quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os perigos da pílula do dia seguinte

Camisinhas, contraceptivos orais, injetáveis, DIUs etc, todos esses métodos diminuem de maneira significativa a chance da mulher engravidar. Porém, o ato sexual não é uma ciência exata e por isso existe a possibilidade de haver alguma falha na “hora H”. É quando bate o “desespero” que todas as mulheres recorrem à famosa “pílula do dia seguinte”.

Conhecida também como pílula de emergência, pílula do aborto, pílulas pós-coitais ou Plano B, o contraceptivo chegou ao Brasil em 1999. No início era indicada apenas para prevenir a gravidez em casos de violência sexual e acidentes com o rompimento do preservativo, evitando-se assim gestações indesejadas.

Composta apenas de progesterona, possui maior concentração do hormônio quando comparada a uma pílula anticoncepcional convencional, sendo assim mais potente. Para se ter uma idéia, dois comprimidos equivalem à meia cartela de anticoncepcional convencional. São dois comprimidos: um a ser tomado de preferência nas primeiras 24 horas, quando sua eficácia é maior, seguido de outra dose após 12 horas.

Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozóide com o óvulo. Porém, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum. Como efeito colateral, pode provocar enjôo, mal-estar e dor-de-cabeça.

A pílula do dia seguinte possui uma efetividade de quase 94% se tomada nas primeiras 24 horas. No entanto ela não deve servir como método contraceptivo constante, somente em ocasiões de emergência, pois devido a sua grande dose hormonal desregula todo o ciclo hormonal feminino, causando irregularidade menstrual significativa e efeitos desconfortáveis na pele, como acne e aumento de oleosidade, por exemplo.

É importante salientar que, além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser bem mais cara (custa em média 16 reais), o contraceptivo de emergência não protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a camisinha.

Embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição médica, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso.
SAÚDE