Estamos nas primeiras semanas do ano de 2011, ainda ouvimos dos colegas o "Feliz Ano Novo" tão frequente nestas épocas. É um período no qual, geralmente, as pessoas estão mais otimistas ou pelo menos se esforçam para isso, fazendo planos, recapitulando metas, olhando para os erros do ano passado e pensando em promover mudanças para o ano que se inicia. Mas e quando surge o inesperado e nada do que foi planejado é passível de acontecer? Devemos abandonar todas nossas metas ou adaptá-las?
Estamos assistindo a uma das tragédias de maiores proporções que nosso país já vivenciou, com o acontecimento das chuvas e as, centenas de mortes na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Compartilhamos através das lentes da TV o sofrimento de pessoas que perderam tudo, de bens materiais a amigos, vizinhos, famílias inteiras e porque não dizer que estas pessoas perderam, inclusive, a própria origem?
Ouvimos falar de reconstrução: quanto se gastará para refazer as cidades, os bairros, as ruas, as casas...O que não deixa de ser importante, mas, e emocionalmente? Quanto se gastará para superar tais perdas? Qual o custo emocional para se recuperar diante de tal tragédia? Podemos falar de superação?
Entendemos que quando uma pessoa passa por um período dede luto, uma série de mudanças emocionais deve acontecer para que ela possa reestruturar a sua vida sem o que perdeu, seja um bem material ou um ente querido. Hábitos e pensamentos que foram construídos precisam ser revistos e modificados, alterando, inclusive, a visão de mundo desta pessoa. É o que chamamos de Transição Psicossocial. A pessoa precisa abandonar hábitos antes comuns e desenvolver novos em seu lugar.
Todo este processo demanda muita força emocional e gera um grande sofrimento, porque as pessoas submersas em suas dores não conseguem se desvincular do passado sem resistências, pois estão desarticuladas e desorganizadas psiquicamente. Por isso, elas precisam de apoio e proteção diante do desamparo que estão vivendo. Somente quando puderem sentir um pouco de confiança, poderão assumir tais mudanças e conviver com a nova realidade.
Não havendo este tipo de cuidado, elas poderão sofrer comprometimentos em sua saúde mental, desenvolvendo transtornos como, por exemplo, a depressão.
A catástrofe no Rio de Janeiro foi de grande proporção, resultando em perdas de diferentes âmbitos (pessoal, material) e na qual as vítimas participaram de um cenário de enorme destruição, sendo telespectadoras involuntárias de cenas terríveis. Neste caso, podemos pensar, também, em consequências psíquicas como o transtorno de estresse pós- traumático. Este transtorno acomete pessoas que vivenciaram grande situação de trauma e cuja memória sobre o fato, passa a ser limitante e incapacitante.
Diante destas informações percebemos que no momento inicial da pós-perda, a necessidade primária da pessoa que passa pelo luto é de apoio pessoal, acolhimento e aceitação. Tendo alguém que possa desempenhar este papel, sobretudo, que seja do convívio da pessoa, melhores serão os resultados no sentido da elaboração do luto.
Se você conhece alguém que está passando por uma situação de perda, mostre-se disposto a ajudá-la e aceitar essa nova realidade.
Minha Vida
Estamos assistindo a uma das tragédias de maiores proporções que nosso país já vivenciou, com o acontecimento das chuvas e as, centenas de mortes na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Compartilhamos através das lentes da TV o sofrimento de pessoas que perderam tudo, de bens materiais a amigos, vizinhos, famílias inteiras e porque não dizer que estas pessoas perderam, inclusive, a própria origem?
Ouvimos falar de reconstrução: quanto se gastará para refazer as cidades, os bairros, as ruas, as casas...O que não deixa de ser importante, mas, e emocionalmente? Quanto se gastará para superar tais perdas? Qual o custo emocional para se recuperar diante de tal tragédia? Podemos falar de superação?
Entendemos que quando uma pessoa passa por um período dede luto, uma série de mudanças emocionais deve acontecer para que ela possa reestruturar a sua vida sem o que perdeu, seja um bem material ou um ente querido. Hábitos e pensamentos que foram construídos precisam ser revistos e modificados, alterando, inclusive, a visão de mundo desta pessoa. É o que chamamos de Transição Psicossocial. A pessoa precisa abandonar hábitos antes comuns e desenvolver novos em seu lugar.
Todo este processo demanda muita força emocional e gera um grande sofrimento, porque as pessoas submersas em suas dores não conseguem se desvincular do passado sem resistências, pois estão desarticuladas e desorganizadas psiquicamente. Por isso, elas precisam de apoio e proteção diante do desamparo que estão vivendo. Somente quando puderem sentir um pouco de confiança, poderão assumir tais mudanças e conviver com a nova realidade.
Não havendo este tipo de cuidado, elas poderão sofrer comprometimentos em sua saúde mental, desenvolvendo transtornos como, por exemplo, a depressão.
A catástrofe no Rio de Janeiro foi de grande proporção, resultando em perdas de diferentes âmbitos (pessoal, material) e na qual as vítimas participaram de um cenário de enorme destruição, sendo telespectadoras involuntárias de cenas terríveis. Neste caso, podemos pensar, também, em consequências psíquicas como o transtorno de estresse pós- traumático. Este transtorno acomete pessoas que vivenciaram grande situação de trauma e cuja memória sobre o fato, passa a ser limitante e incapacitante.
Diante destas informações percebemos que no momento inicial da pós-perda, a necessidade primária da pessoa que passa pelo luto é de apoio pessoal, acolhimento e aceitação. Tendo alguém que possa desempenhar este papel, sobretudo, que seja do convívio da pessoa, melhores serão os resultados no sentido da elaboração do luto.
Se você conhece alguém que está passando por uma situação de perda, mostre-se disposto a ajudá-la e aceitar essa nova realidade.
Minha Vida