Com origens indianas, a Shantala foi descoberta pelo obstetra francês Frédérick Leboyer, em uma de suas viagens para a simples cidade de Calcutá, onde encontrou uma mulher sentada no chão massageando seu bebê. A curiosidade de Leboyer foi o estopim para que essa técnica fosse divulgada e seus tantos benefícios descobertos e praticados atualmente.
É difícil imaginar, mas, por mais relaxados e inocentes, os bebês possuem pontos de tensões que devem ser aliviados e massageados. “Nos primeiros meses, os recém-nascidos sentem muita dor, pois seu organismo ainda está se adaptando a nova vida e esta técnica ajuda a tranqüilizá-los”, explica Renata Silva, especialista em terapias corporais e psico-energéticas, principalmente em Shantala.
Ainda segundo a terapeuta, mais do que abrandar os efeitos naturais do parto, a Shantala ajuda na recuperação de traumas do nascimento, carência afetiva, problemas neurológicos entre outros que possam prejudicar no desenvolvimento da criança.
Ideal para RNs (recém nascidos) a partir de um mês, fase que o cordão umbilical já se cicatrizou e tanto o pequeno quanto a mamãe estão mais recuperados do parto, essa técnica além de ter a função de regular todo o organismo do bebê, é grande transmissora e reguladora dos canais de energia. Os leves e objetivos toques proporcionam estabilidade para o funcionamento do corpo e equilíbrio emocional da criança. O baixinho se sente acolhido e amado pelos pais que lhe aplicam a terapia.
O momento certo para praticar a Shantala é quando o bebê está calmo, relaxado e livre de dores e ansiedades. Por esse motivo, o período da manhã é o mais propício.
As massagens contribuem também para o alívio das cólicas dos bebês, pois ativam todo o organismo da criança através da estimulação, inclusive o intestino grosso, o que faz com que bebê evacue com mais facilidade.
Entre tantos benefícios essa terapia ativa o sistema imunológico, previne contra gripes, diarréias, vômitos, viroses, melhora o sistema respiratório, acalma, relaxa, proporciona sono mais tranqüilo, melhora a digestão e circulação, contribui para o ganho de peso e ainda colabora na ativação do sistema neurológico. “Os estímulos causados pelos toques melhoram a comunicação entre o cérebro e o corpo, assim regula e equilibra todo o ser”, explica Renata.
A intimidade e o vínculo com seu filho podem ser fortificados com esses momentos de dedicação. De acordo com a terapeuta, o ideal é fazer a shantala uma vez ao dia, porém se feito mais vezes não causará problemas. É importante lembrar que bebês com febre e irritação não devem ser massageados.
MÃOS À OBRA
Além dos materiais necessários - óleo vegetal, toalha de banho e músicas suaves - é imprescindível que haja muito amor e carinho dos pais ao bebê. Todas as atenções e pensamentos positivos devem estar centrados nos movimentos realizados no pequeno.
Durante o tempo da aplicação cada detalhe deve ser percebido e aproveitado da melhor maneira possível. “Por ser uma técnica natural, farta de carinho, é prazerosa e não precisa de preocupações, simplesmente deixe acontecer”, alerta Renata, que ainda completa, “A energia que flui sobre o bebê, a mamãe e o papai, são indescritíveis, fortalece a harmonia e o verdadeiro encontro de ambos”.
Sempre Materna