quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nutrição na Gestação

A gravidez é o período em que a mulher tem a maior demanda nutricional da vida. Ela necessita de nutrientes suficientes a cada dia a fim de manter o crescimento saudável do bebê e nutrir seu próprio corpo. Todo suprimento alimentar que esse bebê precisa virá da mãe, seja dos alimentos que ingerir ou dos suplementos que façam parte da sua dieta.

A necessidade de alguns nutrientes aumenta durante a gravidez, pois participam da formação e crescimento do feto, principalmente o cálcio, fósforo, vitamina D, ferro, vitaminas e minerais em geral.

Proteínas: carne, peixe, aves, leite e derivados e ovos, podendo ser consumidos em várias porções ao dia. Carnes são ricas em ferro, vitamina B12 e zinco, essenciais ao crescimento do feto e à boa resistência física da mãe.

Carboidratos: arroz integral, milho verde, polenta, aveia, pão e biscoitos integrais são fontes de vitaminas do complexo B. Suprem as necessidades energéticas, porém quando ingeridos acima da quantidade normal, provocam ganho de peso excessivo. São representados por dois grupos: os açúcares e os amidos.

Leguminosas: feijão branco, preto, fradinho e azuki, lentilha, grão de bico, ervilha e fava são ricos em aminoácidos e ferro. Soja e seus produtos (tofu, missô, carne de soja) são grandes fontes de aminoácidos essenciais, vitaminas do complexo B e cálcio.

Verduras, legumes e frutas: ajudam no bom funcionamento do organismo. O ideal é consumi-los na forma crua ou cozinhá-los com casca e pouca água para que não se percam as vitaminas e as fibras.

O ganho de peso ideal na gestação está relacionado ao peso pré-gestacional. Se a mulher tiver baixo peso pré-gestacional, pode ganhar até 18 kilos. Com peso pré-gestacional normal, pode ganhar até 16 kilos. Com sobrepeso pré-gestacional, pode ganhar até 11,5 kilos. Com obesidade pré-gestacional, pode ganhar até 6 kilos.

Em todos os casos, deve-se ter uma dieta balanceada. Porém, a quantidade de calorias diárias necessárias é calculada a partir do peso ideal pré-gestacional. Por isso, essa quantidade é individual.

O que deve ser evitado:

Cafeína: afeta a freqüência cardíaca e pode ser prejudicial para o feto; são exemplos: café, chá-preto, mate e refrigerantes;

Alimentos com odores e sabores fortes: pimenta, pimentão e excesso de alho provocam a sensação de queimação e ardência;

Bebidas gasosas: produzem gases e desconforto;

Frituras e excesso de gorduras e açúcares na alimentação: provocam fermentação no estômago, além de obesidade.

Recomendações Gerais:

Comer devagar mastigar bem os alimentos;

Se náuseas e/ou vômitos, fracionar as refeições, fazendo de cinco a seis pequenas refeições, o que contribui para melhorar o mal-estar;

Ingerir fibras para auxiliar na digestão (saladas, frutas e legumes);

Consumir em média três frutas ao dia, variando os tipos, dando preferência àquelas que tenham mais vitamina C;

Optar pelos grãos integrais (aveia, arroz integral, gérmen de trigo, farinha integral), pois são ricos em nutrientes e fibras;

Beber bastante líquido ao longo do dia (em torno de 2 a 3 litros por dia).
Estas recomendações só terão validade se a gestante estiver em acompanhamento pré-natal por um obstetra de sua confiança, já que cada paciente tem necessidades diferentes nesse período tão importante de sua vida.