No balcão da sorveteria, desde o mês passado, é possível escutar pedidos do tipo: “Por favor, duas bolas do contra cãibra”. Ou então, “me vê o sorvete bom para o coração?”. Outra proposta possível de preparar com as novidades do cardápio é a “Banana Split ideal para manter o bronzeado”. A explicação para os sabores descritos acima é simples, criativa e foi batizada como sorvete terapêutico.
A invenção é da Taperebá, empresa que já apostava em versões de sorvete feitas com frutas exóticas da Amazônia e agora lançou a cartela focada em prevenção de saúde e melhora do bem-estar. “Não temos a pretensão de transformar as sorveterias e restaurantes clientes em hospitais, este não é o foco”, vai logo avisando o sócio-proprietário da fabricante, Rogério Hamam. “A proposta é agregar ingredientes ao sorvete que contribuam com a melhora da qualidade de vida das pessoas”.
Foram lançadas cinco combinações, todas em massa (não há picolé). Açaí, beterraba e laranja, juntos contra a anemia. Mel e gengibre, combinados para servirem de anti-inflamatório. Cenoura, laranja e gengibre para a manutenção do bronzeado. Para cãibras a indicação é a mistura de graviola, banana e água-de-coco (a mais pedida). A dupla abacate com nozes foi desenvolvida para o coração – preços entre R$ 6 a R$ 10.
Inspiração no exterior
A ideia para criar os sorvetes terapêuticos brasileiros foi inspirada na Nova Zelândia. A diferença é que o produto (ainda em preparo) neozelandês tem proposta bem mais audaciosa do que a novidade do Brasil. Está em curso na Universidade de Auckland o desenvolvimento de um sorvete que consiga aliviar os efeitos da quimioterapia, tratamento muito invasivo aplicado em pacientes com câncer. Ainda não existem resultados conclusivos, mas os testes já começaram em 190 voluntários. Na Espanha, a moda da “sorveterapia” também pegou no ano passado. Lá o foco é diferente e a estética também é alvo. A marca artesanal Llinhares usou ervas e plantas medicinais e criou 12 sabores que prometem amenizar estresse, celulite, gases e insônia.
A linha de sorvetes terapêuticos chega ao mercado em meio ao boom dos alimentos funcionais (leia a notícia). Empresas de vários segmentos – leite, iogurte, margarina - têm focado esforços em lançamentos que misturam sabor, saúde e bem-estar aos produtos da cesta básica. Refrigerantes com sais minerais e até bombons para emagrecer estão entre os últimos lançamentos. Os nutricionistas só pedem cuidado para que o mais novo apelo da indústria não apague do cardápio do brasileiro os legumes e as frutas – já tão negligenciados (80% da população não consome a quantidade ideal desses produtos, informa o Ministério da Saúde). A especialista no assunto Denise Carreiro lembra que a alimentação balanceada, com consumo de alimentos in natura, é a maneira mais eficaz de uma vida saudável, livre de problemas como hipertensão, diabetes e colesterol.
Fernanda Aranda
A invenção é da Taperebá, empresa que já apostava em versões de sorvete feitas com frutas exóticas da Amazônia e agora lançou a cartela focada em prevenção de saúde e melhora do bem-estar. “Não temos a pretensão de transformar as sorveterias e restaurantes clientes em hospitais, este não é o foco”, vai logo avisando o sócio-proprietário da fabricante, Rogério Hamam. “A proposta é agregar ingredientes ao sorvete que contribuam com a melhora da qualidade de vida das pessoas”.
Foram lançadas cinco combinações, todas em massa (não há picolé). Açaí, beterraba e laranja, juntos contra a anemia. Mel e gengibre, combinados para servirem de anti-inflamatório. Cenoura, laranja e gengibre para a manutenção do bronzeado. Para cãibras a indicação é a mistura de graviola, banana e água-de-coco (a mais pedida). A dupla abacate com nozes foi desenvolvida para o coração – preços entre R$ 6 a R$ 10.
Inspiração no exterior
A ideia para criar os sorvetes terapêuticos brasileiros foi inspirada na Nova Zelândia. A diferença é que o produto (ainda em preparo) neozelandês tem proposta bem mais audaciosa do que a novidade do Brasil. Está em curso na Universidade de Auckland o desenvolvimento de um sorvete que consiga aliviar os efeitos da quimioterapia, tratamento muito invasivo aplicado em pacientes com câncer. Ainda não existem resultados conclusivos, mas os testes já começaram em 190 voluntários. Na Espanha, a moda da “sorveterapia” também pegou no ano passado. Lá o foco é diferente e a estética também é alvo. A marca artesanal Llinhares usou ervas e plantas medicinais e criou 12 sabores que prometem amenizar estresse, celulite, gases e insônia.
A linha de sorvetes terapêuticos chega ao mercado em meio ao boom dos alimentos funcionais (leia a notícia). Empresas de vários segmentos – leite, iogurte, margarina - têm focado esforços em lançamentos que misturam sabor, saúde e bem-estar aos produtos da cesta básica. Refrigerantes com sais minerais e até bombons para emagrecer estão entre os últimos lançamentos. Os nutricionistas só pedem cuidado para que o mais novo apelo da indústria não apague do cardápio do brasileiro os legumes e as frutas – já tão negligenciados (80% da população não consome a quantidade ideal desses produtos, informa o Ministério da Saúde). A especialista no assunto Denise Carreiro lembra que a alimentação balanceada, com consumo de alimentos in natura, é a maneira mais eficaz de uma vida saudável, livre de problemas como hipertensão, diabetes e colesterol.
Fernanda Aranda