Em janeiro deste ano, após uma grave crise de enxaqueca, a britânica Kay Russell acordou falando de um jeito que soa como um sotaque francês.
Ela sofre de uma desordem neurológica extremamente rara, a Síndrome do Sotaque Estrangeiro.
No mundo todo, há apenas 60 casos conhecidos de vítimas da síndrome.
Partes do cérebro que controlam a fala são danificadas, normalmente por um derrame ou algum ferimento.
A condição é na realidade um problema na fala, interpretado pelos ouvintes como um sotaque estrangeiro.
"Algumas pessoas me dizem também que meu sotaque parece o de alguém do leste europeu ou da Rússia", comenta Russell.
Sem cura
Segundo o neurologista Nick Miller, da Newcastle University, um dos únicos especialistas no mundo sobre a síndrome, não existe nenhuma cura conhecida para ela.
Miller afirma que os efeitos do problema podem ser devastadores.
"Muitos pacientes com a síndrome falam sobre a perda de seu sotaque antigo, quase como um luto. Eles perderam parte de si mesmos, parte de sua personalidade se perdeu", explica.
O impacto da síndrome sobre Russell também foi grande. Ela perdeu seu emprego e diz que perdeu sua confiança em público e parte de sua identidade.
"Não sou mais a mesma pessoa. Acho que vou colocar um anúncio na seção de achados e perdidos. Talvez alguém possa me encontrar. Luto com muita dificuldade para me encontrar de novo", diz. BBC BRASIL
Ela sofre de uma desordem neurológica extremamente rara, a Síndrome do Sotaque Estrangeiro.
No mundo todo, há apenas 60 casos conhecidos de vítimas da síndrome.
Partes do cérebro que controlam a fala são danificadas, normalmente por um derrame ou algum ferimento.
A condição é na realidade um problema na fala, interpretado pelos ouvintes como um sotaque estrangeiro.
"Algumas pessoas me dizem também que meu sotaque parece o de alguém do leste europeu ou da Rússia", comenta Russell.
Sem cura
Segundo o neurologista Nick Miller, da Newcastle University, um dos únicos especialistas no mundo sobre a síndrome, não existe nenhuma cura conhecida para ela.
Miller afirma que os efeitos do problema podem ser devastadores.
"Muitos pacientes com a síndrome falam sobre a perda de seu sotaque antigo, quase como um luto. Eles perderam parte de si mesmos, parte de sua personalidade se perdeu", explica.
O impacto da síndrome sobre Russell também foi grande. Ela perdeu seu emprego e diz que perdeu sua confiança em público e parte de sua identidade.
"Não sou mais a mesma pessoa. Acho que vou colocar um anúncio na seção de achados e perdidos. Talvez alguém possa me encontrar. Luto com muita dificuldade para me encontrar de novo", diz. BBC BRASIL