quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tiques nervosos

Um grande número de pessoas sofre de tique nervoso, trata-se de uma mania que acompanha a pessoa em todos os momentos de sua vida. Algumas piscam sem parar, outras balançam a perna, roem unhas, mexem no cabelo... Enfim, são vários tiques.

Esse tipo de distúrbio não é considerado necessariamente um mal, mas pode deixar a pessoa que sofre um tanto constrangida. Na maior parte das vezes, aqueles que sofrem de tiques não percebem o excesso de certos movimentos que executam devido ao problema.

Os tiques podem piorar se a diante de momentos de nervosismo, então o problema deverá ser analisado por um psicólogo. Ele vai tentar ajudar no controle de certas manias, a terapia trará resultados positivos.

Dos tiques às obsessões

Os tiques estão muito ligados às obsessões, ainda que em regra apresentem um quadro mais leve, que não interfere tanto na vida diária. Será aborrecido e inestético ter as unhas roídas, ou piscar os olhos, mas isso não impede a pessoa de ir para o emprego e ter um dia-a-dia dentro dos parâmetros ditos “normais”.

O obsessivo tem comportamentos ritualizados que frequentemente lhe provocam um grande transtorno na sua vida diária. Imagine o que será ter de lavar de manhã cinquenta vezes as mãos, ou não conseguir resistir ao impulso de voltar cinco vezes a casa para ver se a porta ficou bem fechada, se as janelas não estão a bater e se o fogão não deita gás.

Certamente agora está a pensar que, pelo menos uma vez na sua vida já lhe aconteceu uma coisa deste tipo mas, a grande diferença é que no obsessivo, este tipo de comportamento tem uma frequência diária.
Escravos das suas manias e obsessões
O obsessivo tem pensamentos incómodos, dos quais não se consegue livrar, com a particularidade de, quanto mais se tentar alhear dos pensamentos, mais eles voltam, num efeito tipo boomerang.
A este tipo de comportamento, convencionou chamar-se transtorno obsessivo-compulsivo, porque as ideias obsessivas levam o sujeito a ter determinado comportamento porque só assim a ansiedade diminui.

Por exemplo, se a ideia obsessiva for o medo de se contaminar com alguma doença, a pessoa limpar-se-á frequentemente ou irá passar as mãos por alcoól, sempre que apertar a mão a alguém.

Estima-se que cerca de 2,5% da população mundial sofra deste distúrbio, sendo que muitas vezes tem o seu início na infância e que se mantém até à vida adulta. É mais acentuado na faixa etária dos 20 aos 30 anos, sobretudo em pessoas que já passaram por situações de elevado índice de stress, como sejam o divórcio, a morte de alguém próximo ou a perda do emprego.
Em pequeninas doses, o carácter obsessivo tem os seus aspectos muito positivos. As pessoas com este tipo de personalidade são metódicas, cumpridoras de horários e excelentes trabalhadores nas áreas burocráticas.

A secretária está sempre arrumada mas qualquer mudança, por mínima que seja, provoca angústia. Tudo é ritualizado, os dias sucedem-se de forma igual porque só assim o limiar da ansiedade pode ser mantido em níveis considerados aceitáveis.
Familia