sábado, 3 de setembro de 2011

Ajude seu filho contra o bullying



Problema que acontece principalmente na adolescência, o bullying está cada vez mais conquistando visibilidade com a mídia e virando alvo de atenção na sociedade. Nessa fase, os jovens lutam pela inserção social e, com isso, também surgem situações de exclusão e preconceitos.
Num momento em que eles estão passando por grandes mudanças, os adolescentes se tornam alvos fáceis de provocação e insegurança. Segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo, 20% das dúvidas psicológicas que chegam ao Disk-Adolescente estão relacionadas ao bullying. Você já perguntou ao seu filho se ele já passou por isso?

O que é?

O termo bullying tem origem na língua inglesa e se refere a todo e qualquer ato de violência psicológica ou física, cometido por um ou mais indivíduos contra outra pessoa, sem possibilidade de defesa, com a intenção de intimidá-la ou agredi-la.
“O bullying, principalmente no ambiente escolar, é extremamente prejudicial para o desenvolvimento dos adolescentes, podendo inclusive criar traumas e problemas psicológicos graves que necessitem de acompanhamento médico”, diz Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria.

Como saber se seu filho é vítima
Mônica Paoletti, terapeuta corporal do programa do adolescente, aponta que o principal local onde acontecem os casos de bullying é na escola. “O sinal mais evidente é quando o adolescente não quer ir mais a escola e não diz o motivo”, aponta.
Seja objetivo ao falar com seu filho sobre esse assunto. Segundo a terapeuta, é importante deixá-lo mais à vontade para que ele não tenha medo de procurar ajuda. “É importante promover o diálogo para criar um interesse geral em relação à vida dos filhos. Com isso, quando ele passar por uma situação de bullying, se sentirá a vontade de falar sobre isso com seus pais.”
Se identificar o problema, a escola deve ser notificada o quanto antes. “Nunca deve-se aconselhar as vítimas de bullying a revidarem a agressão”, aconselha Mônica. O indicado é que os pais busquem discutir o assunto junto às instituições de ensino.

O que fazer quando seu filho é o agressor?

“Essa é uma questão que envolve a família como um todo,” enfatiza a terapeuta. Caso os pais percebam que seus filhos estão praticando o bullying, é necessário rever os padrões de relacionamento da família e até mesmo procurar a ajuda de um profissional. “O adolescente é um resultado de forças que interagem em um grupo familiar, por isso, é importante haver respeito e acolhimento”, diz Mônica.
A criança ou jovem que pratica esse tipo de ação merece uma atenção especial. É preciso que se entenda o que o motiva a tal agressão e então a família poderá unir forças para erradicar o problema. Essa preocupação não ajudará só o agressor, mas também irá aliviar as vítimas que sofrem com a prática.

Larissa Faria, Mônica Paoletti, terapeuta corporal do programa do adolescente. Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente.