Acupuntura e Tai Chi Chuan (Tai Ji Quan) são técnicas de origem chinesa cada vez mais conhecidas no Brasil, embora nem sempre se entenda bem os seus significados. Da mesma forma, Lian Gong em 18 Terapias e Chi Kung (ou Qi Gong) aos poucos vão se tornando familiares, em especial na cidade de São Paulo, onde a maioria dos postos de saúde e muitos parques possuem grupos orientados por monitores dessas técnicas. Ocorre que tanto o Tai Chi Chuan quanto o Lian Gong em 18 Terapias são modalidades de Qi Gong. E o que é Qi Gong?
Na China, país que o Brasil vem conhecendo cada vez mais, Qi Gong é um conjunto de técnicas corporais ou exercícios que trabalham com o Qi, que significa "ar vital" ou "sopro".
Explicar Qi para um brasileiro é difícil, assim como explicar o que é saudade para um estrangeiro, embora todos aqui saibam o que é. No Brasil Qi (ou Chi) é traduzido como energia, expressão que, mesmo não sendo precisa, ajuda a compreender o que é Qi. Grosso modo, Qi é algo imaterial, invisível e fluido como o vento, que anima e relaciona todas as coisas, mesmo as inanimadas como as rochas, vento, água ou mesmo uma cadeira. Gong tem o significado de tempo, dedicação, trabalho. Qualquer modalidade de Qi Gong busca o cultivo, a circulação e a utilização do Qi. Conforme a necessidade, uma técnica pode enfatizar mais um ou outro aspecto.
Existem vários tipos de Qi Gong, segundo o objetivo mais específico a que se propõe: pode ser marcial e até mesmo religioso, mas o que nos interessa aqui é o Qi Gong terapêutico, que visa manter o organismo equilibrado e aumentar a sua vitalidade.
O Qi Gong terapêutico integra a chamada Medicina Tradicional Chinesa (MTC), junto com a acupuntura, a fitoterapia, moxabustão, dietoterapia, o tui-ná (equivalente à ortopedia e fisioterapia), etc. Um médico com formação de nível superior em MTC deve ter o conhecimento de todas as técnicas, inclusive dos exercícios de Qi Gong.
Na China a atividade física em geral e os exercícios terapêuticos sempre fizeram parte da sua cultura, do dia-a-dia. Essa compreensão em parte se deve à sua cultura milenar, rica e poderosa. E, na sua história recente, teve e tem papel importante na preservação da saúde de uma população gigantesca que dificilmente um sistema público de saúde suportaria só baseado na medicação e atendimento hospitalar.
No Brasil cada vez mais os médicos se preocupam com a recuperação do paciente após uma cirurgia, que mesmo simples, muitas vezes traz complicações; e atividade física orientada vem ganhando cada vez maior importância nessa função. Mas não foi sempre assim; houve tempo em que a única recomendação era "repousar".
Houve tempo em que as pessoas ansiavam pela aposentadoria para "descansar". Hoje, além da necessidade de trabalhar por mais anos que antigamente, para muitos a aposentadoria significa ter tempo para poder se dedicar a atividades prazerosas, edificantes ou para realizar algum sonho. A atividade física para essas pessoas está relacionada à boa qualidade de vida na velhice, que tarda cada vez mais a chegar e cada vez mais se relaciona com saber viver, disposição, controlar o estresse, embora ainda esteja algo contaminado com a idéia de competição e exibicionismo.
Provavelmente por isso, as artes corporais orientais têm sido cada vez mais procuradas aqui. Aqueles provindos da Medicina Tradicional Chinesa têm sido procurados por pessoas que não se adaptam a academias ou esportes; isso porque os exercícios de Qi Gong Terapêutico proporcionam desde a possibilidade de tratamento de doenças até um aumento da vitalidade geral com baixo risco de lesões. Além disso, sempre envolvem um trabalho de corpo, mente e espírito (aqui entendido como consciência), um estado de relaxamento e atenção.
A seguir, algumas técnicas de Qi Gong já conhecidas no Brasil:
Tai Chi Chuan (Tai Ji Quan): na verdade uma arte marcial, mas como enfatiza o uso do Qi, os benefícios terapêuticos podem ser muito profundos, desde que adaptados para esse fim;
Lian Gong em 18 Terapias;
Dao Yin Bao Jian Gong;
Tai Ji Qi Gong;
Xiang Gong (Treinamento Perfumado);
Lien Chi;
Tai Chi Pai Lin: um sistema de treinamento com várias técnicas.
Jaime Kuk é biólogo formado pelo Instituto de Biociências da USP e professor de Artes Corporais Terapêuticas Chinesas da Suave corpo. Bem Estar
Na China, país que o Brasil vem conhecendo cada vez mais, Qi Gong é um conjunto de técnicas corporais ou exercícios que trabalham com o Qi, que significa "ar vital" ou "sopro".
Explicar Qi para um brasileiro é difícil, assim como explicar o que é saudade para um estrangeiro, embora todos aqui saibam o que é. No Brasil Qi (ou Chi) é traduzido como energia, expressão que, mesmo não sendo precisa, ajuda a compreender o que é Qi. Grosso modo, Qi é algo imaterial, invisível e fluido como o vento, que anima e relaciona todas as coisas, mesmo as inanimadas como as rochas, vento, água ou mesmo uma cadeira. Gong tem o significado de tempo, dedicação, trabalho. Qualquer modalidade de Qi Gong busca o cultivo, a circulação e a utilização do Qi. Conforme a necessidade, uma técnica pode enfatizar mais um ou outro aspecto.
Existem vários tipos de Qi Gong, segundo o objetivo mais específico a que se propõe: pode ser marcial e até mesmo religioso, mas o que nos interessa aqui é o Qi Gong terapêutico, que visa manter o organismo equilibrado e aumentar a sua vitalidade.
O Qi Gong terapêutico integra a chamada Medicina Tradicional Chinesa (MTC), junto com a acupuntura, a fitoterapia, moxabustão, dietoterapia, o tui-ná (equivalente à ortopedia e fisioterapia), etc. Um médico com formação de nível superior em MTC deve ter o conhecimento de todas as técnicas, inclusive dos exercícios de Qi Gong.
Na China a atividade física em geral e os exercícios terapêuticos sempre fizeram parte da sua cultura, do dia-a-dia. Essa compreensão em parte se deve à sua cultura milenar, rica e poderosa. E, na sua história recente, teve e tem papel importante na preservação da saúde de uma população gigantesca que dificilmente um sistema público de saúde suportaria só baseado na medicação e atendimento hospitalar.
No Brasil cada vez mais os médicos se preocupam com a recuperação do paciente após uma cirurgia, que mesmo simples, muitas vezes traz complicações; e atividade física orientada vem ganhando cada vez maior importância nessa função. Mas não foi sempre assim; houve tempo em que a única recomendação era "repousar".
Houve tempo em que as pessoas ansiavam pela aposentadoria para "descansar". Hoje, além da necessidade de trabalhar por mais anos que antigamente, para muitos a aposentadoria significa ter tempo para poder se dedicar a atividades prazerosas, edificantes ou para realizar algum sonho. A atividade física para essas pessoas está relacionada à boa qualidade de vida na velhice, que tarda cada vez mais a chegar e cada vez mais se relaciona com saber viver, disposição, controlar o estresse, embora ainda esteja algo contaminado com a idéia de competição e exibicionismo.
Provavelmente por isso, as artes corporais orientais têm sido cada vez mais procuradas aqui. Aqueles provindos da Medicina Tradicional Chinesa têm sido procurados por pessoas que não se adaptam a academias ou esportes; isso porque os exercícios de Qi Gong Terapêutico proporcionam desde a possibilidade de tratamento de doenças até um aumento da vitalidade geral com baixo risco de lesões. Além disso, sempre envolvem um trabalho de corpo, mente e espírito (aqui entendido como consciência), um estado de relaxamento e atenção.
A seguir, algumas técnicas de Qi Gong já conhecidas no Brasil:
Tai Chi Chuan (Tai Ji Quan): na verdade uma arte marcial, mas como enfatiza o uso do Qi, os benefícios terapêuticos podem ser muito profundos, desde que adaptados para esse fim;
Lian Gong em 18 Terapias;
Dao Yin Bao Jian Gong;
Tai Ji Qi Gong;
Xiang Gong (Treinamento Perfumado);
Lien Chi;
Tai Chi Pai Lin: um sistema de treinamento com várias técnicas.
Jaime Kuk é biólogo formado pelo Instituto de Biociências da USP e professor de Artes Corporais Terapêuticas Chinesas da Suave corpo. Bem Estar