A polêmica das câmaras de bronzeamento artificial continua. Depois de terem sido vetadas pela Anvisa, em novembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 4ª região, no Rio Grande do Sul, concedeu, nesta semana, uma liminar liberando o uso do equipamento para os estabelecimentos filiados à Associação Brasileira de Bronzeamento Artificial (ABBA). A medida fez com que muita gente fizesse fila por uma sessão nos estabelecimentos onde o uso foi retomado.
A Anvisa proibiu o aparelho tanto para a comercialização quanto para uso pessoal, baseando-se em pesquisas da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer. As pesquisas apontam que pessoas com menos dos 35 anos, que se expõem ao bronzeamento artificial destas câmaras correm 75% mais riscos de desenvolver câncer de pele.
De acordo com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, a norma da não-utilização das câmaras continua valendo para todo o país. "Algumas liminares liberaram o uso, mas estamos recorrendo e, em alguns casos, já conseguimos reverter", explica. "As câmaras não trazem nenhum benefício para a saúde". O equipamento funciona como um sol artificial, que emite raios UVA, estimulando a produção de melanina, que produzem pigmentação e conferem o aspecto bronzeado à pele. Caso as câmaras voltem mesmo à ativa, fique atento às verdades e mentiras com relação ao assunto.
Pode causar câncer de pele.
Verdade. Estudos da OMS afirmam que a exposição às lâmpadas UVA aumenta em 75% os riscos do desenvolvimento de melanoma, tipo mais grave de câncer de pele, por meio de danos às células da pele. "Em geral, quem está habituado a fazer bronzeamento artificial também gosta de se expor ao sol, o que danifica ainda mais as células da pele", explica Meire Brasil Parada, dermatologista colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Unifesp (SP). Outro erro que eleva os riscos é não fazer uso de filtro solar ao usar as câmaras.
Conserva a pele hidratada.
Mito. De acordo com a especialista, a luz promove atrofia das células, diminuindo a hidratação da pele e aumentando a perda de água. "Além disso, a exposição danifica o colágeno, fazendo a pele perder a elasticidade e o tônus", completa.
Causa envelhecimento precoce da pele.
Verdade. A falta de hidratação, as células danificadas, o colágeno destruído e a perda de elasticidade fazem com que a pele fique envelhecida, surgindo rugas precoces.
30 minutos de câmara equivalem a 30 minutos de exposição ao sol.
Mito. De acordo com a dermatologista, 10 minutos em uma câmara de bronzeamento artificial são equivalentes a cinco vezes o mesmo tempo de exposição solar em um dia quente, no horário de radiação solar intensa.
Falta de controle do tempo pode causar queimaduras.
Verdade. Existe um teste para determinar o tempo de exposição à luz chamado DEM (Dose Eritematosa Mínima). O teste verifica qual a quantidade de exposição à luz para a pele ficar vermelha. Uma câmara que funciona em condições normais e com supervisão não pode provocar queimaduras. "É a radiação UVB e não a UVA a principal responsável por queimaduras solares", explica Carla Albuquerque, dermatologista e especialista do MinhaVida. "No entanto, como não existe uma regulamentação rígida que controle a fabricação e fiscalização destas máquinas, pouco se pode dizer da credibilidade desta fonte de emissão luminosa", completa a especialista.
O uso de medicamentos não influencia o uso da câmara.
Mito. De acordo com Carla Albuquerque, há medicamentos que são fotossensibilizantes e, na presença de radiação ultravioleta, podem causar reações graves na pele. "Piroxicam, tetraciclinas, prometazina e griseofulvina são alguns exemplos", afirma.
Visão pode ser afetada.
Verdade. Segundo a especialista do MinhaVida, a ausência de proteção adequada na exposição à radiação ultravioleta causa danos oculares, como ceratires, pterígio, catarata precoce e até envelhecimento precoce do epitélio da retina.
É o método de bronzeamento artificial que mais prejudica a saúde da pele.
Verdade. Por não deixar a pele vermelha, a radiação solar concentrada das câmaras de bronzeamento apresenta uma falsa sensação de "bronze seguro". "Sem ficar vermelha, fica difícil de saber a hora que a exposição está excessiva", explica Carla. A dermatologista aconselha o uso de autobronzeadores, que possuem o composto dihidroxiacetona, responsável pela coloração da camada córnea, área mais superficial da pele. "Vale lembrar que eles não conferem nenhuma proteção extra à pele e o filtro solar não deve ser dispensado quando houver exposição solar", alerta a especialista. Msn
A Anvisa proibiu o aparelho tanto para a comercialização quanto para uso pessoal, baseando-se em pesquisas da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer. As pesquisas apontam que pessoas com menos dos 35 anos, que se expõem ao bronzeamento artificial destas câmaras correm 75% mais riscos de desenvolver câncer de pele.
De acordo com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, a norma da não-utilização das câmaras continua valendo para todo o país. "Algumas liminares liberaram o uso, mas estamos recorrendo e, em alguns casos, já conseguimos reverter", explica. "As câmaras não trazem nenhum benefício para a saúde". O equipamento funciona como um sol artificial, que emite raios UVA, estimulando a produção de melanina, que produzem pigmentação e conferem o aspecto bronzeado à pele. Caso as câmaras voltem mesmo à ativa, fique atento às verdades e mentiras com relação ao assunto.
Pode causar câncer de pele.
Verdade. Estudos da OMS afirmam que a exposição às lâmpadas UVA aumenta em 75% os riscos do desenvolvimento de melanoma, tipo mais grave de câncer de pele, por meio de danos às células da pele. "Em geral, quem está habituado a fazer bronzeamento artificial também gosta de se expor ao sol, o que danifica ainda mais as células da pele", explica Meire Brasil Parada, dermatologista colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Unifesp (SP). Outro erro que eleva os riscos é não fazer uso de filtro solar ao usar as câmaras.
Conserva a pele hidratada.
Mito. De acordo com a especialista, a luz promove atrofia das células, diminuindo a hidratação da pele e aumentando a perda de água. "Além disso, a exposição danifica o colágeno, fazendo a pele perder a elasticidade e o tônus", completa.
Causa envelhecimento precoce da pele.
Verdade. A falta de hidratação, as células danificadas, o colágeno destruído e a perda de elasticidade fazem com que a pele fique envelhecida, surgindo rugas precoces.
30 minutos de câmara equivalem a 30 minutos de exposição ao sol.
Mito. De acordo com a dermatologista, 10 minutos em uma câmara de bronzeamento artificial são equivalentes a cinco vezes o mesmo tempo de exposição solar em um dia quente, no horário de radiação solar intensa.
Falta de controle do tempo pode causar queimaduras.
Verdade. Existe um teste para determinar o tempo de exposição à luz chamado DEM (Dose Eritematosa Mínima). O teste verifica qual a quantidade de exposição à luz para a pele ficar vermelha. Uma câmara que funciona em condições normais e com supervisão não pode provocar queimaduras. "É a radiação UVB e não a UVA a principal responsável por queimaduras solares", explica Carla Albuquerque, dermatologista e especialista do MinhaVida. "No entanto, como não existe uma regulamentação rígida que controle a fabricação e fiscalização destas máquinas, pouco se pode dizer da credibilidade desta fonte de emissão luminosa", completa a especialista.
O uso de medicamentos não influencia o uso da câmara.
Mito. De acordo com Carla Albuquerque, há medicamentos que são fotossensibilizantes e, na presença de radiação ultravioleta, podem causar reações graves na pele. "Piroxicam, tetraciclinas, prometazina e griseofulvina são alguns exemplos", afirma.
Visão pode ser afetada.
Verdade. Segundo a especialista do MinhaVida, a ausência de proteção adequada na exposição à radiação ultravioleta causa danos oculares, como ceratires, pterígio, catarata precoce e até envelhecimento precoce do epitélio da retina.
É o método de bronzeamento artificial que mais prejudica a saúde da pele.
Verdade. Por não deixar a pele vermelha, a radiação solar concentrada das câmaras de bronzeamento apresenta uma falsa sensação de "bronze seguro". "Sem ficar vermelha, fica difícil de saber a hora que a exposição está excessiva", explica Carla. A dermatologista aconselha o uso de autobronzeadores, que possuem o composto dihidroxiacetona, responsável pela coloração da camada córnea, área mais superficial da pele. "Vale lembrar que eles não conferem nenhuma proteção extra à pele e o filtro solar não deve ser dispensado quando houver exposição solar", alerta a especialista. Msn