A obesidade é uma das doenças nutricionais que mais cresce no mundo. Este mal vem acometendo cada vez mais as crianças. Calcula-se que aproximadamente de 20 a 25% das crianças brasileiras apresentem excesso de peso na faixa etária entre 7 e 14 anos. Esse aumento deve-se ao sedentarismo e ao maior consumo de alimentos ricos em carboidratos refinados e gorduras, tais como os fast foods.
A alimentação infantil inicia-se no nascimento da criança, quando a mãe começa a amamentação. O aleitamento materno é a melhor e mais completa alimentação para o bebê nos primeiros 6 meses de vida.
Eduque o paladar da criança, oferecendo alimentos naturais, como frutas ou sucos, de preferência orgânicos. Nunca adoce os sucos de frutas, pois seu sabor verdadeiro é, sem dúvida, mais saudável.
"Horários e rotina para a alimentação são fundamentais. A criança deve se alimentar em lugar calmo, arejado e limpo"Ofereça mais verduras e legumes. O cardápio deve ser diversificado, equilibrado, incluindo preparações criativas e de boa aceitação. Se a criança rejeitar o alimento, a sugestão é insistir, através de outra forma de preparação, como cremes, sopas ou suflês.
Horários e rotina para a alimentação são fundamentais. A criança deve se alimentar em lugar calmo, arejado e limpo. A alimentação feita de forma rápida, com barulho e em frente à televisão contribui para ela comer muito mais que o necessário, de maneira pouco prazerosa e sem degustar devidamente os alimentos. Brincadeiras ligadas ao computador e ao videogame são mais um fator contribuinte para a questão da obesidade infantil.
Pais devem ser exemplos. Não adianta os pais estarem com o prato cheio de "porcarias" e insistir para que a criança coma saladas. A escola também tem a obrigação e o dever de oferecer merendas saudáveis, fortalecendo a atitude de proibição da venda de produtos prejudiciais nas suas cantinas. Opte sempre por biscoitos integrais, frutas secas e barras de cereais na hora da merenda
Guloseimas, salgadinhos, bolachas e doces são ainda considerados o carro chefe da alimentação infantil. As quantidades exageradas de calorias somadas a poucos nutrientes e substâncias químicas prejudiciais geram uma combinação extremamente nociva.
Na realidade, estes não precisam ser completamente abolidos, desde que respeitando os seus devidos limites. A criança pode, por exemplo, comer um chocolate como sobremesa, mas, no dia seguinte, deve sempre comer uma fruta. É fundamental conversar com ela e chegar a um "acordo".
Estimular atividades físicas é também muito importante, desde que obedeça ao gosto da criança, descobrindo qual a sua atividade de sua preferência e incentivando-lhe.
A reeducação alimentar deve envolver a família, e também a presença de um acompanhamento psicológico, para que o "gordinho" de hoje possa ser, amanhã, um adulto esbelto e feliz.
Flávia Morais