sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Exposição traz intestino gigante para alertar sobre câncer

O câncer de cólon e reto (intestinal) é a terceira causa mais comum da doença no mundo em ambos os sexos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar dos números, é facilmente evitável, desde que haja conscientização. Como forma de alerta, a médica Angelita Habr-Gama, em parceria com Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino (Abrapreci), idealizou a Exposição do Intestino Gigante (IG).

O evento conta com uma réplica do intestino grosso de 15 metros de comprimento e ocorre entre os dias 17 e 21 deste mês, na praça de alimentação do D&D - Decoração & Design Center, em São Paulo. Os visitantes entram no "órgão" e descobrem detalhes da patologia, meios de prevenção e assistem a um vídeo de dois minutos referente ao tema. Grupos de seis a sete pessoas acompanhados por monitores esclarecem dúvidas com profissionais da área de nutrição, enfermeiros e médicos.

"O câncer de intestino é o único que pode ser totalmente prevenido e, infelizmente, está se tornando cada vez mais comum. Por esse motivo, criamos o evento", disse Angelita. Essa é a segunda vez que a exposição passa pela capital de São Paulo. Já esteve em outras cidades do Brasil, como Rio de Janeiro, Recife, Goiânia, Maceió, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Vitória, São José dos Campos, Campinas, Manaus, Bauru e Campo Grande. A visitação total aproximada é de 80 mil pessoas.

Confira alguns dados sobre a doença e dicas de prevenção, listados pela Abrapreci e pelo Inca:

1) O fator de risco mais importante é a história familiar de câncer de cólon e reto e predisposição genética ao desenvolvimento de doenças crônicas do intestino (como as poliposes adenomatosas), além de uma dieta com base em gorduras animais e baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais. Consumo excessivo de álcool e tabagismo também fazem parte da lista.

2) Alimentação rica em fibras, frutas e vegetais frescos parece ter efeito protetor.

3) A prática de atividade física regular está associada a um baixo risco de desenvolvimento do câncer;

4) A idade é considerada um fator de risco, uma vez que a incidência e a mortalidade crescem ao longo da vida;

5) Um simples exame físico completo pode ser suficiente para a detecção precoce. Exames mais complexos, como a colonoscopia, são de grande importância, principalmente para quem se enquadra no grupo de risco ou apresente sintomas intestinais específicos. ¿Esse tipo de exame pode fazer o diagnóstico e, em alguns casos, permite a remoção de pólipos, que são lesões precursoras do câncer do intestino¿, afirmou Angelita. Terra