sábado, 25 de setembro de 2010

Livro mostra que poupança e dinheiro também é assunto para as crianças

Falar de dinheiro com as crianças pode parecer difícil. Muitos pais acham que se disserem “não tenho dinheiro” quando os filhos pequenos pedirem algo, eles não vão entender. Mas, segundo a autora do recém-lançado Ganhei um dinheirinho, Cássia D’Aquino, esse tipo de coisa é mito: “a partir do momento em que criança começa a pedir produtos, por volta dos 2 anos e meio, ela já tem noção de que existe o dinheiro e de que as coisas precisam de uma quantia para serem compradas”. Para a consultora em educação financeira, que também é colunista da CRESCER, o momento certo de tocar nesse assunto não são os pais quem decidem, mas sim os próprios filhos, que demonstram quando começam a entender a lógica da compra.

Entre os 2 e os 6 anos, é essencial ser bem claro com os filhos. Dizer “não tenho dinheiro” e depois de alguns minutos tirar algumas notas da carteira confunde e frustra as crianças, explica a autora. O ideal é ser direto. Diga coisas como “não tenho o dinheiro o suficiente para comprar isso” ou “eu não acho que seja a hora ou não acredito que seja bom para você”. A partir dos 7 anos, idade em que elas costumam ganhar uma quantia, seja em forma de mesada ou de dinheiro dado esporadicamente por familiares, é hora de falar em poupança. E foi por essa razão que surgiu o Ganhei um dinheirinho, terceiro livro de Cássia D’Aquino. A idéia é, nas palavras da autora, “facilitar a comunicação entre pais e filhos sobre poupança”.

Na obra, feita em linguagem simples, há desde a importância de fazer escolhas certas (com o que gastar o seu dinheiro) até a maneira de economizar para poder doar uma quantia. O fundamental é que a criança entenda que o dinheiro não é a coisa mais importante do mundo, mas que deve ser administrado da melhor maneira possível.

Entre as dicas para poupar está a de dividir todo o dinheiro recebido em dois envelopes, um em que esteja escrito “gastar” e outro “poupar”. “Educação financeira é um processo de longo prazo, mas os pais devem incentivar que seus filhos lidem bem com valores desde a infância”, conclui Cássia.


[ Crescer ]