quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mortes por doenças crônicas caem 17% no Brasil entre 1996 e 2007

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (14) mostram que as mortes causadas por doenças crônicas caíram 17% no Brasil, entre 1996 e 2007. No período, a cada 100 mil habitantes, o número de óbitos foi de 569 para 475. Mesmo com a redução, o grupo ainda é a principal causa de morte no país, com 67% do total - foram 705,5 mil vítimas só em 2007. Entre as patologias estão as doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, neoplasias e o diabetes.

As informações constam no "Saúde Brasil 2009", publicação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Doenças cardiovasculares como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) mataram 308 mil pessoas em 2007 e ainda são a principal causa de óbitos no país, com 29,4% do total.

No caso das patologias respiratórias como enfisemas pulmonares e asma, o número de mortes caiu 2,8% ao ano no período considerado pela pesquisa. Para o Ministério da Saúde, o resultado está ligado com a redução no tabagismo no Brasil. Entre 1989 e 2009, o número de fumantes no país caiu de 35% para 16,2%.

O órgão destacou o crescimento de 10% na incidência de diabetes tipo 2 (mellitus). A doença está ligada, principalmente, à obesidade e ao histórico familiar. Segundo o sistema Vigitel, voltado para o monitoramento de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, o número de obesos foi de 11,4% para 13,9% da população brasileira, entre 2006 e 2009.

Queda nas causas parasitárias
A inversão na relação entre doenças crônicas e degenerativas e as parasitárias e infecciosas começou na década de 1980, segundo o Ministério da Saúde. Com as ações de combate a vetores e o desenvolvimento de vacinas, atualmente as doenças infecciosas são apenas a oitava causa de morte no país, com 4,4% dos óbitos.

As regiões Norte e Nordeste respondem por boa parte da queda, já que há trinta anos os percentuais de mortes por causas parasitárias ou infecciosas eram 26% e 21%, respectivamente. Em 2008, esses valores caíram, pela ordem, para 6,5% e 5% dos óbitos.


G1 Saúde