Guloseimas e petiscos industrializados encabeçam o ranking dos alimentos preferidos pela molecada. São uma infinidade de cores e aromas que tornam balas, chicletes, salgadinhos, pipocas, biscoitos e refrigerantes ainda mais atraentes aos olhos dos pequenos.
Porém, se por um lado eles ajudam a adoçar o dia a dia das crianças, por outro, escondem perigos que vão além dos valores nutricionais, como gorduras e açúcar em doses exageradas. "Muitas vezes eles provocam alergias e até podem engasgar", explica a nutricionista Mariana Oliveira, do projeto Creche Eficiente. Veja a seguir alguns dos alimentos que podem colocar a saúde de seus pimpolhos em risco:
Refrigerantes: corantes, conservantes, alta quantidade de açúcares e o próprio gás da bebida tornam o refrigerante pouco indicado para as crianças. Os corantes e conservantes também podem causar alergia e o açúcar favorece as cáries e o ganho de peso.
Peixes: existe o perigo do engasgo com espinhos. "O ideal é que a criança consuma peixes sem espinho, como porquinho, cação, e alguns tipos de pescadas", sugere.
Amendoim: o alimento é altamente alergênico, podendo provocar reações tanto de pele quanto no estômago, além disso, tem aquela casquinha que pode engasgar. "Só é possível saber se uma criança é alérgica quando ela apresenta uma das reações após a ingestão do alimento", explica Mariana.
Mel: o alimento possui uma toxina produzida pela bactéria clostridium botulinium -responsável pelo botulismo, uma forma de intoxicação alimentar rara, mas que pode ser fatal. "O mel deve ser oferecido à criança após os dois anos de idade (como qualquer outro tipo de açúcar). Devemos comprar mel industrializado, pois nestes casos houve o processo de pasteurização que garante menos risco de intoxicação por bactérias. Quando compramos mel caseiro, direto do produtor, corremos maior risco de uma contaminação", diz a nutricionista.
Café: por ser um estimulante do sistema nervoso central, ele pode comprometer a saúde causando taquicardia e irritações no estômago. "O café não é recomendado crianças, por isso não existe quantidade recomendada a ser ingerida nessa faixa etária. Caso a criança não tome o leite puro ou com achocolatado, sugerimos que os pais coloquem apenas um dedo de café para um copo de leite", explica Mariana.
Balas: elas têm corantes, conservantes e alta quantidade de açúcares que podem levar a intoxicação, alergias, além de favorecer o ganho de peso. Dependendo do tamanho, apresentam o risco de engasgo. "Por se tratar de um doce, ele deveria ser oferecido a criança somente após os dois anos de idade, quando essa já possui capacidade mastigatória para perceber o risco de engolir a bala sem chupar ou morder. Balas mais moles, como as de goma talvez ajudem a evitar problemas, mas deve-se prestar atenção na dose de açúcar presente nelas", afirma a nutricionista.
Fígado: ele é indicado por conter uma alta concentração de ferro que ajuda na prevenção da anemia, comum na primeira infância. Porém, é preciso tomar cuidado com intoxicação, pois tem toxinas em sua composição que podem comprometer a saúde da criança. "Apesar de ser algo difícil de ocorrer, já que as taxas de ingestão para que isso aconteça são muito altas, a precaução é importante".
Azeitona: perigosa pela presença do caroço e do sódio, embora seja preciso uma dose muito elevada desta substância para chegar a causar algum problema: "Se for sem caroço e em doses apropriadas, a azeitona não faz mal algum", explica Mariana. O segredo é o consumo moderado.
Salgadinhos: os petiscos têm corantes, conservantes, alta quantidade de sódio e gorduras ruins, que podem elevar o colesterol e favorecer o ganho de peso.
Natalia do Vale