Depois de tantos livros e artigos que já escrevi, me deparo mais uma vez com esta incógnita que é o amor, tentando colocar em palavras algo que não é fácil de ser descrito. Mas como sou teimoso e completamente intrigado com o assunto, compro a briga, e mais uma vez, invoco a inspiração para o que vou falar.
Existe uma forte tendência das pessoas em acharem que o amor acontece quando bem entender, o que não deixa de ser uma verdade. Não temos domínio sobre ele. O amor é selvagem e se manifesta no seu tempo, para cada um de nós. Assim, dizer que é uma questão de destino faz sentido. Resta-nos ter humildade para esperar que um dia ele venha.
Lua, Marte, Venus, Júpiter compactuam para que estejamos ou não acompanhados. Saturno e Urano podem interferir em nosso caminho. E, diante de nossa insignificância, olhando para as forças do Universo, nos perguntamos: O que se pode fazer?
Quantas vezes você acha que está no ponto, que quer muito encontrar um par, mas, entre querer e encontrar alguém vai uma grande distância. Pode ser que você tenha saído de um relacionamento tumultuado e traumático e sua alma ainda não está pronta para amar novamente. Pode ser que seu coração esteja fechado e você não se dê conta disto. Noutras vezes você tem medo de se envolver por tantos outros motivos, quer seja por desconfiança ou por pura repressão.
Neste caso, prefiro não colocar a culpa no tal do destino. Mais fácil entender que a escolha é sua, consciente ou não, você impede que o amor aconteça.
Encontrar uma pessoa especial, com quem você tenha muitas afinidades, não é assim tão freqüente. Por isto, diante dela, é fundamental que você faça sua parte. Você fica alerta, de olhos e coração bem abertos.
O destino se encarrega de oferecer as oportunidades, mas você é o grande responsável por aproveitá-las ou não!
Não coloque tantos “poréns”, não seja tão perfeccionista, não marque gol contra, não jogue areia, nem boicote as possibilidades quando elas aparecem. Dê uma forcinha, saia de casa, frequente os lugares compatíveis com o que você quer. Pare de colocar barreiras. Reconheça o quanto você é presenteado a todo o momento. Saiba receber.
Saiba também que tudo o que você precisa e quer fica mais acessível quando você substitui a frase “O que eu tenho a ganhar com isto?” pela frase “Em que posso ajudar?”.
Assim, você faz sua parte, abre a porta, e deixa o amor entrar.
Clube da Calçinha/Sergio Savian é terapeuta (CRT 27 687) há 28 anos atuando como terapeuta holístico especializado em aconselhamento e terapia corporal.