Rejuvenescimento depende do equilíbrio entre radicais livres e antioxidantes

Perder o entusiasmo causa rugas na alma". Começo com esta frase que, para mim, tem muitos significados. Rugas, rítides, pregas, sulcos, flacidez, enfim envelhecer é o que tememos. Mas, envelhecer é um processo natural pelo qual todos nós passamos, a cada dia, a cada hora e a cada minuto. Apesar disso, lutamos incansavelmente contra a natureza, buscando nos manter jovens eternamente. E, o que significa nos "mantermos jovens"?

Para a dermatologia, rejuvenescer é tornar a pele mais bonita, com mais vida, mais viçosa, mais firme, com a textura mais homogênea, sem manchas. Eu acredito que a beleza da pele seja reflexo do equilíbrio interno. Assim, rejuvenescer, para mim, quer dizer reequilibrar-se. A pele é o único órgão que sofre dois processos de envelhecimento, um intrínseco, determinado geneticamente, causado por fatores internos, e outro extrínseco, causado por fatores externos. Destes, os principais são o sol e o tabagismo. Portanto, para adiarmos o processo extrínseco, cuidados, como evitar a fotoexposição e o hábito do tabagismo, ajudam bastante.

Quando falo em equilíbrio interno quero dizer um balanço positivo entre os radicais livres e os antioxidantes. Os radicais livres são moléculas continuamente produzidas pelas nossas células através de processos metabólicos, e que devem ser "neutralizadas" pelos antioxidantes, que, uma vez que "desintoxicam" nosso organismo dos radicais livres, são também chamados de "nutrientes antienvelhecimento".

Esses são exemplificados pelas vitaminas C, E, betacaroteno, licopeno, entre outros, encontrados nas frutas, legumes e verduras. Assim, uma alimentação rica em vegetais é uma das formas de evitar o envelhecimento precoce, além de nos proteger de inúmeras doenças decorrentes do envelhecimento.

Às vezes, mesmo com uma dieta balanceada, a pele mostra-se ressecada, envelhecida, flácida, os cabelos caem e as unhas ficam frágeis e descamativas. Isto ocorre quando produzimos radicais livres que ultrapassam nossa capacidade de neutralização pelos antioxidantes. É um exemplo clássico de estresse orgânico. Nestes casos, além de uma dieta balanceada, é necessária a utilização de suplementos vitamínicos para tentar compensar a produção exagerada dos radicais livres.

Um grande estresse emocional, uma sobrecarga de atividades físicas, uma sobrecarga emocional, a ansiedade, depressão, enfim, tudo isso pode levar a um estado chamado de estresse orgânico. Tudo depende de como lidamos com nossas emoções e com as situações de estresse que somos expostos.

A energia vital, o entusiasmo, a disposição, o pensamento positivo nos levam adiante SEMPRE!
Assim, antes de cuidarmos das nossas rugas precisamos evitar o envelhecimento das nossas almas!

Dra Cristiane Braga
Especialidade: Dermatologia