Batons, brilhos e blush podem ser uma brincadeira, mas precisam de limite. Produtos impróprios para menores fazem mais do que apenas borrar o rosto infantil.
A paulistana Gabriela Caruso, do alto de seus 3 anos e meio, já é uma moça. Pelo menos, é o que ela acha. Adora brincos, colares e anéis. Escolhe roupas e sapatos. Bonecas? Só as de luxo. Agora, quer vê-la realmente feliz? Entregue em suas pequeninas mãos um brilho labial!
O frenesi em torno das maquiagens não é privilégio de nossa esfuziante personagem, retratada na página ao lado. É o máximo para qualquer garota. O problema é quando a brincadeira e a curiosidade dão lugar à necessidade cotidiana de se pintar, expondo a frágil pele da criança a substâncias químicas nem tão inofensivas assim para ela.
O que fazer? Um cuidado importante é prestar atenção na frequência com que a filha brinca de maquiagem. “De vez em quando, ir a uma festinha toda pintada é divertido. Mas, se o uso desses produtos de beleza passa a ser constante, há alguns riscos”, avisa o pediatra e toxicologista Sérgio Graff, de São Paulo. O perigo é maior quando a criança utiliza maquiagens que vêm em brinquedos e os cosméticos da mãe. “Os produtos podem ser hipoalergênicos para a pele da mãe, mas isso não significa que serão seguros para a da menina”, alerta Graff.
Na prática, o que os especialistas recomendam é: se for para a criança se maquiar, vale a pena investir em kits infantis certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O problema de usar qualquer substância no rosto dos pequenos é que a pele deles, imatura e fina, tem uma absorção maior. “A camada de gordura, a penugem e a pigmentação ainda estão em formação. Soma-se a isso a falta de imunidade dos mais jovens frente a corpos estranhos”, resume a dermatologista Ana Mósca, do Rio de Janeiro. “Há casos de crianças com alergias, irritações e até queimaduras químicas por causa do uso indevido de maquiagens.”
A mãe da pequena Gabi, a psicopedagoga Juliana Caruso, não estimula a filha a usar maquiagem, principalmente fora de casa, mas tomou algumas medidas para a segurança da criança: “Eu mesma passei a usar brilhos e batons infantis para não correr o risco de a Gabi pegar o que não deve na minha bolsa”.
Antes que os pais se desesperem, os especialistas lembram que um pouquinho de maquiagem hipoalergênica, vez ou outra, costuma ser inerte. Na verdade, o que mais preocupa são os aspectos emocionais. “Entre 3 e 5 anos, a menina se projeta na mãe e quer se produzir como ela. Isso é normal. O que não é normal é a filha pular a fase infantil e se tornar algo que não é”, alerta a médica Ana Mósca. Fique atento se é o caso e, na dúvida, procure ajuda especializada. Saúde Vital
A paulistana Gabriela Caruso, do alto de seus 3 anos e meio, já é uma moça. Pelo menos, é o que ela acha. Adora brincos, colares e anéis. Escolhe roupas e sapatos. Bonecas? Só as de luxo. Agora, quer vê-la realmente feliz? Entregue em suas pequeninas mãos um brilho labial!
O frenesi em torno das maquiagens não é privilégio de nossa esfuziante personagem, retratada na página ao lado. É o máximo para qualquer garota. O problema é quando a brincadeira e a curiosidade dão lugar à necessidade cotidiana de se pintar, expondo a frágil pele da criança a substâncias químicas nem tão inofensivas assim para ela.
O que fazer? Um cuidado importante é prestar atenção na frequência com que a filha brinca de maquiagem. “De vez em quando, ir a uma festinha toda pintada é divertido. Mas, se o uso desses produtos de beleza passa a ser constante, há alguns riscos”, avisa o pediatra e toxicologista Sérgio Graff, de São Paulo. O perigo é maior quando a criança utiliza maquiagens que vêm em brinquedos e os cosméticos da mãe. “Os produtos podem ser hipoalergênicos para a pele da mãe, mas isso não significa que serão seguros para a da menina”, alerta Graff.
Na prática, o que os especialistas recomendam é: se for para a criança se maquiar, vale a pena investir em kits infantis certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O problema de usar qualquer substância no rosto dos pequenos é que a pele deles, imatura e fina, tem uma absorção maior. “A camada de gordura, a penugem e a pigmentação ainda estão em formação. Soma-se a isso a falta de imunidade dos mais jovens frente a corpos estranhos”, resume a dermatologista Ana Mósca, do Rio de Janeiro. “Há casos de crianças com alergias, irritações e até queimaduras químicas por causa do uso indevido de maquiagens.”
A mãe da pequena Gabi, a psicopedagoga Juliana Caruso, não estimula a filha a usar maquiagem, principalmente fora de casa, mas tomou algumas medidas para a segurança da criança: “Eu mesma passei a usar brilhos e batons infantis para não correr o risco de a Gabi pegar o que não deve na minha bolsa”.
Antes que os pais se desesperem, os especialistas lembram que um pouquinho de maquiagem hipoalergênica, vez ou outra, costuma ser inerte. Na verdade, o que mais preocupa são os aspectos emocionais. “Entre 3 e 5 anos, a menina se projeta na mãe e quer se produzir como ela. Isso é normal. O que não é normal é a filha pular a fase infantil e se tornar algo que não é”, alerta a médica Ana Mósca. Fique atento se é o caso e, na dúvida, procure ajuda especializada. Saúde Vital