Esconder as nossas verdadeiras intenções e mentir é um comportamento muito mais corriqueiro do que imaginamos. Da mesma forma, existem mecanismos de autoengano que filtram, distorcem e escondem informações, privando a mente consciente de acesso aos fatos.
A psicanálise descreveu alguns destes mecanismos, mas explicou seu funcionamento com a teoria do inconsciente dinâmico. Investigaremos agora os mecanismos da mentira e do autoengano com uma visão mais ampla, baseada na teoria de evolução e nas neurociências.
O filósofo e psicólogo evolucionista David L. Smith publicou em 2004 o livro Why we lie: The evolutionary roots of deception and the unconscious mind (publicado no Brasil pela Elsevier em 2006 com o título Por que mentimos: Raízes evolutivas do Engodo e a Mente Inconsciente) em que argumenta que tanto a mentira como o autoengano (a mentira para si mesmo) estão profundamente arraigados na mente humana.
Smith define a mentira ou engodo como “qualquer forma de comportamento cuja função seja fornecer aos outros informações falsas ou privá-los de informações verdadeiras”, tendo o cuidado de usar o termo função e não intenção, uma vez que a função foi evolutivamente selecionada, ajustando o comportamento sem necessariamente recorrer à consciência. Ou seja, mentir pode ser ato consciente ou inconsciente, verbal ou não verbal, declarado ou omitido.
Nesta linha de investigação, o psicólogo Gerald Jellison conduziu um estudo em que gravou as conversas diárias de um grupo de sujeitos submetidos a um experimento. Analisando cuidadosamente as fitas, o pesquisador descobriu que a mentira é muito mais comum do que se imagina – os participantes mentiam pelo menos uma vez a cada oito minutos.
A maioria das mentiras não era grave, mas sim desculpas para comportamentos socialmente censurados, e os sujeitos que mais mentiram foram aqueles que têm maior número de contatos sociais, como advogados, jornalistas e psicólogos.
Um exemplo de mentira detectado nesta pesquisa é justificar um atraso por ter enfrentado um forte engarrafamento no trânsito, muito embora o sujeito não tenha, na realidade, se empenhado para ser pontual. [ O Que Eu Tenho ? ]
A psicanálise descreveu alguns destes mecanismos, mas explicou seu funcionamento com a teoria do inconsciente dinâmico. Investigaremos agora os mecanismos da mentira e do autoengano com uma visão mais ampla, baseada na teoria de evolução e nas neurociências.
O filósofo e psicólogo evolucionista David L. Smith publicou em 2004 o livro Why we lie: The evolutionary roots of deception and the unconscious mind (publicado no Brasil pela Elsevier em 2006 com o título Por que mentimos: Raízes evolutivas do Engodo e a Mente Inconsciente) em que argumenta que tanto a mentira como o autoengano (a mentira para si mesmo) estão profundamente arraigados na mente humana.
Smith define a mentira ou engodo como “qualquer forma de comportamento cuja função seja fornecer aos outros informações falsas ou privá-los de informações verdadeiras”, tendo o cuidado de usar o termo função e não intenção, uma vez que a função foi evolutivamente selecionada, ajustando o comportamento sem necessariamente recorrer à consciência. Ou seja, mentir pode ser ato consciente ou inconsciente, verbal ou não verbal, declarado ou omitido.
Nesta linha de investigação, o psicólogo Gerald Jellison conduziu um estudo em que gravou as conversas diárias de um grupo de sujeitos submetidos a um experimento. Analisando cuidadosamente as fitas, o pesquisador descobriu que a mentira é muito mais comum do que se imagina – os participantes mentiam pelo menos uma vez a cada oito minutos.
A maioria das mentiras não era grave, mas sim desculpas para comportamentos socialmente censurados, e os sujeitos que mais mentiram foram aqueles que têm maior número de contatos sociais, como advogados, jornalistas e psicólogos.
Um exemplo de mentira detectado nesta pesquisa é justificar um atraso por ter enfrentado um forte engarrafamento no trânsito, muito embora o sujeito não tenha, na realidade, se empenhado para ser pontual. [ O Que Eu Tenho ? ]