domingo, 8 de agosto de 2010

Relatos de mães que optaram por diferentes tipos de partos

A modelo Gisele Bündchen durante entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, em janeiro, declarou que queria estar totalmente consciente e presente durante o parto. Ela teve o filho Benjamin na banheira de sua casa, nos Estados Unidos, e diz que não sentiu dor, "porque estava o tempo todo focada". "Eu fiz bastante preparo. Fazia ioga antes do parto. Fazia meditação. Então, consegui ter um parto supertranquilo em casa", disse a top, ao acrescentar que queria estar consciente do que estava acontecendo. Confira abaixo três depoimentos de mães que escolheram o tipo de parto e seus resultados.

Caminhei muito para poder ter parto normal
"Tive uma gravidez muito tranqüila, engordei apenas 8 kg e mantive minha rotina normal. A única mudança é que acabei comprando um carro em vez de ir trabalhar de ônibus e metrô, até para ter o veículo depois e poder levar o bebê ao berçário na volta ao trabalho. Nas últimas semanas, meu médico apenas me proibiu de dirigir para evitar problemas no caso de um acidente. Estava próximo de completar 40 semanas de gravidez e ele me disse que caso o bebê não nascesse, seria recomendável fazer parto via cesariana. Entrei em pânico. Ele então sugeriu que eu não ficasse parada, caminhasse bastante. Levei a recomendação à risca. Comecei a caminhar muito, mas muito mesmo. E um dia andei da avenida Paulista, na altura do Masp, até a minha casa na avenida Ibirapuera. Depois de mais de duas horas caminhando, não aguentei e pedi para meu marido ir me buscar. Mas deu certo. Uma semana depois, comecei a sentir dores nas costas e já fiquei em alerta. Cheguei ao hospital com 3 cm de dilatação e o processo todo demorou oito horas. Fui decidida a não tomar anestesia pois queria sentir as dores do parto. Imagina. Logo estava implorando por uma anestesia. Recebi rack e peridural, mas ainda foi a pior dor que eu senti na minha vida." Melissa Neto, 27 anos, artista plástica

Sempre quis cesárea
"Sempre tive comigo que faria cesárea. Quando engravidei, meu médico me perguntou como queria o parto, disse como preferia e ele concordou. Achei bom ele aprovar e não ter me aconselhado a mudar. Jamais ficaria sentindo dores esperando o bebê nascer. Meu médico me orientou que o parto poderia ser marcado a partir da 38ª semana, então marquei da data. No dia fui ao cabeleireiro, fiz depilação, e fui para o hospital e lá estava todo mundo. Achei incrível, prático e seguro. Senti dores um dia após a operação e senti coceira por causa da reação ao anestésico. Faria tudo de novo. Não correria riscos num parto normal. Tenho medo de histórias de bebês que nascem com cordão enrolado no pescoço entre outras coisas." Priscilla Cibelles de Carvalho Amaral, 34, dentista

Queria parto normal, mas fiz cesárea
"Quando engravidei, decidi pelo parto normal, pois acredito que os bebês devem nascer quando for a hora. Nunca concordei com mulheres que agendavam o nascimento dos filhos. Até porque sonhava com o elemento surpresa, com a bolsa estourando e com uma saída de madrugada para a maternidade. Quando estava com 38 semanas de gestação, comecei a sentir contrações e fui para a maternidade. Fui feliz da vida e disposta a agüentar as dores. O tempo foi passando e minha dilatação estava lenta. Até que depois de cinco horas, meu médico aconselhou partir para a cesárea, pois não apresentava dilatação. Concordei, pois não queria que nada de ruim acontecesse ao bebê. Mas fui para a sala de operações muito nervosa e a sensação da agulha na coluna para a anestesia me deixou ainda mais tensa. Fiquei enjoada e estava morrendo de medo que algo desse errado. Me odiei por não ter conseguido ter meu filho via parto normal. No fim, minha filha estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço e a cesárea foi uma boa escolha, mas pretendo engravidar novamente e vou me preparar para dar à luz normalmente." Patrícia Souza, 28, administradora. Terra Saúde