segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gestação X Prazer na cama

A forma violão é substituída por uma silhueta mais larga e um abdome saliente. Mesmo com as novas medidas e sem seguir o estereótipo de beleza atual, é muito comum que elas se sintam sexy e tenham mais libido.

Sim, estamos grávidos! A gestação é confirmada e tanto marido quanto mulher passam a se enxergar como mãe e pai. No entanto, quem disse que o prazer acaba aí? Se fosse assim, o homem daria à mulher um atestado de “missão cumprida” e seguiria a vida sem ela. Deixe de besteira! Não existe razão para que a rotina sexual do casal fique mais morna ou seja interrompida só por causa da gravidez.

É claro que algumas coisas serão diferentes durante os nove meses. Diferentes, mas continuarão existindo. E as mudanças podem até por um dedinho de pimenta na relação. De acordo com a ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks, “uma pequena parcela de homens até se excita com a figura da mulher grávida”. O mais comum mesmo, porém, é ter receio de machucar a companheira, e isso pode causar uma certa retração no ímpeto masculino.

QUAL O IMPACTO DA PRÁTICA DE SEXO PARA A GESTANTE E O BEBÊ?
O sexo pode ser praticado sem riscos durante os nove meses. Em uma gravidez saudável, só precisa cessar quando a mulher começa a ter dilatação do colo do útero. Essa regra só não vale quando a gestação é considerada de alto risco. “No primeiro trimestre, se a paciente tiver sangramento ou cólicas uterinas, recomendamos a abstinência”, diz Flávia Fairbanks.

Em uma situação normal, portanto, quem dita as regras é ele, o desejo, que tem um calendário especial nessa fase. Segundo a especialista em ginecologia e endometriose Rosa Maria Neme o furor feminino varia nas diferentes fases da gravidez. “No primeiro e terceiro trimestres, há uma diminuição do desejo e atividade sexual. No segundo trimestre, nota-se um aumento do apetite sexual”.

A redução está relacionada com sintomas desagradáveis, como o medo de abortamento, medo de machucar o bebê e as mudanças físicas e psíquicas. Já o aumento do entusiasmo tem a ver com a boa adaptação do casal à nova realidade, e às vezes a frequência até aumenta em relação ao período anterior à gravidez. No terceiro trimestre, a diminuição do desejo acontece por causa do mal-estar físico, cansaço, estresse e ansiedade. “Também atrapalha o incômodo no momento do coito. Além disso, as mudanças no corpo podem prejudicar, já que a mulher tende a se sentir menos desejada”, explica.

COMO DRIBLAR O MEDO DE MUITAS VEZES MACHUCAR O BEBÊ DURANTE A TRANSA?
A especialista em sexualidade humana Flávia Fairbanks esclarece que o bom entendimento entre os parceiros e o fortalecimento do vínculo ajudam muito. “Estimulamos, na maioria das vezes, a prática sexual não-invasiva, com múltiplas carícias entre o casal, que grande parte das vezes pode ser suficiente para mantê-los unidos”, diz.

Para tirar qualquer pulguinha de trás da orelha dos homens que acham que a penetração pode machucar o bebê, a obstetra desmistifica e explica que a relação sexual convencional ocorre na vagina, sendo que o pênis apenas toca o colo uterino. Existem muitas camadas entre esse ponto e o bebê (canal do colo uterino, bolsa amniótica e líquido amniótico), que não sofre riscos. Uol