O ministro da saúde Alexandre Padilha anunciou, hoje (18), novidades no Calendário Nacional de Vacinação. A partir deste ano, passa a fazer parte do Calendário Básico de Vacinação da Criança, a vacina injetável contra a poliomelite, feita com vírus inativado, como CRESCER antecipou, em agosto do ano passado.
A introdução da Vacina Inativada Poliomelite (VIP) vai acontecer no segundo semestre desse ano. No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, para garantir uma proteção de grupo. O vírus ainda circula em 25 países.
O Brasil utilizará um esquema sequencial, com as duas vacinas, aproveitando as vantagens de cada uma, mantendo, assim, o país livre da poliomielite. A VIP injetável será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a vacina oral será utilizada nos reforços, aos seis e aos 15 meses de idade. Após essa transição (que deve ocorrer nos próximos cinco anos), as crianças serão vacinadas com a VIP aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade.
Na primeira etapa da campanha anual contra a pólio, que acontece no dia 16 de junho próximo, tudo continua como antes. Todas as crianças menores de cinco anos receberão uma dose da vacina oral, independente de terem sido vacinadas anteriormente. Só na segunda etapa, que deve acontecer em agosto, a VIP injetável será introduzida no calendário.
Outra novidade será a inclusão da vacina pentavalente, que combina a atual vacina tretavalente (difteria, tétano, coqueluche, também chamada de DTP + haemophilus influenza tipo B) com a vacina contra a hepatite B. "A introdução da vacina pentavalente reduz uma picada nas crianças", diz o ministro Alexandre Padilha. O que, além de amenizar o sofrimento dos bebês, também tem a vantagem de diminuir as idas ao posto de saúde.
CONFIRA O CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO INFANTIL
Com o novo esquema, os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 12 horas de vida para prevenir a transmissão vertical. Aos dois, quatro e seis meses, então, tomam a pentavalente. Os dois reforços continuarão sendo dados com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche): o primeiro a partir dos 12 meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos.
Mais novidades
No prazo de quatro anos, o Ministério da Saúde deverá transformar a pentavalente em heptavalente, com a inclusão das vacinas inativada poliomielite e meningite C conjugada. “As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que poderá resultar em uma maior cobertura vacinal”, observa o ministro Alexandre Padilha.
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