segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Consumo de queijos exige certos cuidados

A pirâmide de orientação alimentar recomenda a ingestão de duas a três porções diárias de leite, iogurte e queijo, para a maioria das pessoas, e três porções para mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Adolescentes e jovens adultos até 24 anos também devem consumir essa quantidade.
Rico em proteínas e cálcio, o queijo não pode mesmo faltar na mesa de quem se preocupa em adotar uma alimentação saudável e balanceada. E ainda com a vantagem de poder ser ingerido por quem sofre de intolerância à lactose. “É que o queijo, assim como os iogurtes, já passou pelo processo de fermentação, responsável pela quebra de dois terços da quantidade de lactose presente no leite e seus derivados. Como 40% a 45% da população sofre, em maior ou menor grau, dessa intolerância, o melhor é consumir queijos em vez de leite”, avalia Durval Ribas, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Mas nem todos os tipos são tão benéficos assim. Embora tenham as mesmas propriedades, no que diz respeito à reação com a lactase presente no organismo, a composição dos queijos difere quanto à concentração de gordura. Os de aparência mais amarelada, por exemplo, são considerados gordurosos e devem ser evitados no dia-a-dia. Quanto menos gordura, menos risco de doenças.
Assim, os queijos brancos são os mais recomendáveis, justamente pelo baixo teor de gordura. Ricota, cottage, queijo-minas e frescal estão entre as opções mais saudáveis. Mas, mesmo assim, requerem cuidado no que diz respeito ao risco de contaminação. Segundo Durval, o leite e seus derivados são um meio de cultura ideal para a proliferação de bactérias, desde a ordenha da vaca ao consumo do produto final que se coloca na mesa. Nesse processo, diversas doenças podem ser transmitidas ao homem.
Entre os males de origem alimentar transmitidas pelo leite e seus derivados, podem ser citados a intoxicação alimentar, causada pela ingestão de produtos que contêm toxinas microbianas e a infecção alimentar. No primeiro caso, as toxinas são produzidas durante a proliferação de microrganismos patogênicos no alimento. Os sintomas podem incluir náuseas, vômito, diarréia, dores abdominais, distúrbios da visão e paralisia que pode afetar a fala, respiração e músculos faríngeos.
Portanto, todo cuidado é pouco na hora de escolher o produto que será levado para casa. Observar a procedência, data de validade e condições de armazenamento no supermercado pode evitar uma série de problemas. Em casa, o cuidado com higiene e temperatura devem ser os mesmos. “Um ambiente refrigerado impede a proliferação de bactérias nocivas e evita, conseqüentemente, o aparecimento de uma série de doenças” .
Saúde Plena