a massa: amasse o fermento com o açúcar, junte o leite morno e o azeite. Acrescente aos poucos o purê de abóbora, o sal e a farinha, sovando a massa até ficar homogênea. Reparta em 2 pedaços iguais e faça bolinhas. Deixe-as em superfície enfarinhada, cobertas com pano de prato limpo, por cerca de 2 horas, para que cresçam. Polvilhe a superfície de trabalho com o fubá e, com um rolo, abra uma das massas deixando 1 cm de espessura formando um retângulo de 30 por 26 centímetros. Coloque a metade do recheio no centro da massa, enrole como um rocambole e aperte bem as junções da borda. Repita a operação com a outra massa.

Disponha as massas em assadeira untada, pincele com as gemas, leve ao forno alto previamente aquecido (220 °C) e asse por cerca de 25 minutos. Sirva quente ou frio.

Dica: depois de amassar a abóbora, coloque-a em uma panela e leve ao fogo baixo por alguns instantes, para deixá-la bem seca, antes de adicionar à massa.

Receita cedida por Sardinhas Coqueiro
Minha vida

A bendita cadeirinha

Estava marcado para hoje, 9 de junho, o início das multas para quem levasse crianças de menos de 7 anos e meio no carro, sem usar a cadeirinha. Multa de R$ 191,54 e mais 7 pontos na carteira. Tudo preparado pelo governo para que pais e mães fossem obrigados a cuidar da segurança da criança no carro. Mas todos podem ficar tranquilos: o início da fiscalização passou para dia 1 de setembro. Até lá, crianças penduradas entre os dois bancos da frente, bem de cara para o painel, ou de joelho no banco, acenando para o carro de trás, estão dentro da lei. Elas também podem ir deitadas no banco traseiro, com o apoio de um travesseiro encostado na porta, ou mesmo ir brincando e pulando com o irmão, sem o menor problema. Ao menos no que se refere às multas. Nenhum policial vai incomodar os pais ou tios ou seja lá quem for.

O Conselho Nacional de Trânsito decidiu pelo adiamento devido à falta de cadeirinhas no mercado. Todos correram para as lojas na última hora, e o produto sumiu, desapareceu. Há fabricantes dizendo que aumentaram em 100% a produção, mas não estão conseguindo atender a todos os pedidos. Portanto, nada mais justo do que dar mais 3 meses para que todos possam se preparar. Se preparar para não receber multas. Estar dentro da lei, fazer tudo direitinho. Afinal, até agora não era obrigatório.

Realmente não consigo entender. Os mesmos pais que se preocupam com um pequeno espirro da criança, quase morrem de aflição na primeira febre ou pensam dez vezes antes de deixar a tia cuidar dela por uma tarde para poderem ir ao cinema, esperam por uma lei para garantir a segurança do filho em um momento em que ele está mais vulnerável do que na maioria das situações do dia a dia. Sobre isso, já ouvi de tudo: “é pertinho, mesmo que eu bata o carro nunca vai ser um acidente sério, na estrada eu até uso...”. Ou “ela vai no colo no banco de trás, quer coisa mais segura do que o colo da mamãe”? Sim, quero, sim.

O fato é que se as cadeirinhas desapareceram das lojas, mesmo com os fabricantes, felizes, dobrando a produção, é porque muitos bebês e muitas crianças têm passeado por aí de maneira perigosa. Mesmo que dentro da lei.

Portanto, cara mãe, caro pai, não espere pelo governo para dizer quando você precisa levar seu filho de forma segura no carro. Desde a saída da maternidade – isso mesmo, não é exagero – a criança deve ir na cadeirinha. No modelo certo para sua idade e peso. E presa no carro da maneira adequada. Nesse especial que preparamos sobre o assunto – Seu filho mais Protegido no Trânsito –, você vai encontrar várias informações, inclusive um vídeo preparado com a consultoria da ONG Criança Segura, que ensina a forma correta de colocar a cadeira no carro.

Por fim, se a questão for “eu não consigo fazer meu filho sentar na cadeirinha”, pense bem… Você consegue que ele coma, durma, vá à escola… Com muita paciência, mas consegue. Com a cadeirinha não pode ser diferente. Minha irmã dizia para o Léo, meu sobrinho, que o carro só conseguia andar, sair do lugar, quando todos estivessem com o cinto e ele no seu assento. Uma amiga levava a boneca da filha, em uma cadeirinha (de brinquedo), ao lado dela. Eu nem me lembro mais como consegui tornar isso um hábito com minhas filhas, agora já grandes, promovidas ao banco da frente, inclusive. Antes de completarem 3 anos, elas já sentavam na cadeirinha e colocavam o cinto sozinhas. Provavelmente porque isso nunca foi uma questão. Como elas sempre andaram na cadeirinha, nem pensavam que poderia ser diferente disso.
Seja qual for o artifício ou argumento que você optar na sua família, o fato é que a caderinha é a forma mais segura e consciente de levar as crianças no carro. E isso não depende de lei ou de multa para você levar a sério. Crescer

Fazer horas extras pode aumentar em 60% risco de doenças cardíacas

Fazer horas extras diariamente, trabalhando entre 10 e 11 horas por dia, pode aumentar em 60% os riscos de doenças cardíacas, de acordo com um estudo publicado no site da revista especializada European Heart Journal.

A conclusão é o resultado de uma pesquisa com 6 mil funcionários públicos britânicos e descontou fatores de risco cardíaco tradicionais, como fumo.

Segundo os autores, o estudo mostra a importância do equilíbrio entre trabalho e tempo livre.

Ao todo, foram verificados 369 casos de pessoas que sofreram doenças cardíacas fatais, tiveram infartes ou desenvolveram angina.

Em vários casos, os médicos constataram um forte vínculo com o número de horas trabalhadas.

Personalidades 'tipo A'

Entre as explicações para essa relação, estariam o menor tempo para exercícios e relaxamento, além de estresse, ansiedade e depressão.

Além disso, os médicos dizem ter identificado uma relação entre pessoas muito dedicadas à carreira com personalidades "tipo A", altamente motivadas, agressivas e irritáveis.

"Funcionários que fazem horas extras também tendem a trabalhar quando estão doentes, ou seja, relutam em faltar ao trabalho mesmo doentes", diz a pesquisa.

A epidemiologista Mianna Virtanen, que coordenou o estudo pelo Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional em Helsinki, em parceria com a University College London, afirmou que as conclusões não são definitivas.

"É preciso pesquisar mais antes de termos segurança ao afirmar que fazer horas extras causaria doenças cardíacas coronárias", disse Virtanen.

O médico John Challenor, da Sociedade de Medicina Ocupacional afirmou que a pesquisa confirma diversos fatos que médicos já conheciam: "que o equilíbrio trabalho/tempo livre tem um papel vital no bem-estar". BBC Brasil

A catarata

É uma doença bastante comum na população idosa, caracterizada pela opacidade progressiva do cristalino, provocando perda parcial ou total da visão. A doença é, via de regra, bilateral, embora assimétrica. O termo vem do latin catarractes, que significa “cachoeira”, ao qual foi comparado o aspecto da névoa observada no cristalino opacificado.
O mecanismo causador da catarata não é conhecido, mas certamente tem a ver com o envelhecimento. As células estruturais do cristalino não são renovadas e possuem praticamente a mesma idade do indivíduo, o que as torna mais susceptíveis ao envelhecimento. Presume-se que o stress oxidativo constante promove a degeneração das proteínas cristalinas, que perdem as suas propriedades que garantem a transparência da lente.
A catarata adquirida é considerada a causa mais comum de cegueira (perda visual completa) e de perda visual parcial no mundo, excluindo-se os distúrbios de refração.
Embora seja uma doença predominantemente dos idosos, a catarata adquirida pode eventualmente atingir indivíduos mais novos, especialmente quando secundária a outras doenças. Diversos são os fatores de risco para catarata adquirida. O principal é a idade avançada, tendo também relevância a DM, o uso crônico de corticóides, tabagismo e exposição solar.
Como a catarata é uma doença bilateral, embora geralmente assimétrica, à medida em que o cristalino vai se opacificando, a visão vai ficando lenta e progressivamente borrada, de forma totalmente indolor, além de poder aparecer alteração na visão de cores e sensibilidade ao brilho.
Todo paciente com mais de 50 anos de idade com perda parcial ou completa da acuidade visual corrigida deve ser avaliado quanto à presença de catarata. O mesmo vale para pacientes diabéticos e que usaram corticóides cronicamente.
Não existe tratamento clínico para a catarata, sendo a única opção a cirurgia, de caráter curativo. A cirurgia da catarata é um procedimento eletivo, e a decisão do momento certo para operar deve ser tomada em conjunto entre médico e paciente, ou seja, deve ser operada quando o paciente julgar que a doença está limitando as atividades que ele precisa ou deseja realizar diariamente.
A cirurgia da catarata é realizada atualmente de forma rápida e segura, com o paciente recebendo alta para casa no mesmo dia. A anestesia em geral é local ou tópica (com colírios), não sendo obrigatória a oclusão do olho operado e os resultados são, via de regra, excelentes.
A ciruriga para catarata mais realizada atualmente, pelas suas vantagens, é a facoemulsificação. Nesta técnica, por meio de uma pequena incisão, de 2-4mm, a catarata é fragmentada pela energia do ultrassom e, em seguida, aspirada. Uma lente intraocular artificial dobrável é introduzida pela incisão e posicionada adequadamente.
Não existem medidas comprovadamente efetivas para prevenir a catarata, embora estudos tenham sugerido que o uso de óculos escuros (proteção contra os raios UV) e o uso prolongado de vitaminas antioxidantes possam retardar o aparecimento da doença.
Dra Andréa Gifoni Siebra
Oftamologista / Retinóloga
Mestrado em Oftalmologia
Professora da Universidade Federal do Ceará (Sobral)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Os cuidados com a higiene íntima feminina

Suor, gordura, umidade, urina e células mortas. Convenhamos que o assunto é embaraçoso e até escatológico. Mas não tem jeito: “Tudo isso habita as reentrâncias femininas, e basta um descuido para causar desde ardência, irritação e um constrangedor cheiro ruim até a multiplicação de fungos e bactérias nocivos”, alerta o ginecologista Alexandre Pupo, do Hospital Sírio- Libanês, em São Paulo. Para evitar esse pacote de encrencas, médicos da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a Febrasgo, revisaram 120 artigos científicos e elaboraram o I Guia de Condutas sobre Higiene Íntima Feminina, destinado tanto aos ginecologistas — que às vezes pecam por não orientar as pacientes — quanto ao público leigo.

“A ideia é responder a dúvidas referentes à frequência, ao modo correto de fazer a limpeza, aos produtos de higiene adequados, além de condutas para situações específicas”, descreve o ginecologista Nilson Roberto de Melo, presidente da Febrasgo. Seguir essas recomendações à risca é manter o sistema de defesa em ordem nessa região. “A vulva tem um pH ácido e é colonizada por lactobacilos, bactérias que formam uma barreira contra micro-organismos prejudiciais”, descreve o ginecologista Paulo Giraldo, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Não interferir demais nesse pH é, portanto, a primeira medida para prevenir não só coceiras e corrimentos mas também uma série de problemas.

“O excesso ou a falta de higiene e a utilização de produtos inapropriados alteram as defesas locais, favorecendo o ataque de germes como a clamídia, protagonista de infecções pélvicas que podem comprometer a fertilidade”, alerta o ginecologista César Eduardo Fernandes, da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo. E, uma vez em contato com vírus ameaçadores, como o da hepatite, se o contra-ataque das células defensoras não estiver preparado, o risco de contrair essas doenças aumenta.

Atenção, mulheres! O fundamental é deixar qualquer constrangimento de lado. Pegue um espelho e, sem o menor receio, analise cada detalhe de sua região íntima. Na ilustração à esquerda, abaixo, identificamos as áreas que precisam ser muito bem higienizadas. Esqueça a região interna da vagina — esqueça mesmo! Duchas e introdução de produtos não são aconselhadas, exceto sob prescrição médica. “O foco da limpeza deve se resumir ao monte púbico, à pele da vulva, à raiz das coxas, à região perianal — entre a vulva e o ânus — e ao interior dos grandes e dos pequenos lábios”, ensina Paulo Giraldo.

A compra do produto
O sabonete mais apropriado é sempre aquele classificado como hipoalergênico na embalagem. O termo indica que a fórmula foi desenvolvida com o intuito de provocar menos alergias nessa área, que, diga-se, se ressente por qualquer bobagem. Aliás, por isso mesmo, dê preferência aos sabonetes íntimos. “Eles geralmente contêm ácido lático, um componente natural da pele, que confere um pH ideal”, justifica o dermatologista Mario César Pires, do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.

Segundo Pires, os sabonetes alcalinos ou neutros não são indicados porque tornam as condições da região hostis à multiplicação dos lactobacilos que defendem a vulva. Os produtos em barra também não são uma boa opção. “Além de serem muito abrasivos, são normalmente compartilhados por toda a família, o que facilita a contaminação”, afirma Paulo Giraldo.

A última dica é escolher sabonetes com detergência suave, que formem pouca espuma — eles afetam menos a barreira cutânea. Para mulheres que vivem na correria e não são alérgicas, os lenços umedecidos são uma alternativa para a higiene no meio do dia. Vale testá-lo antes, no antebraço, para observar eventuais reações. Se nada acontecer, está liberado.

A última etapa do ritual é geralmente a mais negligenciada — a hidratação. Muitas integrantes do time feminino nem fazem ideia de que devem apelar para ela se a pele dos genitais estiver muito ressecada, especialmente após a menopausa. “A dica é recorrer a fórmulas não oleosas, que devem ser aplicadas somente nas regiões de pele”, explica Giraldo.

Como higienizar
Coloque, na ponta dos dedos, uma pequena quantidade do sabonete. Realize movimentos circulares nas áreas descritas anteriormente, contemplando todas as dobras. “Evite trazer conteúdos da região perianal para a vulva, já que ela pode conter coliformes fecais, bactérias que habitam o tubo digestivo”, lembra Alexandre Pupo. Enxágue na água corrente, que ajuda na remoção mecânica dos resíduos. Finalmente, use uma toalha seca e limpa para absorver a água restante.

Duração do procedimento
Não vale limpar tudo em um zás-trás — aliás, o que é bem comum. Também não se deve exagerar. O tempo de higienização não deve ultrapassar três minutos para evitar o ressecamento da pele. Dois minutos são o suficiente para fazer uma boa limpeza.

Frequência diária
O número de lavagens varia de acordo com a estação do ano. “No clima quente, quando a produção de sebo e de suor fica elevada, a limpeza pode ser realizada até três vezes no mesmo dia. Já no clima frio, uma higienização diária basta”, garante Giraldo. Aí, ficar repetindo a sessão limpeza só favorece doenças.

Condições especiais
O excesso de gordura nas obesas promove maior maceração de células mortas e elevação na produção de suor. Portanto, elas são mais propensas a problemas na vulva e precisam reforçar os cuidados com roupas adequadas e hábitos de higiene. “Os lenços umedecidos são uma boa saída para limpeza no intervalo do trabalho, por exemplo. Mas a higienização íntima com água corrente e sabonete apropriado é mais indispensável do que nunca nesse grupo”, diz Nilson Roberto de Melo.

Tirar a calcinha na hora de dormir é outra dica para facilitar a ventilação. Algumas atividades, em particular, aceleram o acúmulo de sujeira lá embaixo. “O exercício induz a fabricação de suor e secreções”, exemplifica Nilson. O ideal, portanto, é sair direto da ginástica para o banho, munida de um sabonete íntimo. O mesmo vale para finais de semana na praia. Areia e água do mar formam um coquetel de detritos e umidade nada amigável. Parece muita informação, mas são todos hábitos simples e corriqueiros, que não desperdiçam tempo nem exigem grandes esforços. Em troca, você garante uma sensação de conforto, bem-estar e saúde. Saúde é Vital

Alecrim ajuda a reduzir toxinas em carne grelhada

Sabe-se que cozinhar a carne em altas temperaturas cria toxinas chamadas aminas heterocíclicas, que têm sido associadas a alguns tipos de câncer. Marinar a carne diminui o risco ao evitar a formação das toxinas. Porém, um ingrediente que faz grande diferença é o alecrim. Estudos mostram que adicioná-lo à carne bovina e outros tipos de carne antes de grelhar, fritar ou assar reduz significativamente aminas heterocíclicas.

Em um estudo publicado no “The Journal of Food Science in March”, cientistas testaram extratos de alecrim em tortinhas de carne que eram cozinhadas em temperaturas entre 190 graus e 204 graus Celsius. O extrato foi adicionado a ambos os lados da carne antes do preparo. Quanto maior a concentração, maior a redução nas aminas heterocíclicas (em alguns casos, houve redução de mais de 90%).

Cientistas atribuem o resultado a antioxidantes específicos presentes no alecrim: ácido rosmarínico, carnosol e ácido carnósico. Outro estudo, realizado há dois anos, comparou vários marinados e descobriu que um dos que mais protegiam era uma mistura caribenha, que, como eles escreveram, “continha quantidades consideráveis” dos mesmos três antioxidantes.

Se você não gosta muito de alecrim, ou tem alergia, tente fazer marinados com alho, cebola ou suco de limão. Segundo estudos, essas opções também são eficazes (cebola e alho muito mais do que suco de limão).

Conclusão
Estudos mostram que marinados com alecrim ajudam a eliminar alguns carcinogênios da carne grelhada. Uol Saúde

Baterias de lítio representam perigo para crianças pequenas

No último outono, Aidan Truett, de 13 meses, de Hamilton, em Ohio, desenvolveu o que pareceu ser uma infecção das vias respiratórias. Ele perdeu o interesse em comida e vomitou algumas vezes, mas os médicos atribuíram a condição a um vírus. Depois de nove dias de sintomas graves e mais consultas médicas, o hospital solicitou um raio-X para verificar se poderia se tratar de pneumonia.

O que os médicos encontraram foi algo totalmente inesperado. A criança tinha ingerido uma bateria “botão”, um daqueles discos achatados usados em controles remotos, brinquedos, cartões musicais, balanças de banheiro e outros eletrônicos usados em casa.

A bateria foi cirurgicamente removida no dia seguinte, e Aidan foi mandado para casa. Mas nem os médicos, nem os pais perceberam que os danos já tinham sido feitos. A corrente da bateria tinha deflagrado uma reação química no esôfago da criança, queimando sua parede e atacando a aorta. Dois dias depois da remoção da bateria, Aidan começou a tossir sangue, e logo morreu por essas lesões.

Até hoje, os pais de Aidan não sabem de onde veio a bateria.

“Não queremos nunca que outros pais vivam isso”, disse Michelle Truett, mãe de Aidan. “Não sabia o quanto essas baterias eram perigosas, e quero que mais pessoas saibam desses perigos”.

Essas mortes são extremamente raras. Houve menos de dez casos documentados nos últimos seis anos. Mas a ingestão de baterias de lítio, que as crianças podem confundir com doces e idosos, com medicação, é um problema surpreendentemente comum, documentado esta semana em dois relatórios do jornal médico “Pediatrics”.

Cerca de 3.500 casos de ingestão de baterias pequenas são reportados anualmente a centros de controle de envenenamento nos EUA. Porém, apenar disso ocorrer há anos, o desenvolvimento de baterias de lítio maiores e mais fortes aumentou o risco de complicações graves.

Dados do National Capital Poison Center, em Washington, descobriram um aumento substancial em complicações graves decorrentes da ingestão de baterias nos últimos anos, de menos de 0,5% (cerca de 12 casos por ano) para cerca de 3% (quase 100 casos por ano), com base em uma revisão de 56 mil casos desde 1985.

Entre as complicações mais graves, a reação química deflagrada pelas baterias pode prejudicar suas cordas vocais, deixando as crianças com sussurrando eternamente. Danos ao trato gastrointestinal significam que algumas crianças precisam de tubos de alimentação e várias cirurgias.

“As lesões são muito mais sérias”, disse o Dr. Toby Litovitz, diretor e principal autor de ambos os artigos da publicação “Pediatrics”. “Você certamente não quer isso dentro do esôfago do seu filho”.

Maior risco
As baterias que representam maiores riscos são aquelas que começam com o número 20, que significa 20mm. Elas são mais novas e mais fortes que os modelos mais antigos. Baterias com numeração 2032, 2025 e 2016 são responsáveis por mais de 90% das lesões graves.

“A indústria mudou para essa bateria, e tem um apelo bastante popular”, disse Litovitz. “Há várias razões para usar esta bateria, mas o problema é que devemos usá-la de uma forma segura”.

Regras federais de segurança exigem que os brinquedos que usam baterias tenham compartimentos trancados com parafuso. Mas os dispositivos direcionados a adultos – como balanças de banheiro ou controles remotos – muitas vezes armazenam suas baterias com uma simples cobertura de plástico que podem cair ou ser facilmente removida.

Foi isso que aconteceu quando Kaiden Vasquez, de Bristow, Virgínia, de apenas 13 meses, pegou o controle remoto da estação para iPod do pai. De alguma forma ele desalojou a bateria e a engoliu. Mas seus pais não perceberam que a bateria estava faltando quando ele começou a gritar histericamente e não se acalmava.

Médicos da emergência diagnosticaram gastrenterite, mas uma semana depois o pediatra da criança solicitou um raio-X e viu o que ele achava ser uma moeda. Quando a peça foi removida, os médicos descobriram a bateria e mantiveram Kaiden sob observação. A bateria tinha queimado um buraco em seu esôfago e traqueia, e ele precisou de um tubo de alimentação e dois meses de cuidados domiciliares.

Keiden, que completa 3 anos em julho, se recuperou, embora o grave refluxo depois do incidente tenha prejudicado seus dentes.

“Não deixo nenhuma dessas baterias de disco entrar em casa”, disse a mãe de Kaiden, Amy Vasquez, que tem outras três crianças pequenas. “Nunca pensei que um controle remoto causaria tanto mal a um filho”.

A ingestão de baterias também é um problema entre os idosos, que muitas vezes confundem baterias de dispositivos de audição com remédios. Mas, nesses casos, a bateria normalmente não fica presa, pois o trato digestivo é maior e a bateria usada em dispositivos auditivos é menor.

Compartimento
Quando crianças engolem baterias, geralmente não é porque a encontram soltas pela casa. Em 60% dos casos envolvendo crianças com menos de 6 anos, o pequeno removeu a bateria do dispositivo eletrônico. O problema é que a maioria dos pais nem percebe quando isso acontece, embora estudos mostrem que a bateria começa a causar danos graves apenas duas horas depois da ingestão.

“É um prazo difícil, pois muitos casos não são testemunhados”, disse Litovitz. “As crianças apresentam sintomas que não são específicos, os pais não sabem que a bateria foi engolida – isso torna difícil o diagnóstico por parte dos médicos”.

Litovitz disse que o problema precisava ser combatido por produtores de dispositivos eletrônicos, que deveriam tornar mais seguros os compartimentos de baterias em todos os itens, não apenas brinquedos.

“As crianças têm fácil acesso a controles remotos, relógios, controles de abertura de garagem”, ela disse.

“Nossa grande tarefa é fazer com que a indústria faça algo em relação ao compartimento da bateria, mas os pais também precisam saber que devem lidar com essas baterias com muito mais vigilância e mantê-las fora do alcance dos pequenos”.

Cara George, de Littleton, no Colorado, trabalha para aumentar a conscientização acerca das baterias de lítio desde que sua filha Brenna, com 18 meses, morreu depois de ingerir uma, há dois anos.

“Acho que deveria haver alertas em todos os itens contendo baterias”, disse George. “Elas estão presentes em cartões musicais e livros musicais infantis. Elas estão em toda parte”. Uol Saúde