Quem é fumante, ou conhece um, sabe que assim que a comida do prato acaba, é um cigarro que vai à boca. "Após as refeições, pelo aumento da taxa de açúcar no sangue, todos nós temos uma sensação de moleza. Uma vez que a nicotina, assim como a cafeína, é um estimulante do Sistema Nervoso Central, ajuda a eliminar essa sonolência", explica a psiquiatra da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), Analice Gigliotti.
A especialista diz que, depois de ter repetido o ato várias vezes, ficamos condicionados e passamos a não saber mais como fazer uma refeição sem dar uma tragada em seguida. Será, então, que fumar após as refeições torna a digestão mais eficiente?
A resposta é não. A nicotina no sistema digestivo provoca a diminuição da contração do estômago, justamente dificultando a digestão. Entre ele e o esôfago há uma válvula muscular que impede que o líquido estomacal volte para o órgão anterior, o chamado refluxo. Esse músculo é enfraquecido pelo uso contínuo do cigarro, aumentando o contato do ácido gástrico com a mucosa esofágica.
Além disso, o tabaco altera o paladar e induz a produção de ácido clorídrico e facilita a infecção pelas bactérias Helicobacter pylori, causadores da úlcera gástrica. O cigarro ainda estimula a ida de sais biliares do intestino para o estômago, tornando suco gástrico mais nocivo.
Sendo assim, o aparelho digestivo é um dos afetados por algumas das 50 doenças diferentes que o consumo de derivados de tabaco provoca, de acordo com o Ministério da Saúde. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera o tabagismo a principal causa de morte evitável no mundo. São 4,9 milhões de óbitos anuais, ou seja, mais de 10 mil por dia.
Segundo a OMS, cerca de um terço da população mundial adulta, o equivalente a 1,2 bilhão, é fumante. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Especial do Tabagismo, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em torno de 24,6 milhões de brasileiros são fumantes e, deste número, 52,1% deseja parar de fumar.
Substituir o hábito de acender um cigarro depois do almoço por outra técnica que desvie a atenção é um bom começo. "Uma boa dica é o fumante levantar imediatamente da mesa e escovar os dentes", sugere a psiquiatra.
Minha Vida
A especialista diz que, depois de ter repetido o ato várias vezes, ficamos condicionados e passamos a não saber mais como fazer uma refeição sem dar uma tragada em seguida. Será, então, que fumar após as refeições torna a digestão mais eficiente?
A resposta é não. A nicotina no sistema digestivo provoca a diminuição da contração do estômago, justamente dificultando a digestão. Entre ele e o esôfago há uma válvula muscular que impede que o líquido estomacal volte para o órgão anterior, o chamado refluxo. Esse músculo é enfraquecido pelo uso contínuo do cigarro, aumentando o contato do ácido gástrico com a mucosa esofágica.
Além disso, o tabaco altera o paladar e induz a produção de ácido clorídrico e facilita a infecção pelas bactérias Helicobacter pylori, causadores da úlcera gástrica. O cigarro ainda estimula a ida de sais biliares do intestino para o estômago, tornando suco gástrico mais nocivo.
Sendo assim, o aparelho digestivo é um dos afetados por algumas das 50 doenças diferentes que o consumo de derivados de tabaco provoca, de acordo com o Ministério da Saúde. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera o tabagismo a principal causa de morte evitável no mundo. São 4,9 milhões de óbitos anuais, ou seja, mais de 10 mil por dia.
Segundo a OMS, cerca de um terço da população mundial adulta, o equivalente a 1,2 bilhão, é fumante. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Especial do Tabagismo, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em torno de 24,6 milhões de brasileiros são fumantes e, deste número, 52,1% deseja parar de fumar.
Substituir o hábito de acender um cigarro depois do almoço por outra técnica que desvie a atenção é um bom começo. "Uma boa dica é o fumante levantar imediatamente da mesa e escovar os dentes", sugere a psiquiatra.
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