domingo, 8 de maio de 2011

Dia das mães surge da iniciativa de uma filha inconformada em ficar orfã

O Dia das Mães é comemorado mundo afora. Mais de 40 países dedicaram uma data especial para aquela que concebe, cria, educa e, diz-se, guarda no peito amor incondicional. Mas como surgiu a comemoração? Os relatos mais antigos do Dia das Mães datam da Grécia Antiga, quando a chegada da primavera era comemorada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. No século XVII, a Inglaterra reservou o quarto domingo antes da Quaresma para homenagear as mães das operárias inglesas. No chamado "Mothering Day", as trabalhadoras poderiam tirar folga para ficar com suas mães.

Mas foi graças à norte-americana Anna Jarvis que o Dia das Mães foi colocado de vez nos calendários de todos os continentes. Em 1905, quando perdeu sua mãe, Anna caiu em depressão. Para levantar o astral dela, um grupo de amigas decidiu promover uma festa em homenagem à memória de sua mãe. Anna, por sua vez, quis estender a festa para todas as mães do mundo. Na primeira missa das mães, ela fez questão de enviar à igreja 500 cravos brancos. A flor tornou-se o símbolo da maternidade por representar pureza, amor, caridade, beleza, a força e a resistência das mães.

Anna Lutou para que a data fosse reconhecida pelas autoridades. Dizia "O amor de uma mãe é diariamente novo". Em 1910, teve sua primeira batalha vencida quando o Dia das Mães foi incorporado ao calendário de datas comemorativas de seu estado. Conforme sua sugestão, a festa passou a ser realizada em todos os segundos domingos de maio. Em 1914, a data foi estendida para todos os estados pelo então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson.


No Brasil, o primeiro dia das mães foi realizado pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. "Foi o presidente Getúlio Vargas que oficializou a homenagem às mães brasileiras em 1932", conta a historiadora Yvone Dias Avelino, da PUC de São Paulo. O dia passou a ser comemorado no segundo domingo do mês de maio com os mesmos propósitos: o de valorizar o afeto materno e de reforçar os laços familiares.

História da maternidade

A força da materninade está na concepção, na propagação. Até mesmos os deuses tiveram suas mães. Quando Gaia deu à luz Urano, teve início a toda a linhagem fértil de deuses e deusas da mitologia grega, como conta a escritora inglesa Deborah Jackson no livro Ser Mãe maternidade sem fronteiras (Publifolha; 128 páginas). Assim como a grande deusa iraniana Aditya trouxe ao mundo sete filhos que se transformaram em outras divindades.

A sabedoria de diversos povos sobre o parto e os cuidados com os bebês são abordados neste livro delicioso, repleto de curiosidades sobre a maternidade, envolvendo culturas de todo o mundo. Trata-se de uma narrativa deliciosa, ideal para as mães que não conseguem mais se ver apartadas deste papel tão mágico e cheio de aprendizado.

E o dia dos pais?

A comemoração foi criada novamente por causa do esforço de uma garota americana, Sonora Louise Smart Dodd que, durante uma missa de Dia das Mães, em 1909, quis criar um dia para os pais. Sonora desejava prestar uma homenagem a seu pai, veterano de guerra, viúvo, que criou seis filhos sozinho após o falecimento da esposa. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho de 1910, o dia do aniversário do pai de Sonora. No Brasil, a data foi comemorada pela primeira vez em 14 de agosto de 1953, e depois passou a ser celebrada no segundo domingo do mês de agosto.


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