terça-feira, 30 de março de 2010

Páscoa sustentável: dá para comemorar a data com consciência

Até mesmo em comemorações como a Páscoa é possível ter hábitos sustentáveis, que valorizam e respeitam o meio-ambiente. Evitar desperdícios é, sem dúvida, um deles.

Mas, já que a data sugere consumo, principalmente de chocolate, que tal se atentar para os produtos e empresas que estão preocupados com a preservação do meio ambiente?

A seguir, confira algumas dicas para ter uma Páscoa sustentável. Pratique essa ideia.

Chocolates orgânicos
Os chocolates considerados orgânicos são livres de agrotóxicos, pois os cuidados de produção envolvem um processo integrado que abrange desde a lavoura até o processamento final na fábrica.

Para fazer os chocolates orgânicos, a empresa Chokolah, que lançou neste ano o primeiro ovo de Páscoa orgânico do mercado brasileiro, certificado pela Ecocert Brasil, órgão regulador credenciado junto ao governo, utiliza amêndoas 100% orgânicas, da variedade Híbrido Trinitário, e de uma única procedência: do Brasil.

O cacau utilizado por eles é cultivado à sombra da floresta, mantendo preservada a Mata Atlântica. O manejo adequado do solo e a não utilização de insumos agroquímicos, como pesticidas ou fertilizantes, tem como objetivo manter o equilíbrio do meio ambiente.

"Estas preocupações antecedem a etapa da produção na fábrica. Quando chega esta fase, nos preocupamos em obter uma perfeita harmonização dos aromas e em afinar a textura do chocolate", explica a proprietária da empresa, Claudia Schultz.

Chocolate de alfarroba
Não estranhe se encontrar por aí um ovo feito à base de alfarroba. Trata-se de uma vagem comestível, semelhante ao feijão, de cor marrom escuro, com sabor adocicado e de elevado valor nutritivo. A polpa só é utilizada depois de torrada e moída. O pó da alfarroba é usado para substituir o cacau e possui expressiva diferença no conteúdo de açúcar e de gordura.

Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sucrose, glucose e frutose), em torno de 38% a 45%. "Mesmo para quem é diabético ou intolerante à lactose dá para optar pelos chocolates de soja ou alfarroba, que são mais saudáveis e possuem um valor calórico inferior ao chocolate tradicional", sugere Sônia Leal, nutricionista e responsável pela franquia da Via Verde Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

O produto também não contém glúten, nem açúcar. É rico em vitaminas A, B1, B2, E, niacina, cálcio, magnésio, ferro e fibras, possuindo um correto balanceamento de potássio e sódio. Outra vantagem é que o chocolate de alfarroba é adoçado com stevita, único adoçante 100% natural.

"Estudos recentes mostraram que a alfarroba não contribui com nenhum tipo de glúten na dieta e que possui propriedades antioxidantes, além de reduzir efetivamente a assimilação de colesterol", explica Sônia.

Chocolates de soja
Os chocolates de soja possuem o cacau tradicional, a diferença é que em vez de leite usa-se a soja. Essa proteína de alto valor biológico proporciona benefícios à saúde do coração.

Outras substâncias encontradas na soja são as isoflavonas. Elas são compostos que possuem estrutura muito semelhante ao hormônio feminino estrógeno, e estão relacionadas com atividade que previne o câncer, redução da perda de massa óssea e diminuição do colesterol sanguíneo.

A Olvebra, empresa gaúcha pioneira na industrialização da soja, vende o Chocosoy, ovo de Páscoa à base de soja e adoçado com açúcar orgânico. A fábrica utiliza como matéria prima para toda a sua linha de produtos o Extrato de Soja, popularmente conhecido como "leite de soja".

Já a Nestlé trabalha com o ovo de páscoa Sollys, que possui 2,2 gramas de proteína de soja por porção de 25 gramas, e é rico em cálcio e fibras.

Ovo amigo do meio ambiente
Algumas empresas brasileiras já estão utilizando material reciclado nas embalagens dos ovos de páscoa. Um exemplo é a fabricante Top Cau. Na embalagem, a empresa usa o Butil oligo polipropileno (BOPP) 100% reciclável, no suporte do ovo (copinho plástico) usa polipropileno (PP) 100% reciclável e no papel alumínio utiliza Alumínio (Al) 100% reciclável. Minha Vida