A chamada infertilidade secundária afeta 1 milhão de famílias nos Estados Unidos. No Brasil, até 30% dos casais têm essa mesma queixa. Saiba por que isso acontece e conheça os tratamentos que podem ajudar você
Engravidar do primeiro filho foi tão fácil – e rápido – que Cristiane Ferreira, 29 anos, auxiliar de escritório, nem imaginava que teria dificuldade para gerar um segundo bebê. Foram longos dez meses de espera até conseguir um resultado positivo. E ela não está sozinha. A infertilidade secundária, termo médico que indica quem já teve uma gestação e não consegue ficar grávida novamente, é mais comum do que você imagina. Nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão de casais não conseguem engravidar pela segunda vez. No Brasil, não há dados fiéis. Sabe-se que um em cada oito casais pode ter problemas de fertilidade em algum momento. Os médicos brasileiros estimam que até 30% dos casais chegam ao consultório com essa queixa. Eles representam 15% dos pacientes em clínicas de reprodução.
A boa notícia é que tratar de casais que já têm um filho é mais fácil. “Se o homem ou a mulher tinham algum problema grave antes de engravidarem pela primeira vez, ele já foi resolvido. É bem provável que nessa segunda fase o tratamento seja mais simples”, afirma Isaac Yadid, ginecologista, especialista em reprodução da clínica Huntington Medicina Reprodutiva (SP), uma das mais conceituadas do país.
Múltiplas causas
Vários problemas podem ser os responsáveis pela infertilidade. A ovulação da mulher (tanto a qualidade quanto a quantidade) decai muito em pouquíssimos anos, e o mesmo ocorre com a produção de espermatozóides. Na mulher, também pode estar associado a alguma doença infecciosa, sequelas de cirurgias ou outras complicações. “Uma paciente teve o primeiro filho de cesariana e tentou, por dois anos, engravidar. Diagnosticamos uma aderência no interior do útero causada pelo fio de sutura na cicatriz da cesariana. Após retirar o fio e a aderência, ela engravidou no mês seguinte”, diz Maria Cecília Erthal, diretora do Centro de Fertilidade da Rede D’Or (RJ).
Há ainda a possibilidade de novas doenças aparecerem, como as chandes de ter endometriose (quando o endométrio – tecido que reveste o útero e é eliminado pela menstruação – se fixa em outros órgãos), que aumentam com a idade. Diabetes, hipertensão e doenças reumatológicas também podem atrapalhar. Nos homens, as causas mais comuns são varicocele (varizes do testículos), baixa produção de sêmen e alteração na mobilidade dos espermas. Outros fatores, como obesidade, fumo e álcool, reduzem a chance de sucesso. Crescer
Engravidar do primeiro filho foi tão fácil – e rápido – que Cristiane Ferreira, 29 anos, auxiliar de escritório, nem imaginava que teria dificuldade para gerar um segundo bebê. Foram longos dez meses de espera até conseguir um resultado positivo. E ela não está sozinha. A infertilidade secundária, termo médico que indica quem já teve uma gestação e não consegue ficar grávida novamente, é mais comum do que você imagina. Nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão de casais não conseguem engravidar pela segunda vez. No Brasil, não há dados fiéis. Sabe-se que um em cada oito casais pode ter problemas de fertilidade em algum momento. Os médicos brasileiros estimam que até 30% dos casais chegam ao consultório com essa queixa. Eles representam 15% dos pacientes em clínicas de reprodução.
A boa notícia é que tratar de casais que já têm um filho é mais fácil. “Se o homem ou a mulher tinham algum problema grave antes de engravidarem pela primeira vez, ele já foi resolvido. É bem provável que nessa segunda fase o tratamento seja mais simples”, afirma Isaac Yadid, ginecologista, especialista em reprodução da clínica Huntington Medicina Reprodutiva (SP), uma das mais conceituadas do país.
Múltiplas causas
Vários problemas podem ser os responsáveis pela infertilidade. A ovulação da mulher (tanto a qualidade quanto a quantidade) decai muito em pouquíssimos anos, e o mesmo ocorre com a produção de espermatozóides. Na mulher, também pode estar associado a alguma doença infecciosa, sequelas de cirurgias ou outras complicações. “Uma paciente teve o primeiro filho de cesariana e tentou, por dois anos, engravidar. Diagnosticamos uma aderência no interior do útero causada pelo fio de sutura na cicatriz da cesariana. Após retirar o fio e a aderência, ela engravidou no mês seguinte”, diz Maria Cecília Erthal, diretora do Centro de Fertilidade da Rede D’Or (RJ).
Há ainda a possibilidade de novas doenças aparecerem, como as chandes de ter endometriose (quando o endométrio – tecido que reveste o útero e é eliminado pela menstruação – se fixa em outros órgãos), que aumentam com a idade. Diabetes, hipertensão e doenças reumatológicas também podem atrapalhar. Nos homens, as causas mais comuns são varicocele (varizes do testículos), baixa produção de sêmen e alteração na mobilidade dos espermas. Outros fatores, como obesidade, fumo e álcool, reduzem a chance de sucesso. Crescer