A partir do momento que você se programa para engravidar, descobre uma série de exames que nunca ouviu falar e que talvez terá de fazer durante a gestação. Entre tantos, um dos mais familiares talvez seja a glicemia de jejum, aquele que se costuma fazer no check-up com o seu ginecologista. Responsável por medir o nível de açúcar no sangue, ele é um dos primeiros do pré-natal e mostra se a grávida tem ou não diabetes gestacional. A novidade é que a maneira como esse exame é avaliado está sofrendo modificações. Um novo consenso internacional, publicado este ano na revista científica Diabetes Care, visa tornar mais rápido o diagnóstico de mulheres com diabetes na gravidez.
A principal alteração é que as grávidas com um resultado de glicemia de 92 mg/dL (confirmado em dois exames) até 125 mg/dL já serão consideradas com diabetes. Abaixo de 92 mg/dL, todas deverão realizar um teste oral de tolerância à glicose a 75 mg (também conhecido por curva glicêmica), entre a 24a. a 28a semana, para rastreio da doença. “A tendência é de que, com essa nota de corte, o número de casos de mulheres com diabetes gestacional aumente, porque o exame está mais rigoroso”, afirma Lenita Zajdenverg, endocrinologista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente regional da Sociedade Brasileira de Diabetes (RJ). Atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência da doença em mulheres acima de 20 anos é de 7,6%.
Um dos estudos usado como base para esse novo modelo de diagnóstico foi uma pesquisa realizada pela Northwestern University Feinberg School of Medicine, em Chicago, com mais de 23 mil grávidas de nove países cujos resultados mostraram que níveis de açúcar no sangue da gestante até então considerados normais poderiam apresentar riscos para a mãe e o bebê.
Essas recomendações, no entanto, ainda não são adotadas por todos os especialistas e continuam em discussão. Mas há muito que você precisa saber a respeito da doença na gestação.
Como é feito o exame atualmente
Um dos critérios que os especialistas adotam é o preconizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que usa como nota de corte o valor da glicemia de 85 mg/dL. Ou seja, se o seu exame der abaixo desse valor, e não houver qualquer fator de risco que peça o rastreio da doença, como obesidade, hipertensão, idade avançada, a doença está descartada. A não ser que você apresente ao longo da gravidez algum indicador de que algo não está bem, como engordar demais em pouco tempo. Nesse caso, o obstetra deve solicitar um novo teste.
Se a glicemia estiver entre 85 mg/dL e 125 mg/dL, você vai realizar o teste oral de tolerância à glicose (curva glicêmica) entre a 24a e 28a semana de gestação. O seu sangue será coletado primeiramente em jejum e novamente uma e duas horas após a ingestão de um líquido com 75 mg de glicose. Se mais de dois valores estiverem acima do esperado, o diagnóstico para diabetes gestacional será positivo.
Fatores que aumentam o risco
Os hormônios produzidos pela placenta podem levar à resistência da ação da insulina, responsável por equilibrar o nível de açúcar no sangue, o que vai aumentando à medida que a gravidez progride. As grávidas que não conseguem produzir insulina em quantidades suficientes para vencer essa resistência desenvolvem a doença.
Mulheres com mais de 25 anos, obesas, antes da gravidez ou no primeiro trimestre, com histórico familiar de diabetes em parentes de primeiro grau, que já tiveram a doença em outra gestação e que tenham tido bebês com mais de 4 quilos estão entre as que têm mais tendência de ter a doença. Entram para o grupo de risco quem engorda muito durante a gestação, tem excesso de líquido amniótico ou hipertensão e usa medicamentos que podem causar hiperglicemia, como alguns tipos de diuréticos e doses excessivas de hormônios tireoideanos.
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A principal alteração é que as grávidas com um resultado de glicemia de 92 mg/dL (confirmado em dois exames) até 125 mg/dL já serão consideradas com diabetes. Abaixo de 92 mg/dL, todas deverão realizar um teste oral de tolerância à glicose a 75 mg (também conhecido por curva glicêmica), entre a 24a. a 28a semana, para rastreio da doença. “A tendência é de que, com essa nota de corte, o número de casos de mulheres com diabetes gestacional aumente, porque o exame está mais rigoroso”, afirma Lenita Zajdenverg, endocrinologista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente regional da Sociedade Brasileira de Diabetes (RJ). Atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência da doença em mulheres acima de 20 anos é de 7,6%.
Um dos estudos usado como base para esse novo modelo de diagnóstico foi uma pesquisa realizada pela Northwestern University Feinberg School of Medicine, em Chicago, com mais de 23 mil grávidas de nove países cujos resultados mostraram que níveis de açúcar no sangue da gestante até então considerados normais poderiam apresentar riscos para a mãe e o bebê.
Essas recomendações, no entanto, ainda não são adotadas por todos os especialistas e continuam em discussão. Mas há muito que você precisa saber a respeito da doença na gestação.
Como é feito o exame atualmente
Um dos critérios que os especialistas adotam é o preconizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que usa como nota de corte o valor da glicemia de 85 mg/dL. Ou seja, se o seu exame der abaixo desse valor, e não houver qualquer fator de risco que peça o rastreio da doença, como obesidade, hipertensão, idade avançada, a doença está descartada. A não ser que você apresente ao longo da gravidez algum indicador de que algo não está bem, como engordar demais em pouco tempo. Nesse caso, o obstetra deve solicitar um novo teste.
Se a glicemia estiver entre 85 mg/dL e 125 mg/dL, você vai realizar o teste oral de tolerância à glicose (curva glicêmica) entre a 24a e 28a semana de gestação. O seu sangue será coletado primeiramente em jejum e novamente uma e duas horas após a ingestão de um líquido com 75 mg de glicose. Se mais de dois valores estiverem acima do esperado, o diagnóstico para diabetes gestacional será positivo.
Fatores que aumentam o risco
Os hormônios produzidos pela placenta podem levar à resistência da ação da insulina, responsável por equilibrar o nível de açúcar no sangue, o que vai aumentando à medida que a gravidez progride. As grávidas que não conseguem produzir insulina em quantidades suficientes para vencer essa resistência desenvolvem a doença.
Mulheres com mais de 25 anos, obesas, antes da gravidez ou no primeiro trimestre, com histórico familiar de diabetes em parentes de primeiro grau, que já tiveram a doença em outra gestação e que tenham tido bebês com mais de 4 quilos estão entre as que têm mais tendência de ter a doença. Entram para o grupo de risco quem engorda muito durante a gestação, tem excesso de líquido amniótico ou hipertensão e usa medicamentos que podem causar hiperglicemia, como alguns tipos de diuréticos e doses excessivas de hormônios tireoideanos.
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