A dieta e a ginástica estão em dia, mas o ponteiro da balança continua em alta? A culpa pode ser da disfunção nos ovários, que, além do peso, afeta a beleza, o bem-estar e ainda ameaça seus planos de ser mãe
Facilidade para engordar e dificuldade para emagrecer, pele oleosa, acne, queda de cabelo. A quem você pediria socorro nesse caso? Poucas mulheres consideram marcar uma consulta no ginecologista quando esses problemas surgem sem explicação e persistem, mas deveriam. Afinal, todos são sintomas da síndrome do ovário policístico (SOP, como é conhecida no meio médico), que tem nome complicado, porém é mais comum do que a gente imagina e chega a afetar 10% da população feminina entre 20 e 40 anos.
Não se trata de uma doença. Como em toda síndrome, o diagnóstico da SOP se dá pela manifestação de alguns sintomas. Além daqueles estéticos – ou antiestéticos – já citados, aumento de pelos em lugares inusitados do corpo (como rosto, seios e barriga), ciclos menstruais irregulares e ausência de ovulação são outros sinais de que você pode ser mais uma vítima desse transtorno.
A síndrome do ovário policístico é um daqueles males que só a genética explica: não depende necessariamente do estilo de vida da paciente para dar as caras nem se conhece exatamente suas causas. O que se sabe é que ela atinge um número significativo de mulheres em idade reprodutiva. “Sabemos que entre 20% e 30% delas têm ovário policístico, mas de 5% a 10% manifestam a síndrome”, revela o ginecologista Joji Ueno, de São Paulo. “As outras podem menstruar normalmente, ter filhos, jamais apresentar qualquer sintoma e, mesmo assim, em um exame de ultrassom, constatar que possuem ovário policístico. Nesses casos, é apenas uma característica da mulher, que não precisa passar por tratamento.”
Marcia Di Domenico