
Esse fenômeno, conhecido como Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) – também chamado de hipogonadismo – tem prevalência de 20% a 35% entre a população masculina com mais de 40 anos.
O problema pode acarretar sintomas psicológicos como depressão, irritabilidade e dificuldade de concentração, além da possibilidade de agravar doenças crônicas como obesidade e hipertensão arterial, além de aumentar o risco cardiovascular.
“A população está envelhecendo rapidamente, sendo que daqui a 10 anos teremos mais de 30 milhões de pessoas com mais 60 anos no Brasil. Diante disso, algumas doenças que estão vinculadas ao DAEM terão a incidência aumentada”, explica Ernani Luis Rhoden, urologista e pesquisador ligado à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSRS).
“Por isso, a relação entre níveis de testosterona no organismo masculino e o aumento do risco cardiovascular e de morte vem sendo amplamente estudada”, completa o urologista.
A introdução de um tratamento específico para normalizar os níveis de testosterona em homens que apresentam queda das taxas desse hormônio no organismo é recente. Mas, de acordo com especialistas, é importante manter as taxas hormonais em dia. “A testosterona atua para diminuir a gordura corporal, reduzir o risco de osteoporose, melhorar o desempenho intelectual e a função sexual do homem”, diz Rhoden.
Sintomas são diversos e ajuda do médico é essencial para identificar a síndrome:
Níveis baixos do principal hormônio masculino estão relacionados com o surgimento de sintomas semelhantes aos da menopausa feminina e ao agravamento do quadro de síndrome metabólica.
Os níveis de testosterona variam entre os homens. Em geral, os níveis desse hormônio diminuem anualmente 1% após os 30 anos. Por volta dos 70 anos essa diminuição chega ao 50% dos níveis originais.
É importante procurar um médico antes de atribuir esse decréscimo à idade. Várias condições clínicas (como apnéia do sono) podem contribuir para a variação dos níveis de testosterona.
Fique atento a alguns sintomas da diminuição desse hormônio, observando: disfunções sexuais, mudanças no padrão de sono, problemas físicos (menor resistência muscular ou problemas nos ossos) e alterações emocionais (sentir-se triste ou deprimido com maior frequência). Bem Estar