O retinoblastoma é um tumor maligno que se desenvolve na retina. De
caráter hereditário ou não, é decorrente de uma mutação num gene no
cromossomo 13. A doença pode ser congênita ou manifestar-se nos
primeiros anos de vida das crianças e afetar os dois olhos ou apenas um
deles.
Sintomas
Assim como ocorre na
catarata e no glaucoma congênitos, o sinal característico do
retinoblastoma é a leucocoria, ou seja, um reflexo branco semelhante ao
do olho do gato, quando um feixe de luz artificial ou de um flash incide
através da pupila. Nos olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho.
Baixa visão, estrabismo, deformação do globo ocular são outros sintomas do retinoblastoma.
Diagnóstico
O
diagnóstico precoce do retinoblastoma é pré-requisito básico para o
sucesso do tratamento. Ele pode ser realizado pelo neonatologista ainda
na maternidade, ou nos exames de rotina pelo oftalmologista nos
primeiros anos de vida da criança, utilizando o Teste do Reflexo
Vermelho. O levantamento do histórico familiar, o exame de fundo do olho
e o ultrassom fornecem elementos importantes para confirmar o
diagnóstico.
Tratamento
O tratamento do
retinoblastoma é multidisciplinar e estabelecido de acordo com o
tamanho, a localização do tumor e se está circunscrito ou disseminado. O
objetivo primeiro é debelar a doença e, sempre que possível, preservar o
globo ocular e a visão.
Na maioria dos casos, o retinoblastoma é
uma doença curável. A quimioterapia, a radioterapia e o tratamento
oftalmológico e a laser têm mostrado bons resultados no retinoblastoma.
Em alguns casos, infelizmente, é preciso recorrer à enucleação, isto é, à
retirada cirúrgica do globo ocular.
Recomendações
*
Procure saber se seu filho passou por uma avaliação oftalmológica que
inclui o Teste do Olho Vermelho na maternidade. Se não passou, procure
um oftalmologista para realizá-la, quando ele é ainda um bebê;
*
Leve novamente a criança ao oftalmologista para uma reavaliação, antes
dos três anos, ou quando notar alterações como olhos vermelhos, reflexos
brancos na pupila, sinais de estrabismo, por exemplo;
* Verifique
se há outros casos de retinoblastoma na família. Se houver, vale a
pena ouvir um especialista em doenças genéticas hereditárias sobre a
possibilidade de o retinoblastoma afetar outros membros da família.