terça-feira, 26 de abril de 2011

Eterna busca pela felicidade rende as mesmas perguntas e novas respostas

A felicidade é um tema praticamente inesgotável, pois ela se adapta aos avanços do tempo e da sociedade. Não é difícil comprovar isso. O que fazia uma pessoa feliz há 30 anos, provavelmente não surtirá o mesmo efeito em algum jovem da atual classe média paulistana. Pois é, a questão é muito mais embaixo. A definição de felicidade é muito subjetiva, e não varia somente pelos lapsos de tempo, mas de país para país, estado, cidade e educação familiar. Tudo isso junto. E mais um pouco, vale lembrar.

Mesmo assim, uma das características do humano é a eterna busca pela felicidade. E além da alcançada pelos bens materiais, a "temporária", uma no sentido mais amplo também é procurada desde o começo da civilização. Busca-se sua constância, e não momentos fugazes. "Felicidade. Viajamos para procurá-la, casamos esperando segurá-la e nos estressamos ganhando dinheiro para comprá-la. Mas será que realmente a encontramos? E, se isso acontece, será que somos capazes de mantê-la?", questiona Susan Andrews, autora do livro "A Ciência de Ser Feliz".

Jornalista e estudiosa do comportamento humano, Andrews busca elucidar como algumas "metas" estabelecidas, visando a tal da felicidade, na verdade, não são suficientes para sossegar pessoa alguma. Pelo contrário. Alguns ideais, como dinheiro ao monte, perder dez quilos e encontrar o príncipe encantado podem mascarar as reais coisas que deixam você feliz. E mais, não é somente a realização de um desses "desejos" que o fará feliz. É todo um conjunto responsável pelo equilíbrio e o bem-estar.

"Os pesquisadores definem a felicidade como a combinação entre o grau e a frequência de emoções positivas; o nível médio de satisfação que a pessoa obtém durante um longo período; e a ausência de sentimentos negativos, tais como tristeza e raiva. Essa definição marca a felicidade como uma característica estável, e não como uma flutuação momentânea. Logo, a felicidade não é apenas caracterizada como a falta de emoções negativas, mas também com a presença de sentimentos positivos", revela a autora.

"A Ciência de Ser Feliz" se apresenta como um livro muito simpático e interessante, que foge da linguagem de autoajuda, e utiliza estudos psicológicos, neurológicos e antropológicos para fazer comparações e encontrar as melhores definições a respeito do tema. E por mais que o tema sempre faça parte da ciranda, algumas das ideias apresentadas estão aptas a continuarem fazendo sentido pelo menos até a próxima estação.


Folha De Sp