sábado, 20 de março de 2010

Hormônio do apetite protege contra males como Alzheimer

Altos níveis de leptina, hormônio produzido no cérebro que controla o apetite e o peso, estão associados a baixa incidência da doença de Alzheimer e outras demências, segundo um estudo da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. Publicada no Jornal of the American Medical Association, a pesquisa acompanhou por 12 anos mais de 900 idosos. Os níveis mais elevados do hormônio foram observados em pessoas com maior volume cerebral e menor tamanho do corno temporal (que é inversamente proporcional ao volume do hipocampo, área ligada à memória). Nesse grupo, a incidência de demências foi mais baixa. Essa constatação se soma a outras que já mostraram que a leptina reduz a concentração cerebral da proteína beta-amiloide, principal componente das placas que se formam na doença de Alzheimer. Para os pesquisadores, o estudo abre mais uma perspectiva terapêutica para distúrbios que afetam cada vez mais os idosos. Novas pesquisas serão realizadas para entender a relação entre a leptina, as demências e o comportamento a alimentar.
Mente e Cérebro