Aproximadamente 34% dos paulistas apresentam alto risco de desenvolver doenças cardiovasculares nos próximos 10 anos, e quase 27% têm risco moderado, segundo dados do I Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular de São Paulo. Realizado pela Secretaria de Estado da Saúde e pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo em junho e julho de 2009, o mutirão avaliou cerca de 100 mil pessoas que passaram pelas Unidades Básicas de Saúde, hospitais e postos de saúde de São Paulo e Campinas, e mostrou que apenas 39,5% da população apresenta risco baixo de ter problemas cardíacos.
Os resultados indicaram que a situação entre os homens é a mais preocupante, já que 42,84% têm alto risco, 23,92% apresentam risco moderado, e 33,24%, baixo risco. Entre as mulheres, 29,11% apresentam alto risco, 28,23% têm risco moderado, e 42,66%, baixo risco.
O cardiologista Álvaro Avezum, coordenador do Mutirão, explica que os números surpreenderam, e é preciso que haja uma conscientização da população para reverter as estatísticas que colocam o Brasil como um dos países com as maiores incidências de doenças cardiovasculares. "É necessário mudar hábitos de vida, realizar exames com regularidade e aderir ao tratamento, para quem se enquadra nessa situação", explica.
Fatores de risco
Os números do Mutirão revelam que os paulistas estão abusando do direito de apresentarem fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo sobrepeso, gordura abdominal, tabagismo, sedentarismo, hipertensão e estresse. Cerca de 75% apresentavam três ou mais fatores de risco cardiovascular, sendo que 14,% foram consideradas de risco muito alto, ou seja, risco de sofrer infarto ou óbito nos próximos 10 anos. Além disso, sobrepeso ocorreu em 40% e obesidade em 32%, sendo 70% da população sedentária. E mais de 15% eram fumantes - taxas maiores em homens: 18,3% -, com média de consumo de 13 cigarros por dia, o que pode representar uma hora e 18 minutos a menos de expectativa de vida a cada dia.
A "barriguinha" dos paulistas está acima do ideal. Entre as mulheres, mais de 88% estão com a circunferência abdominal acima dos 80 cm; já entre os homens, 73% estão acima dos 90 cm. "A gordura no abdômen é a mais prejudicial que existe, já que se acumula entre os órgãos e é consequência da ingestão de alimentos acima do que precisamos no dia a dia e associado ao sedentarismo", explica o especialista. O Mutirão constatou que apenas 30% praticam atividades físicas com regularidade (30 minutos pelos menos três vezes por semana); 55% comem frutas e 62% comem verduras diariamente.
Outro fator de risco muito comum mostrado pela pesquisa foi a hipertensão - mais da metade dos participantes disseram ter pressão alta e, destas, 91% revelaram tomar medicação para controlar a hipertensão. Além disso, aproximadamente 40% das pessoas que disseram ter pressão alta apresentavam níveis de pressão arterial abaixo 14X9 mmHg e apenas 12% abaixo de 13X8 mmHg, sugerindo o controle inadequado da pressão alta.
Entre as 100 mil pessoas avaliadas quase 47% afirmaram que tiveram algum fator estressante no último ano, incluindo morte de familiar, perda de emprego, separação conjugal ou ruína financeira. O estresse intenso ou exagerado ocorreu em 23% dentro da própria casa; 15% dentro do trabalho; 10% dentro da sociedade e 25% de causa financeira. E os resultados indicaram que as mulheres sofrem mais do que os homens com o estresse dentro de casa, segundo o pesquisador, por causa do "peso do papel da mulher na sociedade, que chefia famílias e cuida dos filhos". Entre os fatores mais estressantes fora de casa, foram citados o chefe no trabalho e o trânsito. Boa Saúde
Os resultados indicaram que a situação entre os homens é a mais preocupante, já que 42,84% têm alto risco, 23,92% apresentam risco moderado, e 33,24%, baixo risco. Entre as mulheres, 29,11% apresentam alto risco, 28,23% têm risco moderado, e 42,66%, baixo risco.
O cardiologista Álvaro Avezum, coordenador do Mutirão, explica que os números surpreenderam, e é preciso que haja uma conscientização da população para reverter as estatísticas que colocam o Brasil como um dos países com as maiores incidências de doenças cardiovasculares. "É necessário mudar hábitos de vida, realizar exames com regularidade e aderir ao tratamento, para quem se enquadra nessa situação", explica.
Fatores de risco
Os números do Mutirão revelam que os paulistas estão abusando do direito de apresentarem fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo sobrepeso, gordura abdominal, tabagismo, sedentarismo, hipertensão e estresse. Cerca de 75% apresentavam três ou mais fatores de risco cardiovascular, sendo que 14,% foram consideradas de risco muito alto, ou seja, risco de sofrer infarto ou óbito nos próximos 10 anos. Além disso, sobrepeso ocorreu em 40% e obesidade em 32%, sendo 70% da população sedentária. E mais de 15% eram fumantes - taxas maiores em homens: 18,3% -, com média de consumo de 13 cigarros por dia, o que pode representar uma hora e 18 minutos a menos de expectativa de vida a cada dia.
A "barriguinha" dos paulistas está acima do ideal. Entre as mulheres, mais de 88% estão com a circunferência abdominal acima dos 80 cm; já entre os homens, 73% estão acima dos 90 cm. "A gordura no abdômen é a mais prejudicial que existe, já que se acumula entre os órgãos e é consequência da ingestão de alimentos acima do que precisamos no dia a dia e associado ao sedentarismo", explica o especialista. O Mutirão constatou que apenas 30% praticam atividades físicas com regularidade (30 minutos pelos menos três vezes por semana); 55% comem frutas e 62% comem verduras diariamente.
Outro fator de risco muito comum mostrado pela pesquisa foi a hipertensão - mais da metade dos participantes disseram ter pressão alta e, destas, 91% revelaram tomar medicação para controlar a hipertensão. Além disso, aproximadamente 40% das pessoas que disseram ter pressão alta apresentavam níveis de pressão arterial abaixo 14X9 mmHg e apenas 12% abaixo de 13X8 mmHg, sugerindo o controle inadequado da pressão alta.
Entre as 100 mil pessoas avaliadas quase 47% afirmaram que tiveram algum fator estressante no último ano, incluindo morte de familiar, perda de emprego, separação conjugal ou ruína financeira. O estresse intenso ou exagerado ocorreu em 23% dentro da própria casa; 15% dentro do trabalho; 10% dentro da sociedade e 25% de causa financeira. E os resultados indicaram que as mulheres sofrem mais do que os homens com o estresse dentro de casa, segundo o pesquisador, por causa do "peso do papel da mulher na sociedade, que chefia famílias e cuida dos filhos". Entre os fatores mais estressantes fora de casa, foram citados o chefe no trabalho e o trânsito. Boa Saúde